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domingo, 28 de março de 2021

7 tradições da Missa do Domingo de Ramos e seus simbolismos

Alberto PIZZOLI / POOL / AFP
Papa Francisco no Domingo de Ramos em 2020



No rito romano, a celebração da Missa de Ramos tem tradições particulares que a tornam muito diferente de uma missa dominical comum

O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa, a última semana de preparação antes da festa da Páscoa. No rito romano, a celebração da Missa de Ramos tem tradições particulares que a tornam muito diferente de uma missa dominical comum.

Muitas dessas tradições têm séculos. Suas raízes encontram-se na Igreja primitiva e nos acontecimentos relatados na Bíblia.

As diferenças dessa celebração têm como objetivo enriquecer a nossa celebração da Paixão de Jesus, imergindo-nos nos acontecimentos de uma forma única para ajudar nossas almas a refletir sobre a beleza e as riquezas do mistério pascal.

Aqui estão 7 dessas tradições e o simbolismo por trás delas.

1- Por que a Missa do Domingo de Ramos começa com uma procissão?

Além de imitar a procissão de Jesus em Jerusalém, a igreja é naturalmente um lugar que simboliza o céu, com a presença de Jesus na Eucaristia.

Ademais, muitas igrejas possuem uma série de degraus. Isso também tem simbolismo, pois elevam nossos olhos (e corações) a Deus, e também nos lembram da subida de Jesus ao Monte Calvário. O sacerdote assume esta função e ascende a um “místico” Monte Calvário para oferecer o sacrifício da Missa, participando no único sacrifício de Jesus na cruz.

2 – Por que usamos palmeiras ou outras plantas na procissão?

Os ramos representam os galhos que as pessoas usaram na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. “A multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada” (Mateus 21, 8).

Em essência, quando os ramos de palmeira não estão disponíveis, é perfeitamente aceitável encontrar qualquer tipo de ramo para ajudar a celebrar o Domingo de Ramos.

De fato, os ramos simbolizam a necessidade de entregar o nosso coração a Jesus, permitindo-lhe acesso ao nosso íntimo. É por isso que, mesmo que você não tenha ramos de nenhum tipo para sua celebração, você ainda pode participar do tema espiritual do Domingo de Ramos.

3 – Por que o padre usa vermelho?

O vermelho é a cor do sangue e simboliza o amor, o fogo, a paixão e o sangue do sacrifício. O vermelho é usado no Domingo de Ramos, na Sexta-feira Santa, em qualquer dia relacionado com a Paixão de Jesus, no Pentecostes e nas festas daqueles que morreram pela fé (mártires).

4 – Por que as imagens são cobertas?

Parece estranho que durante a época mais sagrada do ano os católicos cobrem tudo o que há de belo em suas igrejas, até mesmo o crucifixo. Não deveríamos estar olhando para a cena dolorosa no Calvário enquanto ouvimos a narrativa da Paixão no Domingo de Ramos?

Embora possa parecer contraditório cobrir estátuas e imagens durante a Quaresma, a Igreja Católica recomenda essa prática para aguçar nossos sentidos e construir dentro de nós um anseio pelo Domingo de Páscoa. É uma tradição que não deve acontecer apenas na nossa paróquia local, mas também pode ser uma atividade fecunda para a “igreja doméstica”.

5 – Por que a leitura do Evangelho é tão longa?

Para os católicos romanos, as leituras semanais da missa de domingo são extremamente curtas quando comparadas à narrativa da Paixão que é recitada (ou cantada) todos os anos no Domingo de Ramos. Isso torna o Domingo de Ramos um tanto difícil de assistir para aqueles que têm dificuldade em se posicionar para a proclamação do Evangelho inteiro.

No entanto, você sabia que todos os domingos eram assim na Igreja Primitiva?

Muitos dos primeiros cristãos eram judeus e, portanto, não surpreendentemente, modelaram sua liturgia nos serviços da sinagoga. Isso incluía uma leitura contínua da Sagrada Escritura que era realizada de uma semana para a outra.

6 – Por que a congregação participa da leitura da Paixão?

