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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Discurso de Bento XVI na Plenária da Academia para a Vida

Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé

(tradução de Leonardo Meira - equipe CN Notícias)


Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos Irmãos e Irmãs,


acolho-vos com alegria por ocasião da Assembleia Anual da Pontifícia Academia para a Vida. Saúdo particularmente o Presidente, Monsenhor Ignacio Carrasco de Paula, e agradeço-o pelas suas corteses palavras. A cada um de vós dirijo as minhas cordiais boas-vindas! Nos trabalhos destes dias, tendes afrontado temas de relevante atualidade, que interrogam profundamente a sociedade contemporânea e a desafiam a encontrar respostas sempre mais adequadas ao bem da pessoa humana. A temática da síndrome pós-abortiva – vale dizer, o grave desconforto psíquico experimentado frequentemente pelas mulheres que recorrem ao aborto voluntariamente – revela a voz insuprimível da consciência moral e a ferida gravíssima que ela sofre cada vez que a ação humana atraiçoa a inata vocação do ser humano ao bem, que a ação testemunha. Nessa reflexão, seria útil também dedicar atenção à consciência, às vezes ofuscada, dos pais das crianças, que frequentemente deixam sozinhas as mulheres grávidas. A consciência moral – ensina o Catecismo da Igreja Católica – é aquele "juízo da razão, pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral dum ato concreto que vai praticar, que está prestes a executar ou que já realizou" (n. 1778). É, de fato, missão da consciência moral discernir o bem do mal nas diversas situações da existência, a fim de que, com base nesse juízo, o ser humano possa, livremente, orientar-se para o bem. A quantos desejariam negar a existência da consciência moral no homem, reduzindo a sua voz ao resultado de condicionamentos externos ou a um fenômeno puramente emocional, é importante rebater que a qualidade moral do agir humano não é um valor extrínseco talvez opcional e não é nem mesmo uma prerrogativa dos cristãos ou dos fiéis, mas acomuna todo o ser humano. Na consciência moral, Deus fala a cada um e convida a defender a vida humana em todo momento. Nesse vínculo moral com o Criador está a dignidade profunda da consciência moral e a razão da sua inviolabilidade.

Na consciência, o homem todo inteiro – inteligência, emoção, vontade – realiza a sua vocação ao bem, de forma que a escolha pelo bem ou pelo mal nas situações concretas da existência chega a assinalar profundamente a pessoa humana em toda a expressão de seu ser. Todo o homem, de fato, fica ferido quando o seu agir se desenvolve contrariamente ao ditame da própria consciência. Todavia, também quando o homem refuta a verdade e o bem que o Criador lhe propõe, Deus não o abandona, mas, exatamente através da voz da consciência, continua a procurá-lo e a falar com ele, a fim de que reconheça o erro e se abra à Misericórdia divina, capaz de curar qualquer ferida.

Os médicos, em particular, não podem fazer pouco caso da séria missão de defender do engano a consciência de muitas mulheres que pensam encontrar no aborto a solução para dificuldades familiares, econômicas, sociais, ou a problemas de saúde da sua criança. Especialmente nessa última situação, a mulher é muitas vezes convencida, às vezes pelos próprios médicos, de que o aborto representa não somente uma escolha moralmente lícita, mas mesmo um necessário ato "terapêutico" para evitar sofrimentos à criança e à sua família, e um 'injusto" peso à sociedade. Sobre um cenário cultural caracterizado pelo eclipse do sentido da vida, em que se é muito atenuada a comum percepção da gravidade moral do aborto e de outras formas de atentados contra a vida humana, pede-se aos médicos uma especial fortaleza para continuar a afirmar que o aborto não resolve nada, mas mata a criança, destrói a mulher e cega a consciência do pai da criança, arruinando, frequentemente, a vida familiar.

