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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vai passar o Carnaval em Brasilia?

O católico ou cristão que vai passar o Carnaval em Brasília e quer viver algo diferente, tem várias opções de retiro, um deles é o Rebanhão (e o Rebainho) com palestras, músicas, cursos, confissão, adoração e Santa Missa, será no Nilson Nelson (domingo, segunda e terça-feira), organizado pela RCC de Brasília.



Também haverá uma programação para quem é mais tradicional e/ou quer conhecer a Santa Missa Gregoriana (Forma Extraordinária do Rito Romano, Antiga ou em Latim). As Santas Missas serão realizadas na Capela Sta Marcelina, no Lago Sul (QI 5) de domingo a quarta-feira de cinzas.


  • Domingo  da Quinquagésima (2 de março de 2014)
11h15min – Santa Missa Cantada
  • Segunda-feira (3 de março de 2014)
10h30min – Santa Missa Rezada e Benção do Santíssimo Sacramento Missa Votiva Pro Remissione Peccatorum (pela Remissão dos Pecados)
  • Terça-feira (4 de março de 2014)
10h30min – Santa Missa Rezada e Benção do Santíssimo Sacramento                    
Festa de São Casemiro, Confessor, Memória de São Lúcio, Papa e Mártir
  • Quarta-feira de Cinzas (5 de março de 2014)
10h30min - Imposição das Cinzas e Santa Missa Cantada

Fonte: Missa Tridentina em Brasília e Arquidiocese de Brasília

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Catequese com Papa Francisco - A Unção dos Enfermos

Catequese com o Papa Francisco - 26/02/14 
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Hoje gostaria de falar a vocês do Sacramento da Unção dos Enfermos, que nos permite tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem. No passado, era chamado “Extrema unção”, porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Falar, em vez disso, de “Unção dos enfermos” ajuda-nos a alargar o olhar à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.

1. Há um ícone bíblico que exprime em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos enfermos: é a parábola do “bom samaritano”, no Evangelho de Lucas (10, 30-35). Toda vez que celebramos tal sacramento, o Senhor Jesus, na pessoa do sacerdote, faz-se próximo a quem sofre e está gravemente doente, ou idoso. Diz a parábola que o bom samaritano cuida do homem sofredor derramando sobre suas feridas óleo e vinho. O óleo nos faz pensar naquele que é abençoado pelo bispo todos os anos, na Missa do Crisma da Quinta-Feira Santa, propriamente em vista da Unção dos enfermos. O vinho, em vez disso, é sinal do amor e da graça de Cristo que surge da doação de sua vida por nós e se exprimem em toda a sua riqueza na vida sacramental da Igreja. Enfim, a pessoa que sofre é confiada a um hospedeiro, a fim de que possa continuar a cuidar dele, sem poupar despesas. Ora, quem é este hospedeiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais, todos os dias, o Senhor Jesus confia aqueles que estão aflitos, no corpo e no espírito, para que possamos continuar a derramar sobre eles, sem medida, toda a Sua misericórdia e a Sua salvação.

2. Este mandado é confirmado de modo explícito e preciso na Carta de Tiago, onde recomenda: “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhes-ão perdoados” (5, 14-15). Trata-se então de uma prática que já estava em vigor no tempo dos apóstolos. Jesus, de fato, ensinou aos seus discípulos a ter a sua mesma predileção pelos doentes e pelos que sofrem e transmitiu a eles a capacidade e a tarefa de continuar difundindo em seu nome e segundo o seu coração alívio e paz, através da graça especial de tal sacramento. Isso, porém, não nos deve levar a uma busca obsessiva pelo milagre ou na presunção de poder obter sempre e seja como for a cura. Mas é a segurança da proximidade de Jesus ao doente e também ao idoso, porque todo idoso, toda pessoa com mais de 65 anos, pode receber este Sacramento, mediante o qual é o próprio Jesus que se aproxima.

