"Além das festas, há outros dias de especial relevo para os católicos: são os dias de jejum e os dias de abstinência. Ao lermos os Evangelhos, teremos notado a frequência com que Nosso Senhor recomenda que façamos penitência. E podemos perguntar-nos: "Sim, mas como?"
A Igreja, cumprindo a sua obrigação de ser guia e mestra, fixou um mínimo para todos, uma penitência que todos - com certos limites - devemos fazer. Este mínimo estabelece uns dias de abstinência (em que não podemos comer carne) e outros de jejum e abstinência (em que devemos abster-nos de carne e tomar uma só refeição completa).
Como Cristo Nosso Salvador morreu numa Sexta-feira, a Igreja estabeleceu todas as sextas-feiras do ano - e também a Quarta-feira de Cinzas - como dias obrigatórios de penitência. O preceito geral da Igreja obriga abster-se de carne todas as sextas-feiras do ano, mas o Papa Paulo VI, na Constituição Paenitemini, deu às Conferências episcopais dos diversos países a faculdade de trocar a abstinência de carne por práticas de penitência cristã, como a oração, a esmola, outras mortificações, etc. De acordo com essa faculdade, os Bispos do Brasil determinaram que nas Sextas-feiras do ano, mesmo nas da Quaresma e incluídas a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, a abstinência de carne pode ser substituída, à escolha de cada um, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade, isto é, por algumas orações. Para quem optar pelo cumprimento da obrigação do jejum e da abstinência de carne nesses dias, basta que tome uma só refeição completa, e até duas outras desde que, juntas, não formem uma refeição completa; além disso, nenhuma dessas refeições incluirá carne.
Obras de Caridade:
Exercícios de Piedade:
- Procissão e Caminhadas Penitenciais;
- Participar e/ou Rezar a Via Sacra;
- Jejuar;
- Dar Esmola
- A Oração (terço, rosário, etc...)
Tomar deliberadamente carne ou caldo de carne num dia de abstinência de carne é pecado grave, se envolve desprezo do preceito e a quantidade que se toma é considerável. Mesmo uma quantidade pequena, tomada de modo deliberado, seria um pecado venial. Também seria pecado quebrar voluntariamente o jejum, fazendo-se - nos dias em que deve ser observado - duas ou mais refeições completas.
Os doentes que precisam de alimento, os que ocupam em trabalho pesados ou os que comem o que podem ou quando podem (os muito pobres) estão dispensados das leis do jejum e abstinência. Aqueles para quem jejuar ou abster-se de carne possa constituir um problema sério, podem obter dispensa do seu pároco. A lei da abstinência obriga os que tenham completado catorze anos, e dura toda a vida; a obrigação de jejuar começa quando se fazem dezoito anos e termina quando se entra nos sessenta."
Fonte: A Fé Explicada de Leo J. Trese (pag 253 e 254), Catecismo, Santuário do Pai das Misericórdias e blog Cristianismo em Ação.
Jesus Manso e Humilde de Coração
Fazei nosso Coração semelhante ao Vosso!
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