Tal tarefa, todavia, não diz respeito somente à profissão médica e aos agentes de saúde. É necessário que a sociedade toda se coloque em defesa do direito à vida do concebido e do verdadeiro bem da mulher, que nunca, em nenhuma circunstância, poderá se realizar na escolha do aborto. Também será necessário – como indicado pelos vossos trabalhos – não esquecer os auxílios necessários às mulheres que, tendo infelizmente já recorrido ao aborto, estão agora experimentando todo o drama moral e existencial. Múltiplas são as iniciativas, em nível diocesano ou de parte de voluntariados, que oferecem apoio psicológico e espiritual para uma recuperação humana plena. A solidariedade da comunidade cristã não pode renunciar a esse tipo de corresponsabilidade. Desejo fazer novamente, a tal propósito, o convite do Venerável João Paulo II às mulheres que fizeram recurso ao aborto: "A Igreja está a par dos numerosos condicionamentos que poderiam ter influído sobre a vossa decisão, e não duvida que, em muitos casos, se tratou de uma decisão difícil, talvez dramática. Provavelmente a ferida no vosso espírito ainda não está sarada. Na realidade, aquilo que aconteceu, foi e permanece profundamente injusto. Mas não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança. Sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade. Se não o fizestes ainda, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda a misericórdia espera-vos para vos oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação. A este mesmo Pai e à sua misericórdia, podeis com esperança confiar o vosso menino. Ajudadas pelo conselho e pela solidariedade de pessoas amigas e competentes, podereis contar-vos, com o vosso doloroso testemunho, entre os mais eloquentes defensores do direito de todos à vida" (Encíclica Evangelium vitae, 99).

A consciência moral dos pesquisadores e de toda a sociedade civil está intimamente implicada também no segundo tema objeto dos vossos trabalhos: a utilização dos bancos de cordão umbilical a título clínico e de pesquisa. A pesquisa médico-científica é um valor, e portanto um compromisso, não somente para os pesquisadores, mas para toda a comunidade civil. Daí surge o dever de promoção de pesquisas eticamente válidas por parte das instituições e o valor da solidariedade dos indivíduos em particular na participação em pesquisas destinadas a promover o bem comum. Esse valor, e a necessidade dessa solidariedade, evidenciam-se muito bem no caso do emprego de células estaminais provenientes do cordão umbilical. Trata-se de aplicações clínicas importantes e de pesquisas promissoras no plano científico, mas que, na sua realização, muito dependem da generosidade na doação do sangue cordonal no momento do parto e da adequação das estruturas, para fomentar a vontade de doação por parte das grávidas. Convido, portanto, todos vós a fazer-vos promotores de uma verdadeira e consciente solidariedade humana e cristã. A tal propósito, muitos pesquisadores médicos olham justamente com perplexidade para o crescente florescer de bancos privados para a conservação do sangue cordonal para exclusivo uso autólogo [em si mesmo]. Tal opção – como demonstram os trabalhos da vossa Assembleia – além de ser privada de uma real superioridade científica com relação à doação cordonal, debilita o genuíno espírito de solidariedade que deve constantemente animar a pesquisa daquele bem comum ao qual, em última análise, a ciência e a pesquisa médica tendem.

Queridos Irmãos e Irmãs, renovo a expressão do meu reconhecimento ao Presidente e a todos os Membros da Pontifícia Academia para a Vida pelo valor científico e ético com que realizais o vosso compromisso a serviço do bem da pessoa humana. O meu desejo é que mantenhais sempre vivo o espírito de autêntico serviço, que torna as mentes e os corações sensíveis a reconhecer as necessidades dos homens nossos contemporâneos. A cada um de vós e aos vossos queridos concedo, de coração, a Bênção Apostólica.


Fonte: Canção Nova

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cátredra de São Pedro Apóstolo - 22 de Fevereiro


A 22 de Fevereiro os antigos romanos honravam a memória dos mortos e comiam junto de suas tumbas, ao redor de sua "cátedra" (cadeira reservada ao defunto para significar que estava presente no banquete). A partir do século IV, os cristãos começaram a honrar uma "cátedra" muito mais espiritual: a de Pedro, chefe da Igreja de Roma.

Liturgia

Leitura Pd 5, 1-4

Leitura da Primeira Carta de são Pedro

Exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: Sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do rebanho. Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória.
Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

Salmo 22 (23)

Evangelho Mt 16, 13-19

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o filho do Homem?" Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou alguns dos profetas". Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo." Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus."
Palavra da Salvação

Glória à vós, Senhor.


