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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

RESPOSTA: Já fiz catequese. Tenho que fazer novamente para Batizar?!

Ave Maria!

Boa noite alguém sabe me explicar a minhas dúvida. Eu tenho 24 anos e fiz a comunhão a catequese, mas por motivos egoísta de minha mãe ela não permitiu que me batiza-se, o que eu quero saber terei que refazer tudo novamente para ser batizado..

Bem. 

Você diz que fez a catequese, mas fez a Comunhão?

E como fez a comunhão sem ser batizada? Algo está errado! Você não poderia ter recebido a Comunhão sem ser batizada, ou seja, sem pertencer a Igreja Católica.

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5).
(Catecismo da Igreja Católica)

Se isso ocorreu, é um erro absurdo cometido pela Paróquia que você frequenta, pelos catequistas e pelo Sacerdote, que não observaram isso. E, por você, sinal que não fez uma Catequese boa. Sugiro que adquira e leia (se ainda não tem ou não leu) o Catecismo da Igreja Católica. Você tem acesso a ele também pelo site do Vaticano e aqui no blog em Documentos.

De toda sorte, você não diz quando foi que fez essa catequese, se já era adulta (o que duvido), se adolescente ou se ainda criança.

Mas, SIM!

Você terá que fazer a Catequese de Adultos. 

Para que?

Bem, os Sacramentos da Iniciação Cristã são 3: Batismo, Comunhão e Crisma.

Pelo que entendi, ou faltam os 3, ou faltam 2: Batismo e Crisma. E, para recebê-los, é preciso fazer a Catequese (de Adultos). Ao final dessa catequese você receberá todos os Sacramentos que lhe faltam.

Agora, se você fez essa Catequese que relata, recentemente, por que não recebeu todos os Sacramentos?

Observe que, para ser Batizada e Crismada você precisará de Padrinhos.
No caso do Batismo: Pode ser só um Padrinho ou uma Madrinha, bem como, pode ser um Casal (homem e mulher).
No caso da Crisma: Pode ser um Padrinho ou uma Madrinha.
Pode ser o mesmo para o Batismo e para a Crisma (é o aconselhado).
Porém, esses Padrinhos devem ser:
- Católicos
- Crismados
- Ter mais de 16 anos
- Já terem feito a 1 Comunhão
- Viverem conforme a fé da Igreja (católica): não serem divorciados, não viverem união estável, participarem da Igreja, devem ir na Santa Missa aos domingos e comungar, devem se aproximar dos Sacramentos
- Devem ser solteiros ou casados na Igreja Católica
- Não pode ser pai, mãe, marido, namorado do batizando/crismando

ORIENTAÇÕES:

1. Procure a Paróquia que você frequenta, converse com seu pároco, explique a situação, veja quando começa a Catequese de Adultos ou Catequese para o Crisma;
2. Continue fazendo adoração ao Santíssimo, rezando o terço, indo a Santa Missa, porém, não comungue até que você seja Batizada e sua situação na Igreja regularizada;
3. Quando na Santa Missa, você pode comungar espiritualmente, veja como fazer e a oração AQUI!.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica e Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Graças e Santos Anjos, rogai por nós!

domingo, 26 de novembro de 2017

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa III


 
PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 22 de novembro de 2017




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Prosseguindo as Catequeses sobre a Missa, podemos questionar-nos: o que é essencialmente a Missa? A Missa é o memorial do Mistério pascal de Cristo. Ela torna-nos partícipes da sua vitória sobre o pecado e a morte, e confere pleno significado à nossa vida.

Por esta razão, a fim de compreender o valor da Missa devemos então entender em primeiro lugar o significado bíblico do “memorial”. Ele «não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas... tornam-se de certo modo presentes e actuais. É assim que Israel entende a sua libertação do Egito: sempre que se celebrar a Páscoa, os acontecimentos do Êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que conformem com eles a sua vida» (Catecismo da Igreja Católica, 1363). Jesus Cristo, com a sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu levou a cumprimento a Páscoa. E a Missa é o memorial da sua Páscoa, do seu “êxodo”, que cumpriu por nós, para nos fazer sair da escravidão e nos introduzir na terra prometida da vida eterna. Não é somente uma lembrança, não, é mais do que isso: significa evocar o que aconteceu há vinte séculos. 

A Eucaristia leva-nos sempre ao ápice da ação de salvação de Deus: o Senhor Jesus, tornando-se pão partido para nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e o seu amor, como fez na cruz, de modo a renovar o nosso coração, a nossa existência e a nossa forma de nos relacionarmos com Ele e com os irmãos. O Concílio Vaticano II afirma: «Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, na qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado, realiza-se também a obra da nossa redenção» (Cost. dogm. Lumen gentium, 3).

