Pois a minha carne É VERDADEIRAMENTE uma comida e o meu sangue, VERDADEIRAMENTE uma bebida." (João 6, 54-55)
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quinta-feira, 31 de março de 2011
Hóstia flutua durante Santa Missa na França
Pois a minha carne É VERDADEIRAMENTE uma comida e o meu sangue, VERDADEIRAMENTE uma bebida." (João 6, 54-55)
quarta-feira, 30 de março de 2011
Bento XVI confirma: O latim não é uma língua morta
“Me alegro que tenhais vindo a Roma para confrimá-los no propósito de cultivar a língua latin. De fato, esta língua pode contribuir muito, seja no estudo mais profundo da antiguidade, seja também no aprofundamento da história mais recente.”
Fonte: Secretum Meum Mihi
Tradução: Missa Gregoriana
segunda-feira, 28 de março de 2011
A Igreja não é "a casa da mãe Joana"!
Infelizmente, muitas pessoas que se dizem católicas acham que a Igreja deve fazer o que elas querem, na hora que elas querem, do modo que elas querem e, normalmente, essas pessoas são aqueles "católicos" do IBGE, que só pisam na Igreja em batizado, matrimônio e missa de sétimo dia, ou sejam, não conhecem nada sobre a Santa Missa, não pisam na Igreja, mais, quando vão, querem mandar em tudo. Sem falar, ainda, que tem aqueles que apesar de frequentarem a Igreja nunca leram o Catecismo ou outro documento e acham que não há mal algum de mudar algumas coisas, de cantar determinadas músicas, de vestir-se de determinada forma.
O Pe. Gilvan Rodrigues escreveu um texto muito bom sobre o assunto, que, cabe em toda situação que envolva a Igreja e a Santa Missa, embora ele tenha citado exemplos específicos e talvez mais comum a sua realidade. Segue o texto abaixo:
Todo o mundo deve saber o significado da expressão a "casa da mãe Joana". E, se você não souber, vai ficar sabendo já! O texto a seguir, fui buscá-lo na internet, essa porta sem fronteiras da modernidade tecnológica: "Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana, cujo nome completo se desconhece, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido, segundo outros por ter sido exilada pela Igreja por causa de sua vida desregrada e permissiva. Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: 'o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar'. Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e casa-da-mãe-joana e serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização".
Como veem, a internet pode ser um auxílio necessário à superação de nossa ignorância, até mesmo para curiosidades desse tipo. Espero que a expressão tenha sido entendida pelo meu leitor, mas, se não, vamos instigar nossa massa cinzenta.
Na verdade, eu não sei nem conheço o meu leitor, embora saiba que, vez por outra, alguém me aborde na rua para me dizer que leu e gostou, ou não, de algum texto meu. O fato é que, apesar de ter de falar certas verdades incômodas, minha intenção não é, nunca, ferir a sensibilidade de quem quer que seja, mas, sobretudo, suscitar uma reflexão oportuna sobre comportamentos que não condizem com certas circunstâncias e lugares, no caso específico, refiro-me a atitudes sem propósitos que muitos hereges de plantão querem fazer dentro da Igreja. Nunca aparecem lá, e quando vão, pensam em querer fazer dela a "casa da mãe Joana". Independentemente do que você faça ou realize como profissional, responda-me com sinceridade: "Você gostaria se alguém chegasse a seu lugar de trabalho - seu escritório, seu gabinete, sua casa, sua loja, seu supermercado, seu departamento de vendas, sua cozinha, sua barraca, sua empresa, sua farmácia - e começasse a mudar tudo de lugar, simplesmente, porque não gostou da disposição das coisas?"
Pode até ser que algum desorientado responda de maneira positiva, mas, o normal, é que diga: "Não, não gostaria!". Então, por que na Igreja tudo deve ser permitido? Especialmente em "missas de formatura" - que é um termo inapropriado para a Celebração Eucarística, porque não existe "missa de formatura" - e em casamentos, muitos aborrecimentos chegam pelo fato de que muitas pessoas, não habituadas com a celebração litúrgica, não conseguem distinguir a diferença entre a Igreja, que é o espaço sagrado do louvor e do culto prestado a Deus, cuja presença está no Sacrário, permanentemente, e outro qualquer salão de festas, ou, quando não, um salão de debutantes. Quando digo que não "há missa de formatura", quero dizer que a Liturgia da Igreja é uma só, e já está pronta no Missal Romano para as diversas circunstâncias da vivência cristã. Não somos nós que a reinventamos com as chamadas "adições inoportunas", como bem caracterizou o Papa Bento XVI.