Missal Cotidiano

São Pedro Apóstolo, rogai por nós!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

São Pedro Damião - 21 de Fevereiro


Nascido de família pobre, Pedro teve como tutor o irmão mais velho, Damião, que providenciou sua educação. Quis, por isso, chamar-se "Pedro Damião". Estudou em Ravena, Faenza, Pádua; depois fez-se monge, porém foi frequentemente encarregado da pregação ao povo e da reforma dos mosteiros.
Ordenado bispo de Óstia, lutou eficazmente para libertar a Igreja dos negócios temporais, reagiu contra a decadência intelectual e moral do clero, abrindo assim caminho para a reforma que pouco mais tarde empreendeu seu grande amigo, o monge Hildebrando, depois Gregório VII. Mas para ser digno de reformar a Igreja, Pedro Damião não cessou de se reformar a si mesmo por uma vida austera e santa.
Foi honrado por Leão XII com o título de doutor da Igreja (1828).

Liturgia

Leitura 2 Timóteo 4, 1-5
Salmo 15
Evangelho João 15, 1-8

Missal Cotidiano

São Pedro Damião, rogai por nós!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Beatos Francisco e Jacinta - 20 de Fevereiro


Hoje a Igreja lembra dois dos três pastorinhos, os Beatos Francisco e Jacinta, para quem Nossa Senhora apareceu em Fátima (Portugual).

Francisco Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Junho de 1908 e foi batizado no dia 20 de Junho do mesmo ano. Adoeceu vítima de pneumónica em dezembro de 1918, vindo a falecer no dia 04 de abril de 1919.

A sua grande preocupação era a de "consolar Nosso Senhor". O espírito de amor e reparação para com Deus ofendido, foram notáveis na sua vida tão curta. Passava horas a "pensar em Deus". Foi um contemplativo.

Jacinta de Jesus Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Março de 1910 e foi batizada no dia 19 de Março do mesmo ano. Adoeceu vítima de pneumónica em dezembro de 1918, vindo a falecer no dia 20 de fevereiro de 1920.

Além das 05 aparições da Cova de Iria e 1 dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu a Jacinta mais 04 vezes em casa durante a doença, 1 na Igreja paroquial numa quinta-feira da Ascensão, e ainda em Lisboa no Orfanato e no hospital.

A sua vida foi caracterizada pelo espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores.

Levada pela preocupação da salvação dos pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um sacrifício a Deus, como lhes recomendara o Anjo, dizendo sempre a oração que Nossa Senhora lhes ensinara:

"Ó Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos pecadores (e acrescentava pelo Santo Padre) e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria"

Jacinta e Francisco foram beatificados pelo papa João Paulo II no dia 13 de maio de 2000 e seus corpos encontram-se na Basílica, em Fátima.

Abaixo estão as fotos das relíquias de Francisco e Jacinta quando de sua visita a Brasília (DF), em maio de 2010:





Treze de Maio (Joana)

A treze de maio na cova da iria,
No céu aparece a Virgem Maria.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Aos três pastorinhos, cercada de luz,
Visita Maria a mãe de Jesus.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A mãe vem pedir constante oração,
Pois só de Jesus nos vem a salvação.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Da agreste azinheira a virgem falou,
E aos três a senhora tranqüilos deixou.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Então da Senhora o nome indagaram,
Do céu a mãe terna bem claro escutaram.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Se o mundo quiserdes da guerra livrar,
Fazei penitência de tanto pecar.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

A virgem lhes manda o terço rezar,
A fim de alcançarem da guerra o findar.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Com estes cuidados a mãe amorosa,
Do céu vem os filhos salvar carinhosa.

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!

Ave, ave, ave Maria!
Ave, ave, ave Maria!


Fonte: Vaticano

Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os Sete Santos Fundadores dos Servitas - 17 de Fevereiro



Sete comerciantes de Florença abandonaram suas atividades a fim de buscar a santidade na imitação de Nossa Senhora, venerando e pregando em particular as suas "dores".
Reúne-se sua memória numa única celebração neste dia, aniversário da morte de Aleixo Falconieri, um dos fundadores (+ 1310).


De sua pregação difundida pela Itália e do ambiente eremítico que souberam criar, originou-se sob a regra de Agostinho, a Ordem dos Servitas (ou Ordem dos Servos de Maria ou Ordem dos Servos de Nossa Senhora), já reconhecida oficialmente pela Igreja em 1.304.

Liturgia

Leitura Romanos 8, 26-30
Salmo 33
Evangelho Mateus 19, 27-29.