Cada celebração da Eucaristia é um raio daquele sol sem ocaso que é Jesus ressuscitado. Participar na Missa, em particular aos domingos, significa entrar na vitória do Ressuscitado, ser iluminados pela sua luz, abrasados pelo seu calor. Através da celebração eucarística o Espírito Santo torna-nos partícipes da vida divina que é capaz de transfigurar todo o nosso ser mortal. E na sua passagem da morte para a vida, do tempo para a eternidade, o Senhor Jesus arrasta também a nós com Ele para fazer a Páscoa. Na Missa faz-se a Pascoa. Nós, na Missa, estamos com Jesus, morto e ressuscitado e Ele arrasta-nos em frente, para a vida eterna. Na Missa unimo-nos a Ele. Aliás, Cristo vive em nós e nós vivemos n’Ele: «Estou crucificado com Cristo — diz Paulo — , já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim» (Gl 2, 19-20). Paulo pensava desta forma.

Com efeito, o seu sangue liberta-nos da morte e do medo da morte. Liberta-nos não só do domínio da morte física, mas da morte espiritual que é o mal, o pecado, que se apodera de nós todas as vezes que somos vítimas do pecado nosso e alheio. E então a nossa vida é contaminada, perde beleza, perde significado, desflorece. 

Ao contrário, Cristo restitui-nos a vida; Cristo é a plenitude da vida, e quando enfrentou a morte aniquilou-a para sempre: «ressuscitando dos mortos, venceu a morte e renovou vida», confessa a Igreja celebrando a Eucaristia (Oração eucarística IV). A Páscoa de Cristo é a vitória definitiva sobre a morte, porque Ele transformou a sua morte em ato supremo de amor. Morreu por amor! E na Eucaristia, Ele quer comunicar-nos este seu amor pascal, vitorioso. Se o recebermos com fé, também nós podemos amar verdadeiramente a Deus e ao próximo, podemos amar como Ele nos amou, oferecendo a vida. 

Se o amor de Cristo estiver em mim, posso doar-me plenamente ao outro, na certeza interior que mesmo se o outro me ferir eu não morrerei; caso contrário, teria que me defender. Os mártires ofereceram a própria vida devido a esta certeza da vitória de Cristo sobre a morte. Só se experimentarmos este poder de Cristo, o poder do seu amor, seremos realmente livres de nos doarmos sem medo. É este o significado da Missa: entrar nesta paixão, morte, ressurreição, ascensão de Jesus; quando vamos à Missa é como se fôssemos ao calvário, a mesma coisa. Mas pensai: no momento da Missa vamos ao calvário — usemos a imaginação — e sabemos que aquele homem ali é Jesus. Mas, será que nos permitiríamos conversar, tirar fotografias, dar um pouco de espetáculo? Não! Porque é Jesus! Certamente estaríamos em silêncio, no pranto e também na alegria de sermos salvos. Quando entramos na Igreja para celebrar a Missa pensemos nisto: entro no calvário, onde Jesus oferece a sua vida por mim. E assim desaparece o espetáculo, desaparecem as tagarelices, os comentários e estas coisas que nos afastam de algo tão bonito que é a Missa, o triunfo de Jesus.

Penso que agora é mais claro que a Páscoa se torna presente e ativa todas as vezes que celebramos a Missa, ou seja, o sentido do memorial. A participação na Eucaristia faz-nos entrar no mistério pascal de Cristo, concedendo-nos a oportunidade de passar com Ele da morte para a vida, ou seja, no calvário. A Missa significa repercorrer o calvário, não é um espetáculo.


Saudações
Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações a todos vós, de modo particular ao grupo de Nova Suíça, Belo Horizonte: convido-vos a olhar com confiança o vosso futuro em Deus, levando o fogo do seu amor ao mundo. É a graça da Páscoa que frutifica na Eucaristia e que desejo abundante nas vossas vidas, famílias e comunidades. De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos!

Dirijo um pensamento especial também aos jovens, aos doentes e aos recém casados. Hoje celebramos a memória de Santa Cecília. Queridos jovens, seguindo o seu exemplo, crescei na fé e na dedicação ao próximo; queridos doentes, no sofrimento experimentai a ajuda de Cristo que está sempre ao lado de quem vive a provação; e vós, queridos recém-casados, tende o mesmo olhar de amor puro que teve Santa Cecília, para aprender a amar incondicionalmente. E rezemos a todos Santa Cecília: que nos ensine a cantar com o coração, que nos ensine o júbilo de ser salvos.

Fonte: Vaticano

sábado, 25 de novembro de 2017

Parto Normal após Cesárea? Sim. É possível!

Hoje em dia há muitos "mitos", medos e desconhecimentos sobre o parto normal-cesárea.

Infelizmente a maioria das nossas crianças nascem por via cesárea de forma desnecessária.

Seja por medo da mulher-mãe, por desconhecimento, seja por "má-fé" dos médicos que induzem a mãe a cesárea, mesmo que não precise e a mãe tendo dito que prefere o parto normal.

Há problema em a mulher escolher ter o filho por cesárea? Não!
Porém, ela pode esperar a hora que o filho está pronto para isso, sentir as "dores do parto", para que a criança não nasça de forma prematura, o que pode acarretar problemas de saúde.

No entanto, o normal é o Parto Normal! 
É impressionante que tenhamos que esclarecer algo que é óbvio!

Assim, de forma a esclarecer melhor sobre o assunto, resolvi postar aqui uns vídeos sobre o assunto feitos pela Déia e pelo Diba, da Comunidade Canção Nova, e que tiveram a experiência de terem seu Terceiro Filho por Parto Normal, em casa, após a recusa dos Hospitais em fazerem o mesmo, com o argumento de que não seria possível pois ela já tinha feito 2 cesáreas.