Aí, pensa-se poder cantar de tudo, desde que cada um sinta a pulsação emocionante de seu coração embalado pelo romantismo que, às vezes, é visto na televisão. E, quando as pessoas sérias da Igreja tentam dar uma orientação conforme as exigências próprias da sagrada Liturgia, são taxadas de intransigentes e mal-educadas. Que o digam algumas pessoas entre cerimonialistas, fotógrafos, ornamentadores e cantores que, convidados a receberem formação litúrgica pela Arquidiocese, em 2010, quase em uníssono, manifestaram o desafeto em relação ao Padre da Paróquia "Jesus Ressuscitado". Nesse âmbito, o que eu considero mais engraçado - para não dizer o mais cínica e lamentavelmente deslavado - é que eles vão lá para ganhar dinheiro à custa da Igreja, e ainda querem dizer como o padre deve presidir a Santa Missa ou assistir ao matrimônio.
Torço pelo dia em que a Igreja, de modo sereno e competente, chegue a gerir sua própria casa, também nesses momentos, sem precisar de vândalos interesseiros que muito perturbam o interior da igreja, quando, na verdade, deveriam favorecer o silêncio e a dignidade do ambiente sagrado ou o lugar do culto, onde está o Senhor presente na Eucaristia.
Ora, se a gente vai ao cinema e não pode dar um "pio"; no teatro, exigem educação, silêncio e respeito durante a apresentação. Da mesma forma, quando se mora num apartamento, há um horário limite para determinados barulhos. Assim como, se alguém vai ter um encontro com uma pessoa que a julga importante, não vai com a primeira roupa que encontra pendurada no cabide do guarda-roupa. Certo dia, encontrei um jovem que foi à Missa vestindo uma camiseta regata. Então, perguntei-lhe: "Por que você não veio mais composto?" E ele respondeu: "Deus quer é o coração, não a veste". Sua falsa lógica provocativa não me dispensou imediato acinte: "Se é assim, por que não veio nu?!". Se alguém não sabe, os especialistas em etiqueta afirmam que esse tipo de roupa não combina com nenhum evento social, a não ser com esporte e lazer.
No fundo, o que falta é um pouco de bom senso e respeito pelas pessoas ao redor, e, de modo muito mais especial ainda, pelo Cristo, o Dono da Igreja, presente no Sacrário. Incrível como nossa mediocridade e banalidade encontram justificativas e desculpas para tentar impor nossas razões hipócritas e incoerentes. E o que dizer dos aborrecimentos com os atrasos, considerados por alguns de "chiques"!?. Falta de educação e respeito nunca foram "chiques" em lugar nenhum. Infelizmente, fomos mal-acostumados com o incisivo e provocante rifão do "atrasar é chique!". Entendo que nem tudo poder ser, rigorosamente, vivido na dinâmica respeitosa da pontualidade, mas, atrasar mais de meia hora, deixando o sacerdote esperando como um pateta, já é abuso. Agora, se for o padre quem atrasar, depois que os noivos e convidados tiveram entrado na igreja, coitado dele! Já tivemos sérios problemas por conta disso. Mas, os direitos deveriam ser iguais, quer dizer, direitos e deveres.
