quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Por que Carlo Acutis conquistou tantos devotos no Brasil?

www.carloacutis.com
Carlo Acutis, o "Ciber-Apóstolo da Eucaristia"


"A devoção de Carlo Acutis foi do Brasil para o mundo", afirma sacerdote brasileiro que conviveu com a família do beato italiano

A internet foi a praia do jovem Carlo Acutis. Ele recorria ao ambiente virtual para evangelizar. Conhecedor das ciências da computação, divulgava milagres eucarísticos através de uma página web. Isso fez dele um grande evangelizador, um “influencer de Deus”, numa época em que ser blogueiro ou influenciador digital era quase que impensável.

Não é à toa que Carlo Acutis é considerado o padroeiro da internet. E também não é de se surpreender que existam tantos conteúdos sobre o beato italiano na rede mundial de computadores. E são conteúdos que geram milhões de compartilhamentos e um enorme engajamento.

Quer um exemplo? Recentemente, um vídeo sobre o jovem beato postado por uma atriz e influenciadora brasileira em seu perfil no TikTok rendeu mais de 6,4 milhões de views – número muito acima da média dos outros conteúdos que ela divulga.

A enorme devoção dos brasileiros a Carlo Acutis

O sucesso do vídeo postado pela influenciadora é um termômetro da devoção que os brasileiros têm pelo santo da internet e grande interesse em conhecer a história dele.

Se você fizer uma simples busca no Google colocando o nome do beato, vai encontrar cerca de 3 milhões de resultados em português. A busca por “Frei Galvão”, o primeiro santo nascido no Brasil, por exemplo, renderá cerca de 2,3 milhões de resultados.

Mas por que Carlo Acutis ganhou tantos seguidores no Brasil?

Quem pode explicar essa grande devoção é o Pe Fábio Vieira, autor do livro “Foi Carlo” e parceiro da distribuidora Kolbe Arte na divulgação do documentário ‘O Céu Não Pode Esperar’, que narra a história do beato italiano e chega aos cinemas brasileiros no dia 19 de outubro

Padre Fábio conviveu com a família de Carlo Acutis na Itália e viu a popularidade do jovem crescer, especialmente entre o povo brasileiro. “A devoção de Carlo Acutis foi do Brasil para o mundo”, afirma ele no material de divulgação do documentário.

“É do Brasil que chegava a maior quantidade de testemunhos e relatos de possíveis milagres. Quando eu estava lá, a gente recebia correspondência do mundo inteiro. O brasileiro, por ser afetivo e gostar de contar o que sente, mandava muitas cartas e e-mails”, explica o sacerdote.

Para o padre, alguns fatos que têm a ver com o Brasil podem explicar essa conexão entre os brasileiros e o jovem beato italiano.

Um milagre em terras brasileiras

O milagre aceito pelo Vaticano no processo de beatificação do jovem aconteceu em terras brasileiras, em Campo Grande (MS).

Matheus Vianna tinha pâncreas anular, uma doença congênita rara, e chegou a ser desenganado pelos médicos. Porém, depois de entrar em contato com uma relíquia de Acutis e rezar a ele, o menino foi curado.

12 de Outubro

Outro acontecimento que reforça a aproximação com os brasileiros é o fato de Carlo ter partido para a Casa do Pai no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

A memória de Carlo Acutis é celebrada nessa data. “Penso que isso não foi por acaso, porque Carlo era muito devoto de Nossa Senhora”, revelou a mãe de Acutis em entrevista exclusiva à Aleteia.

Pelé e o Brasil

Antonia Salzano ainda contou à Aleteia que imagina que o grande número de seguidores de Acutis no Brasil também se deve à quantidade de jovens católicos existente no Brasil. Jovens que se identificam com o “santo da internet”.

Além disso, ela revelou que Acutis “amava o Brasil. Seguramente, ele admirava o famoso Pelé… Mas acredito que tudo partiu do céu, porque o Senhor tem os seu planos…

Fonte: Aletéia

Beato Carlo Acutis, rogai pelos brasileiros!

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Afinal, o mês do Terço é Outubro ou Maio?

Immaculate | Shutterstock

Maio é tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora, mas o mês do rosário pode soar surpreendente para muitos fiéis

Considerando que o mês de maio é tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora, muitos fiéis também acham que ele seja o mês do rosário ou do terço.

No entanto, o mês que passou a homenagear de forma especial a oração do rosário é outubro.

Mas por quê?

Antes de falar especificamente sobre esta associação entre o terço e o mês de outubro, é preciso recordar que o santo rosário vinha se consolidando como parte importante da devoção dos fiéis católicos desde o século XIII.

Tudo havia começado em 1208, quando Nossa Senhora apareceu a São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dos padres dominicanos, e lhe pediu que instituísse a prática hoje conhecida por todos nós como o rosário, acrescentando que desejava a sua divulgação ao mundo todo. Pouco a pouco, a devoção foi de fato se espalhando e se fortalecendo.

