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sábado, 31 de março de 2018

sexta-feira, 30 de março de 2018

É proibido ouvir confissões na Sexta-feira e no Sábado Santos?

CONFESSIONAL



Na Sexta-feira e no Sábado Santos, “segundo antiquíssima tradição, a Igreja não celebra de forma alguma os sacramentos”. Mas e quanto aos sacramentos de cura?


Vê-se, todos os anos, muita confusão a respeito da possibilidade da administração das confissões durante a Sexta-Feira e o Sábado Santos.

Alguns sacerdotes, inclusive especialistas em liturgia, afirmam erroneamente que as rubricas do Missal proíbem a celebração do sacramento da Penitência durante a Sexta-Feira e o Sábado Santos.

No entanto, esta afirmação é incorreta.

Eis o que o Missal realmente diz.

As edições de 1970 e de 1975 do Missale Romanum (Novus Ordo) (usando a linguagem tradicional usada pelo Papa Inocêncio III, † 1216) afirmam o seguinte a respeito da Sexta-Feira e do Sábado Santos: Hac et sequenti die, Ecclesia, ex antiquissima traditione, sacramenta penitus non celebrat (Hoje e amanhã, segundo antiquíssima tradição, a Igreja não celebra os sacramentos — pg. 254 da edição da Paulus).

No entanto, já que se trata de um Missal (ou seja, de um livro para a celebração da Missa), sacramento refere-se apenas à Eucaristia, Santa Missa e não aos outros sacramentos. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos esclareceu esta rubrica em sua revista oficial Notitiae [1977 – no. 137 (Dezembro) p. 602].


Padre Pio no confessionário

Na edição de 2002 do Missale Romanum, no mesmo parágrafo a dúvida foi sanada. Assim foi modificado o texto citado acima (a ênfase é minha):

Hac et sequenti die, Ecclesia, ex antiquissima traditione, sacramenta, praeter Paenitentiae et Infirmorum Unctionis, penitus non celebrat…
(Hoje e amanhã, segundo antiquíssima tradição, a Igreja não celebra de forma alguma os sacramentos, exceto os da Penitência e da Unção dos Enfermos.)

Os sacerdotes não somente podem, mas deveriam ouvir confissões na Sexta-Feira e no Sábado Santos, pois se trata de dias especialmente dedicados à penitência. Aliás, aproveitando a deixa, é bom lembrar que não somente é permitido, mas igualmente apropriado que haja um sacerdote ouvindo confissões enquanto outro celebra a Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum 76 e a resposta da Congregação ao “Dubium” em Notitiae 37 (2001) pp. 259-260).

Ter um sacerdote no confessionário antes e mesmo durante a Missa dominical ou festiva é uma forma de dar a oportunidade de os fiéis que mais necessitam (os doentes espiritualmente) receberem este remédio espiritual que, de outra forma, não buscariam.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de março de 2018

Dicas IMPORTANTES para Participar da Páscoa!

Acabou a Quaresma.

Inicia-se o Tríduo Pascal, período de graça e conversão, Quinta, Sexta e Sábado não são considerados Dias Santos pela Igreja - sendo-o apenas o Domingo de Páscoa -, mas é bom que o Católico vivencie esses dias com o Cristo




Pela Sua Dolorosa Paixão
Tende Misericórdia de Nós e do Mundo Inteiro!

Por que os católicos não comem carne na sexta-feira?





Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

quarta-feira, 28 de março de 2018

Cabeleireiros dão dicas de como fazer a transição e manter os fios brancos

  Especialista diz que hoje não é mais considerado sinal de descuido deixar fios brancos

Andrea Roschel tingia os cabelos desde os 16 anos e resolveu adotar os fios brancos
Lara Pires 
 
"Já tive o cabelo de várias cores: la­ranja, com mechas azuis. E fazia cortes malucos também”, conta Andrea Ros­chel, 42, professora de arte. Quando se divorciou e passou por uma fase difícil, a quantidade de cabelos brancos, até então pequena, aumentou muito.

"Rapei a cabeça para tirar os fios com tintura e começar uma nova fase. Queria mudar e assumir os cabelos brancos de vez", lembra ela.

Para fazer a transição, o cabeleireiro Gui Orbêa, "beauty artist" no Red Studio SP, afirma que a mudança não precisa ser tão radical. "A melhor coisa é reduzir o comprimento aos poucos, conforme o cabelo for crescendo."

Edu Alves, cabeleireiro do Retrô Hair, também sugere outra alternativa. "Dá para fazer luzes loiras nos fios escuros para que eles se misturem aos brancos e todo o cabelo fique mais claro."

O fio branco é mais poroso, fica mais frisado e não tem nada de melanina, responsável por dar cor aos fios. Por is­so, amarela facilmente. "Indico sempre um xampu com pigmento violeta, que ajuda a tirar esse amarelado", ensina Alves. "Lavar o cabelo com água filtra da também é bom", aconselha.

De acordo com o especialista, hoje não é mais considerado sinal de descuido deixar os fios brancos. "Percebo que homens e mulheres têm assumido os cabelos naturais. As mulheres que tomam essa decisão normalmente têm personalidade forte e não se importam com a opinião alheia."
Fonte: Uol

terça-feira, 27 de março de 2018

RESPOSTA: Fui convidado para ser padrinho de consagração, não sou crismado. Posso aceitar o convite?

Ave Maria!

Fui convidado para ser padrinho de consagração mas não sou crismado
Posso aceitar o convite?


Primeiro: Parabéns pelo convite! Eu ainda não tinha visto Padrinho de Consagração, só Madrinha. 

Segundo: O ideal e pedido é que o Padrinho seja Crismado; porém, como você será o Padrinho de Consagração, sugiro que aceite o convite, mas se inscreva na Catequese de Adultos para receber o Sacramento do Crisma. Desta forma, se for chamado para ser o Padrinho de Batismo ou de Crisma, não terá problemas.

O ideal é que os católicos recebam TODOS os Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia (1 Comunhão) e Crisma.

Veja mais sobre os Padrinhos em: Perguntas e Respostas sobre os Padrinhos

segunda-feira, 26 de março de 2018

Por que cobrimos as imagens sacras na Quaresma?

 

 

Na Quaresma, enquanto os fiéis começam a se preparar com mais força para a Páscoa, as imagens de nossas igrejas são cobertas com um véu. Mas de onde vem, afinal, esse costume e o que ele significa?

 
De onde vem o costume católico de velar as imagens sacras durante o tempo litúrgico da Quaresma?
 
A resposta para essa questão deve ser encontrada na riquíssima arquitetura litúrgica da Igreja. Em primeiro lugar, não é verdade que as imagens sejam cobertas por toda a Quaresma, mas somente nos dias que precedem a Paixão do Senhor, mais exatamente a partir do 5.º Domingo da Quaresma.