Quem não cumpre os deveres, deveria perder todos os direitos se não for capaz de encontrar legítimas e convincentes explicações para o seu atraso. De fato, esse é um problema que está presente na leviandade de muitas pessoas que não prezam por seus compromissos como deveriam, tratando-os com reverência e honradez. No aeroporto de Brasília (DF), presenciei uma confusão instantânea feita por um casal que, chegando depois do tempo previsto para o embarque, não o fizeram e perderam o direito para alguém que já estava na fila de espera havia mais de duas horas. A balbúrdia, a gritaria e o descontrole foram notáveis no balcão de controle do embarque. Eles dançaram o "samba do caboclo doido", mas não viajaram. A orientação é para que se chegue, pelo menos, uma hora antes, em voos nacionais e, duas, em voos internacionais. No caso, da Igreja, que, graças a Deus, não vai decolar para lugar nenhum, o ideal seria que o padre se atrasasse tanto tempo quanto os noivos atrasam, depois do horário marcado e previsto para o início da celebração. Aliás, quando isso acontece por alguns minutos, os ânimos se sublevam e se agitam se o padre não aparecer logo. Sendo que a celebração do Matrimônio é um momento muito importante na vida de todos, dos noivos aos seus familiares e convidados, a exigência do diálogo se faz necessária com todos os envolvidos na esteira da preparação e da realização do evento, a fim de que tudo aconteça na mais absoluta e desejada ordem. Com efeito, o casamento não é apenas um encontro social, em que nos produzimos para sair bem na foto e, consequentemente, no álbum. É mais do que isso, é um Sacramento que os noivos recebem prometendo respeito e fidelidade recíprocos por toda a vida. E, para tal atitude, contam com a graça recebida pelo Sacramento da Igreja.
Os sacerdotes não somos funcionários da arbitrariedade e da incompetência de quem não leva a sério a responsabilidade de seus compromissos, querendo transformar a Igreja "na casa da mãe Joana", onde cada um faz o que quer, quando quer e pensa que pode. Nosso desejo é que a reflexão ajude-nos a rever nossos conceitos e valores quando nos aproximamos das coisas sagradas da Igreja de Cristo, no intento de não entregarmos "pérolas aos porcos" (cf. Mt 7,6). Embora pareça dura, a expressão é de Cristo Jesus, ensinando aos Apóstolos o santo dever da consciência de não profanar as coisas santas de sua própria e amada Igreja.
Padre Gilvan Rodrigues dos Santos
Mestre em Teologia Bíblica- Pontifícia Univ. Gregoriana Roma e Sacerdote em Aracaju (Se)
Fonte: Canção Nova
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Solenidade da Anunciação do Senhor
Não foi apenas uma preocupação de exatidão cronológica que contribuiu para fixar a festa da Anunciação nove meses antes do nascimento do Senhor.
O "sim" de Maria realiza definitivamente a aliança. Nela está todo o povo da promessa: o antigo (hebreus) e o novo (a Igreja); "o Senhor está com ela", isto é, Deus é nosso Deus e nós somos para sempre seu povo. As leituras da liturgia de hoje - que é uma solenidade do Senhor - nos orientam para o mistério da Páscoa. O primeiro, o único "sim" do Filho, que, entrando neste mundo, disse: "Eis que venho para fazer a tua vontade" (Sl 39, Hb 10, 4-10), recebe a resposta do Pai, o qual, depois da oferta dolorosa da paixão, selará com a ressurreição, no Espírito, a salvação apresentada a todos através da Igreja. A Encarnação é também o mistério da colaboração responsável de Maria na salvação recebida como dom. Revela-nos que Deus, para salvar-nos, escolheu essa pedagogia, a de passar através do homem: "... e o Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós... e nós vimos a sua glória" (Jo 1, 14).
Repetindo em cada missa: "Fazei isto em memória de mim!", o Senhor nos ensina a "darmos" também o nosso corpo e o nosso sangue aos irmãos. Tornamos assim digna de fé a salvação de Deus, encarnando-a também nos pequenos "sim" que todos os dias repetimos, a exemplo de Maria.
Liturgia
Primeira Leitura Is 7, 10-14
Leitura do Livro do Profeta Isaías
Naqueles dias, o Senhor falou com Acaz, dizendo: "Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu". Mas Acaz respondeu: "Não pedirei nem tentarei o Senhor". Disse o profeta: "Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel, porque Deus está conosco".
Palavra do Senhor.
Graças à Deus.
Salmo 39 (40)
R. Eis que venho fazer com prazer,
a vossa vontade, Senhor!