(Missal Cotidiano)

Santos Fundadores dos Servitas e Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Que roupa usar na Primeira Comunhão?


A Primeira Comunhão de uma pessoa é um dos momentos mais especiais e importantes da sua vida. Por que? Porque é quando a criança (ou o adolescente/adulto) vai unir-se, pela primeira vez, com o seu amado. A sua alma e o seu corpo vão se unir a Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Antigamente, as meninas e moças quando iam se aproximar da Sagrada Comunhão pela primeira vez vestiam-se como uma noiva, vestido branco, modesto, e com o véu, como mostra a foto acima; e os meninos de calça, paletó e gravata.
Hoje, esse costume não é muito valorizado por algumas paróquias que acabam por desestimular as crianças e pais a vestirem os seus filhos de maneira digna e bela para receber o amado.
A desculpa, normalmente, é que muitas pessoas não tem condições de mandar fazer roupa nova para a primeira comunhão.
Ora, e quem disse que a roupa tem que ser nova e cara?
A roupa da menina tem que ser, de preferência, branca, modesta e limpa. Não precisa ser de um tecido nobre, caro ou com rendas e babados, cada um deve fazer algo conforme a sua condição financeira.
Além disso, como se sabe, a preparação para a primeira comunhão dura, pelo menos, um ano; o que dá tempo suficiente para os pais se organizarem e prepararem-se financeiramente para comprar, mandar fazer ou alugar um vestido para a sua filha ou um paletó para o seu filho.


Esses dois vestidos são o exemplo de roupas simples, modestas e belíssimos. São muito parecidos e um ótimo modelo de roupa para a menina usar na sua primeira comunhão.


Felizmente, ainda há paróquias no Brasil que mantêm a tradição das meninas usarem vestidos e os meninos calça e camisa no dia da sua Primeira Comunhão, como podemos observar na foto abaixo tirada em dezembro do ano passado.


Segue modelos de roupas adequadas para uma menina e um menino usarem no dia da sua Primeira Comunhão. Fotos antigas e recentes, de meninas com o véu e sem o véu; vestidos mais trabalhados e vestidos mais simples e meninos de paletó e gravata.










Vale lembrar que:
a) As roupas das meninas deve ser: vestidos ou saia, pelo menos, até o joelho; camisa de manga, sem decote, sem tomara-que-caia, sem alcinha, sem costas nuas; pode e fica belíssimo, usar o véu na primeira comunhão, e a moça usá-lo, após esse dia, em todas as Santas Missas.
b) As roupas dos meninos deve ser: calça social e camisa de manga; se todos os pais tiverem condições, pode-se combinar dos meninos irem de paletó e gravata.

Para ver mais: Que roupa usar na Primeira Comunhão (II)?

Jesus, Maria e José, nossa família vossa é!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nossa Senhora de Lourdes - 11 de Fevereiro


Havia apenas quatro anos que Pio IX enriquecera a Igreja com o sinal luminoso do poder salvador concedido pelo Pai ao Redentor: Maria, sua Mãe, cheia do Espírito Santo, totalmente preservada do pecado, é Imaculada.
A 11 de fevereiro de 1858, Maria manifestou-se, cerca de dezoito vezes, como "Imaculada" a Bernadete Soubirous, numa gruta de Lourdes, até 16 de Julho.

Santa Bernadete Soubirous

O perene "milagre" de Lourdes é a Eucaristia. Para além do "fenômeno" religioso, permanecem os efeitos da mensagem fundamental do Evangelho, proclamada fortemente por Maria: a "conversão", e do grande gesto de Cristo: "dar o próprio corpo e o próprio sangue" para a salvação dos homens.
A alegre aceitação dos sofrimentos, em união com Cristo, por parte dos doentes, a admirável doação de tantos jovens aos pobres e sofredores, o "clima" ininterrupto de intensa oração em Lourdes, só são compreensíveis à luz da Missa, que tem sempre o primeiro lugar da "cidadela" de Maria.

Liturgia

Leitura Is 66, 10-14c
Salmo Jt 13,18
Evangelho Jo 2, 1-11

(Missal Cotidiano)

Oração a Nossa Senhora de Lourdes


Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quais as formas válidas de Confissão?

