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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Creio na Ressurreição da Carne: Introdução à Teologia do Corpo (Prólogo)

 Rômulo Cyríaco
 
Pixabay - CC0







O início de uma série de artigos iluminadores para aprofundar em um dos elementos constitutivos mais fascinantes da natureza humana
 
Entre 1979 e 1984, ao longo de muitas quartas-feiras, o amado Papa São João Paulo II dedicou-se a um belíssimo projeto: esclarecer aos fiéis e ao mundo, solidamente e em definitivo, qual é realmente a doutrina católica a respeito do corpo e da sexualidade do ser humano. Para isso, fundamentou-se nas Escrituras e em toda a Tradição Apostólica e dos Padres da Igreja, desde o cristianismo primitivo. Foram mais de uma centena de catequeses, nas quais tratou do assunto em profundidade, com brilhantismo e admirável rigor filosófico e teológico. A presente série de artigos oferecerá uma introdução a estas catequeses, que foram publicadas sob o título de Teologia do Corpo.

Prólogo para uma introdução à Teologia do Corpo

Antes mesmo de tocarmos nos conceitos específicos do projeto teológico de São João Paulo II, para “preparar o terreno”, é conveniente expor um pouco da intrínseca e inevitável relação de toda autêntica teologia católica com a realidade do corpo.
Após a Anunciação, o Espírito Santo gerou o Filho no ventre de Maria, a Santíssima Virgem. Jesus Cristo é Deus encarnado. Sua missão espiritual é marcada por uma forte corporeidade. Contemplemos a Paixão de Cristo: a agonia no Horto das Oliveiras, a flagelação, a coroa de espinhos, o carregamento da Cruz, a crucifixão, a lança que faz jorrar sangue e água de seu flanco, e também a Sua Ressurreição: “Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai-me e vede, porque um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho” (Lc 24,39).
Cristo, em sua missão, era um Sacramento Vivo. Pensemos na mulher hemorroíssa, que curou-se ao tocar somente as vestes de Jesus… Um pedaço de tecido, que protegia o Corpo de Deus. Tantos milagres similares relatados na vida dos Santos – pelas luvas que cobriam as chagas de Padre Pio, pelo lenço com o qual o mesmo enxugava as lágrimas que derramava na Celebração Eucarística. Pois Cristo, Ressuscitado, permanece Vivo na realidade sacramental de sua Igreja, Seu Corpo Místico. Pois Cristo Se doa inteiramente, até o fim dos tempos, em Espírito e em Corpo, à Igreja, Sua Esposa. Apenas aguardando nossa inteira doação, como membros da Igreja, para nos cumular de graças, e tornar-nos participantes de Sua Encarnação, Paixão, e Gloriosa Ressurreição.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Revolução grisalha: como tirar os cabelos brancos do armário

Arquivo PessoalKarla Giaretta adotou os fios brancos há três anos Imagem: Arquivo Pessoal
Daniela Carasco
Do UOL, em São Paulo
19/08/2017 04h00 

Os cabelos brancos estão na moda. Na TV e no cinema, celebridades como Cássia Kis, Helen Mirren e Vera Holtz ostentam seus grisalhos com muita personalidade. Fora das telas, eles também vêm se popularizando: cada vez mais mulheres têm tirado os seus do armário. E a decisão chega acompanhada de uma sensação unânime de liberdade.

A designer de ambientes e empresária Karla Giaretta, 48, decidiu pela transição há três anos. Dona de fios curtos, tingidos desde os 30 de castanho, ela concluiu que era hora de assumir sua “natureza genética”. “Tenho cabelo branco desde os 23. Arranquei muitos fios até começar a pintar. Sempre quis ser mais valorizada pelos meus atributos intelectuais e não pelos físicos. Ao assumir os brancos, deixei isso claro”, conta.

A mudança foi radical. Karla raspou a cabeça e decidiu esperar os novos fios crescerem de maneira natural. A transformação veio acompanhada de elogios femininos e muitas críticas masculinas. “Várias mulheres diziam que queriam ter a mesma coragem, já meus amigos homens me aconselhavam a cobri-los novamente. Antes, eu gastava no mínimo duas horas no salão. Agora, só lavo com produtos específicos e deixo secar ao ar livre. É libertador”, diz.

No senso comum, uma transformação como essa costuma ser relacionada a uma aparência envelhecida. Karla rebate: “Me deixou com uma feição muito mais delicada”. Para deixar o rosto mais marcado, recorre à maquiagem. “Sem falsa modéstia, me acho linda assim.”

Como nascem -- e devem ser tratados -- os fios brancos

 

O dermatologista e tricologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo, explica que o branqueamento dos fios acontece à medida que as células produtoras de melanina morrem. “Nos negros é mais comum a partir dos 55 anos, entre os amarelos por volta dos 45, e nos caucasianos brancos depois dos 35”, diz.

Essa morte celular, segundo o especialista, abre espaço para o aparecimento de bolhas de ar, que no lugar da melanina deixam o fio mais grosso e poroso. Por isso, é importante usar xampu, condicionador e creme ricos em ativos hidratantes -- como aloe vera, pantenol, ceramidas, colágeno, elastina e óleos vegetais.

Produtos específicos para cabelo grisalho são ótimos aliados. Eles costumam ter tonalidade arroxeada, que deixa o branco mais vivo e menos amarelado. “Evite lavá-los todos dias e não use xampu antirresíduos, que resseca ainda mais”, ensina Valcinir.

Arquivo Pessoal
Elisa Colepicolo começou a transição para os brancos há três anos Imagem: Arquivo Pessoal
Quer encarar a transição?

 

A grisalha Elisa Colepicolo, 35, autora do Projeto Gris, dedicado ao assunto, discorda dos especialistas que sugerem recorrer aos tonalizantes para encarar a transformação de maneira menos radical. "É só uma forma de adiar o inevitável", diz ela, que assumiu os brancos há três anos. "Corre o risco de o cabelo ficar manchado. O ideal é esperar crescer e contar com a ajuda de acessórios para mantê-los no lugar"

O processo, segundo ela, não é fácil. No início, a imagem refletida no espelho lhe rendeu muitas crises. "Mas o resultado depois de um ano e meio me confortou. É libertador não ter mais o compromisso de tingir." Hoje, ela celebra os fios mais saudáveis longe da química, que prejudica a estrutura capilar, e turbina os cuidados com produtos livres de parabeno, sulfato e silicone. "Sinto que meu fio desintoxicou. Meus cachos voltaram", comemora.

A seguir, confira uma seleção de produtos indicados para cabelos brancos:... - Veja mais em https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2017/08/19/revolucao-grisalha-como-tirar-os-cabelos-brancos-do-armario.htm?cmpid=copiaecola
A seguir, confira uma seleção de produtos indicados para cabelos brancos:... - Veja mais em https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2017/08/19/revolucao-grisalha-como-tirar-os-cabelos-brancos-do-armario.htm?cmpid=copiaecolaA seguir, confira uma seleção de produtos indicados para cabelos branco... - Veja mais em https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2017/08/19/revolucao-grisalha-como-tirar-os-cabelos-brancos-do-armario.htm?cmpid=copiaecola
Fonte: Uol
ar os cabelos brancos do armário Arquivo Pessoal Karla Giaretta adotou os fios brancos há três anos Imagem: Arquivo Pessoal 864 Daniela Carasco Do UOL, em São Paulo 19/08/2017 04h00 Os cabelos brancos estão na moda.... - Veja mais em https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2017/08/19/revolucao-grisalha-como-tirar-os-cabelos-brancos-do-armario.htm?cmpid=copiaecola
ar os cabelos brancos do armário Arquivo Pessoal Karla Giaretta adotou os fios brancos há três anos Imagem: Arquivo Pessoal 864 Daniela Carasco Do UOL, em São Paulo 19/08/2017 04h00 Os cabelos brancos estão na moda.... - Veja mais em https://estilo.uol.com.br/beleza/noticias/redacao/2017/08/19/revolucao-grisalha-como-tirar-os-cabelos-brancos-do-armario.htm?cmpid=copiaecola

terça-feira, 26 de setembro de 2017

RESPOSTA: Tenho 15 anos queria me batizar. Preciso fazer a catequese?