Diferentemente do Missal Romano de 1962, as rubricas do Missal de Paulo VI não preveem mais a obrigatoriedade dessa prática (cf. Paschalis Sollemnitatis, n. 26). Cabe às Conferências Episcopais discernir a oportunidade de se manter esse costume em cada região, a depender da recepção cultural que o acompanha. Como o Brasil é um país de antiga tradição católica, não há problema algum na sua observância.

Mais importante que a letra da rubrica, porém, é compreender o seu significado. Ao velar o crucifixo, até a Sexta-feira Santa, e as imagens dos santos, até a Vigília Pascal, a Igreja antecipa o luto pela morte de seu Senhor, incutindo nos fiéis uma mortificação à sua visão.

O foco das leituras também é outro: nas primeiras semanas da Quaresma, os textos litúrgicos chamavam sobretudo à penitência e à conversão pessoais; a partir da 5.ª semana da Quaresma — que, no calendário antigo, se chamava simplesmente 1.º Domingo da Paixão —, os fiéis começam a ouvir as narrativas do Evangelho de São João, chamados a manter o olhar fixo em Jesus crucificado, não tanto com os olhos da carne, mas com os da alma.

Em sua pedagogia de mãe, portanto, a Igreja introduz-nos em um mistério. Neste fim de semana, as cruzes são veladas, mas, na Sexta-feira da Paixão, novamente elas são descobertas e dadas à adoração dos fiéis.

Com esse gesto, os católicos, evidentemente, não adoramos um pedaço de madeira ou de gesso (cf. S. Th., III, q. 25, a. 4), mas o amor de Cristo que se manifestou na Cruz. Aproveitemos esse tempo de silêncio e sobriedade, intensifiquemos a nossa vida de penitência e meditemos sobre o infinito amor do Senhor, o qual, “amando os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1).


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

domingo, 25 de março de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa XIV


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 21 de março de 2018



Estimados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o primeiro dia de primavera: boa primavera! Mas o que acontece na primavera? Florescem as plantas, florescem as árvores. Far-vos-ei algumas perguntas. Uma árvore ou uma planta doentes, florescem bem, se estão doentes? Não! Uma árvore, uma planta que não for regada pela chuva ou artificialmente, pode florescer bem? Não! E uma árvore ou uma planta das quais foram tiradas as raízes, ou que não as têm, podem florescer? Não! Mas pode-se florescer sem raízes? Não! E esta é uma mensagem: a vida cristã deve ser uma vida que precisa de florescer em obras de caridade, em gestos de bem. Mas se tu não tens raízes, não poderás florescer; e quem é a raiz? Jesus! Se ali, nas raízes, não estiveres com Jesus, não florescerás! Se não regares a tua vida com a oração e os sacramentos, terás flores cristãs? Não! Porque a oração e os sacramentos irrigam as raízes e a nossa vida floresce. Faço-vos votos a fim de que esta primavera seja para vós uma primavera florida, como será a Páscoa florescida. Florida de boas obras, de virtudes, de gestos de bem para os outros. Recordai isto, é um pequeno verso muito bonito da minha Pátria: “O que a árvore tem de florescido vem daquilo que tem de enterrado”. Nunca cortemos as raízes com Jesus.

E agora continuemos com a catequese sobre a Santa Missa. A celebração da Missa, da qual percorremos os vários momentos, visa a Comunhão, ou seja, a nossa união com Jesus. A comunhão sacramental: não a comunhão espiritual, que podes fazer em casa, dizendo: “Jesus, gostaria de te receber espiritualmente”. Não, a comunhão sacramental, com o corpo e o sangue de Cristo. Celebramos a Eucaristia para nos alimentarmos de Cristo, que se oferece a nós quer na Palavra quer no Sacramento do altar, para nos conformar-nos com Ele. É o próprio Senhor quem o diz: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e Eu nele» (Jo 6, 56). Com efeito, o gesto de Jesus que deu aos discípulos o seu Corpo e Sangue na última Ceia, continua ainda hoje através do ministério do sacerdote e do diácono, ministros ordinários da distribuição do Pão da vida e do Cálice da salvação aos irmãos.

Na Missa, depois de ter partido o Pão consagrado, ou seja, o corpo de Jesus, o sacerdote mostra-o aos fiéis, convidando-os a participar no banquete eucarístico. Conhecemos as palavras que ressoam do santo altar: «Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo». Inspirado num trecho do Apocalipse — «Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro» (Ap 19, 9): diz “núpcias” porque Jesus é o Esposo da Igreja — este convite chama-nos a experimentar a íntima união com Cristo, fonte de alegria e de santidade. É um convite que rejubila e, ao mesmo tempo, impele a um exame de consciência, iluminado pela fé. Com efeito, se por um lado vemos a distância que nos separa da santidade de Cristo, por outro acreditamos que o seu Sangue é «derramado para a remissão dos pecados». Todos nós fomos perdoados no batismo, e todos nós somos perdoados ou seremos perdoados cada vez que nos aproximarmos do sacramento da penitência. E não nos esqueçamos: Jesus perdoa sempre. Jesus não se cansa de perdoar. Somos nós que nos cansamos de pedir perdão. Precisamente pensando no valor salvífico deste Sangue, Santo Ambrósio exclama: «Eu, que peco sempre, devo ter sempre à disposição o remédio» (De sacramentis, 4, 28: pl 16, 446a). Nesta fé, também nós dirijamos o olhar para o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, e invoquemo-lo: «Ó Senhor, não sou digno de participar na vossa mesa: mas dizei uma só palavra e eu serei salvo». Dizemos isto em cada Missa.

Somos nós que nos movemos em procissão para receber a Comunhão, caminhamos rumo ao altar em procissão para receber a Comunhão, mas na realidade é Cristo que vem ao nosso encontro para nos assimilar a si. Há um encontro com Jesus! Nutrir-se da Eucaristia significa deixar-se transformar naquilo que recebemos. Santo Agostinho ajuda-nos a compreender isto, quando narra acerca da luz recebida ao ouvir Cristo dizer: «Eu sou o alimento dos grandes. Cresce, e comer-me-ás. E não serás tu que me transformarás em ti, como o alimento da tua carne, mas tu serás transformado em mim» (Confissões, VII, 10, 16: pl 32, 742). Cada vez que recebemos a Comunhão, assemelhamo-nos mais a Jesus, transformamo-nos mais em Jesus. Do mesmo modo que o pão e o vinho são transformados no Corpo e Sangue do Senhor, assim quantos os recebem com fé são transformados em Eucaristia viva. Ao sacerdote que, distribuindo a Eucaristia, te diz: «O Corpo de Cristo», tu respondes: «Amém», ou seja, reconheces a graça e o compromisso que comporta tornar-se Corpo de Cristo. Pois quando recebes a Eucaristia, tornas-te corpo de Cristo. Isto é bonito, é muito bonito. Enquanto nos une a Cristo, arrancando-nos dos nossos egoísmos, a Comunhão abre-nos e une-nos a todos aqueles que são um só nele. Eis o prodígio da Comunhão: tornamo-nos aquilo que recebemos!