A Igreja Católica Apostólica Romana reconhece apenas DUAS formas válidas de Confissão, quais sejam, a Auricular, forma ordinária, e a Comunitária, extraordinária.

Não há confissão pela internet, nem pelo telefone ou Iphone.

É isso que ensina a Igreja, o Catecismo, o documento Ordo Poenitentiae e o Código de Direito Canônico e foi isso que informou o Vaticano e pode ser visto na reportagem: Católicos não podem se confessar pelo Iphone, diz Vaticano.


A Confissão ordinária, chamada de Auricular está assim prevista no Código de Direito Canônico:

Cân 960. A confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário com o qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja; somente a impossibilidade física ou moral escusa tal confissão; neste caso, pode haver a reconciliação também por outros modos.

Do texto deste cânon se deduz que tanto a absolvição comunitária quanto o ato de perfeita contrição sem confissão deve ser considerados meios extraordinários de reconciliação com Deus e com a Igreja.

Já a Confissão Comunitária é tratada no Código de Direito Canônico da seguinte forma:

Cân 961. Parágrafo primeiro. Não se pode dar a absolvição geral a vários penitentes ao mesmo tempo sem prévia confissão individual, a não ser que:

1º haja iminente perigo de morte e não haja tempo para que o sacerdote ou sacerdotes ouçam a confissão de cada um dos penitentes;

2º haja grave necessidade, isto é, tendo-se em conta o número de penitentes, não há à disposição abundância de confessores para ouvirem devidamente as confissões de cada um, dentro de um tempo conveniente, de modo que os penitentes, sem culpa própria, seriam forçados a ficar muito tempo sem a graça sacramental ou sem a sagrada comunhão; não se considera, porém, necessidade suficiente, quando não pode haver confessores à disposição, só por motivo de grande afluência de penitentes, como pode acontecer, em alguma grande festa ou peregrinação.

Parágrafo segundo. Julgar sobre a existência das condições requeridas no parágrafo primeiro, número 2 compete ao Bispo diocesano que, levando em conta os critérios concordados com os outros membros da Conferência dos Bispos, pode determinar os casos de tal necessidade.

E ainda, trata dela outro canôn:

Cân 962. Para que um fiel possa lucrar validamente a absolvição dada simultaneamente a muitos, requer-se não só que esteja devidamente disposto, mas que ao mesmo tempo se proponha também confessar individualmente, no tempo devido, os pecados graves que no momento não pode assim confessar.

O Código de Direito Canônico determina, também, que após receber a absolvição numa confissão comunitária, o fiel deve confessar-se individualmente (confissão auricular), antes de receber outra absolvição geral em confissão comunitária (can 963).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O Concílio Vaticano II aboliu o Latim?

In nómine Patris, et Fílli, et Spíritus Sancti. Amen

Já escutei, algumas vezes, as pessoas dizerem que a Igreja, com o Concílio Vaticano II, aboliu o uso do latim, e ouvi isso tanto de católicos que se intitulam "praticantes", vão sempre à Santa Missa, ajudam na Igreja, são de pastoral; como de pessoas que só foram batizadas, adoram falar da Igreja, porém, mal entram numa, quisá ler os seus documentos.


Agora, o que eu fico impressionada é que essa falta de informação pode ser resolvida, simplesmente, assistindo a uma das Santas Missas presididas pelo Santo Padre, porque ele celebra em latim, ou assistindo ao Ângelus (todo domingo ao meio-dia na Canção Nova feito pelo Papa), que é feito em latim.


Assim, vamos nos atualizar com o que ensina a Igreja e o que disse o Concílio Vaticano II sobre o uso do latim.


Entendo que as pessoas pensem que o Concílio Vaticano II aboliu o latim porque as Santas Missas celebradas antes do Concílio eram em latim e com o padre de costas para o povo ou virado para Deus (Versus Deum ou Ad Orientem = Para ver clique aqui); o que diminuiu, consideravelmente, após o Concílio Vaticano II quando os sacerdotes passaram a celebrar a Santa Missa em vernáculo (língua de cada país) e de frente para o povo (Versus populum).


Porém, a intenção do Concílio Vaticano II nunca foi a de diminuir consideravelmente o uso do latim, muito menos, a de abolir o latim da Santa Missa e da Igreja.