Ave Maria!

Tenho 15 anos queria me batizar.
Preciso fazer a catequese?

Sim!

Você já tá na idade de ser Crismado!

Na Igreja Católica há três etapas da iniciação Cristã, sendo 3 os Sacramentos:

- Batismo
- Primeira Comunhão
- Crisma

Aos 15 anos você deveria já está se preparando para receber o Sacramento do Crisma, que é o último da Iniciação Cristã.

Assim, você precisa fazer a Catequese de Jovens. 
Após o ano de Catequese você irá receber todos os Sacramentos: Será batizado, fará a Primeira Comunhão, receberá o Sacramento do Crisma!

Procure a Igreja próximo a sua casa, que você frequenta e se informe sobre a Catequese. Ela deve começar ano que vem, fevereiro-março, inscreva-se!

Além disso, a Catequese tem como função te apresentar a Igreja, o que ela pensa e ensina, necessário para um conhecimento maior, afinal, só amamos aquilo que conhecemos!

Fonte: Código de Direito Canônico

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Católico não pode ser Maçom!

Três séculos após a fundação da primeira Grande Loja Maçônica, os princípios dessa instituição continuam frontalmente incompatíveis com a doutrina católica


Por Ed Condon [*] — O antagonismo recíproco entre a Igreja Católica e a Maçonaria está bem firmado e é de longa data. Durante a maior parte dos últimos 300 anos, as duas instituições têm sido reconhecidas, mesmo pela mentalidade secular, como implacavelmente opostas uma à outra. Em décadas recentes, a animosidade entre elas tem-se apagado da consciência pública em grande medida, devido ao menor envolvimento direto da Igreja em assuntos civis e à derrocada dramática da Maçonaria, tanto em números quanto em importância. Mas, por ocasião dos 300 anos da Maçonaria, vale a pena rever o que sempre esteve no “núcleo” da absoluta oposição da Igreja a esse grupo. Aparentemente, a Maçonaria pode não passar de um clube esotérico masculino, mas ela já foi, e continua sendo, um movimento filosófico altamente influente — e que impactou de modo dramático, ainda que sutil, a sociedade e a política modernas no Ocidente.

A história da Franco-maçonaria preenche, por si só, vastas páginas. A sua gradual transformação de guildas de pedreiros medievais em uma rede de sociedades secretas, com uma filosofia e um rito gnósticos próprios, pode ser lida com grande interesse. A versão mais recente da Franco-maçonaria teve início com a formação da Grande Loja da Inglaterra, em 1717, em um bar chamado Goose & Gridiron, próximo à Catedral londrina de São Paulo Apóstolo. Nos primeiros anos, antes que a Igreja fizesse qualquer pronunciamento formal sobre o assunto, muitos católicos já faziam parte da associação e a “diáspora” dos católicos e jacobitas ingleses foi crucial para espalhar a Franco-maçonaria na Europa continental. Ela chegou a se tornar, em alguns lugares, tão popular entre os católicos que o Rei Francisco I da Áustria serviu de protetor formal da instituição.

Mesmo assim, a Igreja se converteu na maior inimiga das lojas maçônicas. Entre o Papa Clemente XII, em 1738, e a promulgação do primeiro Código de Direito Canônico, em 1917, oito papas ao todo escreveram condenações explícitas à Franco-maçonaria. Todas previam a mais estrita pena eclesiástica para quem se associasse: excomunhão automática reservada à Sé Apostólica.

Mas o que a Igreja entendia, e entende hoje, por Franco-maçonaria? 
Que características fizeram com que ela merecesse uma tal condenação?

É comum ouvirmos dizer que a Igreja se opôs à Franco-maçonaria por causa do caráter supostamente revolucionário ou sedicioso das lojas. Está relativamente difundida a ideia de que as lojas maçônicas eram células essencialmente políticas para republicanos e outros reformistas, e a Igreja se opunha a elas para defender o velho regime absolutista, ao qual ela estava institucionalmente atrelada. No entanto, embora a sedição política eventualmente se sobressaísse na oposição da Igreja à Maçonaria, essa não era, em hipótese alguma, a razão originária de sua rejeição. O que Clemente XII denunciou originalmente não era uma sociedade republicana revolucionária, mas um grupo que propagava o indiferentismo religioso: a ideia de que todas as religiões (e nenhuma delas) têm igual validade, e que na Maçonaria estão todas unidas para servirem a um entendimento comum e mais elevado da virtude. Os católicos, como membros, deveriam colocar sua adesão à loja acima de sua pertença à Igreja. Em outras palavras, a proibição rigorosa da Igreja devia-se não a motivos políticos, mas ao cuidado com as almas.

Desde o princípio, a preocupação primária da Igreja foi a de que a Maçonaria submete a fé de um católico à da loja, obrigando-o a colocar uma fraternidade secularista fundamental acima da comunhão com a Igreja. A linguagem legal e as penalidades aplicadas nas condenações à Franco-maçonaria eram, na verdade, muito similares àquelas usadas na supressão dos albigenses: a Igreja vê a Franco-maçonaria como uma forma de heresia. Ainda que os próprios ritos maçônicos contenham um material considerável que pode ser chamado de herético — e até de explicitamente anticatólico, em alguns casos —, a Igreja sempre esteve muito mais preocupada com a filosofia geral da Franco-maçonaria do que com a ostentação de seus rituais.

Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a Igreja Católica e o seu lugar de privilégio no governo e na sociedade de muitos países europeus tornaram-se objeto de crescente oposição secular e até mesmo de violência. Existem, é verdade, poucas evidências históricas — se é que as há — de que as lojas maçônicas tenham desempenhado um papel ativo no início da Revolução Francesa. De qualquer modo, a causa dos horrores anticlericais e anticatólicos da Revolução pode ser encontrada na mentalidade secularista descrita pelas várias bulas papais que condenam a Maçonaria. As sociedades maçônicas foram condenadas não porque pretendessem ameaçar as autoridades civis e eclesiásticas, mas porque uma tal ameaça, na verdade, constituía a consequência inevitável de sua existência e crescimento. A revolução era o sintoma, não a doença.

A coincidência de interesses entre Igreja e Estado, e o ataque a elas empreendido por sociedades secretas revolucionárias, foram mais claros nos Estados Papais da Península Itálica, onde a Igreja e o Estado eram uma só coisa. Assim que começou o século XIX, ganhou notoriedade uma imitação da Franco-maçonaria, de caráter revolucionário explícito e oposição declarada à Igreja: eles se chamavam de Carbonari (“carbonários”, palavra italiana para “carvoeiros”) e, em sua campanha por um governo constitucional secular, praticavam tanto o assassinato quanto a insurreição armada contra os vários governos da Península Itálica, sendo identificados como uma ameaça imediata à fé, aos Estados Papais e à própria pessoa do Pontífice Romano.

A ligação entre a ameaça passiva da filosofia secreta maçônica e a conspiração ativa da Carbonária foi explicada na Constituição Apostólica Ecclesiam a Jesu Christo, do Papa Pio VII, promulgada em 1821. Mesmo tratando e condenando a oposição aberta e declarada dos Carbonari à governança temporal dos Estados Papais, ainda assim era claro que a mais grave ameaça colocada por essas células violentamente revolucionárias era a sua filosofia secularista.