A Igreja deseja profundamente que também os fiéis recebam o Corpo do Senhor com hóstias consagradas na própria Missa; e o sinal do banquete eucarístico exprime-se com maior plenitude se a sagrada Comunhão for feita sob as duas espécies, não obstante saibamos que a doutrina católica ensina que sob uma só espécie recebemos Cristo inteiro (cf. Ordenamento Geral do Missal Romano, 85; 281-282). Segundo a praxe eclesial, o fiel aproxima-se normalmente da Eucaristia em forma processional, como dissemos, e comunga de pé, com devoção, ou então de joelhos, como estabelece a Conferência episcopal, recebendo o sacramento na boca ou, onde for permitido, nas mãos, como preferir (cf. OGMR, 160-161). Após a Comunhão, o silêncio, a oração silenciosa, ajuda-nos a conservar no coração o dom recebido. Prolongar um pouco aquele momento de silêncio, falando com Jesus no coração, ajuda-nos muito, assim como cantar um salmo ou um hino de louvor (cf. OGMR, 88), que nos ajude a estar com o Senhor.

A Liturgia eucarística é concluída pela oração depois da Comunhão. Nela, em nome de todos, o sacerdote dirige-se a Deus para lhe dar graças por nos ter tornado seus comensais e pede que aquilo que recebemos transforme a nossa vida. A Eucaristia revigora-nos a fim de darmos frutos de boas obras para viver como cristãos. É significativa a oração de hoje, na qual pedimos ao Senhor que «a participação nos seu sacramento seja para nós remédio de salvação, nos cure do mal e nos confirme na sua amizade» (Missal Romano, Quarta-Feira da 5ª Semana de Quaresma). Aproximemo-nos da Eucaristia: receber Jesus que nos transforma nele torna-nos mais fortes. O Senhor é tão bom e tão grande!

Fonte: Vaticano

sexta-feira, 23 de março de 2018

Por que a luta contra o aborto é também uma luta em favor das mulheres

Reprodução

Se no mundo das ideias o aborto traz a impressão de significar a liberdade da mulher, na vida real ele é muitas vezes um fator de perpetuação de abuso sexual


Quando se fala da luta contra o aborto, costuma-se pensar que se trata de uma batalha unicamente em favor daquela vida que não terá a oportunidade de nascer. Às vezes, alimenta-se a impressão de que a luta pelos direitos das mulheres se opõe à luta pela vida do nascituro. Mas é preciso sempre recordar que a luta contra o aborto é também uma luta em favor da mulher.

Tido pelos defensores da prática como um ato de liberdade da mulher, que teria o direito de decidir pela interrupção da gravidez, o aborto está longe de ser uma opção para a resolução de problemas como a gravidez indesejada, a falta de condições para criar um filho ou o estupro. “Fala-se muito da liberdade da mulher, mas na sociedade ainda muito machista em que vivemos, na maioria das vezes quem decide pelo aborto é o homem”, explica Lenise Garcia, professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB) e presidente do Movimento Nacional de Cidadania pela Vida Brasil Sem Aborto.

Segundo Lenise, chegam às casas de apoio a gestantes inúmeros casos em que a mulher conta que foi pressionada pelo marido, pelo namorado e até pelo chefe ou algum familiar. Isso inclui os casos de gravidez resultante de estupro. “Quando se fala em aborto em caso de estupro, muitas vezes se pensa em uma pessoa que foi pega na rua, em um terreno baldio, por um desconhecido. Isso é raríssimo. Pergunte nos hospitais que realizam o aborto nesses casos: tratam-se, na maioria das vezes, de meninas de menos de 14 anos, quando toda relação sexual é considerada estupro”, afirma Lenise.

“Onde aconteceu esse estupro? Na casa da menina, pelo padrasto, pelo irmão ou pelo pai. Ele mesmo vai levar a menina ao hospital, como responsável por ela, vai mandar fazer um aborto e vai levá-la de volta para casa e continuar abusando dela. Quem foi beneficiado nessa situação?”, questiona a professora. “O bebê não foi. A menina, que além da violação, agora tem sobre si a outra violência do aborto, não foi. O beneficiado é o abusador, que sai ileso, sem ninguém saber o que aconteceu”.

Lenise esclarece ainda que “o fato de o Código Penal não penalizar a pessoa que fez o aborto em uma situação extrema dessas não significa que o aborto deva ser apresentado como a única solução para essa pessoa”. “Eu posso defender essa vida sem demandar mudanças na legislação. São duas coisas diferentes”, diz.

Para a obstetra Bruna Driessen, nos casos de aborto em decorrência de estupro, é de cuidado e apoio que a mulher precisa. É necessária uma resposta da sociedade em relação à segurança pública e à violência doméstica, dando-lhe a garantia de que, no caso de o agressor estar dentro de casa, ela será protegida. “Precisa existir uma rede de apoio formada por familiares, equipe de saúde, segurança, para que ela possa levar adiante a gestação e se achar por bem, entregar a criança à adoção, por exemplo”.

“Uma pessoa que engravida de uma violência sexual evidentemente precisa de apoio, acolhimento e de uma solução para o trauma que está vivendo. O aborto não resolve o seu problema”, complementa Lenise. “Pelo contrário, a criança sendo gestada acaba protegendo a mãe adolescente, porque evidencia a relação abusiva que está acontecendo e demanda providências da família em relação à criança e à adolescente violada”.

Bruna lembra ainda que o aborto requer um procedimento médico e que procedimentos como esses trazem riscos. “Em um aborto espontâneo já é preciso fazer uma curetagem e o uso de medicamentos. Que dirá em um aborto provocado onde há ainda outra carga de alterações no organismo”, comenta. Para ela, lutar contra o aborto é lutar em favor da mulher, já que o aborto é uma ação invasiva, que pode promover dilacerações no útero, infecções e até mesmo colocar em risco a saúde reprodutiva da mulher.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, Mãe de Deus, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Onde está o corpo de São José?

 
ŚWIĘTY JÓZEF

 

Conheça o que a Igreja já disse sobre isso


Muitos teólogos e santos, dentre os quais alguns respeitadíssimos como São Tomás de Aquino, Clemente de Alexandria e São Bernardino de Sena, afirmaram que José esteve entre os santos que na ressurreição de Jesus saíram dos sepulcros conforme narra o evangelista Mateus (27,52-53).

