"Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia." (Jo 6, 40)
A comemoração dos fiéis falecidos, a 2 de novembro, teve origem no mosteiro beneditino de Cluny. O papa Bento XV, no tempo da primeira guerra mundial, concedeu a todos os sacerdotes a faculdade de celebrar "três missas" neste dia.
"Nos ritos fúnebres para seus filhos, celebra a Igreja com fé o Mistério pascal, na firme esperança de que os que se tornaram, pelo batismo, membros de Cristo morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida. É necessário, porém, que sua alma seja purificada, antes de ser recebida no céu com os santos e os eleitos, enquanto o corpo espera a bem-aventurada esperança da vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos".
Em nossa vida nunca temos o suficiente; vivemos voltados para um contínuo "amanhã", do qual esperamos sempre "mais": mais amor, mais felicidade, mais bem-estar. Vivemos impelidos pela esperança. Mas no fundo dessa nossa dinâmica de vida e esperança se oculta, sempre à espreita, o pensamento da morte; um pensamento ao qual não nos habituamos e que quereríamos expulsar. No entanto, a morte é a companheira de toda nossa existência; despedidas e doenças, dores e desilusões são dela sinais a nos advertir.
A morte, um mistério
A morte permanece para o homem um mistério profundo. Mistério cercado de respeito também pelos que não crêem.
Ser cristão muda alguma coisa no modo de considerar e enfrentar a morte? Qual a atitude do cristão diante da pergunta sobre o sentido último da existência humana, que a morte nos põe continuamente? A resposta se encontra na profundeza da nossa fé. Para o cristão, a morte não é o resultado de uma luta trágica que se deva afrontar com frieza e cinismo. A morte do cristão segue as pegadas da morte de Cristo: um cálice amargo, porque fruto do pecado, a beber até o fim, porque é a vontade do Pai, que nos espera de braços abertos do outro lado do limiar; morte que é uma vitória com aparência de derrota; morte que é essencialmente não-morte: vida, glória, ressurreição. Como se dará tudo isso precisamente não podemos saber; não cabe ao homem medir a imensidade do dom e das promessas de Deus. A despedida dos fiéis é acompanhada da celebração eucarística, memória da morte de Jesus na cruz e penhor da sua ressurreição. O prefácio tem um tom de humana suavidade e divina certeza: "Nele refulge para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Ó Pai, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível".
Liturgia
Quando o dia 2 de novembro cai em domingo, este dá lugar à liturgia pelos fiéis defuntos.
O Lecionário dominical e festivo propõe três esquemas de leituras escolhidas entre todas as elencadas para as missas dos defuntos. É sempre possível escolher outras leituras entre as indicadas para a liturgia dos defuntos se motivos pastorais ou particulares situações da assembléia o requeiram.
O Missal Romano apresenta três formulários distindos de orações para a celebração. Há sempre possibilidade de escolher dos três formulários as leituras ou orações que se adaptem melhor às situações concretas da assembléia que participa da liturgia.
Na missa não se diz o Glória nem o Creio.
I Missa
I Leitura Jó 19, 1.23-27a
Salmo 26 (27)
II Leitura Rm 5, 5-11
Evangelho Jo 6, 37-40
II Missa
I Leitura Is 25, 6a.7-9
Salmo 24 (25)
II Leitura Rm 8, 14-23
Evangelho 25, 31-46
III Missa
I Leitura Sb 3, 1-9
Salmo 41 (42)
II Leitura Ap 21, 1-5a.6b-7
Evangelho Mt 5, 1-12
Fonte: Missal Cotidiano e Missal Dominical
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos,
livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e
socorrei principalmente os que mais precisarem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentário sujeito a moderação.
Perguntas podem ser respondidas em novas postagens, para saber, clique no Marcador: "Respostas"
Que Deus os abençõe.
Obrigada