Ao longo de todas as várias condenações papais à Franco-maçonaria, mesmo quando as lojas financiavam ativamente campanhas militares contra o papa, como fizeram com a conquista de Garibaldi e a unificação da Itália, o que sempre constituiu a primeira objeção da Igreja à Loja foi a ameaça que ela representava à fé dos católicos e à liberdade da Igreja de agir em sociedade. O fato de os ensinamentos da Igreja serem minados nas lojas, e a sua autoridade em matéria de fé e moral ser questionada, era repetidamente descrito como uma conspiração contra a fé, tanto nos indivíduos quanto em sociedade.

 
Um cartum de 1891 mostra o Papa Leão XIII combatendo a Maçonaria.

Na encíclica Humanum Genus, o Papa Leão XIII descreveu a agenda maçônica como sendo a exclusão da Igreja da participação em assuntos públicos e a perda gradual de seus direitos como um membro institucional da sociedade. Durante o seu tempo como papa, Leão escreveu um grande número de condenações à Franco-maçonaria, tanto no âmbito pastoral quanto no âmbito legislativo. Ele sublinhou em detalhes o que a Igreja considerava ser a agenda maçônica, agenda esta que, lida com um olhar contemporâneo, ainda é de uma relevância surpreendente.

Ele se referiu especificamente ao objetivo de secularizar o Estado e a sociedade. Ressaltou em particular a exclusão do ensino religioso das escolas públicas e o conceito de que “o Estado, que deve ser absolutamente ateu, tem o inalienável direito e dever de formar o coração e os espíritos de seus cidadãos” ( Dall’Alto dell’Apostolico Seggio, n. 6). Também denunciou abertamente o desejo maçônico de tirar da Igreja qualquer forma de controle ou influência sobre escolas, hospitais, instituições de caridade públicas, universidades e qualquer outra associação que servisse ao bem comum. Também deu um destaque específico ao impulso maçônico de repensar o matrimônio como um mero contrato civil, promover o divórcio e apoiar a legalização do aborto.

É praticamente impossível ler esta agenda e não reconhecer nela a base de quase todo o nosso discurso político contemporâneo. O fato de muitos de nossos principais partidos políticos, se não todos, apoiarem tranquilamente essas ideias, e o próprio conceito de Estado secular e suas consequências sobre a sociedade ocidental, incluindo a pervasiva cultura do divórcio e a disponibilidade quase universal do aborto, tudo isso é uma vitória da agenda maçônica. E isso levanta questões canônicas muito sérias sobre a participação católica no atual processo político secular.

Ao longo de séculos de condenações papais à Franco-maçonaria, era normal que cada papa incluísse nomes de novas sociedades que compartilhavam da filosofia e da agenda maçônicas e que, por isso, também deveriam ser entendidas pelos católicos, nos termos da lei canônica, como “maçônicas”. No século XX, isso chegou a incluir partidos políticos e movimentos como o comunismo.

Quando o Código de Direito Canônico foi reformado, após o Vaticano II, o cânon específico que proibia os católicos de aderirem a “seitas maçônicas” foi revisado. No novo código, promulgado em 1983 por São João Paulo II, a menção explícita à Franco-maçonaria foi retirada completamente. O novo cânon 1374 refere-se somente a associações “que maquine[m] contra a Igreja”. Muitos entenderam essa mudança como um indicativo de que a Franco-maçonaria não mais era considerada má aos olhos da Igreja. Na verdade, os membros do comitê responsável pela reforma esclareceram que eles queriam se referir não apenas aos franco-maçons, mas a muitas outras organizações; a conspiração da agenda secularista maçônica tinha-se espalhado para tão além das lojas que continuar usando um termo abrangente como “maçônico” seria confuso. O então Cardeal Ratzinger emitiu um esclarecimento da nova lei em 1983, no qual deixou claro que o novo cânon havia sido formulado para encorajar uma interpretação e uma aplicação mais abrangentes.

Dado o entendimento cristalino, no ensinamento da Igreja, do que a conspiração ou a agenda maçônica incluem — a saber, o matrimônio como um mero contrato civil aberto ao divórcio à vontade; o aborto; a exclusão do ensino religioso das escolas públicas; a exclusão da Igreja do provimento de bem-estar social ou do controle de instituições de caridade —, parece-nos impossível não perguntar: quantos de nossos partidos políticos no Ocidente não estariam agora sob a proibição do cânon 1374? A resposta talvez não agrade muito aqueles que querem ver um fim para a chamada “guerra cultural” dentro da Igreja.

Mais recentemente, o Papa Francisco tem falado repetidas vezes de sua grave preocupação com uma infiltração maçônica na Cúria e em outras organizações católicas. Ao mesmo tempo, ele alertou contra a Igreja se tornar uma mera ONG em seus métodos e objetivos — perigo que vem diretamente dessa mentalidade secularista a que a Igreja sempre chamou “filosofia maçônica”.

A infiltração maçônica na hierarquia e na Cúria tem sido tratada há muito tempo como uma espécie de versão católica do “bicho-papão” embaixo da cama, ou da paranoia macarthista com infiltrados comunistas. De fato, quando se conversa com pessoas que trabalham no Vaticano, rapidamente se descobre que, para cada dois ou três que riem dessa história, há pelo menos um que deparou diretamente com esse fato. Eu mesmo conheço pelo menos duas pessoas que, durante o tempo em que trabalharam em Roma, foram abordadas para se associarem. O papel das lojas maçônicas como ponto de encontros confidencial para pessoas com ideias e agendas heterodoxas mudou pouco desde a França pré-revolucionária até o Vaticano de hoje. 300 anos após a fundação da primeira Grande Loja Maçônica, o conflito entre a Igreja e a Franco-maçonaria nunca esteve tão vivo.


[*] Ed Condon é canonista e escreveu sua dissertação de doutorado sobre a história das sanções legais da Igreja contra os franco-maçons.


SÓ DEUS BASTA!

domingo, 24 de setembro de 2017

RESPOSTA: Há diferença na Liturgia das Horas dos sacerdotes e dos leigos?

 

Ave Maria!!

Bom dia, a liturgia das horas para os leigos é diferente, em seu conteúdo, da liturgia das horas dos padres? Há diferentes liturgias das horas? Obrigada

Sim. Há!

"A celebração íntegra e quotidiana da Liturgia das Horas é, para os sacerdotes e diáconos a caminho do presbiterado, parte substancial de seu ministério eclesiástico".

O Código de Direito Canônico, por sua parte, estabelece no cân. 276, § 2, n. 3, que:

“os sacerdotes e os diáconos que aspiram ao presbiterado estão obrigados a cumprir cada dia com a Liturgia das Horas, usando os seus próprios livros litúrgicos, devidamente aprovados; os diáconos permanentes têm essa obrigação nos termos estabelecidos pela Conferência Episcopal”.

Quanto ao conteúdo, é "omitido" do livro das Orações das Horas aos fiéis o Ofício das Leituras e duas Horas Médias (das 09hs e das 15hs) e penso, pelo que já percebi, alguns trechos-orações, o modo como se celebra, mais solene (vestes, música..).


O Livro das Orações vendido aos leigos tem somente: as Laudes, a Hora Média (das 12hs ou Hora Sexta), as Vésperas e Completas (ele é um livro único, mais barato; mas nada impede que o fiel adquira o outro, que são 4 volumes, mais completo e mais caro).

Fonte: Livro Orações das Horas e Liturgia das Horas

São José, rogai por nós!

sábado, 23 de setembro de 2017

Cura Gay ou Direito do Gay?




Isso que me chama atenção.

Quando Daniela Mercury e Fernanda Gentil - que eram consideradas heterossexuais, casaram com homens, tiveram filhos -, começaram um relacionamento homossexual com mulheres, foram exaltadas, ovacionadas pela grande mídia.