A Batalha de Lepanto

Passado o tempo, chegamos ao século XVI, quando a Europa se via ameaçada por uma iminente invasão dos turcos otomanos. Nesse contexto, o Papa São Pio V recebeu uma revelação de Nossa Senhora de que a Cristandade venceria a batalha de autodefesa contra os invasores, graças à recitação do santo rosário. Confiante nesta promessa de Maria Santíssima, o Papa exortou os fiéis a rezarem o rosário com fé ainda mais intensa.

A situação era gravíssima. Se os católicos perdessem a batalha, era muito grande o risco de que a Igreja fosse esmagada pelos invasores.

Em 7 de outubro de 1571, porém, os católicos veriam o cumprimento da promessa de Nossa Senhora. Desenrolava-se naquela data uma das mais emblemáticas batalhas navais de todos os tempos: a histórica Batalha de Lepanto, na costa da Grécia, entre uma esquadra da Liga Santa e nada menos que duzentas e trinta galés do poderoso Império Otomano.

Em Roma, enquanto isso, São Pio V continuava implorando pelo auxílio divino mediante a intercessão de Maria, e, ao mesmo tempo, seguia despachando os assuntos urgentes da Igreja. Em dado momento, o venerável ancião interrompeu subitamente os trabalhos e foi até a janela. Todos os que estavam ao seu redor ficam perplexos. Um silêncio denso pairou no ar durante um breve espaço de tempo que, porém, parecia não ter mais fim, até que foi rompido por uma declaração ainda mais surpreendente do santo Papa:

“Vencemos em Lepanto!”

Outubro, o mês do rosário

O Papa fez esta afirmação antes mesmo de receber notícias da batalha. Chamou os fiéis para se juntarem à comemoração pela milagrosa vitória de Dom João D’Áustria, o comandante da frota católica. Teve então início uma solene procissão pelas ruas de Roma.

Somente dias mais tarde é que chegaram de fato os emissários da esquadra confirmando a notícia que, milagrosamente, já tinha sido anunciada pelo Papa.

Não tardou para que fosse instituída, em honra daquela vitória milagrosa, a festa de Nossa Senhora das Vitórias, a celebrar-se todo dia 7 de outubro. O Papa Gregório XIII mudaria o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário.

Devido à imensa importância desta vitória para a preservação da fé católica, veio desse episódio crucial a tradição que considera o mês de outubro o mês do santo rosário.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

O padre brasileiro que mandou um recado para Santa Teresinha no Céu

Instagram / @divinojatiuca
Monsenhor Pedro: "Santa Teresinha é o Evangelho na forma mais humana"

Foi a irmã de Santa Teresinha que levou o pedido especial do sacerdote à "pequena flor". 
E a santa respondeu em forma de graça


Santa Teresinha entrou cedo na vida do sacerdote brasileiro Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante. Aos quatro anos de idade, ele escolheu aleatoriamente um livro e pediu aos familiares que se sentassem para que pudesse lê-lo. Sabe qual era o livro? Nada menos do que “História de uma Alma“, de Santa Teresinha do Menino Jesus.

A partir daí, a admiração e o interesse pela história da carmelita francesa só aumentaram. De fato, Mons. Pedro escreveu várias obras sobre a mensagem deixada pela santa. Mas, na sua caminhada de estudos sobre Santa Teresinha, dois fatos curiosos e providenciais chamam a atenção.

Um presente especial de Santa Teresinha

Quando ainda estava no seminário, em Roma, o jovem brasileiro resolveu fazer uma peregrinação com colegas até Lisieux, na França. Lá, conheceu os Buissonets e visitou o carmelo onde Santa Teresinha viveu dos 14 aos 24 anos de idade.

Durante a visita, o seminarista conheceu pessoalmente Celina Martin, irmã de Santa Teresinha. No mesmo dia, quando jantava no eremitério masculino ao lado do carmelo, recebeu, de forma inesperada, um envelope. Grande foi a surpresa de Pedro ao descobrir que o embrulho fora enviado por Celina e continha uma mecha de cabelo de Santa Teresinha.

Eram cabelos louros, lindos. Será que eu dormi naquela noite? Eu fiquei tão encantado, tão feliz! Imagine, eu tinha os cabelos de Santa Teresinha, dados por Celina! Eu que lia tantas coisas sobre Celina e Teresinha… Eu fiquei tão feliz, tão satisfeito que eu não sei nem se continuei jantando”, testemunhou o Monsenhor Pedro em vídeo publicado no perfil Flores do Carmelo, no Facebook.

Um recado para Santa Teresinha no Céu

A admiração a Santa Teresinha aumentou ainda mais quando o jovem seminarista recebeu uma graça atribuída a ela.