É evidente que São José seria o primeiro, devido à sua grandeza como pai de Jesus e esposo de Maria, a merecer este privilégio. Outros teólogos como Cornélio Lápide e Francisco Suárez, afirmam que José subiu aos céus em corpo e alma na ascensão de Jesus. O Papa Bento XIV limitou-se a afirmar que acreditava piedosamente que São José ressuscitou.

A Igreja nunca se pronunciou a este respeito porque não é um artigo de fé. O próprio Bernardino de Sena afirma que: “Podemos crer por devoção, e não por segurança temerária, que Jesus ornou o seu pai putativo com o mesmo privilégio concedido à sua santíssima Mãe, de modo que, como ela foi levada aos céus em corpo e alma, assim também no dia da ressurreição do Senhor Jesus, ressuscitou consigo o santíssimo José…”


Fonte: Aletéia

São José castíssimo, rogai por nós!

segunda-feira, 19 de março de 2018

O poder comprovado da intercessão de São José

 

 

Você vai se surpreender com os testemunhos destes grandes santos sobre o poder de São José!


Numerosos escritores josefinos e santos defenderam o grande poder de intercessão de São José, justamente por reunir em si um tesouro de riquezas, concentrando os esplendores de todos os santos.

O grande teólogo Tomás de Aquino ensina que “alguns santos receberam o privilégio de nos proteger em casos especiais; a São José, porém, foi conferido o encargo de nos socorrer em todas as necessidades”.

Santa Teresa d’Ávila diz que: “no céu é feito tudo o que São José pede”. De fato, depois de Maria, São José ocupa o primeiro lugar no coração de Deus; assim, ninguém depois de Maria e do Salvador pode nos conceder mais graças que São José.

Gerson diz que: “No céu São José não pede, mas manda, não impetra, mas impera”.

Afirmou Santa Teresa, uma grande devota de São José: “que nunca me lembro de haver pedido uma graça a São José sem que a tenha recebido imediatamente”.

O fundador da Congregação dos Oblatos de São José, o bem-aventurado José Marello, confiava tanto no poder de intercessão de São José, que afirmava: “Se São José não concedesse graças, não seria mais São José”. Para Santa Teresa, as graças que São José concede são: a busca do perdão dos pecados, o amor a Jesus e Maria, uma vida interior e uma boa morte.

É diante de tamanho poder de intercessão que o Papa Bento XV considerou que os devotos de São José têm o caminho mais breve para a santidade; e Pio XI, grande devoto do pai de Jesus, afirmou que ele tem diante de Deus uma intercessão “onipotente”.

(Pe. José Antonio Bertolin, OSJ)

Fonte: Aletéia

São José, Pai Adotivo de Jesus, rogai por nós!

domingo, 18 de março de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa XIII

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 14 de março de 2018

 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Continuemos com a Catequese sobre a Santa Missa. Na última Ceia, depois de ter tomado o pão e o cálice do vinho, e de ter dado graças a Deus, sabemos que Jesus «partiu o pão». A esta ação corresponde, na Liturgia eucarística da Missa, a fração do Pão, precedida pela oração que o Senhor nos ensinou, ou seja, o “Pai-Nosso”.

E assim começam os ritos de Comunhão, prolongando o louvor e a súplica da Oração eucarística com a recitação comunitária do “Pai-Nosso”. Esta não é uma das tantas orações cristãs, mas é a oração dos filhos de Deus: é a grande oração que Jesus nos ensinou. Com efeito, entregue a nós no dia do nosso Batismo, o “Pai-Nosso” faz ressoar em nós os mesmos sentimentos de Jesus Cristo. Quando rezamos o “Pai-Nosso”, oramos como Jesus. Foi a oração que Jesus proferiu e que nos ensinou; quando os discípulos lhe disseram: “Mestre, ensina-nos a rezar como tu rezas”. E Jesus rezava deste modo. É tão bonito rezar como Jesus! Formados pelo seu divino ensinamento, ousamos dirigir-nos a Deus chamando-o “Pai” porque renascemos como seus filhos através da água e do Espírito Santo (cf. Ef 1, 5). Na verdade, ninguém poderia chamá-lo familiarmente “Abbá” — “Pai” — sem ter sido gerado por Deus, sem a inspiração do Espírito, como ensina São Paulo (cf. Rm 8, 15). Devemos pensar: ninguém pode chamá-lo “Pai” sem a inspiração do Espírito. Quantas vezes as pessoas dizem “Pai Nosso”, mas não sabem o que estão a dizer. Porque sim, é o Pai, mas será que quando dizes “Pai” sentes que Ele é o Pai, o teu Pai, o Pai da humanidade, o Pai de Jesus Cristo? Tens uma relação com este Pai? Quando rezamos o “Pai-Nosso”, entramos em relação com o Pai que nos ama, mas é o Espírito quem nos confere esta relação, este sentimento de sermos filhos de Deus.
Que oração melhor do que aquela que Jesus nos ensinou pode predispor-nos para a Comunhão sacramental com Ele? Além da Missa, o “Pai-Nosso” é rezado, durante a manhã e à noite, nas Laudes e nas Vésperas; deste modo, a atitude filial em relação a Deus e de fraternidade para com o próximo contribuem para dar forma cristã aos nossos dias.

Na Oração do Senhor — no “Pai-Nosso” — pedimos o «pão de cada dia», no qual entrevemos uma especial referência ao Pão eucarístico, do qual necessitamos para viver como filhos de Deus. Imploramos também «o perdão dos nossos pecados», e para sermos dignos de receber o perdão de Deus comprometemo-nos a perdoar a quem nos tem ofendido. E isto não é fácil. Perdoar as pessoas que nos ofenderam não é fácil; é uma graça que devemos pedir: “Senhor, ensina-me a perdoar como tu me perdoaste”. É uma graça. Com as nossas forças não podemos: perdoar é uma graça do Espírito Santo. Assim, enquanto nos abre o coração a Deus, o “Pai-Nosso” dispõe-nos também ao amor fraterno. Por fim, peçamos ainda a Deus para «nos libertar do mal» que nos separa d’Ele e nos divide dos nossos irmãos. Compreendemos bem que estas são exigências muito adequadas para nos prepararmos para a Sagrada Comunhão (cf. Ordenamento Geral do Missal Romano, 81).