Assistam:



Relato de Parto: A visão do Marido:






Fonte: Déia e Tiba (YouTube)

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

RESPOSTA: Posso ser madrinha de batismo da minha sogra?

Ave Maria!

A minha sogra tem 65 anos e quer se batizar, posso ser a madrinha juntamente com um amigo nosso ?

Se você e o amigo forem:

Católicos
Crismados
Tiverem feito a 1 Comunhão
Forem casados na Igreja Católica ou solteiro (no caso dele)
Viverem conforme a fé (da Igreja Católica), participando das missas aos domingos, aproximando-se dos sacramentos, comungando.
Não podem ser padrinhos pessoas de outras religiões ou filosofias de vida, amasiados (união estável), divorciados, casados somente no civil ou em uma igreja de outra religião ou pessoas que não tenham uma conduta cristã condizente. 
Não tiverem nenhum pena canônica.

Podem! Não há nenhum impedimento.
Assim como sogra pode ser a madrinha da nora.

Fonte: Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Como ser adotado oficialmente como filho espiritual do Padre Pio?

Padre Pio Group | Nov 16, 2017 
 
Shutterstock-Igor Zh





Esse privilégio é concedido a todos aqueles que procuram viver uma vida de graça e aumentar cada vez mais a fé por meio de sua inspiração

Durante sua vida, Padre Pio foi Diretor Espiritual de muitos devotos que desejaram ficar sob sua especial orientação e proteção. Ele os chamava de seus “Filhos Espirituais” e sempre os advertia que se comportassem dignamente para que “não o deixassem passar vergonha perante Deus”.

Desde a morte de Padre Pio em 1968, o Convento Santa Maria delle Grazie em San Giovanni Rotondo estendeu esse privilégio a todos aqueles que procuram viver uma vida de graça e aumentar cada vez mais a fé por meio de sua inspiração.

Você também pode tornar-se Filho Espiritual de Padre Pio.

Condições para fazer parte da Associação dos Filhos Espirituais de Padre Pio de Pietrelcina:

1) Viver intensamente sob a graça divina.
2) Provar sua fé através de palavras e ações, levando uma vida verdadeiramente cristã.
3) Desejar permanecer sob a proteção de Padre Pio e participar dos frutos de suas orações e sofrimentos.
4) Imitar as virtudes de Padre Pio, particularmente seu amor por Jesus Crucificado, pelo Santíssimo Sacramento, por Nossa Senhora, pelo Papa e por toda a Igreja.
5) Ter um sincero espírito de caridade para com todos.

Se você concorda com as condições acima e deseja inscrever-se na Associação dos Filhos Espirituais de Padre Pio, faça o download da ficha abaixo. Para que seja registrado no Convento de Padre Pio, envie esta ficha preenchida e assinada pelo correio para:

Convento Santa Maria delle Grazie
71013 – San Giovanni Rotondo, FG
Italia

DOWNLOAD DA FICHA:
 
figli_spirituali.pdf
Download File

figli_spirituali.doc
Download File


(e não conseguir baixar as fichas, clique aqui)

NOTA IMPORTANTE: O Convento Santa Maria delle Grazie na Itália exige que os formulários sejam enviados por escrito e de próprio punho. Assim, somente a própria pessoa que deseja ser “Filho Espiritual” de Padre Pio pode inscrever-se. Portanto, você só pode inscrever a si mesmo e não pode inscrever nenhuma outra pessoa.

Fonte: Aletéia

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós! 

domingo, 19 de novembro de 2017

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa II


 

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 15 de novembro de 2017


Amados irmãos e irmãs, bom dia!

Continuamos com as catequeses sobre a Santa Missa. Para compreender a beleza da celebração eucarística desejo iniciar com um aspecto muito simples: a Missa é oração, aliás, é a oração por excelência, a mais elevada, a mais sublime, e ao mesmo tempo a mais “concreta”. Com efeito é o encontro de amor com Deus mediante a sua Palavra e o Corpo e Sangue de Jesus. É um encontro com o Senhor.

Mas primeiro temos que responder a uma pergunta. O que é realmente a oração? Antes de tudo, ela é diálogo, relação pessoal com Deus. E o homem foi criado como ser em relação pessoal com Deus que tem a sua plena realização unicamente no encontro com o seu Criador. O caminho da vida é rumo ao encontro definitivo com o Senhor.

O Livro do Génesis afirma que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, o qual é Pai e Filho e Espírito Santo, uma relação perfeita de amor que é unidade. Disto podemos compreender que todos nós fomos criados para entrar numa relação perfeita de amor, num contínuo doar-nos e receber-nos para assim podermos encontrar a plenitude do nosso ser.

Quando Moisés, diante da sarça ardente, recebeu a chamada de Deus, perguntou-lhe qual era o seu nome. E o que respondeu Deus? «Eu sou Aquele que sou» (Êx 3, 14). Esta expressão, no seu sentido originário, manifesta presença e favor, e com efeito imediatamente a seguir Deus acrescenta: «O Senhor, o Deus dos vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacob» (v. 15). Assim também Cristo, quando chama os seus discípulos, os chama para que estejam com Ele. Eis, por conseguinte, a maior graça: poder experimentar que a Missa, a Eucaristia é o momento privilegiado para estar com Jesus e, através d’Ele, com Deus e com os irmãos.

