domingo, 29 de novembro de 2020

Confissão não é para contar problemas, mas para contar pecados


© Antoine Mekary / ALETEIA



"Se você precisa de um conselho, marque um horário. Não confunda conversa com confissão", pede o pe. Gabriel Vila Verde

Confissão não é para contar problemas, mas para contar pecados. Este, de fato, foi o lembrete que o pe. Gabriel Vila Verde compartilhou via rede social:

Se você está passando por algum problema familiar, financeiro, espiritual ou seja lá o que for, e deseja procurar um sacerdote para pedir orientação, marque uma conversa com ele. Um momento seu, exclusivo!

Porém, se você avistar uma fila de CONFISSÃO, te aconselho a não entrar.

Confissão não é para contar problemas

Por quê? A resposta é simples. Confissão não é um espaço para contar problemas, mas para contar pecados. Confissão deve ser breve, direta, sem rodeios. O penitente não está ali para contar histórias, mas para dizer: “Padre, eu fiz isso, isso, e aquilo. Estou arrependido e quero o perdão de Deus”.

Se todos fizessem assim, o Padre poderia atender 100 pessoas por dia ou mais. Confissões bem feitas são breves e precisas. Não cansam o sacerdote nem os que aguardam na fila.

Portanto, repito: se você precisa de um conselho, marque um horário. Não confunda conversa com confissão. Na primeira eu conto problemas, na segunda eu conto os pecados.

Em resumo, fica a dica: a confissão não é para contar problemas, mas para contar pecados.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, Rainha dos Confessores, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Medalha Milagrosa: uma torrente de luz sobre um mundo de trevas


Creative Commons


Padre Reginaldo Manzotti 

Nossa Senhora das Graças mostrou, por meio de sua aparição, que o mundo pertence a Deus e a vitória já foi conquistada por seu Filho

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (ou das Graças) é uma das inúmeras devoções marianas.

A Igreja e o povo de Deus, de forma abundante e generosa, podem contar com a especial ação d’Aquela que é, ao mesmo tempo, Mãe de Jesus e nossa também.

Em 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, na França, a noviça Irmã Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava em pé em cima de um globo, segurando com as duas mãos outra esfera menor, sobre a qual aparecia uma pequena cruz de ouro, e de suas mãos provinham raios luminosos, símbolo das graças que Nossa Senhora derrama sobre quem as súplicas.

Em seu relato, Catarina Labouré afirmou que a Mãe de Deus baixou os olhos e disse, no íntimo de seu coração: “Este globo que vês representa o mundo inteiro (…) e cada pessoa em particular”. Irmã Catarina também ouviu de Nossa Senhora o pedido para que cunhasse uma medalha e a garantia de que todas as pessoas que a trouxessem com devoção, receberiam muitas graças.

A mesma visão, que continha diversos símbolos da fé cristã, como os Sagrados Corações de Jesus e de Maria e uma serpente, disposta aos pés de Nossa Senhora, alusão ao pecado original, repetiu-se várias vezes sobre o sacrário do altar-mor; ali aparecia Nossa Senhora, sempre com as mãos cheias de graças estendidas para a terra, fazendo a mesma invocação.

O Arcebispo de Paris, Dom Quelen, autorizou a cunhagem da medalha e instaurou inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da mesma, que o povo denominou Medalha Milagrosa ou Medalha de Nossa Senhora das Graças. O inquérito concluiu que a rápida propagação, o grande número de medalhas cunhadas e distribuídas, os admiráveis benefícios e as graças singulares obtidos confirmavam a realidade das aparições, a verdade das narrativas da vidente e a difusão da Medalha.

Os símbolos da medalha milagrosa

Os símbolos contidos na Medalha são riquíssimos em significados. Na parte da frente, há a imagem de Maria e a jaculatória (pequena oração) ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós’, afirmando o dogma da Imaculada Conceição e pedindo a intercessão de Nossa Senhora. No reverso, a cruz sobre a letra M, de Maria, indica que Jesus está acima de Nossa Senhora, que é intercessora e Mãe. Os Sagrados Corações de Jesus e de Maria, ardendo em chamas, simbolizam o amor do Senhor da Mãe por toda a humanidade e cada ser humano em particular. Os espinhos no coração de Jesus e a espada no coração de Maria simbolizam o sofrimento pelo qual eles passaram: Jesus, para salvar a humanidade, e Maria, como “co-redentora”, sofrendo também com a paixão de seu Filho.