Com efeito, quanto pedimos no “Pai-Nosso” é prolongado pela oração do sacerdote que, em nome de todos, suplica: «Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz». E depois recebe uma espécie de selo no rito da paz: em primeiro lugar, invoca-se de Cristo que o dom da sua paz (cf. Jo 14, 27) — tão diferente da paz do mundo — faça crescer a Igreja na unidade e na paz, segundo a sua vontade; portanto, com o gesto concreto trocado entre nós, expressamos «a comunhão eclesial e o amor recíproco, antes de receber o Sacramento» (OGMR, 82). No Rito romano a troca do sinal de paz, colocado desde a antiguidade antes da Comunhão, visa a Comunhão eucarística. Segundo a admoestação de São Paulo, não é possível comungar o único Pão que nos torna um só Corpo em Cristo, sem nos reconhecermos pacificados pelo amor fraterno (cf. 1 Cor 10, 16-17; 11, 29). A paz de Cristo não pode enraizar-se num coração incapaz de viver a fraternidade e de a reparar depois de a ter ferido. É o Senhor quem concede a paz: Ele dá-nos a graça de perdoar a quem nos tem ofendido.

O gesto da paz é seguido pela fração do Pão, que desde o tempo dos apóstolos conferiu o nome a toda a celebração da Eucaristia (cf. OGMR, 83; Catecismo da Igreja Católica, 1329). Cumprido por Jesus durante a última Ceia, partir o Pão é o gesto revelador que permitiu aos discípulos reconhecê-lo depois da sua ressurreição. Recordemos os discípulos de Emaús, os quais, falando do encontro com o Ressuscitado, narram «como o tinham reconhecido ao partir o pão» (cf. Lc 24, 30-31.35).

A fração do Pão eucarístico é acompanhada pela invocação do «Cordeiro de Deus», figura com a qual João Batista indicou em Jesus «aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1, 29). A imagem bíblica do cordeiro fala da redenção (cf. Êx 12, 1-14; Is 53, 7; 1 Pd 1, 19; Ap 7, 14). No Pão eucarístico, partido pela vida do mundo, a assembleia orante reconhece o verdadeiro Cordeiro de Deus, ou seja, Cristo Redentor, e suplica-o: «Tende piedade de nós... dai-nos a paz».

«Tende piedade de nós», «dai-nos a paz» são invocações que, da oração do “Pai-Nosso” à fração do Pão, nos ajudam a predispor a alma a participar no banquete eucarístico, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos.

Não nos esqueçamos da grande oração: a que Jesus nos ensinou, e que é a oração com a qual Ele rezava ao Pai. E esta oração prepara-nos para a Comunhão.

 Fonte: Vaticano

sexta-feira, 16 de março de 2018

RESPOSTA: Véu Preto na Semana Santa?


Ave Maria!

Estamos na quaresma e logo mais vem a semana das dores ,ofício das trevas (dias de luto pelo nosso senhor) sou solteira, tenho o costume de usar o véu branco,e estive pensando em usar o o véu preto nesses dias de luto ,é errado pensar e querer agir dessa forma ?


Não é errado pensar e querer fazer isso.

Você pode usar o véu preto na Semana Santa ou somente no Tríduo Pascal (quinta a sábado) ou somente na Sexta-Feira Santa.


Porém, não é necessário isso, não é obrigatório, não precisa.

Já participei da Sexta Santa celebrada no Rito de Trento e as mulheres solteiras estavam usando o véu branco, normalmente.


Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

segunda-feira, 12 de março de 2018

Maria, Mãe da Igreja, agora é festa oficial católica!

Rádio Vaticano | Mar 04, 2018 
 
M.MIGLIORATO/CPP/CIRIC

Papa Francisco institui a memória de Maria, Mãe da Igreja, no calendário litúrgico


Mediante um Decreto publicado neste sábado, 3 de março, pela Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, o Papa Francisco determinou a inscrição da Memória da “Bem-Aventurada Virgem, Mãe da Igreja” no Calendário Romano Geral.

Esta memória será celebrada todos os anos na Segunda-feira depois de Pentecostes.

O motivo da celebração é brevemente descrito no Decreto “Ecclesia Mater“: favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana.

Ainda no Decreto, assinado pelo prefeito do dicastério, o cardeal Robert Sarah, podemos ler:

“Esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”.

Em anexo ao decreto, foram apresentados, em latim, os respectivos textos litúrgicos, para a Missa, o Ofício Divino e para o Martirológio Romano. As Conferências Episcopais providenciarão a tradução e aprovação dos textos, que, depois de confirmados, serão publicados nos livros litúrgicos da sua jurisdição.

Nos lugares onde a celebração da Bem-Aventurada Virgem Maria, por norma do direito particular aprovado, já é celebrada num dia diferente com grau litúrgico mais elevado, tudo poderá continuar desse modo.

O card. Sarah prossegue:

“Considerando a importância do mistério da maternidade espiritual de Maria, que na espera do Espírito no Pentecostes (cf. Act 1, 14), nunca mais parou de ocupar-se e de curar maternalmente da Igreja peregrina no tempo, o Papa Francisco estabeleceu que na Segunda-feira depois do Pentecostes, a Memória de Maria Mãe da Igreja seja obrigatória para toda a Igreja de Rito Romano”.

 

3 mistérios a contemplar no silêncio

“O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar a nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na VirgemCrux, Hostia et Virgo. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio”.
Com informações da Rádio Vaticano

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!

domingo, 11 de março de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa XII

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 7 de março de 2018


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Continuemos as catequeses sobre a Santa Missa, e com esta catequese reflitamos sobre a Oração eucarística. Quando se conclui o rito da apresentação do pão e do vinho, tem início a Oração eucarística, que qualifica a celebração da Missa e constitui o seu momento central, que leva à sagrada Comunhão. Corresponde a quanto o próprio Jesus fez, à mesa com os Apóstolos na Última Ceia, quando «deu graças» sobre o pão e depois sobre o cálice do vinho (cf. Mt 26, 27; Mc 14, 23; Lc 22, 17.19; 1 Cor 11, 24): a sua ação de graças revive em cada nossa Eucaristia, associando-nos ao seu sacrifício de salvação.

Nesta Oração solene — a Oração eucarística é solenea Igreja exprime o que ela cumpre quando celebra a Eucaristia e o motivo pelo qual a celebra, ou seja fazer comunhão com Cristo realmente presente no pão e no vinho consagrados. Depois de convidar o povo a elevar os corações ao Senhor e dar-lhe graças, o sacerdote pronuncia a Oração em voz alta, em nome de todos os presentes, dirigindo-se ao Pai por meio de Jesus Cristo no Espírito Santo. «O significado desta Oração é que toda a assembleia dos fiéis se una com Cristo para magnificar as grandes obras de Deus e para oferecer do sacrifício» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 78). E para nos unir devemos compreender. Por isso, a Igreja quis celebrar a Missa na língua que as pessoas entendem, a fim de que cada um possa unir-se a este louvor e a esta grande oração juntamente com o sacerdote. Na verdade, «o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício» (Catecismo da Igreja Católica, 1367).