Rezar, como qualquer diálogo verdadeiro, significa saber também ficar em silêncio — nos diálogos há momentos de silêncio — em silêncio juntamente com Jesus. E quando vamos à Missa, talvez cheguemos cinco minutos antes e comecemos a falar com quem está ao nosso lado. Mas não é o momento para falar: é o momento do silêncio a fim de nos prepararmos para o diálogo. É o momento de se recolher no coração a fim de se preparar para o encontro com Jesus. O silêncio é tão importante! Recordai-vos do que disse na semana passada: não vamos a um espetáculo, vamos ao encontro com o Senhor e o silêncio prepara-nos e acompanha-nos. Permanecer em silêncio juntamente com Jesus. E do misterioso silêncio de Deus brota a sua Palavra que ressoa no nosso coração. O próprio Jesus nos ensina como é possível “estar” realmente com o Pai e no-lo demonstra com a sua oração. Os Evangelhos mostram-nos Jesus que se retira em lugares afastados para rezar; os discípulos, ao ver esta sua relação íntima com o Pai, sentem o desejo de poder participar nela, e pedem-lhe: «Senhor, ensina-nos a rezar» (Lc 11, 1). Assim ouvimos há pouco, na primeira Leitura, no início da audiência. Jesus responde que a primeira coisa necessária para rezar é saber dizer “Pai”. Estejamos atentos: se eu não for capaz de dizer “Pai” a Deus, não sou capaz de rezar. Temos que aprender a dizer “Pai”, ou seja, de nos pormos na sua presença com confiança filial. Mas a fim de poder aprender, é preciso reconhecer humildemente que precisamos de ser instruídos, e dizer com simplicidade: Senhor, ensina-me a rezar.

Este é o primeiro ponto: ser humildes, reconhecer-se filhos, repousar no Pai, confiar n’Ele. Para entrar no Reino dos céus é necessário fazer-se pequeninos como as crianças. No sentido de que as crianças sabem confiar, sabem que alguém se preocupará com elas, com o que hão de comer, com o que vestirão e assim por diante (cf. Mt 6, 25-32). Esta é a primeira atitude: confiança e confidência, como a criança com os pais; saber que Deus se recorda de ti, cuida de ti, de ti, de mim, de todos.

A segunda predisposição, também ela própria das crianças, é deixar-se surpreender. A criança faz sempre muitas perguntas porque deseja descobrir o mundo; e admira-se até com coisas pequenas porque para ela tudo é novo. Para entrar no Reino dos céus é preciso deixar-se surpreender. Na nossa relação com o Senhor, na oração — eu pergunto — deixamo-nos surpreender ou pensamos que a oração é falar a Deus como fazem os papagaios? Não, é confiar e abrir o coração para se deixar surpreender. Deixamo-nos maravilhar por Deus que é sempre o Deus das surpresas? Porque o encontro com o Senhor é sempre um encontro vivo, não é um encontro de museu. É um encontro vivo e nós vamos à Missa e não a um museu. Vamos a um encontro vivo com o Senhor.

No Evangelho fala-se de um certo Nicodemos (cf. Jo 3, 1-21), um idoso, uma autoridade em Israel, que vai procurar Jesus para o conhecer; e o Senhor fala-lhe da necessidade de “renascer do alto” (cf. v. 3). Mas que significa isto? Pode-se “renascer”? Voltar a ter o gosto, a alegria, a maravilha da vida, é possível, mesmo face a tantas tragédias? Esta é uma pergunta fundamental da nossa fé e este é o desejo de qualquer crente verdadeiro: o desejo de renascer, a alegria de recomeçar. Nós temos este desejo? Cada um de nós tem vontade de renascer sempre para se encontrar com o Senhor? Tendes este desejo? Com efeito, pode-se perdê-lo facilmente porque, por causa de tantas atividades, de tantos projetos a concretizar, no final temos pouco tempo e perdemos de vista o que é fundamental: a nossa vida do coração, a nossa vida espiritual, a nossa vida que é encontro com o Senhor na oração.

Na verdade, o Senhor surpreende-nos ao mostrar-nos que Ele nos ama até com as nossas debilidades: «Jesus Cristo [...] é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo» (1 Jo 2, 2). Este dom, fonte de verdadeira consolação — mas o Senhor perdoa-nos sempre — conforta, é uma verdadeira consolação, é um dom que nos é concedido através da Eucaristia, aquele banquete nupcial no qual o Esposo encontra a nossa fragilidade. Posso dizer que quando recebo a comunhão na Missa, o Senhor encontra a minha fragilidade? Sim! Podemos dizê-lo porque isto é verdade! O Senhor encontra a nossa fragilidade para nos reconduzir à nossa primeira chamada: ser à imagem e semelhança de Deus. É este o ambiente da Eucaristia, é esta a oração.


