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domingo, 28 de março de 2021
7 tradições da Missa do Domingo de Ramos e seus simbolismos
sexta-feira, 26 de março de 2021
4 fatos sobre a festa da Anunciação
Paolo de Matteis | PD
quinta-feira, 25 de março de 2021
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
Evangelho: Lc 1, 26-38
"FIAT!" SIM, FAÇA-SE A VOSSA VONTADE, SENHOR!
O "Fiat" é uma palavra maravilhosa. Fez surgir do nada tudo o que existe. Pronunciou-se a Santíssima Virgem, no dia da Anunciação, e baixou do Céu o Filho de Deus. Nas agonias do Horto, quando foi apresentado a Jesus o cálice das amarguras, é ainda um "Fiat" generoso que nos traz a Redenção. Faça-se a Vossa Vontade! Sem essa palavra tão pequenina e tão bela, não enviaria Deus ao mundo o Seu Divino Filho nem aceitaria o sacrifício da nossa Redenção.
Alma cristã, sem um "Fiat" generoso de teu coração, Jesus não virá identificar-se contigo no Amor, e realizar essa sublime encarnação do Verbo na alma, como no seio da Virgem, bem nas profundezas e no silêncio de uma vida de recolhimento e de amor. Sem um "Fiat" no sofrimento, nas penas interiores e exteriores, não haverá redenção para teus pecados, tão numerosos e tão grandes! Precisamos viver de expiação e, no dizer de São Paulo - "completar em nosso corpo a Paixão de Jesus Cristo". E isto se faz com a aceitação generosa e fiel da Cruz.
"Fiat!" Sim, faça-se a Vossa Vontade , Senhor! Digamos sempre esta palavra tão bela e tão poderosa, ainda que isso nos custe uma agonia de Getsêmani! E, como devemos oferecer o sacrifício que nos pede o Senhor, com generosidade e alegria de sofrer por Quem sofreu por nós, acrescentemos ao nosso "Fiat" um "Gloria-Patri". É dever nosso sofrer com paciência e beijar, agradecidos, a Mão que nos fere! Oh! Como isto agrada ao Nosso Senhor e nos atrai as bênçãos do Céu!
Fonte: Retiro Quaresmal 2021 Instituto Hesed
Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!
quarta-feira, 24 de março de 2021
7 devoções a São José que vão te aproximar de Jesus
Philip Kosloski
segunda-feira, 22 de março de 2021
7 armas poderosas para o combate espiritual
sábado, 20 de março de 2021
Por que Deus escolheu São José para ser o pai adotivo de Jesus?
Mário Scandiuzzi - publicado em 18/03/21
sexta-feira, 19 de março de 2021
SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ (DIA SANTO DE PRECEITO)
Evangelho: Mt 1, 16.18-21.24a
José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado
ABANDONO E CONFORMIDADE À VONTADE DE DEUS
Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um taumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, à leitura da vida de alguns santos, arrebatam-nos a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o seu abandono e conformidade à Vontade de Deus.
Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a Encarnação do Verbo. É avisado pelo Anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura, e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o Verbo feito Homem. Que paciência ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exílio privações, insultos e mil reveses. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe nova ordem do Céu. Volta para Nazaré e ali vive no silêncio, na simplicidade, na mais profunda humildade, na vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heróica de São José foi o abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um Serafim, todo abrasado de Amor Divino. E como o abandono é o fruto mais belo do Amor, pode-se imaginar qual seria a vida de confiança e abandono de São José!
Valei-nos São José!
segunda-feira, 15 de março de 2021
Uniões Homoafetivas não podem ser abençoadas pela Igreja
Responsum da Congregação para a Doutrina da Fé
a um dubium sobre a bênção de uniões de pessoas do mesmo sexo
Nota explicativa
Em alguns âmbitos eclesiais, estão se difundindo projetos e propostas de bênçãos para uniões de pessoas do mesmo sexo. Não raro, tais projetos são motivados por uma sincera vontade de acolher e acompanhar as pessoas homossexuais, às quais se propõem caminhos de crescimento na fé, «para que quantos manifestam a tendência homossexual possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida»[1].
Em tais caminhos, a escuta da Palavra de Deus, a oração, a participação nas ações litúrgicas eclesiais e o exercício da caridade podem desempenhar um papel importante em vista de sustentar o empenho de ler a própria história e de aderir com liberdade e responsabilidade ao próprio chamado batismal, porque «Deus ama cada pessoa e o mesmo faz a Igreja»[2], rejeitando toda discriminação injusta.