No Missal há várias fórmulas de Oração eucarística, todas constituídas por elementos característicos, que gostaria de recordar agora (cf. OGMR, 79; CIC, 1352-1354). Todas são belíssimas. Antes de tudo, há o Prefácio, que é uma ação de graças pelos dons de Deus, em particular pelo envio do seu Filho como Salvador. O Prefácio conclui-se com a aclamação do «Santo», normalmente cantada. É bom cantar o “Santo”: “Santo, Santo, Santo é o Senhor”. É bom cantá-lo. Toda a assembleia une a própria voz àquela dos Anjos e dos Santos para louvar e glorificar a Deus.

Depois há a invocação do Espírito a fim de que com o seu poder consagre o pão e o vinho. Invocamos o Espírito para que venha e no pão e no vinho esteja presente Jesus. A ação do Espírito Santo e a eficácia das próprias palavras de Cristo proferidas pelo sacerdote, tornam realmente presente, sob as espécies do pão e do vinho, o seu Corpo e o seu Sangue, o seu sacrifício oferecido na cruz de uma vez para sempre (cf. CIC, 1375). Nisto Jesus foi claríssimo. Ouvimos como São Paulo no início narra as palavras de Jesus: «Este é o meu corpo, este é o meu sangue». «Este é o meu sangue, este é o meu corpo». O próprio Jesus disse isto. Não devemos formular pensamentos estranhos: “Mas, isso será possível...”. É o corpo de Jesus; ponto final! A fé: ajuda-nos a fé; com um ato de fé acreditamos que é o corpo e o sangue de Jesus. É o “mistério da fé”, como dizemos depois da consagração. O sacerdote diz: «Mistério da fé» e respondemos com uma aclamação. Celebrando o memorial da morte e ressurreição do Senhor, na expectativa da sua vinda gloriosa, a Igreja oferece ao Pai o sacrifício que reconcilia céu e terra: oferece o sacrifício pascal de Cristo oferecendo-se com Ele e pedindo, em virtude do Espírito Santo, para se tornar “em Cristo um só corpo e um só espírito” (Oração eucarística III; cf. Sacrosanctum Concilium, 48 OGMR, 79f). A Igreja deseja unir-nos a Cristo e tornar-se com o Senhor um só corpo e um só espírito. É esta a graça e o fruto da Comunhão sacramental: nutrimo-nos do Corpo de Cristo para nos tornarmos, nós que o comemos, o seu Corpo vivo hoje no mundo.

Este é o mistério de comunhão, a Igreja une-se à oferta de Cristo e à sua intercessão e nesta luz, «Nas catacumbas, a Igreja é muitas vezes representada como uma mulher em oração, de braços largamente abertos em atitude orante. Como Cristo, que estendeu os braços na Cruz, assim, por Ele, com Ele e n’Ele, a Igreja se oferece e intercede por todos os homens» (CIC, 1368). A Igreja que ora, a Igreja orante. É bom pensar que a Igreja ora, reza. Há um trecho no livro dos Atos dos Apóstolos, quando Pedro estava no cárcere, no qual a comunidade cristã diz: “Orava incessantemente por Ele”. A Igreja que ora, a Igreja orante. E quando vamos à Missa é para fazer isto: fazer Igreja orante. 

A Oração eucarística pede a Deus que receba todos os seus filhos na perfeição do amor, em união com o Papa e o Bispo, mencionados pelo nome, sinal de que celebramos em comunhão com a Igreja universal e com a Igreja particular. A súplica, como oferenda, é apresentada a Deus por todos os membros da Igreja, vivos e defuntos, na expectativa da bem-aventurada esperança de partilhar a herança eterna do céu, com a Virgem Maria (cf. CIC, 1369-1371). Ninguém nem nada fica esquecido na Oração eucarística, mas cada coisa é reconduzida a Deus, como recorda a doxologia que a conclui. Ninguém é esquecido. E se eu tiver uma pessoa, parentes, amigos, que estão em necessidade ou passaram deste mundo para o outro, posso nomeá-los neste momento, interiormente e em silêncio ou escrever para que o nome seja pronunciado. “Padre, quanto devo pagar para que o meu nome seja dito?” — “Nada”. Entendestes isto? Nada! Não se paga a Missa. Ela é o sacrifício de Cristo, que é gratuito. A redenção é gratuita. Se quiseres, faz uma oferta, mas não se paga. É importante entender isto.

Esta fórmula codificada de oração, talvez a possamos ouvir um pouco distante — é verdade, é uma fórmula antiga — mas se compreendermos bem o seu significado, então certamente participaremos melhor. De facto, ela exprime tudo o que realizamos na celebração eucarística: e além disso ensina-nos a cultivar três atitudes que nunca deveriam faltar aos discípulos de Jesus. As três atitudes: primeira, aprender a dar graças, sempre e em todos os lugares, e não só em determinas ocasiões, quando tudo corre bem; segunda, fazer da nossa vida um dom de amor, livre e gratuito; terceira, fazer comunhão concreta, na Igreja e com todos. Portanto, esta Oração central da Missa educa-nos, aos poucos, a fazer de toda a nossa vida uma “eucaristia”, isto é uma ação de graças.

Fonte: Vaticano

sexta-feira, 9 de março de 2018

Como praticar o silêncio na vida cotidiana


 

O principal meio para uma vida mais contemplativa não é ter mais tempo, mas mais propósito


Três anos atrás, tive a oportunidade de fazer um retiro silencioso de 24 horas e experimentar a beleza e a calma da solidão e do silêncio prolongados. Foi repousante, senti-me mais ligada a mim mesma e a Deus, e voltei pronta para viver todos os dias com mais propósito. Mais notavelmente nas semanas seguintes, eu tinha mais energia para estar presente para as pessoas da minha vida.

O silêncio nos permite passar o tempo com nós mesmos; isso nos abre espaço para que nossos pensamentos cresçam em criatividade e se conectem com nossas emoções. O silêncio nos ajuda a diminuir a velocidade e reconhecer o que está acontecendo internamente, ao invés de responder continuamente ao estímulo externo. Isso nos oferece uma ruptura com a entrada constante de informações que vêm com a vida moderna.

Os benefícios do silêncio e da contemplação

Pesquisas mostram que as práticas contemplativas têm vários benefícios. Um estudo mostrou que tais práticas aumentam a percepção precisa da taxa de batimentos cardíacos, que melhoram a habilidade de falar do próprio estado emocional. Quando podemos pausar em silêncio, podemos verificar o nosso corpo e nossas emoções, o que nos ajuda a cuidar melhor de nós mesmos, além de aumentar a conscientização sobre o que estamos trazendo em nossos relacionamentos.