MEDALHA MILAGROSA - Santa Catarina Labouré a recebeu durante uma visão da Mãe Santíssima, em 1830: a medalha continha a oração “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós“. Nossa Senhora disse: “Quem usar esta medalha, quando abençoada, receberá grandes graças, especialmente se a usar ao pescoço. Quem repetir esta oração com devoção permanecerá de modo especial sob a proteção da Mãe de Deus. Abundantes graças serão concedidas aos que têm confiança“.

Sofremos por muitas catástrofes climáticas e muitos profetizam um mundo fadado ao caos. De fato, é possível que o ser humano, por mal uso de sua liberdade, acabe destruindo nossa casa chamada Terra, mas não por vontade de Deus.

Ao se revelar a uma noviça, na França, Nossa Senhora das Graças enfatizou sua missão incessante ao lado de seu Filho. De acordo com o relato da visão, a Virgem trazia em uma das mãos um globo terrestre que Ela oferecia ao Senhor, indicando as maravilhas de Sua criação, na qual cada pessoa é obra desdobrada de Sua natureza. Os raios luminosos que emanavam de suas mãos, por sua vez, indicavam ser Nossa Senhora intercessora das graças de que tanto necessitamos.

Nossa Senhora das Graças mostrou, por meio de sua aparição, que o mundo pertence a Deus e a vitória já foi conquistada por seu Filho na Cruz Redentora.

Devoção

Particularmente, tenho imensa devoção por Nossa Senhora das Graças e sua medalha milagrosa. Conforta-me saber que, por intercessão de Maria, uma “torrente de luz” é derramada sobre um mundo de trevas, onde a guerra, a fome e a violência obscurecem a harmonia e a paz. A serpente calçada por Nossa Senhora das Graças é uma alusão à força real do Inimigo de Deus que tenta manter-nos fora do Paraíso, assim como fez com nossos pais, Adão e Eva. Por outro lado, enche-nos de esperança saber que a serpente é inofensiva para aqueles que têm Maria como mãe e seguem seu caminho para Jesus.

Oração a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

“Virgem Imaculada,

Nesta oração, venho pedir as graças que me são tão necessárias.

Nossa Senhora das Graças, Mãe da Medalha Milagrosa,

Ao olhar tuas mãos derramando graças e bênçãos,

Com confiança, peço tua poderosa intercessão.

Mãe, embora eu não seja digno(a), apresenta o meu pedido ao teu Divino Filho Jesus.

Nossa Senhora das Graças, Mãe da Medalha Milagrosa,

Obtém de teu Filho a graça que peço com profunda confiança.

Santíssima Virgem,

Creio e professo tua Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Puríssima Virgem Maria,

Faz-me alcançar a humildade, a caridade, a obediência, a pureza de corpo e de espírito de teu amado Filho.

Ajuda-me a alcançar, Mãe, a perseverança na prática do bem durante toda a minha vida e uma santa morte. Amém.”

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Sem vontade de rezar: o dia em que o padre quis "enganar" Jesus


YouTube


Pe. Gabriel Vila Verde - publicado em 24/11/20

"Sejamos sinceros: tem dias em que não temos um pingo de vontade de rezar - até o padre passa por momentos assim", admite o pe. Gabriel

Sem vontade de rezar: o dia em que o padre quis “enganar” Jesus. É sobre isso o testemunho pessoal que o pe. Gabriel Vila Verde compartilhou via rede social nesta semana:

O dia em que o padre quis “enganar” Jesus

Sejamos sinceros! Tem dias em que não temos um pingo de vontade de rezar. Até o Padre passa por momentos assim. Porém, a experiência de vida nos diz que, se não vencermos essa tentação, ela é quem irá nos vencer.

Certa vez, eu estava diante do Sacrário da minha casa, mas sem coragem de rezar um Pai Nosso sequer…

Aquela semana tinha sido hipercansativa e eu passava por um momento de desânimo, não na vocação, mas nas atividades. Foi então que eu tive uma ideia “aparentemente” piedosa, mas que, na verdade, era uma forma de deixar de rezar, sem ficar com peso de consciência.