Entre as ações litúrgicas da Igreja, revestem-se de especial importância os sacramentais, que «são sinais sagrados por meio dos quais, imitando de algum modo os sacramentos, são significados e se obtêm, pela oração da Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual. Por meio deles, dispõem-se os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são santificadas as várias circunstâncias da vida»[3]. O Catecismo da Igreja Católica especifica ainda que «os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela» (n. 1670).
Ao gênero dos sacramentais pertencem as bênçãos, com as quais a Igreja «chama os homens a louvar a Deus, convida-os a pedir a sua proteção, exorta-os a merecer, com a santidade da vida, a sua misericórdia»[4]. Estas, ainda, «instituídas de certo modo à imitação dos sacramentos, reportam-se sempre e principalmente a efeitos espirituais, que se obtêm por impetração da Igreja»[5].
Em consequência, para ser coerente com a natureza dos sacramentais, quando se invoca a bênção sobre algumas relações humanas, é necessário – além da reta intenção daqueles que dela participam – que aquilo que é abençoado seja objetiva e positivamente ordenado a receber e a exprimir a graça, em função dos desígnios de Deus inscritos na Criação e plenamente revelados por Cristo Senhor. São pois compatíveis com a essência da bênção dada pela Igreja somente aquelas realidades que de per si são ordenadas a servir a tais desígnios.
Por tal motivo, não é lícito conceder uma bênção a relações, ou mesmo a parcerias estáveis, que implicam uma prática sexual fora do matrimônio (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberta por si à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo[6]. A presença, em tais relações, de elementos positivos, que em si são dignos de ser apreciados e valorizados, não é porém capaz de torná-las honestas e, assim, um destinatário legítimo da bênção eclesial, pois tais elementos se encontram a serviço de uma união não ordenada ao desígnio do Criador.
Além disso, já que as bênçãos sobre as pessoas possuem uma relação com os sacramentos, a bênção das uniões homossexuais não pode ser considerada lícita, enquanto constituiria de certo modo uma imitação ou uma referência de analogia à bênção nupcial[7], invocada sobre o homem e a mulher que se unem no sacramento do Matrimônio, dado que «não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família»[8].
A declaração de ilicitude das bênçãos de uniões entre pessoas do mesmo sexo não é, e não quer ser, uma injusta discriminação, mas quer relembrar a verdade do rito litúrgico e de quanto corresponde profundamente à essência dos sacramentais, assim como a Igreja os entende.
A comunidade cristã e os Pastores são chamados a acolher com respeito e delicadeza as pessoas com inclinação homossexual, sabendo encontrar as modalidades mais adequadas, coerentes com o ensinamento eclesial, para anunciar a elas a totalidade do Evangelho. Tais pessoas, ao mesmo tempo, reconheçam a sincera proximidade da Igreja – que reza por elas, as acompanha, compartilha o seu caminho de fé cristã[9] – e acolham com disponibilidade os seus ensinamentos.
A resposta ao dubium proposto não exclui que sejam dadas bênçãos a indivíduos com inclinação homossexual[10], que manifestem a vontade de viver na fidelidade aos desígnios revelados de Deus, assim como propostos pelo ensinamento eclesial, mas declara ilícita toda forma de bênção que tenda a reconhecer suas uniões. Neste caso, a bênção não manifestaria a intenção de confiar à proteção e à ajuda de Deus alguns indivíduos, no sentido mencionado, mas de aprovar e encorajar uma escolha e uma praxe de vida que não podem ser reconhecidas como objetivamente ordenadas aos desígnios divinos revelados[11].
Entretanto, a Igreja recorda que Deus mesmo não deixa de abençoar cada um de seus filhos peregrinos neste mundo, porque para Ele «somos mais importantes que todos os pecados que podemos cometer»[12]. Mas não abençoa nem pode abençoar o pecado: abençoa o ser humano pecador, para que reconheça que é parte de seu desígnio de amor e se deixe transformar por Ele. De fato, Ele «aceita-nos como somos, mas nunca nos deixa como somos»[13].
Por tais motivos, a Igreja não dispõe, nem pode dispor, do poder de abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo no sentido acima indicado.
O Sumo Pontífice Francisco, no curso de uma Audiência concedida ao abaixo assinado Secretário desta Congregação, foi informado e deu seu assentimento à publicação do mencionado Responsum ad dubium, com a Nota explicativa anexa.
Dado em Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, aos 22 de fevereiro de 2021, Festa da Cátedra de São Pedro, Apóstolo.