Aqui pode ter ex-heterossexuais(?), com ou sem apoio psicológico?

No entanto, uma pessoa que se percebe com tendência homossexual, mas não quer ter relação homossexual, não pode procurar ajuda? Não pode querer tornar-se hetero?

Por que?

Ex-hetero? SIM!
Ex-homo? NÃO?!

A pessoa pode escolher "seu gênero", mas não pode escolher sua "sexualidade"?
O hetero pode se apaixonar "por pessoas"... 
Mas o "gay" só pode ser "apaixonar" por pessoas do mesmo sexo? 

Respeito?
E cadê o respeito para com os "homossexuais" que querem ter uma ajuda psicológica e uma orientação sobre a sua sexualidade?

Como assim? 
Quem está sendo discriminado?
Quem está discriminando? 
Quem está sendo preconceituoso?

Quem tiver curiosidade e interesse em ver a Decisão na Íntegra para tirar suas próprias conclusões, CLIQUE AQUI!


Nossa Senhora, castíssima, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

RESPOSTA: A Primeira Comunhão pode ser realizada no periodo Quaresmal?

Ave Maria!!

A Primeira Comunhão pode ser realizada no periodo Quaresmal?

Pode.

Não há nenhum impedimento no Código de Direito Canônico sobre isso.

Porém, não é comum, pois como a Catequese é anual e se inicia no começo do ano, regra geral, o normal é que esse Sacramento (bem como Batismo de Adultos e o Crisma) seja ministrado no final do ano.

Mas, depende da organização de cada Diocese e Paróquia.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Boas histórias de libertação e de aceitação dos cabelos brancos

Histórias de mulheres fortes e ousadas
 Histórias de mulheres fortes e ousadas

Maya Santana, 50emais

Essa questão de pintar os cabelos ou aderir à onda dos cabelos brancos que está aí é um assunto que falo bastante aqui no 50emais. Para a maioria das mulheres, torna-se um drama na hora de decidir se vai continuar pintando as madeixas ou deixar expostos os fios grisalhos. Boa parte delas acredita que parar de usar tinta vai deixá-las com a aparência de mais velhas. Encontrei na revista Donna estes depoimentos de três mulheres que, ao contrário, se orgulham de ter assumido de vez a cabeça prateada. Elas falam numa”sensação de libertação” e contam como se sentem poderosas ao exibir seus fios ao natural.

Leia:

Diovar Papich: sempre achei um charme
 Diovar Papich: sempre achei um charme

A empresária aposentada Diovar Papich sempre foi daquelas mulheres moderninhas, que não têm medo de ousar. “Tenho até um olho castanho e outro verde”, brinca, sobre não ser nada convencional. Por isso, não pensou duas vezes quando os fios brancos começaram a dar as caras.
– Sempre achei lindo, um charme! Mas ouvia dos outros que passava uma imagem de relaxamento – recorda. – Quando assumi meus cabelos naturais, foi terrível! Criticavam muito, me falavam que, se eu pintasse, rejuvenesceria.
Mas os pitacos alheios, ainda bem, não influenciaram na decisão de Diovar. Ela, que sempre detestou retocar a tinta a cada 15 dias, agora não se vê “nunca mais” repetindo o ritual. De seus 62 anos, uma década está livre de química – e contando!
– Foi uma libertação – assume. – Sempre fui de fazer o que quis, sempre gostei de ser um pouco rebelde.
E, quando você vê a mulher sorridente e cheia de caras e bocas ao lado, não tem como duvidar, não é?
– Quando olho no espelho, vejo uma pessoa feliz e linda, porque me acho bonita pelo que sou.

Simone Ávila pintava os cabelos desde 16 anos
Simone Ávila pintava os cabelos desde 16 anos

Quando perguntada sobre por que abandonou o ritual de tintura mensal e assumiu os cabelos brancos, a jornalista Simone Ávila não titubeia:
– Isso nos liberta dessas obrigações e quebra paradigmas por não atender aos padrões de beleza. É libertador. Deixa de ser a ausência de cor para se tornar uma postura de vida de se aceitar como se é.
Aos 47 anos, Simone pintava os cabelos desde os 16. Estava acostumada à rotina de tonalizantes e tratamentos para hidratar os fios devido à química, mas a falta de tempo e uma inspiração em especial a fizeram mudar de ideia. Rodava a timeline do Facebook quando viu a foto de uma amiga que não via há tempos – e que havia deixado os cabelos brancos como são.
– Achei lindo! E pensei: “Por que não?” – recorda.
Hoje, diverte-se com as reações.
– Os homens não sabem o que você fez, as mulheres admiram a coragem – conta. – É importante esse movimento de aceitação e é gostoso ver que estou colaborando.

Ana Hoffmann
Ana Hoffmann: Eu me acho estilosa

Enquanto a maioria das mulheres só começa a perceber aqueles fios brancos pouco antes de entrar na casa dos 30, Ana Hoffmann encontrou o primeiro aos 12 anos. Com 15, já estava acostumada a arrancar cada um que insistia em aparecer em meio às madeixas castanhas.
– Isso me diferenciava, e eu não me sentia confortável – lembra.
Aos 20, tonalizar o cabelo já havia virado rotina na vida da professora de Moda da Feevale. De brancos, os fios ganharam tons de roxo, cereja e quase ficaram loiros. Mas Ana por fim desistiu de manter uma relação amigável com a tintura: decidida, começou seu processo de transformação. Hoje, aos 37, está feliz da vida com seu cabelo grisalho – e virou até inspiração para seus alunos, que apareceram na aula com os fios acinzentados.
– Antes, era um problema. Hoje, me gabo mesmo, me acho estilosa. Minha adolescência foi muito traumatizada, e foi um longo processo de aceitação – conta. – Mas não nego que possa voltar a pintar no futuro, porque enjoo fácil e não sei como será minha relação com os brancos quando eu tiver 50 anos. Mas tenho certeza de que, independentemente da escolha, acabaria voltando ao grisalho.

Aos 40 anos, Carol Heinen é naturalmente grisalha
Aos 40 anos, Carol Heinen é naturalmente grisalha

Há quem se surpreenda quando Carol Heinen, 40 anos, comenta que seu grisalho é natural.
– Inclusive amigos, quando eu contei que iria participar deste ensaio – revela a designer.
Carol é daquelas que, como muitas de nós, nunca estiveram plenamente satisfeitas com o próprio cabelo. Nasceu com os fios loirinhos, mas logo ficaram acinzentados. Na adolescência, foi adepta do loiro amarelado, que acabou virando um castanho à base de muita henna. Os muitos pilas mensais gastos com salão começaram a pesar no orçamento quando ela voltou a estudar. Então, decidiu: era hora de parar.
– Primeiro foi a questão da grana, e depois também aceitação – diz. – Tem também isso de voltar à simplicidade. Não uso mais salto alto, amamentei e meus peitos não são mais os mesmos. Mas sou como sou. Dou a cara para bater, não quero ficar maquiando.
Embora esteja feliz com seus fios grisalhos e curtos – aprovados pela filha Ana Clara, 17 anos -, a dúvida bate às vezes sobre voltar ou não a pintar os fios.
– Às vezes, me questiono se não é cedo, ou se vale a pena mesmo – reflete. – Mas aí penso que sou mais que o meu corpo ou o meu cabelo – afirma.