3. Mas quando há um doente às vezes se pensa: “chamemos o sacerdote para que venha”; “Não, pois traz má sorte, não o chamemos”, ou “depois assusta o doente”. Por que se pensa isso? Porque há um pouco a ideia de que depois do sacerdote chegam os ritos funerais. E isto não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso; por isto é tão importante a visita dos sacerdotes aos doentes. É preciso chamar o sacerdote junto ao doente e dizer: “venha, dê-lhe a unção, abençoe-o”. É o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para dar-lhe força, para dar-lhe esperança, para ajudá-lo; também para perdoar-lhe os pecados. E isto é belíssimo! E não é preciso pensar que isto seja um tabu, porque é sempre bonito saber que no momento da dor e da doença nós não estamos sozinhos: o sacerdote e aqueles que estão presentes durante a Unção dos enfermos representam de fato toda a comunidade cristã que, como um único corpo, se reúne em torno de quem sofre e dos familiares, alimentando nesse a fé e a esperança, e apoiando-lhe com a oração e o calor fraterno. Mas o conforto maior vem do fato de que ao tornar-se presente no Sacramento é o próprio Jesus que nos toma pela mão, acaricia-nos como fazia com os doentes e nos recorda que lhe pertencemos e que nada – nem o mal e a morte – poderá nos separar Dele. Temos este hábito de chamar o sacerdote para que venha aos nossos doentes – não digo doentes de gripe, de três, quatro dias, mas quando é uma doença séria – e também aos nossos idosos e dê a eles este Sacramento, este conforto, esta força de Jesus para seguir adiante? Façamos isso!


Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sobre o Véu, o Latim, a Comunhão na Boca, de Joelhos e a Missa Versus Deum!

Essa eu tinha que responder aqui. O (a) Palhinha fez o seguinte comentário no post sobre o véu:

Se vai comungar o Sangue de Cristo é óbvio que tem que ser na Boca...
Acho que tem coisas bem mais importantes pra se preocupar do que usar véu, comungar de joelhos, etc..
Devemos nos preocupar em como nosso coração está..
Na minha opinião, muitas meninas estão começando a usar o véu simplesmente por modinha.. Nem sabem direito o motivo de usar...

Daqui a pouco vocês vão querer que a missa seja em latim e com o Padre de costas pra assembléia..

Século 21 galera.. 

A resposta será por partes tá Palhinha? Espero que você e outros que pensam como você possam entender e estudar um pouco mais sobre a Igreja Católica para não sair destilando desconhecimento por aí.

SOBRE A COMUNHÃO NA BOCA

Se vai comungar o Sangue de Cristo é óbvio que tem que ser na Boca...

Palhinha, deveria ser óbvio que o Sangue de Cristo se recebe na boca, porém, há muitos sacerdotes/MESCE que distribuem a comunhão sob as duas espécies de forma errada, ademais, é mais comum recebermos a comunhão somente sobre a espécie do pão e, nesse caso, ao contrário do que você falou, NÃO É óbvio que quem vai comungar receba na boca. E por que não é óbvio? Porque a Santa Sé autorizou ao comungante escolher como vai receber a hóstia consagrada, se na mão ou se na boca. A pessoa só é obrigada a receber na boca se a comunhão for sob as duas espécies eucarísticas, quais sejam: Corpo e Sangue.

E é isso que você pode encontrar na Introdução ao Missal Romano e, mais recentemente, na Instrução Redemptionis Sacramentum.

[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento.


SOBRE A COMUNHÃO DE JOELHOS

Acho que tem coisas bem mais importantes pra se preocupar do que usar véu, comungar de joelhos, etc.

Palhinha, pode até ter coisas mais importantes que o uso do véu, mas você não pode comparar o uso do véu com a comunhão de joelhos. Sabe por que? Porque a comunhão de joelhos (ao contrário do véu) está presente na liturgia da Igreja Católica na Instrução Geral ao Missal Romano e, mais recentemente, na Instrução Redemptionis Sacramentum. A comunhão de joelhos ou em pé é uma das formas que a pessoa deve se portar para receber JHS!

[90.] «Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, de acordo com o que estabelece a Conferência de Bispos», com a confirmação da Sé apostólica. «Quando comungarem de pé, recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência, que devem estabelecer as mesmas normas».

Assim, ela é tão importante quanto receber JHS na boca ou na mão. 