O Domingo de Ramos abre a Semana Santa com uma recitação solene da Paixão de Jesus, e normalmente cada pessoa tem um papel neste acontecimento. Quando celebrado em uma igreja, os paroquianos assumem o papel da multidão. Isso culmina com toda a congregação dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Neste caso, reconhecemos o papel que nossos pecados têm na crucificação de Jesus e como Jesus sofreu e morreu por nós.

7 – O que fazer com os ramos abençoados?

Assim, como os filhos dos Hebreus com ramos de palmeira correram ao encontro de Jesus, somos também nós seus discípulos convidados a direcionar nossos passos e ações para Ele. Portanto, faça o que quiser com os ramos, mas não os jogue fora! Eles são um lembrete deste chamado.

Fonte: Aletéia

Senhor, tende piedade de nós e do mundo inteiro!

sexta-feira, 26 de março de 2021

4 fatos sobre a festa da Anunciação

Paolo de Matteis | PD


Philip Kosloski - publicado em 25/03/21

Por que a Igreja escolheu 25 de março? O que significa "anunciação"?

A festa da Anunciação do Senhor, no dia 25 de março, é uma festa única, que se realiza no meio da Quaresma. É uma festa que não celebra um dia ligado à morte ou ressurreição de Jesus, mas ao seu nascimento.

Desta forma, é mais uma festa de “Natal” (nascimento) do que de Páscoa (ressurreição).

Para ajudá-lo a entender esta celebração única, aqui estão quatro fatos rápidos sobre a Anunciação. 


Os Evangelhos não mencionam a data do nascimento de Jesus. Como resultado, os primeiros cristãos tiveram que fixar dias específicos no calendário para celebrações relacionadas ao seu nascimento, levando em consideração as tradições orais e escritas.

Depois de cuidadosas considerações e muito debate, a Igreja primitiva finalmente fixou a festa da Anunciação em 25 de março, e essa data foi escolhida com base na morte de Jesus.

A data de 25 de março para a Anunciação pode ser rastreada até o século 3 ou 4 e foi fixada para coincidir com o dia da morte de Jesus.


Na Igreja Católica, o dia 25 de março marca a solenidade conhecida como “Anunciação do Senhor”. O que isso significa?

A palavra “anunciação” vem de como a Igreja denomina a festa em latim (Annuntiationem Beatae Mariae Virginis). A palavra annuntiationem tem em sua raiz a palavra latina annuntiare, que significa “anunciar”.

Esta palavra se refere ao “anúncio” da encarnação do Senhor à Bem-Aventurada Virgem Maria, conforme narrado no Evangelho de Lucas.


A Casa de Maria de Loreto compreende três paredes de pedras empilhadas e é protegida sob uma ornamentada basílica da era renascentista. Acredita-se que Maria cresceu nesta casa e que a Anunciação aconteceu nela.

Claro que a casa de Maria deveria ser na região da Galiléia de Israel. Com efeito, hoje em Nazaré existe outra basílica – a da Anunciação – construída sobre uma gruta onde se acredita que Maria cresceu e foi visitada pelo Arcanjo Gabriel. A basílica de Nazaré de hoje é a maior igreja do Oriente Médio. Testemunhando a crença antiga e duradoura de que este era o local da casa de Maria e da Anunciação, estão os restos de quatro igrejas anteriores: uma basílica sinagogal do século 3, uma basílica bizantina do século 5, uma igreja dos cruzados do século 12 e outra construída pelos franciscanos no século XVIII. Esta última foi ampliada para a atual basílica, consagrada apenas em 1969.

Por muitos séculos, a tradição sustentou que os anjos milagrosamente carregaram a Santa Casa de Nazaré para Loreto. Ao longo da basílica existem inúmeras representações artísticas de anjos voando sobre os mares com a casa.


Em algumas traduções latinas de Neemias 8, 6, o original “amém, amém” é traduzido como fiat, fiat. Esta é uma tradução interessante, já que o “sim” da Mãe Santíssima na Anunciação é conhecido em latim como seu fiat. Esta palavra latina resume a humilde obediência de Maria à Palavra de Deus. Neste contexto, a palavra “amém” não apenas confirma o que foi falado, mas é uma promessa de fidelidade a Deus em humilde submissão.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!

quinta-feira, 25 de março de 2021

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

 

Evangelho: Lc 1, 26-38


"FIAT!" SIM, FAÇA-SE A VOSSA VONTADE, SENHOR!