Fernanda Davoglio: Envelhece um pouco, mas encaro numa boa
Fernanda Davoglio: Envelhece um pouco, mas encaro numa boa

Foi às vésperas de seu aniversário de 47 anos que Fernanda Davoglio decidiu: iria parar de pintar os cabelos. A mecha branca na franja, sua marca registrada, ganhou mais destaque no salão – mas aquela seria a última vez em que a fotógrafa se renderia às tinturas. Pelo menos até o momento. Enquanto a cor das últimas químicas saía a cada lavagem, optou por um visual mais curtinho – covencendo inclusive o marido, que preferia até então a antiga versão.
– Ele achou que eu poderia não ficar bonita, mas depois gostou – conta Fernanda.
Acostumou-se a receber elogios por conta do cabelo, bem como é. Mas algumas reações a surpreendem:
– Existe preconceito, sim. Em homem acham charmoso o grisalho, mas, para as mulheres, não. Mas hoje vejo cada vez mais mulheres aderindo aqui no Brasil.
O fim do ritual mensal de horas a fio sentada na cadeira do salão funcionou como uma libertação para Fernanda, que “detesta pintar”. Hoje, quanto menos produtos precisar, melhor. Praticidade virou lema.
– Envelhece um pouco, mas acho que a gente tem que envelhecer, então encaro numa boa. Nunca me importei com isso de “Vou fazer 40, vou fazer 50”. Não faz a mínima diferença para mim. Eu me achava bonita antes, agora e sempre me achei.

Fonte: 50emais

terça-feira, 19 de setembro de 2017

RESPOSTA: Pode ter só uma Madrinha de Batismo? Pode ser a mesma da Crisma?

Ave Maria

Minha filha tem 18 anos, ainda não foi batizada, eu gostaria de saber se é necessário apenas uma madrinha ou precisa ser um casal de padrinhos para o batizado? 

Embora a maioria das pessoas (pais) escolham um casal para padrinhos, a Igreja diz que pode ser apenas um padrinho ou uma madrinha.

Isso está disposto no Código de Direito Canônico:

Cân 873 - Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.

Assim, é necessário apenas uma madrinha para a sua filha ser batizada.

Agora!

A madrinha deve (Cân 874):

- Ter mais de 16 anos
- Seja Católica E Crismada
- Tenha recebido o Sacramento da Eucaristia
- Leve uma vida de acordo com a fé católica e o encargo que vá assumir (frequente a Igreja, vá as missas aos domingos, comungue, se confesse sempre...)
- Não tenha sido atingido por uma pena canônica
- Não seja pai ou mãe do batizado

e se essa madrinha de batismo também pode ser a mesma pra crisma? 

Sim!

Diz a Igreja Católica no Código Canônico que a madrinha de Crisma deve ser, preferencialmente, a mesma do Batismo.

Cân 893. § 2. É conveniente que se assuma como padrinho o mesmo que assumiu esse encargo no batismo.

Observe-se que a madrinha de Crisma deve observar-preencher as mesmas condições da madrinha de batismo.

Fonte: Código de Direito Canônico

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O poder espiritual dos Sinos das Igrejas

Philip Kosloski | Ago 31, 2017 
 




Os sinos não só chamam as pessoas para a oração: eles têm um peso espiritual que muita gente não conhece

Em muitas cidades mundo afora, pequenas ou grandes, antigas ou novas, os sinos ressoam de hora em hora nos campanários das igrejas ou das catedrais. Às vezes é difícil ouvi-los na agitação do trânsito das metrópoles, mas, nas localidades do interior, os sinos ainda podem ser ouvidos até mesmo a quilômetros.

Thomas Klee

Eles existem desde o século V e foram de vasto uso na Idade Média. Eram particularmente usados nas comunidades monásticas para chamar os monges, que, durante o dia, se espalhavam por diversos locais dos mosteiros no cuidado de suas atividades, a fim de reuni-los para as orações na capela. Mais tarde, foi ficando comum ouvi-los também nas igrejas paroquiais, convidando o povo de Deus para a celebração da Eucaristia e para outros atos de piedade, como a oração do Ângelus três vezes ao dia.

Thesupermat

Mas, além dessas funções “práticas”, os sinos das igrejas também têm um grande poder espiritual. Quando um novo sino é instalado em uma igreja, ele é tradicionalmente abençoado pelo bispo ou pelo pároco. Antigamente, a cerimônia da bênção do sino espelhava a do batismo, e a atual cerimônia ainda exige o uso da água benta. Os sinos até recebem um nome, homenageando geralmente um santo padroeiro ou a Santíssima Virgem Maria.

© DR

O Ritual Romano apresenta uma benção solene aos sinos das igrejas e explica o simbolismo e o poder espiritual que eles passam a ter quando abençoados.
Uma parte do rito da bênção diz:
Ó Deus, que pelo bem-aventurado Moisés, Vosso servo, pelo qual promulgastes a lei, mandastes fazer trombetas de prata para que, tocando-as os Sacerdotes no tempo do sacrifício, o povo, avisado pelo seu som melodioso, se preparasse para Vos adorar e se reunisse para Vos oferecer os sacrifícios; para que, excitado para a guerra pelo som delas, prostrasse as forças dos inimigos; nós Vos pedimos que façais com que este vaso, preparado para a Vossa santa Igreja, seja santificado pelo Espírito Santo, para que os fiéis pelo seu toque sejam convidados para o prêmio.
E, quando aos ouvidos dos povos ressoar a sua melodia, aumente neles a devoção da fé; sejam repelidas para longe todas as ciladas do inimigo, o fragor do granizo, os perigos dos turbilhões, a impetuosidade das tempestades; abrandem-se os trovões destruidores; que o sopro dos ventos se torne saudável e moderado; e que a Vossa mão poderosa destrua as forças aéreas para que, ouvindo este sino, se encham de pavor e fujam diante do estandarte nele traçado da Santa Cruz do Vosso Filho, ao qual se dobra todo o joelho no céu, na terra e no inferno e toda a língua proclama que o mesmo nosso Senhor Jesus Cristo, tendo destruído a morte no madeiro da Cruz, reina glória de Deus Pai, com o mesmo Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Antes ainda, outra prece do rito, dirigida a Cristo, pede:

Derramai, Senhor, sobre esta água a bênção celeste e fazei descer sobre ela a virtude do Espírito Santo, para que, tendo sido rociado com ela este vaso, destinado a convocar os filhos da Santa Igreja, dos lugares onde ressoar este sino, se afaste para longe a virtude das ciladas dos inimigos, a sombra dos fantasmas, a violência dos turbilhões, os golpes dos raios, os estragos das trovoadas, os desastres das tempestades e todos os espíritos das procelas; e, ao ouvirem a sua voz os filhos dos cristãos, aumente intensamente a devoção para que, correndo para o grêmio da sua piedosa mãe, a Santa Igreja, vos cantem na assembleia dos Santos um cântico novo, que reproduza o som vibrante da trombeta, a melodia do saltério, a suavidade do órgão, a exultação do tambor, a alegria do címbalo, para que, no templo santo da Vossa glória possam com suas homenagens e preces convidar a multidão do exército dos Anjos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que Convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo de Deus, por todos os séculos dos séculos.

Prestou atenção? “…Para que possam convidar a multidão do exército dos Anjos”! Então, da próxima vez que você ouvir um sino de igreja ressoando, una-se à multidão dos anjos, lembre-se do poder espiritual desse símbolo abençoado e eleve uma breve oração a Deus, agradecendo-lhe pelas Suas muitas bênçãos em sua vida.

Fonte: Aletéia

Vaso insigne de devoção, rogai por nós!

domingo, 17 de setembro de 2017

RESPOSTA: Namorado(a) pode ser Padrinho de Batismo/Crisma?

Ave Maria!

O namorado de minha filho aceitô ser batizado depois de 10 anos que rezamos por isso. Ele escolheu a namorada (minha filha) para ser sua madrinha. Existe algum impedimento pelo direito canônico? 

Não é bom que seja.