Sacrifício e oblação não quiseste,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,+
holocaustos por nossos pecados.
E então eu vos disse: "Eis que venho!" R.
Sobre mim está escrito no livro:+
"Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!" R.
Boas-novas de vossa justiça+
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fechei os meus lábios! R.
Proclamei toda a vossa justiça,+
sem retê-la no meu coração;
vosso auxílio e lealdade narrei.
Não calei vossa graça e verdade
na presença da grande assembléia. R.
Segunda Leitura Hb 10, 4-10
Leitura da Carta aos Hebreus
Irmãos, é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes. Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: "Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade". Depois de dizer: "Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado" - coisas oferecidas segundo a Lei - ele acrescenta: "Eu vim para fazer a tua vontade". Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
Palavra do Senhor.
Graças à Deus.
Evangelho Lc 1, 26-38
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
O anjo entrou onde ela estava e disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!" Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: "Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim". Maria perguntou ao anjo: "Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" O anjo respondeu: "O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível."
Maria, então, disse: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!" E o anjo retirou-se.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
(Missal Cotidiano)
Ó Maria, virgem Imaculada, Porta do Céu e causa da Nossa Alegria,
Respondendo com generosidade ao Anúncio do Arcanjo São Gabriel,
Vós pudestes dar curso ao plano de Deus para nossa salvação.
Vós fostes, pela Providência Santíssima desde toda a eternidade, constituída morada digna do Filho de Deus Encarnado. Pelo vosso “sim” e fidelidade ao Pai celeste,
O Espírito Santo teceu em vosso ventre Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Eis que desejando que o Filho de Deus que quis nascer em Vós, nasça também em meu coração e conceda-me o perdão de meus pecados, prostro-me aos vossos pés e vos imploro, com todo o fervor de minha alma, que vos digneis alcançar-me, do vosso Filho, a graça que tanto necessito… (colocar a graça)
Ouvi minha súplica, ó Virgem Santíssima, Vós que, perante o trono da Graça, sois a “Onipotência Suplicante”, enquanto vou meditando, com reverência e filial afeto, todos os momentos de dor e de alegria, de desolação e de providência, que vos acompanharam em vossa bendita e singular Gestação, na qual trouxestes em vosso ventre por nove meses o Filho do Deus Altíssimo.
Amém.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Primeira vez na Missa Gregoriana?
Se você ainda não foi a uma Missa Gregoriana (também comumente conhecida por “Missa Tridentina”, “Missa de Sempre” ou ainda “Missa Antiga”), quatro aspectos lhe chamarão a atenção visual e a auditiva:
✤ visual: o sacerdote voltado para o Altar e o Crucifixo atrás do Altar.
✤ auditiva: o silêncio e o uso do latim ao longo da celebração.
O Sacerdote voltado para o Altar: O padre está voltado para o Tabernáculo e para o Altar uma vez que ele oferece o Santo Sacrifício da Missa. Alguns podem, a princípio, entender que o padre dá as costas às pessoas. Ao invés, porém, o padre e os fieis estão voltados para o Altar ou versus Deum – para Deus - que juntos e unidos oferecem suas orações durante a Missa. O Sacerdote vai a frente, conduzindo e liderando os fieis, na mesma direção de peregrinação à Deus.
O Crucifixo: O Crucifixo fica atrás do Altar lembrando-nos que aquele sacrifício da Cruz e o sacrifício da Missa são o mesmo sacrifício.
O Silêncio: As pessoas entram na Igreja bem silenciosas antes da Missa, para mostrar reverência pelo Santíssimo Sacramento no tabernáculo e para se prepararem para a Missa. Também há períodos de silêncio durante o Canôn da Missa (a Oração Eucarística) enquanto o sacerdote está rezando silenciosamente no Altar.
A Língua Latina: Com exceção do sermão, o padre reza toda a Missa em latim, a língua oficial da Igreja Católica Apostólica Romana. Você poderá baixar no site o Ordinário da Missa (ou o Missal Romano Quotidiano), segundo o Rito Romano de 1962 que contém as orações fixas da Missa - na mesma página, a direita, você encontrará as orações em latim e, a esquerda, as mesmas em português – que lhe ajudará a rezar a Missa Além disso, ao final, encontram-se alguns cantos que poderão ser entoados na Missa.