Sem vontade de rezar

Sempre gostei de deixar uma vela, daquelas de 7 dias, acesa diante do Sacrário. Termina uma, acendo outra, constantemente. Um dia, cansado e sem vontade de rezar, peguei uma vela e disse a Jesus: “essa vela acesa irá me representar diante de Ti. Vou dormir, mas meu coração fica aqui, como esta vela”.

Que coisa linda… que coisa piedosa… Fui dormir tranquilo, achando que tinha feito o máximo! Quando foi no dia seguinte, desci as escadas para o café e… SURPRESA! A vela estava apagada e sem pavio. Tentei acender por duas vezes e nada. A vela ficou lá, apagada e sem serventia. Achando que era uma coincidência, acendi uma outra vela e disse: “Jesus, esta vela eu te ofereço pelas almas santas que habitam no Purgatório”. Pois esta vela queimou todinha, como uma perfeita oferenda no altar!

Jesus não aceita migalhas

Foi então que, naquele dia, Jesus falou ao meu coração: “Eu não aceito migalhas, não aceito negociações! Eu te quero por inteiro, esteja cansado ou não. Sem oração, sem intimidade comigo, tu és uma vela apagada”.

Pois bem, caros irmãos! O Senhor fez isso comigo e hoje quis partilhar com vocês. Não deixe a oração para amanhã. O que tens a fazer, faça hoje. Cristo nos espera hoje! Sem vida de oração, podemos enganar qualquer pessoa, menos a Deus. Podemos ter um lindo apostolado na internet, parecer boas pessoas, fingir ser amigos de Jesus, mas sem oração, não passamos de uma vela apagada.

Fonte: Aletéia


Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Por que Santa Teresinha não tinha medo da morte?


Shutterstock

Philip Kosloski - publicado em 03/11/20


A santa carmelita ansiava pela morte e a encarava como uma jornada de volta para casa

O medo da morte é algo que atinge muitos cristãos. Não deveria, mas acontece. Isso porque a morte é a maior incógnita deste mundo e não sabemos exatamente o que vai acontecer quando deixarmos esta vida.

No entanto, os santos não tinham medo da morte. Em vez disso, eles a recebiam bem e a viam com os olhos da fé.

Santa Teresa de Lisieux, também conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus, é um exemplo. A carmelita morreu de tuberculose aos 24 anos de idade. Pode parecer triste ouvir sobre uma bela jovem que morreu tão cedo. No entanto, Santa Teresinha ansiava pelo dia em que morreria.

No final de sua autobiografia intitulada “História de uma Alma” há algumas reminiscências fornecidas por algumas das irmãs. Aqui está uma conversa que ela teve com algumas delas sobre a morte:

“Ainda não sabemos de que doença você vai morrer (…). Vou morrer de morte! Deus disse a Adão sobre do que ele morreria quando lhe disse: ‘Tu morrerás de morte’? Então a morte virá buscá-la? Não, não a morte, mas o Bom Deus. A morte não é, como as imagens nos dizem, um fantasma, um espectro horrível. O Catecismo diz que é a separação da alma e do corpo! Bem, não temo uma separação que me unirá para sempre a Deus”.

Portanto, ela acreditava firmemente que a morte a uniria e não a separaria. Seria, então, uma união eterna com Deus.

A morte como viagem de volta

Essa crença, de fato, veio de uma atitude que ela tinha sobre a vida que moldou todas as suas ações. Ela explicou que encarava esta vida mais como um exílio, e não como um lar:

“O símbolo de um navio sempre me encanta e me ajuda a suportar o exílio desta vida. Não nos diz o Sábio: ‘A vida é como um navio que passa pelas ondas: quando passa, não se encontra o seu rasto’?

Enfim, com isso em mente, como Santa Teresinha poderia ter medo da morte? Para ela, a morte seria uma viagem de volta para casa.


Portanto, se você precisar de ajuda com seu medo da morte, peça ajuda a ela!