É que, estando próxima a data da ordenação da turma em que ele estudara, Teixeira fora informado que não poderia ser ordenado, pois não tinha ainda completado 24 anos – idade exigida pelo Direito Canônico para a ordenação. Ele ficou desconcertado com a informação. E, justamente naquela época, ficou sabendo que Celina, a irmã de Santa Teresinha, estava muito doente.

O seminarista, então, resolveu mandar-lhe uma carta. “Eu sabia que ela estava muito doente, então eu escrevi: Celina, se você morrer nestes dias, antes do dia 14 de março, fale com Teresinha para ela dar um jeito para eu me ordenar no dia 14 de março”, explicou o monsenhor, admitindo sua audácia ao enviar uma carta com tal teor para uma pessoa doente.

Depois que a carta foi enviada, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos concedeu ao seminarista a licença para ser ordenado juntamente com seus colegas de seminário.

Um tempo após essa grande notícia, Pedro ficou sabendo que Celina tinha falecido um dia antes de ele receber a autorização do cardeal para ser ordenado. Ele, então, não teve dúvida: “Celina deu meu recado à Teresinha”, bradou o jovem.

Monsenhor Pedro durante o Terço dos Homens em sua paróquia.
Instagram / @divinojatiuca

“O Evangelho na forma mais humana”

Sim, Pedro foi ordenado e hoje, aos 87 anos, comemora 64 anos de sacerdócio. Monsenhor Pedro serve na Paróquia Divino Espírito Santo, em Maceió, AL. Devoto fervoroso de Santa Teresinha e grande pesquisador sobre a mensagem deixada pela “pequena flor”, ele escreveu grandes obras relacionadas à carmelita. Entre elas, os livros: “Ensinamentos de Santa Teresinha” e “Santa Teresinha de Carne e Osso”.

E o que move tanta devoção? Monsenhor Pedro responde:

“Santa Teresinha é o Evangelho na forma mais humana, mais simples, mais bonita. É o caminho de Jesus com Maria para o Pai, na força e no poder do Espírito Santo…Eu sou sacerdote, fruto da misericórdia de Deus, com intercessão de Maria Santíssima e Santa Teresinha”.


Retrato de Santa Teresinha.

Fonte: Aletéia

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

As relíquias de São Miguel Arcanjo que são utilizadas em exorcismos

María Paola Daud-ALETEIA


Pequenas pedras de uma caverna consagrada pelo próprio arcanjo são utilizadas por exorcistas para invocar a intercessão de São Miguel contra Satanás

Entre os católicos existe uma antiga tradição de venerar objetos associados a um santo em particular. Esses objetos são chamados de “relíquias” e se enquadram em três categorias principais: 

  • Relíquias de primeira classe: são restos físicos de um santo. Pode ser um pedaço de osso, um frasco de sangue, uma mecha de cabelo ou até o crânio ou um corpo incorrupto;
  • Relíquias de segunda classe: quaisquer itens que o santo costumava usar (roupas, por exemplo);
  • Relíquias de terceira classe: quaisquer itens que tenham tocado em um santo. Inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo ou no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada.

São Miguel Arcanjo

Segundo a tradição, São Miguel Arcanjo apareceu a um bispo italiano em 493 e consagrou uma caverna, que ficou conhecida como Santuário do Monte Sant’Angelo sul Gargano (Monte Gargano). É um dos mais antigos santuários dedicados a São Miguel e destino de grandes peregrinações cristãs.

São Miguel disse ao bispo: 

“Eu sou o Arcanjo Miguel e escolhi morar naquele lugar na terra e mantê-lo em segurança”

Quando eles chegaram para consagrar a caverna, São Miguel disse: 

“Não é necessário que dediqueis esta igreja; 
eu mesmo já a consagrei com a minha presença”

Uma lenda diz que uma das pedras do local contém a pegada de São Miguel.


Mais de mil anos depois, a tradição afirma que São Miguel apareceu novamente no santuário e disse ao bispo: 

“Eu sou o Arcanjo São Miguel. 
Quem usar as pedras desta gruta será libertado”

Desde então, pequenas pedras desta gruta foram distribuídas ao redor do mundo e são conhecidas como “as relíquias da pedra de São Miguel Arcanjo”.

Segundo o exorcista pe. Chad Ripperger, essas pedras foram usadas em exorcismos e são conhecidas por serem eficazes em expulsar a presença do diabo. Isso está de acordo com a prática tradicional de exorcistas que usam relíquias para invocar a intercessão de santos e anjos contra as ações de Satanás.

By vololibero | Shutterstock

Essas relíquias ainda existem no Santuário de Monte Gargano e são frequentemente procuradas por padres e leigos. Um certificado de autenticidade acompanha essas pedras para atestar que foram retiradas da caverna que São Miguel consagrou com sua presença.


Fonte: Aletéia

São Miguel, São Gabriel, São Rafael e Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!