E isso é facilmente constatado lendo-se o documento do Concílio Vaticano II. Além disso, o uso do latim pelo Santo Padre e nos documentos da Igreja, que são lançados em latim e só depois traduzidos para as línguas de cada região, já deveriam ser suficientes para não se pensar dessa forma.


A Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia, documento do Concílio Vaticano II, ao dispor sobre a língua litúrgica determina que:


"36. Parágrado 1. Conserve-se o latim nos ritos latinos, salvo exceção de direito.


Parágrafo 2º. Como porém, na missa, na administração dos sacramentos e em outras partes da liturgia o emprego do vernáculo é, em geral, de grande utilidade para o povo, deve-se ampliar o seu uso, a começar pelas leituras e admoestações, em certas orações e cânticos, segundo as normas que se estabelecerão abaixo, a respeito de cada um desses aspectos.


Parágrafo 4º. A tradução do latim para uso litúrgico deve ser aprovada pela autoridade eclesiástica territorial competente.


E ainda:


54. As línguas vernáculas podem ser usadas nas missas celebradas com o povo, especialmente nas leituras e oração comum. Também nas partes que dizem respeito ao povo, de acordo com as circunstâncias locais, conforme o artigo 36 desta constituição.


Não se abandone porém completamente a recitação ou o canto em latim, das partes do ordinário da missa que competem aos fiéis.


Assim, percebe-se claramente que a intenção do Concílio Vaticano II não foi a de abolir o latim. O Concílio tentou introduzir a língua vernácula na Santa Missa e na celebração dos sacramentos para um maior entendimento pelo povo, mormente, no que se refere as leituras; porém, sem deixar de utilizar o latim nas partes próprias dos sacerdotes.


Portanto, de todo o exposto, pode-se perceber que o Concílio Vaticano II NÃO ABOLIU o latim da Igreja, nem da Santa Missa, nem proibiu o seu uso; pelo contrário.


O Latim é a Língua Oficial da Igreja latina (ocidental).


A Santa Missa pode, portanto, conforme o Concílio Vaticano II, ser celebrada:


a) em latim e Versus Deum (mais comum na Santa Missa tridentina ou antiga);

b) em latim e com algumas partes em vernáculo e Versus Deum;

c) em vernáculo e Versus Deum;

d) em latim e Versus Populum;

e) em latim e com algumas partes em vernáculo e Versus Populum (costuma ser celebrada nos mosteiros);

f) em vernáculo e Versus Populum (é o mais comum ver-se hoje, na chamada Missa Nova).


Lembrando que o Concílio Vaticano II, em momento algum, falou sobre a posição do sacerdote (versus deum ou versus populum), tendo esse assunto sido tratado no Missal Romano.

Ora pro nobis, sancta Dei génetrix.
Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Apresentação do Senhor - 02 de Fevereiro