SOBRE O VÉU E O CORAÇÃO

Devemos nos preocupar em como nosso coração está..
Na minha opinião, muitas meninas estão começando a usar o véu simplesmente por modinha.. Nem sabem direito o motivo de usar...

Até posso concordar que existam meninas que estão usando o véu por modinha, porém, prefiro que usem o véu por modinha, já que ele trás consigo a idéia da modéstia que deve ser observada, do que seguir a "modinha" do mundo que só prega roupas indecentes.

Antes as moças de véu na missa que de tomara que caia, mini saia, shorts, roupas coladas... Não acha(m)?

Ademais, seguir a "moda" do véu não é fácil como você pensa e a menina precisa de muita coragem e saber que ele está disposto na Bíblia em I Cor 11.

Sobre se preocupar mais com o coração, isso é conversa de quem quer desculpa para agir de qualquer maneira na Igreja, mormente na Santa Missa, seja comungando estando em pecado mortal, ir para a Missa de qualquer jeito (roupa), batendo palmas, conversando, mexendo no celular, etc... 

E Jesus foi claro ao nos ensina que:

"A boca fala do que lhe transborda o coração". (Mt 12, 34)

Ora, se a boca fala o que tem no coração, o que dirá sobre o nosso comportamento e modo de vestir?? Com certeza ele também transmite aos outros aquilo que está no nosso coração.

Ademais, nenhum de nós tem o coração tão puro que nos dê total certeza de que estamos assistindo a Santa Missa da forma mais correta, piedosa e modesta que possa existir. E o véu, o ficar de joelhos, a modéstia, a forma de comungar, nos ajuda a aproximarmo-nos o mais possível da forma que devemos nos portar durante e diante do Calvário de Cristo.

O LATIM E A MISSA VERSUS DEUM NO SÉCULO XXI!!

Daqui a pouco vocês vão querer que a missa seja em latim e com o Padre de costas pra assembléia..

Século 21 galera..
Pois a boca fala do que está cheio o coração.
Mateus 12:34
Pois a boca fala do que está cheio o coração.
Mateus 12:34

Aqui Palhinha fechou o seu comentário com chave de ouro, mostrando todo o seu DESCONHECIMENTO sobre a Liturgia da Santa Missa na Igreja Católica Apostólica e Romana. Só esse comentário já merecia váaarrrios posts. Mas, como já falamos nesse blog sobre os assuntos vamos só dá uma pincelada para quem ainda não leu sobre o assunto não falar/escrever tais asneiras por aí, como fez o nosso irmão Palhinha.

O LATIM

In nómine Patris, et Fílli, et Spíritus Sancti. Amen

Caro irmãos, todas as missas deveriam, em obediência ao Código de Direito Canônico e ao Concílio Vaticano II ser celebradas em latim, que é a língua oficial da Igreja, tendo algumas partes na língua vernácula, ou seja, na língua do País, porém, por desobediência, os sacerdotes deixaram de celebrar a missa em latim e o povo começou a achar que o latim foi abolido, que era antiquado, etc... Mas, basta assistir uma missa celebrada pelo Santo Padre (JPII, Bento XVI e Papa Francisco) para perceber que nessas missas se usa o latim, bem como, no Ângelus que o Papa reza todo domingo!!
Sem falar nos documentos da Igreja que, normalmente, são feitos primeiro em latim e só depois traduzidos para a língua dos inúmeros países.

Graças à Deus, o latim está voltando a ser usado no Brasil durante as missas, seja somente em algumas orações, como o Credo, o Pai Nosso, seja durante toda a Santa Missa, com apenas as leituras em português (como manda o Concílio Vaticano II), seja na Missa na Forma Ordinária do Rito Romano, seja na Forma Extraordinária do Rito Romano (onde mais comumente vemos).

Sem falar que TODOS os santos da Igreja Católica hoje celebraram/assistiram a Santa Missa em latim!!