Saudação
Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, vindos de Portugal e do Brasil. Queridos amigos, sois chamados a ser testemunhas da alegria no mundo, transfigurados pela graça misericordiosa que Jesus nos dá na Santa Missa. Desça sobre vós e sobre vossas famílias a bênção de Deus.

Fonte: Vaticano

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

RESPOSTA: Uma pessoa pode ser Batizada e/ou Crismada mais de uma vez?

Ave Maria!

Se uma pessoa ja foi crismada e só depois ela descobriu que a madrinha nao atende a alguns criterios do Can 893 e 874, ela pode fazer crisma novamente ou permanece do jeito que já está?

Questão interessante!

É uma pena que a pessoa só tenha observado que sua escolhida não atendia aos requisitos após a recepção do Sacramento. 
Essa é uma questão importante e que deve ser observada antes da escolha. 
Vez que o padrinho/madrinha tem a função de acompanhar e orientar o afilhado na vida cristã.
Espero, de coração, que, não obstante isso, ela tenha se feito presente na vida da afilhada e a orientado de forma correta, conforme ensina a Igreja.

Bem. Quanto a questão.

O Código de Direito Canônico determina que:

Cân 845 - § 1. Os sacramentos do batismo, confirmação e ordem, já que imprimem caráter, não podem ser repetidos.

E o Catecismo da Igreja Católica ao tratar do assunto ensina:

"Como o Batismo, do qual é consumação, a Confirmação é dada uma só vez, pois imprime na alma uma marca espiritual indelével, o "caráter", que é o sinal de que Jesus Cristo assinalou um cristão com o selo de seu Espírito, revestindo-o da força do alto para ser sua testemunha" 
(CIC n. 1304) 

Quanto a não observância do disposto no Cân. 874 há um comentário de rodapé no Código de Direito Canônico onde se diz:

"874. Fora das condições do § 1, requeridas pela própria natureza das coisas, não parece que as qualidades expressas neste cânon afetem à validade, mas apenas à liceidade da designação do padrinho."

Quanto a não ser o mesmo padrinho do Batismo não há problema, vez que o Código de Direito Canônico não obriga isso, apenas diz ser mais conveniente.

Cân 893. § 2. É conveniente que se assuma como padrinho o mesmo que assumiu esse encargo no batismo.

Resumindo: Fica como está!

Mas, sugiro que, conforme for a não observância do Can 874, a afilhada converse com a madrinha e esta, se puder, regule sua situação perante a Igreja Católica.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica e Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa


PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Quarta-feira, 8 de novembro de 2017


 

Amados irmãos e irmãs, bom dia!

Iniciamos hoje uma nova série de catequeses, que fixará o olhar no “coração” da Igreja, ou seja, na Eucaristia. Para nós cristãos, é fundamental compreender bem o valor e o significado da Santa Missa, a fim de viver cada vez mais plenamente a nossa relação com Deus.

Não podemos esquecer o grande número de cristãos que, no mundo inteiro, em dois mil anos de história, resistiram até à morte para defender a Eucaristia; e quantos, ainda hoje, arriscam a vida para participar na Missa dominical. No ano de 304, durante as perseguições de Diocleciano, um grupo de cristãos, do norte de África, foram surpreendidos a celebrar a Missa numa casa e foram aprisionados. O procônsul romano, no interrogatório, perguntou-lhes por que o fizeram, sabendo que era absolutamente proibido. E eles responderam: «Sem o domingo não podemos viver», que significava: se não podemos celebrar a Eucaristia, não podemos viver, a nossa vida cristã morreria.

Com efeito, Jesus disse aos seus discípulos: «se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia» (Jo 6, 53-54).

Aqueles cristãos do norte de África foram assassinados porque celebravam a Eucaristia. Deixaram o testemunho de que se pode renunciar à vida terrena pela Eucaristia, porque ela nos dá a vida eterna, tornando-nos partícipes da vitória de Cristo sobre a morte. Um testemunho que nos interpela a todos e exige uma resposta acerca do que significa para cada um de nós participar no Sacrifício da Missa e aproximarmo-nos da Mesa do Senhor. Estamos à procura daquela nascente da qual “jorra água viva” para a vida eterna?, que torna a nossa vida um sacrifício espiritual de louvor e de agradecimento e faz de nós um só corpo com Cristo? É este o sentido mais profundo da sagrada Eucaristia, que significa “agradecimento”: agradecimento a Deus Pai, Filho e Espírito Santo que nos abrange e nos transforma na sua comunhão de amor.

Nas próximas catequeses gostaria de responder a algumas perguntas importantes sobre a Eucaristia e a Missa, a fim de redescobrir, ou descobrir, como o amor de Deus resplandece através deste mistério da fé.

O Concílio Vaticano II foi fortemente animado pelo desejo de levar os cristãos a compreender a grandeza da fé e a beleza do encontro com Cristo. Por este motivo era necessário antes de mais realizar, com a ajuda do Espírito Santo, uma adequada renovação da Liturgia, porque a Igreja vive continuamente dela e renova-se graças a ela.

Um tema central que os Padres conciliares frisaram foi a formação litúrgica dos fiéis, indispensável para uma verdadeira renovação. E é precisamente esta também a finalidade deste ciclo de catequeses que hoje iniciamos: crescer no conhecimento do grande dom que Deus nos concedeu na Eucaristia.