O "Fiat" é uma palavra maravilhosa. Fez surgir do nada tudo o que existe. Pronunciou-se a Santíssima Virgem, no dia da Anunciação, e baixou do Céu o Filho de Deus. Nas agonias do Horto, quando foi apresentado a Jesus o cálice das amarguras, é ainda um "Fiat" generoso que nos traz a Redenção. Faça-se a Vossa Vontade! Sem essa palavra tão pequenina e tão bela, não enviaria Deus ao mundo o Seu Divino Filho nem aceitaria o sacrifício da nossa Redenção.

Alma cristã, sem um "Fiat" generoso de teu coração, Jesus não virá identificar-se contigo no Amor, e realizar essa sublime encarnação do Verbo na alma, como no seio da Virgem, bem nas profundezas e no silêncio de uma vida de recolhimento e de amor. Sem um "Fiat" no sofrimento, nas penas interiores e exteriores, não haverá redenção para teus pecados, tão numerosos e tão grandes! Precisamos viver de expiação e, no dizer de São Paulo - "completar em nosso corpo a Paixão de Jesus Cristo". E isto se faz com a aceitação generosa e fiel da Cruz.

"Fiat!" Sim, faça-se a Vossa Vontade , Senhor! Digamos sempre esta palavra tão bela e tão poderosa, ainda que isso nos custe uma agonia de Getsêmani! E, como devemos oferecer o sacrifício que nos pede o Senhor, com generosidade e alegria de sofrer por Quem sofreu por nós, acrescentemos ao nosso "Fiat" um "Gloria-Patri". É dever nosso sofrer com paciência e beijar, agradecidos, a Mão que nos fere! Oh! Como isto agrada ao Nosso Senhor e nos atrai as bênçãos do Céu!

Fonte: Retiro Quaresmal 2021 Instituto Hesed

Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!

quarta-feira, 24 de março de 2021

7 devoções a São José que vão te aproximar de Jesus

© Zvonimir Atletic - shutterstock


Philip Kosloski 


Aqueles que recorrem a São José são levados a um relacionamento mais profundo com seu Filho

São José tem um carinho profundo por todos nós e deseja acima de tudo nos aproximar de seu Filho, Jesus Cristo.

Ele realiza essa tarefa de muitas maneiras e uma delas é através das várias devoções que foram desenvolvidas pela Igreja ao longo dos séculos.

Aqui estão algumas devoções populares a São José que visam aprofundar nosso relacionamento com Jesus. Clique nos links para saber mais sobre cada devoção.


As sete tristezas e as sete alegrias de José são o foco da meditação nos sete domingos anteriores à sua festa, em 19 de março.


Ao tentar superar os vícios sexuais, como a pornografia, é preciso contar com muitas ferramentas fornecidas pela ciência e pela fé. Uma dessas ferramentas pode ser o uso do Cordão de São José, uma prática devocional da Igreja Católica que tem suas raízes no século XVII.


Trata-se de uma série de orações feitas por 30 dias consecutivos, em memória aos 30 anos que alguns acreditam que São José viveu como pai adotivo de Jesus.


Semelhante à forma como quem se aproxima da Virgem Maria é por sua vez aproximado de Jesus, quem se dedica a São José se encontra em uma relação mais profunda com Deus.


O Papa Francisco tem o hábito de colocar sob a estátua do santo uma lista contendo os problemas, petições e orações dos fiéis. É como se estivesse a convidar São José a “dormir sobre isso” e talvez a dar uma boa palavra a Deus para resolver situações difíceis e ajudar os necessitados, invocando assim o papel do santo de pai misericordioso.


Uma belíssima oração que data do ano 50.


Este terço utiliza as contas regulares do terço mariano, mas substitui várias orações e mistérios para homenagear o pai adotivo de Jesus. É uma bela devoção, que aproxima a alma do amado São José, padroeiro da Igreja Universal.