Outro estudo mostrou que a prática contemplativa regular tem múltiplos impactos positivos em nossos cérebros. Pode melhorar a memória de trabalho, a função de manter informações no curto prazo, como lembrar instruções ou sobre o que você estava trabalhando antes de ser interrompido. Também apresentou aumentar o seu “filtro verbal” e sua capacidade de manter a tarefa em direção a seus objetivos. Também ajuda a regulação emocional, nos permitindo sentir emoções sem ser dominado por elas.

Praticando o silêncio num mundo ruidoso


Muitos de nós teríamos dificuldade em identificar um momento no nosso dia em que experimentamos mais do que alguns minutos de silêncio. Quando não estamos conversando com os outros, preenchemos nosso espaço sonoro com diferentes tipos de mídia e, com o advento dos podcasts, sempre podemos ter algo para ouvir. Para alguns de nós, a ausência de som é quase surpreendente, pois nos sentimos automaticamente obrigados a ligar a TV ou o rádio.

Outros desejam o silêncio, mas parece difícil. Temos dias complicados, cheios de crianças barulhentas ou colegas de trabalho inquietos. Nós temos pessoas em nossas vidas que precisam de conexão e da nossa presença, e o tempo para si mesmo não parece se encaixar na mistura durante essa temporada de vida. Mesmo com tempo e oportunidade, parece que há outro item na lista de tarefas que precisa ser concluída antes de poder descansar na quietude.

Há momentos ao longo do dia que você pode integrar o silêncio no seu dia se você ficar de olho neles. Se você é um pai/mãe que fica em casa, você pode dedicar os primeiros 15 minutos de um descanso para silenciar. Se você trabalha, considere deixar seu telefone na sua mesa e dar um passeio na hora do almoço, ininterrupto. Tire cinco minutos durante o dia para olhar pela janela e fixar-se no instante presente.

As práticas de silêncio nem sempre devem ser estacionárias. Se você regularmente usa fones de ouvido na academia, considere deixá-los de lado uma vez por semana e preste atenção ao que está acontecendo dentro de você, incluindo pensamentos e emoções. Considere andar devagar durante a transição, como andar do seu carro até o prédio de escritórios, levando um momento para perceber seu próprio corpo e seus próprios sentimentos, antes de entrar no seu dia. Ou se você estiver em casa, encontre uma parte calma da sua casa para que você possa sentar-se por 2 a 10 minutos ininterruptos e, intencionalmente, ficar em silêncio.

Um simples começo para silenciar é desligar os aparelhos eletrônicos. Uma vez por semana, volto para casa do trabalho e faço o jantar enquanto o resto da minha família está fora. Enquanto antes eu costumava ouvir rádio, fiz uma prática de cozinhar em silêncio, permitindo que a quietude da casa crie espaço para meu próprio ser, pensamentos e emoções. Em primeiro lugar, o silêncio era desconfortável, pois me sentia aborrecida ou dominada por meus próprios pensamentos. No entanto, uma das chaves para o silêncio é reconhecer que, como a maioria das coisas que são boas para nós, é difícil no início, mas fica mais fácil com o tempo. Outros fizeram uma prática de dirigir sem o rádio, ao invés de preencher o tempo silencioso em seu carro.

Definir um temporizador pode ser uma boa maneira de se permitir estar presente sem se preocupar com o tempo. Passar pelo menos 20 minutos em silêncio produz muitos benefícios, simplesmente começar com dois a cinco minutos pode ter um impacto profundo no seu humor e consciência, especialmente se praticado ao longo do dia.

Definir um propósito


Se pensarmos em práticas contemplativas apenas em termos de visitar um mosteiro por um dia, nunca teremos tempo para praticar o silêncio. No entanto, mesmo os mais ocupados de nós pode tirar pequenos períodos de silêncio e decidir fazer uma pequena pausa na vida ocupada. O principal meio para uma vida mais contemplativa não é ter mais tempo, mas mais propósito. Usar o tempo que já estamos gastando – dirigindo, sentado em casa, lavando a louça – e decidindo praticar o silêncio, virando para dentro e ficando quieto.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Silêncio, rogai por nós!

segunda-feira, 5 de março de 2018

3 poderosos sacramentais para ter no seu escritório

 

Esses símbolos de fé podem exercer efeito profundo no seu trabalho e na vida dos seus colegas


Manter a sua fé viva no trabalho nem sempre é fácil. Às vezes, até, o trabalho pode nos distrair de reconhecer a presença de Deus no cotidiano, afastando-nos da relação com Ele.
Mas não precisa ser assim.

Entre os muitos meios espirituais de que dispomos, estão os sacramentais. Eles fazem parte da vida na Igreja desde o início do cristianismo, mas são vistos por muita gente, de forma errônea, como uma espécie de “superstição”. Acontece que, de fato, uma grande quantidade de católicos, ao longo dos séculos, tem usado os sacramentais de modo supersticioso por falta de compreensão do seu verdadeiro sentido: em vez de instrumentos da graça de Deus, eles são tratados como objetos “mágicos”, coisa que não são.

Os sacramentais servem para enriquecer a nossa vida espiritual, não para prejudicá-la. Eles foram instituídos pela Igreja para incentivar em nós um relacionamento cada vez mais profundo com Cristo e para nos ajudar a focar na santificação de cada parte da nossa vida, inclusive nas mais singelas e cotidianas. Os sacramentais são extensões dos sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia – inclusive no trabalho.

Se os usarmos com espírito de fé, os sacramentais podem nos distanciar de perigos espirituais e nos inspirar a viver uma vida santa, dedicada a Deus na prática de cada dia. Os três que mencionamos a seguir, se usados ​​adequadamente, podem dar um novo impulso espiritual ao nosso ambiente de trabalho – e a quem trabalha conosco:

O Crucifixo


É um dos sacramentais mais simples para termos no escritório. Um pequeno crucifixo posto sobre a nossa mesa pode ser um poderoso lembrete do grande amor que Deus tem por nós, além de ser um sinal visível de fé para os nossos colegas.



Oleg Golovnev/Shutterstock

Um crucifixo perto do computador pode ser um meio da graça para sacudir a nossa consciência quando nos sentimos tentados a perder tempo com futilidades, a acessar sites prejudiciais à nossa saúde psicológica e espiritual, a enviar mensagens rudes, a participar de negociações sombrias… O olhar do Cristo crucificado voltado ao nosso olhar nos chama de volta à verdade.
De preferência, peça a um sacerdote para abençoar o crucifixo para você!

A Medalha Milagrosa


Um dos sacramentais mais populares da Igreja é a Medalha Milagrosa de Santa Catarina Labouré. Catherine a recebeu durante uma visão da Mãe Santíssima, quando ela viu uma medalha que continha esta simples oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós“. Nossa Senhora disse:

Todo aquele que usar esta medalha, quando abençoada, receberá grandes graças, especialmente se a usar ao pescoço. Quem repetir esta oração com devoção permanecerá de modo especial sob a proteção da Mãe de Deus. Abundantes graças serão concedidas aos que têm confiança“.