Pelo batismo, cria-se uma relação espiritual entre o afilhado e o padrinho, relação que é muito real, e que constitui, portanto, um impedimento para o matrimônio de ambos. Se quem vai batizar-se é uma pessoa adulta, o seu noivo ou noiva não deveria apadrinhá-lo porque seria necessário obter mais tarde a dispensa para se poder celebrar o matrimônio.

O padrinho/madrinha deve cuidar que o confirmado seja uma verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes a esse sacramento (Can 892). O ideal é que seja o mesmo do Sacramento do Batismo. (No caso da Crisma - Can 893).
 
Além de constituir impedimento para o matrimônio (que deve ser dispensado para ser válido), imagina se o relacionamento termina? Como faz para que sua filha possa se fazer presente na vida do afilhado?
 
Assim, o ideal é que ele escolha uma outra pessoa.
 
O padrinho ou madrinha deve ser: (Can 893 e 874)

a) católico confirmado,

b) maior de 16 anos,

c) já tenha recebido o Sacramento da Eucaristia

d) leve uma vida de acordo com a fé (católica) e o encargo que vá assumir,
Não podem ser padrinhos pessoas de outras religiões ou filosofias de vida, amasiados (união estável), divorciados, casados somente no civil ou em uma igreja de outra religião ou pessoas que não tenham uma conduta cristã condizente.
e) não se encontre atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada,

f) não seja pai ou mãe do confirmado (evite namorado, noivo, cônjuge);

g) ser solteiro ou casado na Igreja Católica;

h) deve ser um padrinho ou uma madrinha (homem ou mulher)
No caso do padrinho/madrinha não poder comparecer a celebração, o ausente pode delegar a sua presença, para isso basta estar informado do sacramento do crisma, dar o seu consentimento e concordar em que alguém o represente. O melhor é enviar o consentimento por escrito, mencionando o nome da pessoa que o representará, e o documento deverá ser apresentado ao sacerdote quando se marcar a cerimônia. O ausente será o padrinho real e será dele o nome inscrito no registro; é ele ou ela quem assume a responsabilidade pelo afilhado(a).

Fonte: Código de Direito Canônico e A Fé Explicada
 
São José, rogai por nós! 

sábado, 16 de setembro de 2017

RESPOSTA: Uma moça com suspeita de gravidez pode receber o sacramento??

Ave Maria!

uma moça com suspeita de gravides pode receber o sacramento??

Essa questão surgiu no comentário ao Sacramento da Crisma, de toda sorte, a resposta vale para todos os outros Sacramentos.

Gravidez não é pecado!

O pecado pode ocorrer antes dela, sendo a mesma consequência.
 
Pela pergunta, suponho que a pessoa teria cometido um pecado contra o Sexto Mandamento (Contra a Castidade).

Bem, a resposta é que SIM.

Ela pode receber os Sacramentos (Batismo, Eucaristia e Crisma) estando com suspeita ou até já confirmado a gravidez.

Porém, ela terá que se aproximar do Sacramento da Reconciliação (Confissão) antes, devendo receber a absolvição do Padre. E isso ocorre, para quem esta se preparando para receber os Sacramentos, dias antes do mesmo.

Fonte: Código de Direito Canônico.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Como comungar na mão?


Padre Paulo Ricardo |
 




Como deve se portar o fiel que deseja comungar na mão? 
Podemos receber a Eucaristia de qualquer maneira?

Por Pe. Javier S. Martínez — A educação litúrgica exige que se recordem às vezes coisas que se dão por sabidas. A Comunhão na mão é permitida a todo aquele que assim deseja comungar, de acordo com nossa Conferência Episcopal, que o solicitou à Santa Sé.

Como se comunga na mão? Temos de conhecer primeiro as disposições requeridas pela Igreja para que assim se comungue, visto que em muitas ocasiões os fiéis o fazem mal e de forma completamente desrespeitosa.

Deve-se ter cuidado com a dignidade do gesto, sem negar a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, como se se tratasse de um simples pedaço de pão que pode ser recebido de qualquer forma:
Portanto, com relação a este modo de comungar em particular, deve-se dar cuidadosa atenção a algumas coisas que a própria experiência aconselha. Todas as vezes que a sagrada espécie for colocada sobre a mão do comungante, deve-se ter sempre atenção e cuidado, tanto da parte do ministro quanto do fiel, sobretudo quanto aos fragmentos que porventura caírem da hóstia. É necessário que a prática da Comunhão na mão venha acompanhada de instrução oportuna ou catequese sobre a doutrina católica referente tanto à presença real e permanente de Cristo sob as espécies eucarísticas quanto à reverência devida a este sacramento [1].
Os fiéis, ao comungarem na mão, e os ministros, ao distribuírem a sagrada Comunhão na mão, devem conhecer e respeitar as determinações da Igreja, a fim de salvaguardar o respeito e a adoração ao Senhor realmente presente. Por isto, todos têm de observar cuidadosamente o seguinte:
Parece útil chamar a atenção para os seguintes pontos:
1. A Comunhão na mão deve manifestar, tanto quanto a Comunhão recebida na boca, o respeito para com a real presença de Cristo na Eucaristia. Por isso, será preciso insistir, como faziam os Padres da Igreja, sobre a nobreza dos gestos dos fiéis. Assim, os recém batizados do fim do século IV recebiam a norma de estender as duas mãos fazendo “com a esquerda um trono para a direita, pois esta devia receber o Rei” (5.ª Catequese Mistagógica, n. 21, PG 33, 1125; S. João Crisóstomo, Hom. 47, PG 63, 898, etc.).
2. Seguindo ainda os Padres, será preciso insistir sobre o “Amém” que o fiel diz em resposta às palavras do ministro: “O Corpo de Cristo”. Este “Amém” deve ser a afirmação da fé: “Quando pedes a Comunhão, o sacerdote te diz: “O Corpo de Cristo”, e tu dizes: “Amém”, “é isto mesmo”; o que a língua confessa, conserve-o o afeto” (S. Ambrósio, De Sacramentis, 4, 25).
3. O fiel que recebe a Eucaristia na mão, levá-la-á à boca antes de voltar ao seu lugar; apenas se afastará, ficando voltado para o altar, a fim de permitir que se aproxime aquele que o segue.
4. É da Igreja que o fiel recebe a Eucaristia, que é a Comunhão com o Corpo de Cristo e com a Igreja. Eis porque o fiel não deve ele mesmo retirar a partícula de uma bandeja ou de uma cesta, como o faria se se tratasse de pão comum ou mesmo de pão bento, mas ele estende as mãos para receber a partícula do ministro da Comunhão.
5. Recomendar-se-á a todos, especialmente às crianças, a limpeza das mãos, em respeito à Eucaristia.
6. Será preciso previamente ministrar aos fiéis uma catequese do rito, insistir sobre os sentimentos de adoração e a atitude de respeito que se exige (cf. Dominicæ Cœnæ, n. 11). Recomendar-se-lhes-á que cuidem de que não se percam fragmentos de pão consagrado (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, 2 mai. 1972, Prot. n. 89/71, em Notitiæ 1972, p. 227) [3].
7. Os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão; ao contrário, ficarão plenamente livres para comungar de um ou de outro modo.
Essas normas e as que foram recomendadas pelos documentos da Sé Apostólica atrás citados têm por finalidade lembrar o dever do respeito para com a Eucaristia independentemente do modo como se recebe a Comunhão.
Insistam os pastores de almas não só sobre as disposições necessárias para a recepção frutuosa da Comunhão, que, em certos casos, exige o recurso ao sacramento da Penitência; recomendem também a atitude exterior de respeito que, em seu conjunto, deve exprimir a fé do cristão na Eucaristia.
Ao distribuir a sagrada Comunhão na mão, o ministro deve ter o cuidado de que o comungante a receba dignamente, pondo as mãos em forma de cruz, à espera de que sobre elas o ministro coloque a sagrada hóstia, que será consumida diante dele. Evitar-se-á deste modo todo perigo de profanação ou sacrilégio: “Ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão [4].