Fonte: Aletéia

Valei-nos São José!

segunda-feira, 22 de março de 2021

7 armas poderosas para o combate espiritual





Estamos em uma batalha espiritual por nossa alma e precisamos "vestir a armadura de Deus"

São Paulo escreveu em sua carta aos Efésios: “Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” (Efésios 6, 12).

É uma verdadeira guerra espiritual, e o diabo deseja muito nos afastar de Deus, para nos conduzir à ruína eterna.

Aqui está uma lista de 7 armas poderosas para o combate espiritual que a Igreja nos incentiva a usar.

1. Confissão de pecados

A confissão de pecados é a principal maneira que temos de pôr fim à nossa vida de pecado e começar um novo caminho. Não é por acaso que o diabo tentou implacavelmente assustar São João Vianney para longe de ouvir as confissões de pecadores obstinados.

2. Receber a Sagrada Comunhão

O sacramento da Sagrada Eucaristia é ainda mais poderoso para afastar a influência do diabo. Isso faz todo o sentido, pois a Sagrada Eucaristia é a presença real de Jesus Cristo, e os demônios não têm absolutamente nenhum poder diante do próprio Deus.

3. Entregar-se à Virgem Maria

Segundo o exorcista italiano pe. Sante Babolin, “enquanto invocava com insistência a Santíssima Virgem Maria, o diabo respondeu-me: ‘não aguento mais Aquela (Maria) e também não te suporto mais.’”

4. Colocar-se sob a intercessão de São José

Pe. Donald Calloway afirma essa conexão, mostrando como São José desempenhou um papel central na vida do Beato Bartolo Longo, um ex-devoto do demônio. Calloway explica que Bartolo tornou-se “muito dedicado a São José, orava a ele todos os dias e gostava particularmente de seu título de ‘Terror dos Demônios’. Bartolo tinha um amor tão grande por São José dizia a todos para recorrer ao santo em sua luta contra tentações de qualquer tipo.”


De acordo com uma história, um dia o escapulário de São Francisco caiu. Antes que ele recolocasse, o diabo uivou: “tire este hábito que rouba tantas almas de nós!” Então Francisco fez o diabo admitir que há três coisas os demônios mais temem: o Santo Nome de Jesus, o Santo Nome de Maria e o Santo Escapulário do Carmelo”.

6. Ter um hábito diário de oração

Satanás ama a desordem e fará tudo o que puder para interromper nossa vida de oração. É por isso que é vital estabelecer uma rotina de oração em que não se reze apenas quando se lembra, mas também em horários e durações determinados. Desta forma, mostramos a Deus nossas prioridades e expulsamos Satanás de nossas vidas.

7. Permanecer humilde

É uma atitude reconhecida há dois mil anos: humildade, fé, oração, receber os sacramentos (missa, confissão), viver uma vida cristã em conformidade com o Evangelho, fazer obras de caridade e perdoar os inimigos.

Fonte: Aletéia

São José, rogai por nós!

sábado, 20 de março de 2021

Por que Deus escolheu São José para ser o pai adotivo de Jesus?

Shutterstock


Mário Scandiuzzi - publicado em 18/03/21

Realmente não poderia ser outro o escolhido!

São José foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus. E podemos entender o porquê dessa escolha se olharmos atentamente a Bíblia.

O evangelho de São Mateus narra que, ainda sem entender os acontecimentos e a gravidez de Maria, José pensou em abandoná-la. Porém um anjo apareceu-lhe em sonho e disse:

“José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” 
(Mateus 1, 20-21).

A partir deste momento, São José assumiu a responsabilidade de cuidar de Jesus e também de Maria. E Deus não o abandonou nesta missão.

São José e o anjo

O anjo novamente apareceu em sonho dizendo que ele deveria fugir para o Egito, levando o menino e sua mãe. Só retornaram de lá quando foi avisado pelo anjo (Mateus 2, 13-23).

Quando Jesus tinha 12 anos, seus pais foram à Jerusalém para a festa da Páscoa, como era o costume. No caminho de volta, não encontraram o menino e juntos retornaram a Jerusalém. Aí, o encontraram no templo (Lucas 2, 41-52).

A partir desta passagem, não temos mais citações sobre São José nos evangelhos.