E não venham com essa conversa de quem ninguém entende o latim, até porque, aqui vimos uma amostra clara de que as pessoas não entendem a missa em português.



e


Aqui no blog nós já falamos sobre o latim em:





A MISSA VERSUS DEUM


Palhinha, NÃO É correto você dizer que o padre celebra a Santa Missa de costas para o povo (assembléia), MAS O CORRETO é afirmar que o Padre celebra a Santa Missa voltado para Deus ou Versus Deum ou Ad Orientem

Essa forma de celebrar a Santa Missa NÃO FOI abolida pelo Concílio Vaticano II e coexiste, tranquilamente, com a celebração voltada para o povo ou Versus Populum, podendo ser celebrada pelo sacerdote tanto na Missa na Forma Ordinária quanto na Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano, podendo também ser celebrada em latim ou na língua vernácula, sendo inclusive, prevista essa posição na Instrução Geral ao Missal Romano (como regra).

Prova disso é que o Papa Bento XVI celebrou a Missa Versus Deum na Capela Sistina e, pasmem, o Papa Francisco já esse ano, portanto, em 2014 também celebrou a missa Versus Deum.

Veja o Papa Bento XVI, em 2008, celebrando a Missa Versus Deum: http://youtu.be/bijooEnWL0w

E aqui você pode ver o Papa Francisco, agora em 12 de Janeiro de 2014, celebrando a Missa Versus Deum:



E, para aprender mais sobre liturgia, mormente sobre o Concílio Vaticano II, o latim e a missa Versus Deum:


Portanto, diante de todo o exposto, fica claro que o latim, o véu, a missa Versus Deum não é coisa do século passado.

O Latim é do Século XXI!

A Missa Versus Deum é do Século XXI!!

O Véu é do Século XXI!!!

A Igreja Católica do e no Século XXI, a Igreja Católica moderna, celebra a missa em Latim, celebra a Missa Versus Deum, tem o Véu na usado na Santa Missa!!

Modernize você também Padilha e venha para a Igreja do Século XXI, com o latim, a missa Versus Deum e o véu!!

Sed Libera nos a Malo. Amen

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Respondendo uma Questão sobre o Matrimônio

Como o blog não está ajudando e não estou tendo sucesso em responder a dúvida de uma pessoa, resolvi colocar aqui a resposta.

A nossa irmã e seu esposo são católicos e fizeram toda a preparação para casar na Igreja Católica, ocorre que o sacerdote não pode celebrar e a cerimônia foi feita por um bispo anglicano. A dúvida é se o matrimônio é válido e se pode fazer a renovação dos votos.

Salve Maria,

Fiquei na dúvida se você casou dentro do Templo Católico ou fora dele (buffet/templo anglicano).

O casamento válido se dá pelo consentimento dos noivos e não pela presença do sacerdote, embora seja necessário um representante da Igreja: diácono e até leigos podem celebrar matrimônio, desde que delegados pelo Bispo/Sacerdote.

O seu matrimônio pode ou não ser válido, dependendo de como ocorreu e se ocorreu em conformidade com o disposto no Código de Direito Canônico.

Se eu estivesse no seu lugar, antes de tudo:

a) Ia na Paróquia (católica) onde foi feita a preparação, correu os proclamas, onde foi feito o casamento, para vê se nos documentos dela consta o seu matrimônio.
Se lá constar que você é casada, pode renovar os seus votos tranquilamente.

b) Se lá não constar o seu matrimônio você tem duas opções:

1) Procurar o pároco e relatar o ocorrido pedindo que ele proceda a Sanação Radical (veja mais sobre ela aqui: http://comosercristacatolica.blogspot.com.br/2011/04/o-sacramento-do-matrimonio-parte-3.html), você não precisará casar novamente, mas será sanado o erro que tornou o seu matrimônio inválido. Depois de sanado, você poderá renovar os seus novos tranquilamente;

2) Procurar o seu pároco e relatar o ocorrido e fazer da "renovação" dos votos o seu matrimônio. ;)

Lembre-se que:

a) Se vc não for casada validamente não poderá comungar/confessar-se até o final do processo de sanação ou até casar, como queira;

b) Procure a Igreja onde deve estar anotado o seu matrimônio e converse com o pároco que irá te orientar e dá entrada na sanação radical (se preciso), caso seu matrimônio não seja válido.