A Eucaristia é um acontecimento maravilhoso no qual Jesus Cristo, nossa vida, se faz presente. Participar na Missa «é viver outra vez a paixão e a morte redentora do Senhor. É uma teofania: o Senhor torna-se presente no altar para ser oferecido ao Pai pela salvação do mundo» (Homilia, Santa Marta, 10 de fevereiro de 2014). O Senhor está ali connosco, presente. Muitas vezes nós vamos ali, olhamos para as coisas, falamos entre nós enquanto o sacerdote celebra a Eucaristia... e não celebramos ao lado d’Ele. Mas é o Senhor! Se hoje viesse aqui o Presidente da República ou qualquer pessoa muito importante do mundo, certamente todos estaríamos perto dela, e gostaríamos de a saudar. Mas repara: quando tu vais à missa, o Senhor está lá! E tu distrais-te. É o Senhor! Devemos pensar nisto. “Padre, mas as missas são tediosas" “Que dizes, o Senhor é tedioso?"Não, a Missa não, os sacerdotes" — "Ah, que os sacerdotes se convertam, mas é o Senhor quem está ali!”. Está claro? Não o esqueçais. «Participar na Missa é como viver outra vez a paixão e a morte redentora do Senhor».

Procuremos agora fazer-nos algumas perguntas simples. Por exemplo, por que fazemos o sinal da cruz e o ato penitencial no início da Missa? E aqui gostaria de fazer outro parêntese. Vistes como fazem as crianças o sinal da cruz? Não se sabe o que fazem, se é o sinal da cruz ou um desenho. Fazem assim [o Papa fez um gesto desajeitado]. É preciso ensinar bem às crianças a fazer o sinal da cruz. Assim começa a Missa, assim começa a vida, assim começa o dia. Isto significa que somos remidos com a cruz do Senhor. Olhai para as crianças e ensinai-lhes a fazer bem o sinal da cruz. E aquelas Leituras, na Missa, porque se fazem? Por que se lêem ao domingo três Leituras e nos outros dias duas? Por que estão ali, o que significa a Leitura da Missa? Por que se lêem e o que têm a ver? Ou então, por que a um certo ponto o sacerdote que preside à celebração diz: “Corações ao alto?”. Não diz: “Telefones ao alto para fazer fotografias!”. Não, não é agradável! E digo-vos que me causa muita tristeza quando celebro aqui na Praça ou na Basílica e vejo tantos telefones elevados, não só dos fiéis, mas até de alguns sacerdotes e bispos. Por favor! A Missa não é um espetáculo: significa ir encontrar a paixão e a ressurreição do Senhor. Por isso o sacerdote diz: “Corações ao alto”. Que significa isto? Recordai-vos: não levanteis os telefones.

É muito importante voltar aos fundamentos, redescobrir aquilo que é essencial, através do que se toca e se vê na celebração dos Sacramentos. O pedido do apóstolo São Tomé (cf. Jo 20, 25), para poder ver e tocar as chagas dos pregos no corpo de Jesus, é o desejo de poder de alguma forma “tocar” Deus para acreditar nele. O que São Tomé pede ao Senhor é aquilo de que todos nós precisamos: vê-lo e tocar nele para o poder reconhecer. Os Sacramentos vêm ao encontro desta exigência humana. Os Sacramentos, e a celebração eucarística de maneira especial, são os sinais do amor de Deus, os caminhos privilegiados para nos encontrarmos com Ele.

Assim, através destas catequeses que hoje começam, gostaria de redescobrir juntamente convosco a beleza que se esconde na celebração eucarística, e que, quando é revelada, dá pleno sentido à vida de cada um. Nossa Senhora nos acompanhe neste novo percurso. Obrigado.


Saudações

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular os fiéis da diocese de Santo Ângelo, desejando-vos que cresçais sempre mais no amor e na adoração da Eucaristia, para que este Sacramento possa continuar a plasmar as vossas comunidades.

Por fim, saúdo os jovens, os doentes e os recém-casados. A hodierna memória dos Santos Mártires, cujas relíquias estão conservadas aqui na Basílica de São Pedro, aumente em vós, queridos jovens, a atenção ao testemunho cristão até nos contextos difíceis; ajude a vós, amados doentes, a oferecer os vossos sofrimentos em apoio dos tantos cristãos perseguidos; encoraje a vós, estimados recém-casados, a confiar na ajuda de Deus e não só nas vossas capacidades.

Fonte: Vaticano 

domingo, 12 de novembro de 2017

Do que adianta ir à Missa se eu não posso comungar?

Pe. Henry Vargas Holguín | Nov 06, 2017 
 
Corinne Simon I Ciric
22 août 2017 : Messe lors de l'Université d'été d'Acteurs d'Avenir. Eglise d'Ury (77), France.

Não seria pior deixar de ir à Missa e aumentar o abismo entre você e Deus?

A misericórdia de Jesus para com os homens não diminuiu nunca, apesar da resistência que Ele encontrou e encontra até hoje. Seu amor pelos seres humanos é profundo e capaz de conduzi-los à vida eterna, à salvação. Além disso, o amor de Cristo é imenso, sincero e atingir a todos.