Como devemos, em resumo, aproximar-nos da sagrada Comunhão? 
Como se deve comungar?

  • Aproximamo-nos sem pressa do ministro que nos dará a Comunhão e nos mantemos a uma distância razoável para que ele possa distribuir-nos facilmente a Comunhão
  • Enquanto o fiel que está à nossa frente comunga, inclinamo-nos em adoração ao Corpo de Cristo, que iremos receber, ou, se assim preferirmos, colocamo-nos de joelhos no genuflexório, se houver.
  • O ministro que nos dá a Comunhão diz: “O Corpo de Cristo”, e nós respondemos em voz alta: “Amém”, para que ele nos ouça claramente, já que se trata de uma profissão de fé. Este “Amém”, profissão de fé pessoal do cristão diante do Corpo real de seu Senhor, foi muitas vezes comentado e explicado na Tradição da Igreja. Ouçamos, por exemplo, o que a este respeito disse Santo Agostinho:
Se queres, pois, entender o Corpo de Cristo, ouve o que diz o Apóstolo aos fiéis: “Ora, vós sois o Corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12, 27). Se vós, portanto, sois o Corpo de Cristo e membros seus, o vosso mistério está posto na mesa do Senhor: é o vosso mistério o que recebeis. Respondeis “Amém” ao que sois e, respondendo, o confirmais. Escutas, pois, “O Corpo de Cristo” e respondes “Amém”. Sê membro do Corpo de Cristo, para que o teu “Amém” seja verdadeiro [5].
  • Uma vez dito o “Amém”, podemos comungar na mão ou diretamente na boca. Diziam os Padres da Igreja:
Veneremo-lo [o Corpo de Cristo] com toda pureza de corpo e de alma. Aproximemo-nos dele com um ardente desejo e, pondo as mãos em forma de cruz, recebamos o Corpo do Crucificado [6].
  • Se decidirmos comungar na mão, devemos pôr a mão esquerda sobre a direita. Não pegamos a hóstia no ar, mas aguardamos que o ministro a coloque em nossas mãos, que formam como que um trono preparado para receber o grande Rei.
  • Feito isto, comungamos imediatamente e na frente do sacerdote. É preciso também tomar cuidado para que não fique em nossa mão nenhuma partícula, sob a menor das quais o Cristo inteiro permanece presente.
  • Se a Comunhão for distribuída sob duas espécies, devemos seguir as indicações que o diácono ou sacerdote nos derem. É bom lembrar, em todo o caso, que nunca é permitido “ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada” [7].
Fonte: InfoCatolica.com | Tradução e adaptação: Equipe CNP

Referências

  1. Congregação para o Culto Divino, Instrução “Immensæ caritatis“, de 29 jan. 1973, n. 4 (AAS 65[1973] 270).
  2. Id., Notificação sobre a Comunhão na mão, de 3 abr. 1985 (Prot. n. 720/85); cf. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2012. Brasília, 2011, pp. 31-32.
  3. A Notificação esclarece ainda em nota de rodapé: “De fato, convém aconselhar os fiéis a que coloquem a mão esquerda sobre a direita, para poder pegar facilmente a hóstia com a mão direita e assim levá-la à boca”.
  4. Id., Instrução “Redemptionis Sacramentum“, de 25 mar. 2004, n. 92 (AAS 96 [2004] 577).
  5. Agostinho de Hipona, Sermo 272 (PL 38, 1247).
  6. João Damasceno, De fide orth. 4.13 (PG 95, 1150B).
  7. Congregação para o Culto Divino, Instrução “Redemptionis Sacramentum“, de 25 mar. 2004, n. 104 (AAS 96 [2004] 579).

Fonte: Aletéia

Senhor, Eu Creio, 
Adoro, Espero e Amo-Vos
Peço-Vos Perdão, Pelos que não Creem, 
Não Adoram, Não Esperam e Não Vos Amam.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

RESPOSTA: Eu vou crismar próximo ano a pessoa que eu quero chamar pra ser minha madrinha não é crismada mais ela ainda poderá ser minha madrinha?

Ave Maria

Eu vou mim crismar próximo ano a pessoa que eu quero chamar pra ser minha madrinha não é crismada mais ela ainda poderá ser minha madrinha?

Você pode pensar melhor e chamar alguém que seja crismada e frequente a Igreja e os Sacramentos: Eucaristia e Confissão.

De toda forma, se quiser muito essa pessoa, ela poderá ser sua madrinha se ela receber o Sacramento da Crisma antes de você.

Não sei a sua idade, nem a idade dessa pessoa; mas, supondo que você seja adolescente e ela adulta; pode ser que ela consiga na Paróquia participar de um curso de catequese para adultos que não leve 1 ano e receber o Sacramento da Crisma antes de você.

Afinal, o aluno não pode ensinar o professor né?

Para ser Padrinho ou Madrinha de Crisma a pessoa deve:

O padrinho/madrinha deve cuidar que o confirmado seja uma verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes a esse sacramento (Can 892)

O ideal é que seja o mesmo do Sacramento do Batismo. (Can 893)

O padrinho ou madrinha deve ser: (Can 893 e 874)

a) católico confirmado (crismado),
b) maior de 16 anos,
c) já tenha recebido o Sacramento da Eucaristia
d) leve uma vida de acordo com a fé (católica) e o encargo que vá assumir,
Não podem ser padrinhos pessoas de outras religiões ou filosofias de vida, amasiados (união estável), divorciados, casados somente no civil ou em uma igreja de outra religião ou pessoas que não tenham uma conduta cristã condizente.e) não se encontre atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada,
f) não seja pai ou mãe do confirmado (nem namorado, nem noivo);
g) ser solteiro ou casado na Igreja Católica;
h) deve ser um padrinho ou uma madrinha (homem ou mulher)

No caso do padrinho/madrinha não poder comparecer a celebração, o ausente pode delegar a sua presença, para isso basta estar informado do sacramento do crisma, dar o seu consentimento e concordar em que alguém o represente. O melhor é enviar o consentimento por escrito, mencionando o nome da pessoa que o representará, e o documento deverá ser apresentado ao sacerdote quando se marcar a cerimônia.
O ausente será o padrinho real e será dele o nome inscrito no registro; é ele ou ela quem assume a responsabilidade pelo afilhado(a).
  
Fonte: Código de Direito Canônico (de 1985)

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Revolução grisalha: adeus tinturas, cabelos brancos estão na moda

Revolução grisalha: adeus tinturas, cabelos brancos estão na moda
(Fevereiro) A diretora da 'Vogue' britânica Sarah Harris - GETTY IMAGES/AFP

AFP

 
Os cabelos brancos estão na moda e cada vez mais mulheres optam por deixar de pintar as madeixas para assumir uma cabeleira prateada, livrando-se da escravidão das convenções estéticas baseadas no culto à eterna juventude.
Escritora e jornalista especializada em moda, Sophie Fontanel decidiu há dois anos dar adeus à tintura e deixar seu cabelo ficar naturalmente branco.

Uma experiência que compartilhou durante todas as etapas com 119.000 seguidores no Instagram e que relata no livro “Une apparition”, que será lançado em Paris na próxima semana.

A tendência de assumir o cabelo branco chegou à Europa vinda dos Estados Unidos e se popularizou há alguns anos: mulheres de 30, 40, ou mais anos, expressaram em sites como “Revolution Gray” (Revolução Grisalha) o fato de estarem fartas de se submeter a pinturas regulares e sofrer com os produtos químicos.