Homem justo e temente a Deus

Mas o que temos nos mostra uma pessoa justa, temente a Deus e que abraçou sua missão.
Não há registro de uma palavra sequer que tenha sido dita por ele nos evangelhos. Entretanto, seu exemplo de fé é de entrega à vontade de Deus nos ensina muito.

Por exemplo: ele exerceu a função de carpinteiro e mostrou a dignidade do trabalho. Entregou-se totalmente ao plano de Deus e é o protetor das famílias e patrono da Igreja.

Portanto, que a exemplo de São José possamos ser dóceis à Palavra e à vontade de Deus.

São José, rogai por nós!

Fonte: Aletéia

sexta-feira, 19 de março de 2021

SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ (DIA SANTO DE PRECEITO)

 

Evangelho: Mt 1, 16.18-21.24a

José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado


ABANDONO E CONFORMIDADE À VONTADE DE DEUS

Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um taumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, à leitura da vida de alguns santos,  arrebatam-nos a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o seu abandono e conformidade à Vontade de Deus.

Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a Encarnação do Verbo. É avisado pelo Anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura, e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o Verbo feito Homem. Que paciência ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exílio privações, insultos e mil reveses. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe nova ordem do Céu. Volta para Nazaré e ali vive no silêncio, na simplicidade, na mais profunda humildade, na vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heróica de São José foi o abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um Serafim, todo abrasado de Amor Divino. E como o abandono é o fruto mais belo do Amor, pode-se imaginar qual seria a vida de confiança e abandono de São José!



Fonte: Retiro Quaresmal 2021 do Instituto Hesed

Valei-nos São José!

segunda-feira, 15 de março de 2021

Uniões Homoafetivas não podem ser abençoadas pela Igreja

 Responsum da Congregação para a Doutrina da Fé

a um dubium sobre a bênção de uniões de pessoas do mesmo sexo

 

AO QUESITO PROPOSTO:
A Igreja dispõe do poder de abençoar as uniões de pessoas do mesmo sexo?

RESPONDE-SE:
Negativamente.

Nota explicativa

Em alguns âmbitos eclesiais, estão se difundindo projetos e propostas de bênçãos para uniões de pessoas do mesmo sexo. Não raro, tais projetos são motivados por uma sincera vontade de acolher e acompanhar as pessoas homossexuais, às quais se propõem caminhos de crescimento na fé, «para que quantos manifestam a tendência homossexual possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida»[1].

Em tais caminhos, a escuta da Palavra de Deus, a oração, a participação nas ações litúrgicas eclesiais e o exercício da caridade podem desempenhar um papel importante em vista de sustentar o empenho de ler a própria história e de aderir com liberdade e responsabilidade ao próprio chamado batismal, porque «Deus ama cada pessoa e o mesmo faz a Igreja»[2], rejeitando toda discriminação injusta.        

Entre as ações litúrgicas da Igreja, revestem-se de especial importância os sacramentais, que «são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, são significados e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual. Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida»[3]. O Catecismo da Igreja Católica especifica ainda que «os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela» (n. 1670).

Ao gênero dos sacramentais pertencem as bênçãos, com as quais a Igreja «chama os homens a louvar a Deus, convida-os a pedir a sua proteção, exorta-os a merecer, com a santidade da vida, a sua misericórdia»[4]. Estas, ainda, «instituídas de certo modo à imitação dos sacramentos, reportam-se sempre e principalmente a efeitos espirituais, que se obtêm por impetração da Igreja»[5].        

Em consequência, para ser coerente com a natureza dos sacramentais, quando se invoca a bênção sobre algumas relações humanas, é necessário – além da reta intenção daqueles que dela participam – que aquilo que é abençoado seja objetiva e positivamente ordenado a receber e a exprimir a graça, em função dos desígnios de Deus inscritos na Criação e plenamente revelados por Cristo Senhor.  São pois compatíveis com a essência da bênção dada pela Igreja somente aquelas realidades que de per si são ordenadas a servir a tais desígnios.