Espero ter ajudado.
Boa Sorte.
Que Deus te abençõe.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Catequese com Papa Francisco - Confissão

Catequese com o Papa Francisco - 19/02/14
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros, em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom. O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).

1. O Sacramento da Penitência e da Reconciliação surge diretamente do mistério pascal. De fato, na própria noite de Páscoa, o Senhor aparece aos discípulos, fechados no cenáculo, e depois de ter dirigido a eles a saudação “A paz esteja convosco”, soprou sobre eles e disse: “Recebeis o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20,21-23). Esta passagem nos revela a dinâmica mais profunda que está contida neste Sacramento. Antes de tudo, o fato de que o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar a nós mesmos. Eu não posso dizer: perdoo os meus pecados. O perdão se pede, se pede a uma outra pessoa e na Confissão pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um presente, é um dom do Espírito Santo, que nos enche com a misericórdia e a graça que surge incessantemente do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado. Em segundo lugar, recorda-nos que somente se nos deixamos reconciliar no Senhor Jesus com o Pai e com os irmãos podemos estar verdadeiramente na paz. E todos sentimos isso no coração quando vamos confessar-nos, com um peso na alma, um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus estamos em paz, com aquela paz da alma tão bela que somente Jesus pode dar, somente Ele.

2. No tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública – porque no início se fazia publicamente – àquela pessoal, à forma reservada da Confissão. Isto, porém, não deve fazer perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital. De fato, é a comunidade cristã o lugar no qual se torna presente o Espírito, o qual renova os corações no amor de Deus e faz de todos os irmãos uma só coisa, em Cristo Jesus. Eis então porque não basta pedir perdão ao Senhor na própria mente e no próprio coração, mas é necessário confessar humildemente e com confiança os próprios pecados ao ministro da Igreja. Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa somente Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um de seus membros, que escuta comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com ele, que o encoraja e o acompanha no caminho de conversão e amadurecimento cristão. Alguém pode dizer: eu me confesso somente com Deus. Sim, você pode dizer a Deus “perdoa-me”, e dizer os teus pecados, mas os nossos pecados são também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isto é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote. “Mas, padre, eu me envergonho…”. Também a vergonha é boa, é saudável ter um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é saudável. Quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos que é um “sem vergonha”: um “sin verguenza”. Mas também a vergonha faz bem, porque nos faz mais humildes e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e em nome de Deus perdoa. Também do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que são tão pesadas no meu coração. E alguém sente que desabafa diante de Deus, com a Igreja, com o irmão. Não ter medo da Confissão! Alguém, quando está na fila para confessar-se, sente todas estas coisas, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sai livre, grande, belo, perdoado, purificado, feliz. É este o bonito da Confissão! Eu gostaria de perguntar-vos – mas não digam em voz alta, cada um responda no seu coração – quando foi a última vez que você se confessou? Cada um pense… São dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga a si mesmo: quando foi a última vez que eu me confessei? E se passou tanto tempo, não perder um dia a mais, vá, que o sacerdote será bom. É Jesus ali, e Jesus é o melhor dos sacerdotes, Jesus te recebe, recebe-te com tanto amor. Seja corajoso e vá à Confissão!

3. Queridos amigos, celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido em um abraço caloroso: é o abraço da infinita misericórdia do Pai. Recordemos aquela bela, bela parábola do filho que foi embora de sua casa com o seu dinheiro da herança; gastou todo o dinheiro e depois quando não tinha mais nada decidiu voltar pra casa, não como filho, mas como servo. Tanta culpa tinha em seu coração e tanta vergonha. A surpresa foi que quando começou a falar, a pedir perdão, o pai não o deixou falar, abraçou-o, beijou-o e fez festa. Mas eu vos digo: toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa! Vamos adiante neste caminho. Que Deus vos abençoe!