É o que o Evangelho nos transmite com a imagem do bom pastor. Jesus, o bom pastor, vai buscar a ovelha perdida e, se ela se deixa encontrar, confiando em seu pastor, Ele a salvará.

Ele é o Bom Pastor de todas as almas. Ele as conhece pelo nome e vai ao seu encontro, principalmente ao encontro das ovelhas perdidas; não quer deixar nenhuma solta no monte.

Deus quer salvar o salvável. Jesus não dá ninguém por perdido. Ele nos ajuda, embora tenhamos cometido pecado.

Sua atitude, quando alguma ovelha se afasta, é favorecer seu retorno.

Esses tipos de ovelhas ou de fiéis devem ser conscientes de que estão sendo convidados a se aproximar de Deus e a lutar para que essa proximidade seja cada dia mais plena e perfeita.

O cristão que está consciente de que está distante de Jesus, seja essa distância motivada por qualquer razão, deve permitir que a luz divina ilumine cada vez mais o seu interior. Em meio ao pecado, é preciso mostrar-se para que Deus veja que ele tem essa abertura a Ele. É o que Deus espera quando, pela boca de Jesus, diz “Bem-aventurados os servos a quem o senhor achar vigiando” (Lucas 12,37).

Os fiéis distantes de Deus, que não podem comungar, mal fariam em manter ou, pior ainda, em ampliar a distância ou o abismo que o separa de Deus. É preciso reduzir essa distância.

Como? Há várias maneiras, entre elas:
  1. Recuperar e cultivar o sentido da transcendência, da dimensão religiosas, da sensibilidade espiritual;
  2. Confessar-se o quanto antes;
  3. Recuperar a vida de oração, com atitude penitencial e com o coração humilde. Volte a rezar o Santo Rosário, participe da Missa dominical, fazendo a comunhão espiritual etc.
  4. Com a mesma atitude penitencial ou de conversão, oferecer na oração as boas obras, obras de misericórdia pelos outros (vivos ou mortos);
  5. Oferecer a Deus a sua vida, os seus sacrifício e sofrimentos;
  6. Ler a palavra de Deus, a vida dos santos, o catecismo. Tudo isso fortalece a fé;
  7. Oferecer-se para algum serviço na Igreja.
Os fiéis que não podem ou não querem confessar devido, entre outras coisas, à falta de interesse e, como consequência não podem comungar são convidados a fazer a sua parte para que não desapareça o vínculo da unidade que possa existir entre eles e Deus.

De qualquer forma, esses fiéis não podem perder de vista a Santa Missa, principalmente a Missa Dominical. O fato de não assistir à Missa inteira aumenta a distância com Deus.

Alguém poderia dizer: Do que adianta ir à Missa aos domingos se eu não posso comungar? 

Se você está nessa situação e está indo à Missa, saiba que você está fazendo muito: para si mesmo (pois é uma maneira de se interessar por sua salvação) e para os outros (pois você pode oferecer a Deus o sacrifício redentor de Cristo, participando ativamente com a própria oração).

Se você pode ou não comungar é outra coisa. O preceito de “assistir Missas inteiras aos domingos e dias santos” é independente da comunhão. Quem assiste à Missa sem poder comungar não está impedido de rezar, participando, assim, ativamente da missa.

Só existe a obrigação de comungar apenas uma vez por Páscoa de Ressureição (Cânon 920). Isso pressupõe no mínimo a confissão sacramental uma vez ao ano (Cânon 989).

Por outro lado, é preciso dizer que a comunhão eucarística é o que há de mais sublime, inefável e importante para que o fiel esteja em graça e em perfeita união com Deus. Mas também é certo que essa não é a única maneira de estar unido a Ele e de amá-lo.

Durante a Missa, a oração de quem não pode comungar, principalmente a oração de arrependimento, é muito útil, assim como a oração que motiva a conversão.

A oração ajuda para que a fé não diminua, ajuda a não continuar pecando, a não se distanciar de Deus e a ter o perdão de Deus, juntamente com a confissão.

A Igreja recomenda, inclusive, a recorrer à comunhão espiritual quando não for possível receber a Eucaristia por estar em pecado mortal.

Além disso, a oração feita pelos outros, vivos ou mortos, tem um efeito muito importante: a oração retroalimenta. Assim, pois, se rezamos por alguém, ao mesmo tempo estamos nos ajudando, pois seu efeito espiritual nos faz sermos mais sensíveis diante dos mistérios de Deus e mais dispostos a cumprir sua vontade.

Fonte: Aletéia

Clique em COMUNHÃO ESPIRITUAL para saber mais.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

RESPOSTA: Batismo de Fogueira? Batismo sem Padrinho?

Ave Maria!

Bom dia! Sou adulta e queria batizar. Quando era criança meu pai nao autorizou meu batismo na igreja catolica, porem minha bisavó materna fez o batismo de fogueira. Não lembro de muita coisa, eu tinha uns 5 anos. TEnho muita vontade de batizar, porém meus padrinhos sao falecidos e eu não consigo imaginar ninguém no lugar deles, e me sinto muito mal só de pensar na possibilidade de substitui-los. Existe alguma possibilidade da igreja validar esse batismo? Ouq eu possa batizar sem padrinhos? Obrigada

Bem, não há Batismo de Fogueira.