A data escolhida para a festa da apresentação pela Igreja de Jerusalém foi, a princípio, 15 de fevereiro, 40 dias depois do nascimento de Jesus, que, então, o Oriente celebrava a 6 de janeiro, em conformidade com a lei hebraica, que impunha esse espaço de tempo entre o nascimento de um menino e a purificação de sua mãe.
Quando, nos séculos VI e VII, a festa se estendeu ao Ocidente, foi antecipada para 02 de fevereiro, porque o nascimento de Jesus era celebrado a 25 de dezembro.
Em Roma, foi a apresentação unida a uma cerimônia penitencial, que se celebrava em contraposição aos ritos pagãos das "lustrações". Pouco a pouco a procissão de penitência passou a pertencer à festa tornando-se uma espécie de imitação da apresentação de Cristo no Templo.
O papa são Sérgio I (séc. VIII), de origem oriental, mandou traduzir para o latim os cantos da festa grega, que foram adotados para a procissão romana.
No século X a Gália organizou uma solene bênção das velas que se usavam nessa procissão; um século mais tarde, acrescenta-se a antífona Lumen ad revelationem com o cântico de Simeão (Nunc dimittis).
A apresentação de Jesus no Templo não é um mistério gozoso, mas doloroso. Maria "apresenta" a Deus o filho Jesus, "oferece-o" a Deus. Ora, toda oferta é uma renúncia.
Começa o mistério de seu sofrimento, que atingirá o cume aos pés da cruz. A cruz é a espada que transpassará sua alma.
Todo primogênito judeu era o sinal permanente e o memorial cotidiano da "libertação" da grande escravidão: os primogênitos no Egito haviam sido poupados. Jesus, porém, o Primogênito por excelência, não será "poupado", mas com seu sangue trará a nova e definitiva libertação. O gesto de Maria que "oferece" se traduz em gesto litúrgico em cada eucaristia. Quando o pão e o vinho - frutos da terra e do trabalho humano - nos são restituídos como Corpo e Sangue de Cristo, nós também estamos na paz do Senhor, pois contemplamos sua salvação e vivemos à espera de sua "vinda".
Liturgia
BÊNÇÃO DAS VELAS E PROCISSÃO
A assembléia se reúne em outra igreja ou lugar adequado, de onde se dirigirá em procissão à igreja principal; pode também reunir-se na igreja principal, no adro, dirigindo-se a procissão para o altar; disponha-se tudo de modo que boa parte dos fiéis possa participar do rito.
Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona seguinte ou outro canto apropriado:
Eis que virá o Senhor onipotente
iluminar os nossos olhos, aleluia.
O celebrante saúda o povo, como de costume, e faz uma breve exortação, convidando os fiéis a celebrarem de modo ativo e consciente o rito da festa. Usando as palavras que constam do Missal Romano.
Depois da exortação, o celebrante benze as velas proferindo a oração que consta do Missal Romano.
Em silêncio, asperge as velas com água benta.
O celebrante recebe a vela preparada para ele e dá início à procissão dizendo:
R. Vamos em paz,
ao encontro do Senhor.
Durante a procissão canta-se a seguinte antífona, com o cântico indicado ou outro conveniente:
Uma luz brilhará para os gentios
e para a glória de Israel, o vosso povo.
Deixai, agora, vosso servo ir em paz,
conforme prometestes, ó Senhor.
Pois meus olhos viram vossa salvação.
Que preparastes ante a face das nações.
Ao entrar a procissão na igreja, canta-se a antífona da entrada. Depois do canto do Glória, diz-se a oração como de costume e a missa prossegue do modo habitual.
I Leitura Ml 3,1-4
Leitura do livro de Malaquias
"Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho. E imediatamente virá ao seu templo o Senhor que buscais, o anjo da aliança que desejais. Ei-lo que vem - diz o Senhor dos exércitos. Quem estará seguro no dia da sua vinda? Quem poderá resistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor, como a lixivia dos lavandeiros. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata; então eles serão para o Senhor aqueles que apresentarão as ofertas como convêm. E a oblação de Judá e de Jerusalém será agradável ao Senhor, como nos dias antigos, como nos anos de outrora."
Palavra do Senhor
Graças a Deus.
Salmo 23 (24)
R. O Rei da glória é o Senhor onipotente!
- Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar! R.
- Dizei-nos: "Quem é este Rei da glória?"
"É o Senhor, o valoroso, o onipotente,
o Senhor, o poderoso nas batalhas! R.
- Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar!
Dizei-nos: "Quem é este Rei da glória?"
"O Rei da glória é o senhor onipotente,
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo." R.
II Leitura Hb 2, 14-18
Leitura da Carta aos Hebreus
Porquanto os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, também ele participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda a vida sujeitos a uma verdadeira escravidão. Veio em socorro, não dos anjos, e sim da raça de Abraão; e por isso convinha que ele se tornasse em tudo semelhante aos seus irmãos, para ser um pontífice compassivo e fiel no serviço de Deus, capaz de expiar os pecados do povo. De fato, por ter ele mesmo suportado tribulações, está em condição de vir em auxílio dos que são atribulados.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus.
Evangelho Lc 2, 22-40 (Lc 2, 22-32 - forma breve)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: "Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor". Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na Lei do Senhor.
Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito Santo, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus:
"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: a luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel".
O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma".
Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha da Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
Palavra da Salvação
Gloria a vós, Senhor.
(Missal Cotidiano)
Jesus, Maria e Jósé, nossa família vossa é!

Nossa Senhora dos Navegantes - 02 de Fevereiro


Hoje alguns católicos prestam homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes, essa devoção iniciou-se ainda na Idade Média.
Para saber mais sobre essa devoção clique aqui.
Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós!
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