Para Sophie Fontanel, que frequenta a Semana da Moda, trata-se, antes de mais nada, de uma questão estética. Ela reivindica o lado militante de sua opção e, por isso, resolveu converter a própria experiência em algo interativo, ao postar regularmente fotos dos vários estágios de crescimento de seus cabelos brancos.

– Fim dos preconceitos –

“Ao constatar minhas próprias reticências em deixar o cabelo branco, me questionei sobre o que isso queria dizer. E disse a mim mesma que seria interessante compartilhar essa reflexão com outras pessoas, para ver a reação delas”, explica.

“Sabia que geraria interesse, mas não a tal ponto! Recebo uma grande quantidade de mensagens em privado que me dizem: ‘olha, também fiz isso’. E me dou conta de que inspirei muitas outras mulheres”, comemora.

“Precisei de certa audácia”, confessa.

“Acho que as mulheres, por causa dos convencionalismos, evitam testar formas diferentes de beleza”, reflete Sophie.

A jornalista, que trabalhou por 15 anos para a revista Elle e hoje tem uma coluna sobre moda na revista L’Obs, quis acabar com todos os preconceitos sobre o cabelo branco: que são muito grossos, que é preciso manter sempre curtos, que os homens não gostam…

Na moda, alguns nomes abriram caminho. A americana Kristen McMenamy, modelo dos anos 1990 conhecida por seu estilo andrógino, resolveu assumir os cabelos grisalhos aos 40 anos. Também frequentadora assídua de Semanas da Moda, a jornalista da edição britânica da Vogue Sarah Harris igualmente exibe uma longa cabeleira prateada.

– Uma opção a mais –

O grisalho também conquistou estrelas como Lady Gaga e Rihanna, que pintaram seus cabelos com esse tom.

Os cabeleireiros aproveitam a tendência e propõem soluções para acompanhar o período de transição e atenuar o efeito bicolor, explica o diretor artístico da cadeia de salões Maniatis, André Delahaigue.

As vendas de produtos para evitar que o cabelo branco fique amarelado estão aumentando: +28,48% para Franck Provost desde 2016 e +17,85% para Jean Louis David.

“Para as mulheres, os cabelos brancos sempre foram malvistos do ponto de vista estético, já que eram exclusivamente associados à decadência física”, comenta o sociólogo Frédéric Godart.

“Junto com o prolongamento da expectativa de vida e com a afirmação progressiva das mulheres em todas as profissões e nos meios de comunicação, as coisas mudaram: um sinal de envelhecimento se converte em uma opção estética como outra qualquer”, completa Godart.

Mesmo assim, os cabelos brancos das mulheres ainda não são valorizados como no caso dos homens, “percebidos de maneira positiva, por exemplo, como um sinal de sabedoria”, ressalta o sociólogo.

E a pressão social continua sendo muito forte: a escritora Tatiana de Rosnay contou à Paris Match, em 2016, que foi vítima de deboches quando deixou de pintar o cabelo.

“Não tenho medo de envelhecer e mostrar isso”, declarou a cantora Lio, por sua vez, à revista L’Obs

Fonte: Revista IstoÉ

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Como o Celíaco faz para Comungar? O testemunho de um celíaco

O menino que só comunga o vinho consagrado

 

O testemunho de um celíaco 

Sempre tive curiosidade de saber por que algumas pessoas se aproximam do altar na hora da Comunhão e bebem o vinho sagrado em um pequeno cálice. Por que elas não recebem a Hóstia Consagrada como os outros?

Por isso, fui estudar o problema dos celíacos, ou seja, das pessoas que não podem consumir glúten, que é um conjunto de proteínas presentes no grão de trigo. A intolerância ao glúten atinge 1% das pessoas.

Mas o que tem a ver o glúten com a Comunhão? A Comunhão é recebida sob as espécies do pão e/ou do vinho, que, depois da consagração na Santa Missa, se transformam, (transubstanciação) no Corpo e Sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus. Além disso, no pão e vinho consagrados Jesus está presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Ou seja, Ele está presente por inteiro.

 E o que fazer quando a pessoa for intolerante ao pão de trigo ou ao vinho?

Com o passar dos anos, foram elaboradas hóstias sem glúten, para que os celíacos pudessem comungar. E o vinho foi substituído por substâncias líquidas que não são originárias da uva. Além disso, em alguns casos, foram acrescentados outros produtos à tradicional comunhão, como mel, açúcar e frutas. Mas isso tudo não adultera as Sagradas Espécies?

Com o objetivo de evitar a desnaturalização da Eucaristia, tal como foi instituída por Jesus na Última Ceia, o Papa Francisco decidiu deixar as coisas claras e enviar a todos os bispos uma Carta, para que eles pudessem “observar a qualidade do pão e do vinho destinados à Eucaristia e aqueles que os preparam”.

O documento lembra que o pão eucarístico deve ser de trigo (ou seja, com glúten, mesmo que seja só “um pouquinho”). As “hóstias sem nada de glúten são matérias inválidas para a Eucaristia”, o que significa que elas não devem ser consagradas. Melhor dizendo: Jesus não está ali, e, portanto, não há sacramento.

Da mesma forma, o vinho deve proceder da uva. A carta aos bispos diz: “deve ser natural, do fruto da videira, mas sem se corromper, sem ser misturado a outras substâncias” e que não esteja “avinagrado”.

Muitas pessoas criticaram o documento do Papa Francisco, dizendo: “como é possível que ‘este’ Papa diga uma coisa dessas?”

Antes de aprovar a carta, O Papa se certificou com estudiosos da bíblia, teólogos, biólogos e outros especialistas.

O caso de Miguel 

Em Agosto, quando estava de férias nos Pirineus, vi um menino já crescidinho que ia comungar. Ele esperava no fim da fila para receber do sacerdote o vinho consagrado em um pequeno cálice.

Com a permissão dos pais dele, eu me aproximei. O nome dele é Miguel e ele tem 14 anos. Eu comecei a conversar com o garoto.

– Você é celíaco?
– Sim, desde os 10 anos.
– E tem que comungar só o vinho consagrado? É difícil?
– É normal, porque eu não posso ingerir glúten.
– Mas você não pode tomar outras formas consagradas sem glúten?
– Então, isso não seria pão.
 (A segurança da resposta me surpreendeu, e ele comentou que só se comunga o pão, o vinho ou as duas coisas. O garoto, no caso, só pode comungar o vinho. Por isso, antes de cada Missa, tem que entregar um pequeno cálice dourado na parte de dentro e dizer ao padre que comungará o vinho).
– Te dá um pouco de trabalho ir sempre com o cálice antes da Missa? Tem que ser pontual, né?
– Sim, claro, mas é o que temos. Tem gente que vai comungar de muletas ou de cadeira de rodas.
– Com certeza! E quanto custa este cálice?
– Não tenho certeza. Minha avó me deu de presente quando soube que eu não podia comungar o pão.
 (O cálice custou 50 euros, segundo me contou sua mãe).
– E se você esquecer o cálice?
– É um problema. Aí eu peço ao padre que deixe umas gotas de vinho consagrado no cálice dele.
– Já teve problema alguma vez?
– Não.
– E seus amigos? Eles não zombam de você porque só você vai com o cálice à Missa?
– Não… Bom, na realidade, sim. Mas eles logo entendem.
– O que você tem é uma doença?
– Eu não considero uma doença. Não me sinto doente, nem diferente, nem nada. Sou normal.
– O que você quer ser quando crescer?
– Gostaria de ser engenheiro. Mas vamos ver. Ainda tenho alguns anos para decidir.
Miguel estava muito atento às minhas perguntas. Ele nunca tinha sido entrevistado por um jornalista.

Fonte: Aletéia

JHS, tende misericórdia de nós!
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