Nossa Senhora, Mãe dos Confessores, rogai por nós!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Catequese com Papa Francisco - Eucaristia II


Catequese com o Papa Francisco - 12/02/2014 
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Na última catequese, destaquei como a Eucaristia nos introduz na comunhão real com Jesus e o seu mistério. Agora podemos nos colocar algumas perguntas sobre a relação entre a Eucaristia que celebramos e a nossa vida, como Igreja e como cristãos individualmente. Como vivemos a Eucaristia? Quando vamos à Missa aos domingos, como a vivemos? É somente um momento de festa, é uma tradição consolidada, é uma ocasião para se encontrar ou para sentir-se bem, ou é algo a mais?

Há alguns sinais muito concretos para entender como vivemos tudo isso, como vivemos a Eucaristia; sinais que nos dizem se nós vivemos bem a Eucaristia ou não a vivemos tão bem. O primeiro indício é o nosso modo de olhar e considerar os outros. Na Eucaristia, Cristo realiza sempre novamente o dom de si que fez na Cruz. Toda a sua vida é um ato de total partilha de si por amor; por isso Ele amava estar com os discípulos e com as pessoas que tinha oportunidade de conhecer. Isto significava para Ele partilhar os desejos deles, os seus problemas, aquilo que agitava as suas almas e suas vidas. Agora nós, quando participamos da Santa Missa, encontramo-nos com homens e mulheres de todo tipo: jovens, idosos, crianças, pobres e ricos; originários do lugar ou de fora; acompanhados por familiares ou sozinhos… Mas a Eucaristia que celebro leva-me a senti-los todos, realmente, como irmãos e irmãs? Faz crescer em mim a capacidade de alegrar com quem se alegra, de chorar com quem chora? Impele-me a seguir rumo aos pobres, aos doentes, aos marginalizados? Ajuda-me a reconhecer neles a face de Jesus? Todos nós vamos à Missa porque amamos Jesus e queremos partilhar, na Eucaristia, a sua paixão e a sua ressurreição. Mas amamos, como quer Jesus, aqueles irmãos e irmãs mais necessitados? Por exemplo, em Roma, nestes dias vimos tantos problemas sociais ou pela chuva que fez tantos danos a bairros inteiros, ou pela falta de trabalho, consequência da crise econômica em todo o mundo. Pergunto-me, e cada um de nós se pergunte: eu que vou à Missa, como vivo isto? Preocupo-me de ajudar, de aproximar-me, de rezar por aqueles que têm este problema? Ou sou um pouco indiferente? Ou talvez me preocupo de fofocar: viu como está vestida aquela, ou como está vestido aquele? Às vezes se faz isso, depois da Missa, e não se deve fazer! Devemos nos preocupar com os nossos irmãos e irmãs que têm necessidade por causa de uma doença, de um problema. Hoje, fará bem a nós pensar nestes nossos irmãos e irmãs que têm este problema aqui em Roma: problemas pela tragédia provocada pela chuva e problemas sociais e de trabalho. Peçamos a Jesus, que recebemos na Eucaristia, que nos ajude a ajudá-los.

Um segundo indício, muito importante, é a graça de sentir-se perdoados e prontos a perdoar. Às vezes alguém pergunta: “Por que se deveria ir à igreja, visto que quem participa habitualmente da Santa Missa é pecador como os outros?”. Quantas vezes ouvimos isso! Na realidade, quem celebra a Eucaristia não o faz porque se acredita ou quer parecer melhor que os outros, mas propriamente porque se reconhece sempre necessitado de ser acolhido e regenerado pela misericórdia de Deus, feita carne em Jesus Cristo. Se algum de nós não se sente necessitado da misericórdia de Deus, não se sente pecador, é melhor que não vá à Missa! Nós vamos à Missa porque somos pecadores e queremos receber o perdão de Deus, participar da redenção de Jesus, do seu perdão. Aquele “Confesso” que dizemos no início não é “pro forma”, é um verdadeiro ato de penitência!  Eu sou pecador e o confesso, assim começa a Missa! Não devemos nunca esquecer que a Última Ceia de Jesus aconteceu “na noite em que foi traído” (1 Cor 11, 23). Naquele pão e naquele vinho que oferecemos e em torno do qual nos reunimos se renova toda vez o dom do corpo e do sangue de Cristo para a remissão dos nossos pecados. Devemos ir à Missa humildemente, como pecadores e o Senhor nos reconcilia.

