Maria das Dores Hipólito Pires (Doris Hipólito) |
O relato abaixo é a
indicação do muito de errado e absurdo que acontece no Brasil atual. Em
uma semana em que ficamos sabendo que os pais agora serão obrigados a
matricularem seus filhos na pré-escola a partir dos 4 anos, em um claro
abuso por parte do Estado, que quer cada vez mais servir como tutor de
nossos filhos, vemos este mesmo Estado esticando seus tentáculos para
atingir aqueles que tentam fazer o que o Estado escolhe não fazer,
principalmente por motivos ideológicos.
Primeiramente, um esclarecimento. Maria
das Dores Hipólito Pires (Doris Hipólito) é uma conhecida liderança
pró-vida do estado do Rio de Janeiro. Atuando na região de Nilópolis,
cidade da Baixada Fluminense, Doris ajuda inúmeras gestantes que passam
por dificuldades, vítimas de violência doméstica e em outras situações
de risco. Ela fundou a Casa de Amparo São Frei Galvão exatamente para
que este seu trabalho fosse mais efetivo e aumentasse a qualidade do
serviço que é prestado às gestantes necessitadas.
O que Doris relata
abaixo é um emblema do que vem acontecendo em nosso país, mas, mais até
do que isto, é uma indicação do quanto incomoda qualquer iniciativa
pró-vida. O que o Estado quer é oferecer pílulas do dia seguinte,
preservativos, esterilizações, buscar uma legislação permissiva ao
aborto, etc.; mas quando uma pessoa faz um trabalho voluntário que busca
ajudar mulheres e famílias em dificuldades, mas desejosos de darem seus
filhos à luz, o Estado cria dificuldades.
Isto é um absurdo total!
Estamos falando de vidas humanas. Estamos falando de mulheres que
poderão ficar desamparadas durante uma época de extrema dificuldade em
suas vidas, estamos falando de crianças em risco de não virem a luz, de
pessoas que não receberão qualificação profissional que poderá
significar a possibilidade ou não de uma vida mais digna.
Abaixo segue o relato feito por Doris.
***
Gostaria de fazer um comunicado e solicitar sua orientação quanto aos fatos que passo a relatar:
A Casa de
Amparo Pró-Vida São Frei Galvão recebeu ontem, dia 04/03/2013, às 11h, a
visita da Dra. Márcia Araújo Pinto Lessa, Promotora de Justiça de
Nilópolis, e das assistentes sociais Geane Pierre e Fátima Matos.
Esclareço
que a Casa de Amparo Pró-Vida São Frei Galvão é uma instituição católica
beneficente que tem como objetivo defender a vida da mulher grávida e
do bebê no ventre materno. Sua missão principal é ajudar gestantes
vítimas de violência doméstica ou risco social. Na Casa de Amparo São
Frei Galvão, tais mulheres encontram abrigo seguro, recuperam a
auto-estima, e voltam a sentir esperança, grande virtude cristã. A Casa
conta com doações espontâneas de pessoas de boa vontade e com o trabalho
voluntário de profissionais de diversas áreas.
Prosseguindo
o relato: a Promotora e as assistentes sociais foram recebidas pela
gestante Eloá Gonçalves, grávida de oito meses, a quem informaram que
fariam uma fiscalização e a quem, na verdade, interrogaram.
Em dado
momento durante a visita, elas pediram à gestante para dirigir-se ao
portão da Casa para pegar uma bolsa com o motorista do carro. A gestante
o fez e, ao retornar com a bolsa, surpreendeu-se, pois viu que estavam
tirando fotos da Casa.
Ao chegarem
à cozinha, pediram à gestante para pegar a chave para abrir os
armários, e fotografaram. Dirigiram-se à área onde são oferecidos cursos
de Corte e Costura, Overloque e Colarete, no momento em reforma, e
também fotografaram.
Cerca de
uma hora mais tarde, eu, Maria das Dores Hipólito Pires, Presidente da
Casa de Amparo Pró-Vida São Frei Galvão, cheguei ao local e vi que a
gestante Eloá estava sendo interrogada. Logo a seguir, também fui
interrogada.
Perguntaram-me
a respeito dos recursos materiais e humanos para a manutenção da Casa:
quem pagava o aluguel; quem fazia as doações; se eu tinha em mãos o
Livro Caixa; se havia profissionais como psicólogo/a, assistente social,
cozinheira, nutricionista e segurança, e se havia carro com motorista.
Também fui indagada sobre alguns cartazes que cita a palavra aborto e se já houve mãe querendo entregar o filho para adoção.
Pediram-me
cópia do Estatuto e da Ata, do Programa de Trabalho e do Livro Caixa. Eu
apenas tinha uma fotocópia da Ata. Comprometi-me, então, a providenciar
as demais fotocópias.
Ao final, a
Promotora disse-me que a Casa nem deveria existir e que para que possa
continuar funcionando, precisamos cumprir todas as exigências. Ela
também disse que a partir daquele momento a Casa não poderia receber
mais ninguém, pois estava sendo interditada.
Fui convocada a comparecer a uma Audiência no dia 30/04/2013, às 10h30, ao Fórum da Promotoria de Violência Doméstica, sala 308.
Disse a
Promotora: “Quanto à gestante Elóa, ela poderá ficar na Casa até o dia
30/04/2013. Procure a família ou algum parente dela, pois esta Casa não
pode funcionar como Amparo. Vocês podem entregar enxovais, mas não podem
abrigar mulheres, até que as exigências sejam cumpridas”.
Fomos expressamente proibidas de recebermos gestantes menores de idade, mesmo que tenham sido encaminhadas por órgãos públicos.
Não me foi
apresentado qualquer pedido para notificação ou fiscalização tampouco me
solicitaram permissão para fazer as fotos ou abrir os armários. Não me
pediram para assinar qualquer documento. Todas as exigências foram
feitas apenas verbalmente.
Peço que, por favor, me oriente quanto ao modo como devo proceder.
Paz e Bem.
Atenciosamente,
Maria das Dores Hipólito Pires (Doris Hipólito) Fundadora da Casa de Amparo Pró-Vida São Frei Galvão
Veja um vídeo onde a Sra. Doris Hipólito fala sobre o assunto:
Fonte: Maria Rosa Mulher e Deus Lo Vult
Nossa Senhora Mãe da Divina Misericórdia, rogai por nós!
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