Fonte: Aletéia

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Indulgências “pro defunctis” prorrogadas devido à COVID-19


Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, as indulgências plenárias pelos fiéis defuntos, que normalmente se ganham nos oito primeiros dias de novembro, poderão lucrar-se ao longo de todo o mês das almas.

Santa Sé



DECRETO


Neste ano, por causa da pandemia da doença de COVID-19, as indulgências plenárias pelos fiéis defuntos prorrogam-se por todo o mês de novembro, comutadas as condições e obras pias, em vista da segurança do povo cristão


Chegaram há pouco a esta Penitenciaria Apostólica muitas súplicas da parte de sagrados pastores, pelas quais se pedia que neste ano, por causa da pandemia da doença de COVID-19, se comutassem as obras para lucrar as indulgências plenárias aplicáveis somente às almas do Purgatório, segundo a norma do Manual de Indulgências (conc. 29, §1). Por isso, a mesma Penitenciaria Apostólica, por especial mandado do SS. Padre, o Papa Francisco, de bom grado determinou e deliberou, para evitar aglomerações, proibidas ou ao menos desaconselhadas em algumas nações e territórios, que neste ano:


a) A indulgência plenária para os que piedosamente visitarem cemitérios e, ainda que apenas mentalmente, rezarem pelos defuntos — limitada, segundo a norma, apenas aos oito primeiros dias de novembro —, possa, para comodidade dos fiéis, ser transferida dentro do mês de novembro para outro período de até oito dias, ainda que descontínuos, de livre escolha de cada fiel;

b) A indulgência plenária do dia 2 de novembro, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, para os que piedosamente visitarem uma igreja ou oratório e ali recitarem um Pai-nosso e um Creio, possa ser transferida não somente para o domingo anterior ou posterior ou para o dia da solenidade de Todos os Santos, mas também para outro dia, dentro do mês de novembro, de livre escolha de cada fiel;


Os idosos, os doentes e os que, por causa grave, não podem sair de casa (v.gr., por força de decretos que proíbam os fiéis de se reunirem nos lugares sagrados), poderão lucrar a indulgência plenária, desde que, unindo-se em ânimo e voto aos que fizerem as piedosas visitas de que se falou acima, tendo detestado os próprios pecados e feito a intenção de cumprir, assim que possível, as três condições de costume (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do sumo Pontífice), recitem diante de qualquer imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo ou da Bem-aventurada Virgem Maria piedosas preces pelos defuntos (v.gr., as Laudes e as Vésperas do Ofício dos defuntos, o Rosário mariano, a coroa da Divina Misericórdia, e outras preces pelos defuntos mais caras aos fiéis), ou leiam, a título de leitura espiritual, o Evangelho da Liturgia dos defuntos, ou realizem uma obra de misericórdia, entregando a Deus clemente suas dores ou os incômodos da própria vida.

A fim, pois, de tornar mais fácil, por caridade pastoral, o acesso ao perdão divino, alcançável pelas chaves da Igreja, esta Penitenciaria roga insistentemente que os sacerdotes legitimamente facultados, de ânimo pronto e generoso, celebrem a Penitência e administrem a sagrada comunhão aos doentes.

No entanto, no que diz respeito às condições espirituais para lucrar plenamente a indulgência, está sempre em vigor a Nota desta Penitenciaria Apostólica sobre a celebração do sacramento da Reconciliação em tempos de pandemia da doença de COVID-19.

Por último, uma vez que as almas do Purgatório são ajudadas pelos sufrágios dos fiéis, sobretudo pelo santo sacrifício do Altar (cf. Concílio de Trento, sess. 25.ª, Decreto sobre o Purgatório), roga-se insistentemente a todos os sacerdotes que, no dia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, celebrem a Missa três vezes, segundo a norma da Constituição Apostólica “ Incruentum Altaris”, do Papa Bento XV, de venerável memória, do dia 10 ago. 1915.

Valerá o presente Decreto por todo o mês de novembro, não obstante quaisquer disposições em contrário.

Dado em Roma, nas dependências da Penitenciaria Apostólica, no dia 22 de outubro de 2020, na memória de S. João Paulo II.

Maurus Card. Piacenza
Penitenciário-Mor

Christophorus Nykiel
Regente