O Ordinário da Missa disponibilizado não constam as orações e leituras da Escritura – Epístola e Evangelho – que mudam de dia para dia, em conformidade com o calendário litúrgico da Igreja e que nos auxilia no culto a Deus. Este material poderá ser distribuído, em folheto separado pela paróquia. Caso não disponibilizem, pode-se ainda comprar um missal mais completo com todos os textos da Missa, incluindo as Epístolas e Evangelhos para todo o ano.
Uma busca pela internet poderá lhe colocar em contato com algumas editoras que vendem Missal Romano Quotidiano, Edição de Dom Gaspar Lefebvre, de 1965, que apresenta tanto a parte fixa como os textos de todos os dias do ano litúrgico, em Latim-português, missas votivas, missas dos comuns dos santos, e também um manual de oração completo. Esta edição de 1965 não tem o salmo 42 e o último evangelho, os quais foram acrescentados por algumas editoras.
O Latim: O sítio da Missa Gregoriana disponibiliza uma pequena explicação sobre a pronúncia dos fonemas em latim, bem como o áudio do Canôn da Missa, tanto a parte que cabe ao Sacerdote, como as respostas dos fiéis para treinar ouvido e pronúncia. Você verá o quão suave é o latim litúrgico que imprime uma dignidade adicional à Santa Missa.
Acompanhando a Missa:
Como mencionado acima, há aquelas leituras e orações, que mudam de acordo com o calendário litúrgico, e nos auxiliam no culto a Deus. Entretanto, o sítio disponibiliza a obra de São Leonardo de Porto Maurício que escreveu um breve tratado sobre as Excelências da Missa que nos leva a adotar com fervor um método de assistir à Santa Missa Gregoriana. Também é disponibilizado um escrito de Santo Afonso Maria de Ligório intitulado A Grandeza do Santo Sacrifício da Missa,
✤ De pé, sentar e ajoelhar:
Se você está indeciso ou não sabe quando ficar de pé, sentar-se ou ajoelhar, se o Missal não traz as marcações, simplesmente siga aqueles à sua volta.
✤As Respostas:
Na Missa Gregoriana, os coroinhas respondem para o Sacerdote. A forma mais importante de participação dos fiéis é a participação interior, por meio da qual prestamos atenção à Missa e elevamos nossos corações e mentes em oração silenciosa. Contudo, se você desejar se unir àquelas respostas e está familiarizado com a pronúncia das respostas em latim, você poderá fazê-lo onde está indicado no Missal. Na parte do Missal que é disponibilizado no Missa Gregoriana – Ordinário da Missa - é seguida a simbologia tradicional: R.
A Santa Comunhão
Na Missa Gregoriana, se recebe a comunhão de joelhos – se a pessoa puder – na mesa de comunhão. Se a sua igreja não tiver a mesa de comunhão, via de regra se usa o degrau do altar.
Observe onde os fiéis se ajoelham para comungar e faça o mesmo. Recebe-se a Hóstia sobre a língua (na boca), não nas mãos. Além disso, não se responde “Amém” para o padre; ele fará o “Amen” de reposta por você enquanto você recebe a Santa Comunhão.
A Igreja Católica Apostólica Romana permite aos batizados Católicos que estejam em estado de graça (isto é, aqueles que se confessaram de todos os pecados mortais ao padre) para receber a Comunhão.
Há aqueles que não vão a Missa por estarem impedidos de comungar. É importante lembrar que a parte principal da Missa não é a Comunhão, mas o Sacrifício incruento de Nosso Senhor sobre o Altar. Na impossibilidade de se confessar para comungar, o fiel pode fazer o que se chama de comunhão espiritual.
Santo Afonso Maria de Ligório apresenta-nos uma oração belíssima que nos ajuda a entender como é essa comunhão espiritual:
O jejum antes de receber a comunhão é uma ato de penitência. O Código do Direito Canônico de 1983 determina um jejum eucarístico de uma hora antes da comunhão, como é a prática para todas as Missas na Forma Ordinária, e o mesmo período é requerido para se receber a Santa Comunhão na Missa Gregoriana (a Forma Extraordinária), observados o que previsto no mesmo Código. Um jejum devocional mais longo é opcional, ficando ao critério de cada pessoa, mas não é requerido pela Igreja.