Reprodução

São Maximiliano Kolbe confiava tanto na promessa de Maria que chamava esta medalha de “bala de prata” e a dava a todo o mundo. Santa Teresa de Calcutá mantinha uma prática semelhante, chamando-a de “medalha da caridade”.

No escritório, conforme as normas adotadas pela empresa, você poderia usar a medalha milagrosa visivelmente ao pescoço, mantê-la consigo no bolso, colocá-la sobre a mesa junto ao teclado… A medalha milagrosa é uma lembrança do amor materno de Maria e pode ser uma oportunidade de evangelização espontânea daqueles que lhe perguntarem sobre o seu significado.

Uma imagem sacra


Muitos escritórios permitem fotos familiares sobre as mesas de trabalho. Por que não um cartão com uma imagem sacra? Outra possibilidade é um pequeno tríptico, um tipo de ícone composto por três painéis dobráveis, representando cenas da vida de Jesus e da história da Redenção, aspectos de Nossa Senhora ou de algum santo de sua devoção… É mais uma bela maneira de ajudar a santificar o seu espaço de trabalho e de manter Deus no centro de tudo o que você diz e faz!

 

Fonte: Aletéia

São José, rogai por nós!

domingo, 4 de março de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa XI



PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

 
Bom dia, queridos irmãos e irmãs!

Continuemos as catequeses sobre a Santa Missa. À Liturgia da Palavra — sobre a qual meditei nas catequeses passadas — segue-se a outra parte constitutiva da Missa, que é a Liturgia eucarística. Nela, através dos sinais sagrados, a Igreja torna continuamente presente o Sacrifício da nova aliança, selada por Jesus no altar da Cruz (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. Sacrosanctum concilium, 47). O primeiro altar cristão foi o da Cruz, e quando nos aproximamos do altar para celebrar a Missa, a nossa memória vai ao altar da Cruz, onde se realizou o primeiro sacrifício. O sacerdote, que na Missa representa Cristo, cumpre aquilo que o próprio Senhor fez e confiou aos discípulos na última Ceia: tomou o pão e o cálice, deu graças e distribuiu-os aos discípulos, dizendo: «Tomai e comei... bebei: isto é o meu Corpo... isto é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim!»

Obediente ao mandato de Jesus, a Igreja dispôs a Liturgia eucarística em momentos que correspondem às palavras e aos gestos realizados por Ele na vigília da sua Paixão. Assim, na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho, ou seja, os elementos que Cristo tomou nas suas mãos. Na Prece eucarística damos graças a Deus pela obra da redenção, e as ofertas tornam-se o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo. Seguem-se a fração do Pão e a Comunhão, mediante a qual revivemos a experiência dos Apóstolos que receberam os dons eucarísticos das mãos do próprio Cristo (cf. Ordenamento Geral do Missal Romano, 72).

Portanto, ao primeiro gesto de Jesus: «Tomou o pão e o cálice do vinho», corresponde a preparação dos dons. É a primeira parte da Liturgia eucarística. É bom que o pão e o vinho sejam apresentados ao sacerdote pelos fiéis, porque eles significam a oferta espiritual da Igreja ali congregada para a Eucaristia. É bom que precisamente os fiéis levem o pão e o vinho ao altar. Não obstante hoje «os fiéis já não levem, como outrora, o próprio pão e vinho, destinados à Liturgia, todavia o rito da apresentação destes dons conserva o seu valor e significado espiritual» (ibid., n. 73). E a este propósito, é significativo que, ao ordenar um novo presbítero, o Bispo, quando lhe entrega o pão e o vinho, diz: «Recebe as ofertas do povo santo para o sacrifício eucarístico» (Pontifical Romano — Ordenação dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos). O povo de Deus que leva a oferta, o pão e o vinho, a grande oferta para a Missa! Portanto, nos sinais do pão e do vinho, o povo fiel põe a própria oferta nas mãos do sacerdote, que a coloca no altar, ou mesa do Senhor, «que é o centro de toda a Liturgia eucarística» (OGMR, n. 73). Ou seja, o centro da Missa é o altar, e o altar é Cristo; é necessário olhar sempre para o altar, que constitui o cerne da Missa. Por conseguinte, no «fruto da terra e do trabalho do homem» oferece-se o compromisso dos fiéis a fazer de si mesmos, obedientes à Palavra divina, um «sacrifício agradável a Deus Pai Todo-Poderoso», «pelo bem de toda a sua santa Igreja». Deste modo, «a vida dos fiéis, o seu louvor, o seu sofrimento, a sua oração e o seu trabalho unem-se aos de Cristo e à sua oblação total, adquirindo assim um novo valor» (Catecismo da Igreja Católica, 1.368).

Sem dúvida, a nossa oferta é pouca coisa, mas Cristo tem necessidade deste pouco. O Senhor pede-nos pouco e dá-nos muito. Pede-nos pouco. Na vida diária, pede-nos a boa vontade; pede-nos um coração aberto; pede-nos a vontade de ser melhores, para receber Aquele que se oferece a si mesmo a nós na Eucaristia; pede-nos estas oblações simbólicas que depois se tornarão o seu Corpo e o seu Sangue. Uma imagem deste movimento oblativo de oração é representada pelo incenso que, consumido no fogo, liberta uma fumaça perfumada que se eleva: incensar as ofertas, como se faz nos dias santos, incensar a cruz, o altar, o presbítero e o povo sacerdotal manifesta visivelmente o vínculo ofertorial que une todas estas realidades ao sacrifício de Cristo (cf. OGMR, n. 75). E não vos esqueçais: há o altar, que é Cristo, mas sempre em referência ao primeiro altar, que é a Cruz; e ao altar, que é Cristo, levamos o pouco dos nossos dons, o pão e o vinho, que depois se tornarão muito: o próprio Jesus que se oferece a nós!

É tudo isto que exprime também a oração do ofertório. Nela, o sacerdote pede a Deus que aceite os dons que a Igreja lhe oferece, invocando o fruto do admirável intercâmbio entre a nossa pobreza e a sua riqueza. No pão e no vinho apresentamos-lhe a oblação da nossa vida, a fim de que seja transformada pelo Espírito Santo no sacrifício de Cristo, tornando-se com Ele uma única oferenda espiritual agradável ao Pai. Enquanto concluímos assim a preparação dos dons, dispomo-nos para a Prece eucarística (cf. ibid., n. 77).

A espiritualidade da doação de si, que este momento da Missa nos ensina, possa iluminar os nossos dias, os relacionamentos com os outros, aquilo que levamos a cabo e os sofrimentos que encontramos, ajudando-nos a construir a cidade terrena à luz do Evangelho.

Fonte: Vaticano
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