Além do Batismo tradicional da Igreja, feito na água, por Imersão ou por Aspersão, há o Batismo de Desejo e o Batismo de Sangue.

O que é Batismo de Desejo?
A Igreja reconhece o batismo de desejo aos catecúmenos, e também todos aqueles que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade.

O que é Batismo de Sangue?
Uma vez que Cristo morreu pela salvação de todos, podem ser salvos mesmo sem Batismo todos os que morrem por causa da fé.

Esse batismo de sangue, assim como o de desejo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.

Leia mais sobre Batismo clicando em Sacramento do Batismo


Assim:

Existe alguma possibilidade da igreja validar esse batismo (de fogueira)?

Creio que não!


Eu possa batizar sem padrinhos?

Não!
O Código de Direito Canônico exige que o batizando-crismando tenha um padrinho.


O que fazer?


Primeiro.
Você não é Batizada.
Não recebeu o Batismo em nenhuma Igreja Cristã.
Mas quer ser batizada agora na Igreja Católica.
Então, você deve:

1) Procurar a Paróquia (Igreja) próximo a sua casa

2) Informar-se sobre a Catequese de Adultos e inscrever-se

Como você não recebeu nenhum Sacramento da Iniciação Cristã, após fazer a Catequese de Adultos você, além de receber o Sacramento do Batismo, receberá ainda (se não houver impedimentos) os Sacramentos da Eucaristia e da Crisma.

3) Quanto aos Padrinhos

Para ser Batizado e Crismado a Igreja exige que o fiel tenha Padrinho.

E qual a função do Padrinho/Madrinha? Orientar o fiel, acompanhá-lo e aconselhá-lo, na sua vida cristã.

Sei que antigamente tinha-se o hábito de escolher um santo(a) para padrinho/madrinha. Portanto, uma pessoa já falecida. Converse com o pároco, ele saberá esclarecer melhor suas dúvidas e te orientará da melhor forma sobre a possibilidade de pessoas já falecidas serem seus padrinhos e a presença de representantes deles no dia.

Para receber o Sacramento do Batismo o Batizando precisa de 1 padrinho E/OU 1 madrinha (portanto, pode ser só um pessoa ou um casal);

Para receber o Sacramento do Crisma o Crismando precisa de 1 padrinho OU 1 madrinha (portanto, só pode uma pessoa).

Para a pessoa ser Padrinho e/ou Madrinha é preciso que:

1) Seja designado pelo batizando ou por seus pais, ou no caso de ausência pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;

2) Tenha completado 16 anos de idade;

3) Seja Católico, confirmado (crismado);

4) Já tenha recebido o Sacramento da Eucaristia;

5) Leve uma vida de acordo com a fé (católica) e o encargo que vai assumir;

Não podem ser padrinhos pessoas de outras religiões ou filosofias de vida, amasiados (união estável), divorciados, casados somente no civil ou em uma igreja de outra religião ou pessoas que não tenham uma conduta cristã condizente.
 
6) Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;

7) Não seja pai ou mãe do batizando (nem esposo(a) de uma pessoa adulta que irá se batizar); 

8) Solteiro ou Casado na Igreja Católica.

(Lembrando que, como esse "batismo" de fogueira não é válido, na prática, não houve batismo e, assim, não há padrinhos).

Fonte: Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

domingo, 5 de novembro de 2017

RESPOSTA: Quem vive em União Estável não pode ser Crismado!

Ave Maria!

Minha cunhada é adulta e vai ser batizada agora. 
Ela quer se crismar também, só que ela vive uma união estável. 
Pode se crismar nessa situação? 

Não!

Regra geral, o Adulto quando faz a Catequese, ao final, receberá todos os Sacramentos da Iniciação Cristã que lhe faltam.

Pelo visto, no caso de sua cunhada, ela não tem nenhum, assim, deveria recebê-los.

Eles são: Batismo, Eucaristia e Crisma.

Ocorre que para receber os Sacramentos da Eucaristia e da Crisma o fiel deve aproximar-se do Sacramento da Penitência (Cân 889) antes, ou seja, confessar-se com o Sacerdote e receber a absolvição dos pecados; porém, as pessoas que vivem em União Estável (não casaram na Igreja Católica) não podem receber a absolvição, desta feita, não podem também aproximar-se e receber os Sacramentos da Eucaristia e da Crisma.

E qual a solução?

Ela deve, se não tiver nenhum impedimento, receber o Sacramento do Matrimônio antes.
Para isso, ela deve procurar a Paróquia que frequenta, levando o Batistério dela e do companheiro (ou só dele, já que ela ainda não é batizada), e dá entrada nos proclamas. Em pouco mais de 2 ou 3 meses eles poderão casar, e depois disso, ela pode aproximar-se dos outros Sacramentos: Penitência, Eucaristia e Crisma.

Você pode se perguntar o que impediria de receber o Sacramento do Matrimônio.
Dentre outros:

1) Um dos dois já terem recebido esse Sacramento na Igreja Católica;
2) Ela viver em união estável com pessoa do mesmo sexo.

Fonte: Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!
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