Vestimenta:
É solicitado a todos – homens e mulheres – que venham a missa vestidos como requer a modéstia católica, uma vez que:
✤Estamos na presença do Santíssimo Sacramento; e
✤As nossas roupas não devem causar distração àqueles que estão em nossa volta.
Homens e mulheres estão convidados a se apresentarem com roupas que demonstrem respeito e veneração pela a dignidade do Mistério que se celebra – o Sacrifício Incruento de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o Altar - um comportamento nobre e respeitoso. Dispensam-se, assim, toda conversa, toda bermuda, todo short, todo decote, mangas cavadas, todas as roupas transparentes, justas e acima dos joelhos e o uso de celulares.
O véu deve ser usado pelas mulheres na igreja. Isso é determinação de São Paulo na Sagrada Escritura. Assim, as mulheres são encorajadas a usarem um lenço longo ou uma echarpe, na impossibilidade de se conseguir um véu. Ao fazerem isso, estarão expressando um sinal tradicional de humildade e pureza ante a Deus.
Após a Missa:
Você pode querer permanecer um pouco mais depois de Missa.
Aqueles que desejarem conversar são encorajados a faze-lo do lado de fora da igreja.
Fonte: Site da Missa Gregoriana
terça-feira, 22 de março de 2011
PAX TE CUM FILUMENA
A querida Giovana mandou-me, então, um santinho que fala sobre Santa Filomena, bem como, o cordão e o óleo (foto abaixo). Obrigada querida, que Santa Filomena lhe conceda muitas graças!
Na foto abaixo estão:
1) O cordão, vermelho e branco, que deve ser amarrado na cintura, sob a roupa e, se não der, no braço/perna;
2) O óleo que é retirado de alguma lamparina que ilumina a imagem/estampa de Santa Filomena, para passar na enfermidade;
3) A coroinha.
Para lucrar as indulgências plenárias com o Cordão é preciso confessar-se, comungar, e visitar alguma igreja ou um doente, rezando pelas intenções do Papa.
A Coroinha de Santa Filomena é um pequeno Rosário que contem contas brancas e vermelhas e reza-se assim:
1 Credo... (na medalha)
3 Pai-Nossos (nas contas brancas) em honra da Santíssima Trindade, por cuja glória Santa Filomena deu a vida.
13 Ave-Marias (nas contas vermelhas) em louvor dos 13 anos em que viveu na terra a Virgem Mártir.
A cada Ave-Maria acrescenta-se a jaculatória:
Termina-se a coroinha na medalha triangular, com uma oração a Santa Filomena. Também se reza a Ladainha e uma Salve Maria.
Alegro-me ao ver-vos tão grande, tão pura, tão santa, tão gloriosamente recompensada no céu e na terra.
Atraído por vossos exemplos à prática de sólidas virtudes e cheio de esperança à vista das recompensas concedidas aos vossos merecimentos, eu me proponho de vos imitar pela fuga do pecado e pelo perfeito cumprimento dos mandamentos do Senhor.
Ajudai-me, pois, ó grande e poderosa Santinha, nesta hora tão angustiante em que me encontro, alcançando-me a graça ... e sobretudo uma pureza inviolável, uma fortaleza capaz de resistir a todas as tentações, uma generosidade de que não recuse a Deus nenhum sacrifício e um amor forte como a morte pela fé em Jesus Cristo, uma grande devoção e amor a Maria Santíssima e ao Santo Padre, e ainda a graça de viver santamente a fé para um dia estar contigo no céu por toda a eternidade.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória...
(composta pelo Cura d'Ars, São João Batista Maria Vianney)
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho de Deus, Redentor do Mundo, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha das Virgens, rogai por nós.
Santa Filomena, cheia de abundantes graças desde o berço, rogai por nós.
Santa Filomena, fiel imitadora de Maria, rogai por nós.