Por tal motivo, não é lícito conceder uma bênção a relações, ou mesmo a parcerias estáveis, que implicam uma prática sexual fora do matrimônio (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberta por si à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo[6]. A presença, em tais relações, de elementos positivos, que em si são dignos de ser apreciados e valorizados, não é porém capaz de torná-las honestas e, assim, um destinatário legítimo da bênção eclesial, pois tais elementos se encontram a serviço de uma união não ordenada ao desígnio do Criador.

Além disso, já que as bênçãos sobre as pessoas possuem uma relação com os sacramentos, a bênção das uniões homossexuais não pode ser considerada lícita, enquanto constituiria de certo modo uma imitação ou uma referência de analogia à bênção nupcial[7], invocada sobre o homem e a mulher que se unem no sacramento do Matrimônio, dado que «não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família»[8].

A declaração de ilicitude das bênçãos de uniões entre pessoas do mesmo sexo não é, e não quer ser, uma injusta discriminação, mas quer relembrar a verdade do rito litúrgico e de quanto corresponde profundamente à essência dos sacramentais, assim como a Igreja os entende.

A comunidade cristã e os Pastores são chamados a acolher com respeito e delicadeza as pessoas com inclinação homossexual, sabendo encontrar as modalidades mais adequadas, coerentes com o ensinamento eclesial, para anunciar a elas a totalidade do Evangelho. Tais pessoas, ao mesmo tempo, reconheçam a sincera proximidade da Igreja – que reza por elas, as acompanha, compartilha o seu caminho de fé cristã[9] – e acolham com disponibilidade os seus ensinamentos.

A resposta ao dubium proposto não exclui que sejam dadas bênçãos a indivíduos com inclinação homossexual[10], que manifestem a vontade de viver na fidelidade aos desígnios revelados de Deus, assim como propostos pelo ensinamento eclesial, mas declara ilícita toda forma de bênção que tenda a reconhecer suas uniões. Neste caso, a bênção não manifestaria a intenção de confiar à proteção e à ajuda de Deus alguns indivíduos, no sentido mencionado, mas de aprovar e encorajar uma escolha e uma praxe de vida que não podem ser reconhecidas  como objetivamente ordenadas aos desígnios divinos revelados[11].

Entretanto, a Igreja recorda que Deus mesmo não deixa de abençoar cada um de seus filhos peregrinos neste mundo, porque para Ele «somos mais importantes que todos os pecados que podemos cometer»[12]. Mas não abençoa nem pode abençoar o pecado: abençoa o ser humano pecador, para que reconheça que é parte de seu desígnio de amor e se deixe transformar por Ele. De fato, Ele «aceita-nos como somos, mas nunca nos deixa como somos»[13].

Por tais motivos, a Igreja não dispõe, nem pode dispor, do poder de abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo no sentido acima indicado.

O Sumo Pontífice Francisco, no curso de uma Audiência concedida ao abaixo assinado Secretário desta Congregação, foi informado e deu seu assentimento à publicação do mencionado Responsum ad dubium, com a Nota explicativa anexa.

Dado em Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, aos 22 de fevereiro de 2021, Festa da Cátedra de São Pedro, Apóstolo.

 

Luis F. Card. Ladaria, S.I.
Prefeito

+ Giacomo Morandi
Arcebispo tit. de Cerveteri
Secretário



Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!

sexta-feira, 5 de março de 2021

Como se reza a via-sacra?

Spencer Platt | GettyImages North America | AFP

Rezar a via-sacra é muito fácil e leva apenas alguns minutos. No entanto, poucas pessoas sabem rezá-la.
Apresentamos, a seguir, um esquema básico desta linda oração:

Oração inicial

Senhor, concede-me a graça de compartilhar contigo o caminho da cruz, penetrar teus pensamentos e sentimentos: o que pensavas, o que sentias enquanto carregavas a cruz pela humanidade, por mim? Ajuda-me a compreender um pouco mais do que esta via dolorosa significou para ti. Com a minha pequenez, eu me atrevo a caminhar contigo nestas estações, deixando-me impressionar pela contemplação do teu mistério, buscando teu olhar de dor, de agonia, de morte, de paz.

Jaculatória antes e depois de cada estação

Antes de cada estação: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”.

Depois cada estação: “Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição”.