Um último indício precioso nos vem oferecido pela relação entre a celebração eucarística e a vida das nossas comunidades cristãs. É necessário sempre ter em mente que a Eucaristia não é algo que fazemos nós; não é uma comemoração nossa daquilo que Jesus disse e fez. Não. É propriamente uma ação de Cristo! É Cristo que age ali, no altar. É um dom de Cristo, que se torna presente e nos acolhe em torno de si, para nutrir-nos da sua Palavra e da sua vida. Isto significa que a missão e a identidade própria da Igreja surge dali, da Eucaristia, e ali sempre toma forma. Uma celebração pode ser também impecável do ponto de vista exterior, belíssima, mas se não nos conduz ao encontro com Jesus Cristo arrisca não levar alimento algum ao nosso coração e à nossa vida. Através da Eucaristia, em vez disso, Cristo quer entrar na nossa existência e permeá-la pela sua graça, de forma que em toda comunidade cristã haja coerência entre liturgia e vida.

O coração se enche de confiança e esperança pensando nas palavras de Jesus reportadas no Evangelho: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 54). Vivamos a Eucaristia com espírito de fé, de oração, de perdão, de penitência, de alegria comunitária, de preocupação pelos necessitados e pelas necessidades de tantos irmãos e irmãs, na certeza de que o Senhor cumprirá aquilo que nos prometeu: a vida eterna. Assim seja!


Nossa Senhora, Sacrário Vivo, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Catequese com Papa Francisco - A Eucaristia

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014, 14h38
 


Catequese com o Papa Francisco - 29/01/14
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014


Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal e Paula Dizaró


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da “iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico caminho de fé, de comunhão e de testemunho.

Aquilo que vemos quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos faz intuir o que estamos para viver. No centro do espaço destinado à celebração encontra-se um altar, que é uma mesa, coberta por uma toalha e isto nos faz pensar em um banquete. Na mesa há uma cruz, a indicar que sobre aquele altar se oferece o sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali se recebe, sob os sinais do pão e do vinho. Ao lado da mesa há o ambão, isso é, o lugar a partir do qual se proclama a Palavra de Deus: e isto indica que ali nós nos reunimos para escutar o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e então o alimento que se recebe é também a sua Palavra.

Palavra e Pão na Missa tornam-se um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que havia feito, condensaram-se no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antes do sacrifício da cruz, e naquelas palavras: “Tomai, comei, isto é o meu corpo…Tomai, bebei, isto é o seu sangue”.

O gesto de Jesus cumprido na Última Ceia é o extremo agradecimento ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. “Agradecimento” em grego se diz “Eucaristia”. E por isto o Sacramento se chama Eucaristia: é o supremo agradecimento ao Pai, que nos amou tanto a ponto de dar-nos o seu Filho por amor. Eis porque o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é gesto de Deus e do homem junto, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Então a Celebração Eucarística é bem mais que um simples banquete: é propriamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério central da salvação. “Memorial” não significa somente uma recordação, uma simples recordação, mas quer dizer que cada vez que celebramos este Sacramento participamos do mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

 A Eucaristia é o ápice da ação da salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso coração, a nossa existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os irmãos.

É por isto que sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de contemplar Deus face a face.

Queridos amigos, nunca conseguiremos agradecer ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia! É um grande dom e por isto é tão importante ir à Missa aos domingos.

Ir à missa não somente para rezar, mas para receber a Comunhão, este pão que é o Corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa, nos une ao Pai. É muito bom fazer isto! E todos os domingos, vamos à Missa porque é o próprio dia da ressurreição do Senhor. Por isto, o domingo é tão importante para nós.

E com a Eucaristia sentimos esta pertença à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo. Nunca terminará em nós o seu valor e a sua riqueza. Por isto, pedimos que este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a moldar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o coração do Pai. E isto se faz durante toda a vida, mas tudo começa no dia da primeira comunhão.

É importante que as crianças se preparem bem para a primeira comunhão e que todas as crianças a façam, porque é o primeiro passo desta forte adesão a Cristo, depois do Batismo e da Crisma.


Nossa Senhora, Sacrário Vivo, rogai por nós!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

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