1ª estação: Jesus é julgado, acusado falsamente, caluniado, abandonado pelos seus amigos e injustamente condenado à morte.

Oração: Guardaste silêncio. Ó Jesus silencioso, ensina-me a calar e a guardar silêncio, inclusive no sofrimento!

2ª estação: Jesus carrega a cruz. Com grande amor a abraça. Nela, expiará nossos pecados. Ele pensa em nós e caminha rumo ao calvário.

Oração: Jesus, ensina-me a compreender tuas palavras: “Se alguém quiser me seguir, tome sua cruz e siga-me”.

3ª estação: Jesus não aguenta mais, suas forças diminuem e Ele cai pela primeira vez.

Oração: Jesus, dá-me forças para levantar-me das minhas quedas. Anima meus desânimos.

4ª estação: Jesus encontra sua Mãe. A dor de ver sua Mãe sofrendo lhe abre mais feridas no coração. No entanto, ao mesmo tempo, ver o olhar amoroso de Maria o consola.

Oração: Maria, que vencendo todo respeito humano foste capaz de consolar teu Filho no caminho do calvário, ajuda-me a experimentar teu olhar nas minhas dificuldades e aflições.

5ª estação: O cireneu ajuda Jesus a carregar a cruz.

Oração: Jesus, assim como Simão te ajudou a carregar a cruz, ajuda-me nas minhas fraquezas e dificuldades.

6ª estação: O rosto desfigurado de Jesus comove o coração de uma mulher e, com um lenço, ela o enxuga cuidadosamente.

Oração: Jesus, grava tua imagem em meu coração, e que eu sempre me lembre dela.

7ª estação: Jesus, sob o peso da cruz, cai pela segunda vez.

Oração: Jesus, que não te cansem minhas constantes quedas!

8ª estação: O Senhor aceita a vã compaixão das filhas de Jerusalém.

Oração: Jesus, ajuda-me a aprender que carregar tua cruz é muito mais que todas as honras da terra.

9ª estação: Jesus cai pela terceira vez.

Oração: Jesus, que eu não perca a esperança quando experimentar a tua cruz na minha vida.

10ª estação: O Senhor é despojado das suas vestimentas.

Oração: Jesus, despojado de tudo, por amor a mim, ajuda-me a desprender-me, por amor a ti, de todas as criaturas, para que Tu sejas meu único tesouro.

11ª estação: Jesus é crucificado.

Oração: Jesus, que carregaste a cruz sem reclamar, concede-me jamais queixar-me por coisas inúteis, nem de ninguém, nem interiormente.

12ª estação: O Senhor morre na cruz.

Oração: Jesus, ajuda-me a aceitar de todo coração o tipo de morte que pensaste para mim, a aceitá-la com todas as suas angústias, penas e dores. Concede-me nesse momento unir-me à tua morte e oferecer a minha como consumação do meu caminho rumo a ti, aqui na terra.

13ª estação: O corpo de Jesus é tirado da cruz e recebido por Maria.

Oração: Jesus, que eu possa estar nos braços de Maria nos momentos mais difíceis da minha vida, e experimentar a proteção amorosa da tua santa Mãe.

14ª estação: Jesus é depositado no sepulcro.

Oração: Maria, minha Mãe, assim como João te fez companhia como um filho após a morte de Jesus, que eu possa sempre estar contigo, com os mesmos sentimentos do discípulo amado de Jesus.

Oração final

Senhor, que a meditação das tuas dores e sofrimentos destrua minha soberba, suavize meu coração e o prepare para receber teu inesgotável amor e perdão. Que, consciente das minhas quedas e defeitos, em meio às minhas penas e trabalhos, eu te busque sempre e que, contemplando teu coração aberto e ferido por amor a mim, eu possa mergulhar nele como uma gota de água, e me perca para sempre na imensidão da tua misericórdia. Amém.

Fonte: Aletéia

"Já dizia Santo Agostinho: 
Vale mais uma lágrima derramada ao lenbrar da Paixão, do que o jejum a pão e água em cada semana
(Livro A Pratica de Amor a Jesus Cristo, Sto Afonso de Ligório, pg. 22)

“Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”
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