Santa Filomena, modelo das Virgens, rogai por nós.
Santa Filomena, templo da perfeita humildade, rogai por nós.
Santa Filomena, abrasada no zelo da glória de Deus, rogai por nós.
Santa Filomena, vítima do amor de Jesus, rogai por nós.
Santa Filomena, exemplo de força e de perseverança, rogai por nós.
Santa Filomena, espelho das mais heróicas virtudes, rogai por nós.
Santa Filomena, firme e intrépida em face dos tormentos, rogai por nós.
Santa Filomena, flagelada como o vosso Divino Esposo, rogai por nós.
Santa Filomena, que preferistes as humilhações da morte aos esplendores do trono, rogai por nós.
Santa Filomena, que convertestes as testemunhas do vosso martírio, rogai por nós.
Santa Filomena, que cansastes o furor dos algozes, rogai por nós.
Santa Filomena, protetora dos inocentes, rogai por nós.
Santa Filomena, padroeira da juventude, rogai por nós.
Santa Filomena, asilo dos desgraçados, rogai por nós.
Santa Filomena, saúde dos doentes e enfermos, rogai por nós.
Santa Filomena, nova luz da Igreja peregrinante, rogai por nós.
Santa Filomena, que confundia a impiedade do século, rogai por nós.
Santa Filomena, cujo nome é glorioso no Céu e formidável para o inferno, rogai por nós.
Santa Filomena, ilustre pelos mais esplêndidos milagres, rogai por nós.
Santa Filomena, poderosa junto de Deus, rogai por nós.
Santa Filomena, que reinais na glória, rogai por nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Rogai por nós, Santa Filomena,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oração
Nós Vos suplicamos, Senhor, que nos concedais o perdão dos nossos pecados pela interecessão de Santa Filomena, Virgem Mártir, que foi sempre agradável aos vossos olhos pela sua eminente castidade e exercício de todas as virtudes.
Santa Filomena, rogai por nós. (3 vezes)
Santa Filomena, virgem e martir, considerada a Padroeira do Rosário Vivo e Padroeira dos Filhos de Maria é celebrada no dia 10 de agosto.
O Santuário dedicado a Santa Filomena e onde iniciou-se essa devoção fica em Mugnano na Itália e pode ser acessado clicando AQUI, lá você pode adquirir o óleo, a coroinha e imagens.
Santa Filomena, rogai por nós!
sexta-feira, 11 de março de 2011
Quais os Dias de Penitência na Igreja Católica?
Cân 1249. Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.
Cân 1250. Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da quaresma.
Cân 1251. Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência E o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cân 1252. Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completados catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum e da abstinência em razão da pouca idade.
Cân 1253. A Conferência dos Bispos pode determinar mais exatamente a observância do jejum e da abstinência, como também substituí-los total ou parcialmente, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e de exercícios de piedade.
Por determinação do Episcopado brasileiro, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, exceto a sexta-feira santa) fica a abstinência comutada em "outras formas de penitência, principalmente em obras de caridade e exercícios de piedade".
Ver mais em: Qual a Diferença de Jejum e Abstinência e quando e como fazer?
quinta-feira, 10 de março de 2011
Catequese do Papa na Quarta-Feira de Cinzas
Boletim da Santa Sé (tradução Mirticeli Medeiros, equipe CN Notícias)
Queridos Irmãos e irmãs,
Hoje marcados pelo austero símbolo das cinzas, entramos no tempo da Quaresma iniciando um itinerário espiritual que nos prepara a celebrar dignamente os mistérios pascais. As cinzas bentas colocadas sobre a nossa cabeça é um sinal que nos recorda a nossa condição de criaturas, nos convida à penitência e a intensificar o compromisso de conversão para seguir sempre mais o Senhor.
A quaresma é um caminho, é acompanhar Jesus que sobe a Jerusalém, lugar do cumprimento do seu ministério de Paixão, morte e Ressurreição. Nos recorda que a vida cristã é uma via para percorrer, consistente não como uma lei a observar, mas na pessoa de Cristo, para encontrar, acolher e seguir. Jesus, de fato, nos diz: "Se alguém quer me seguir, renegue a si mesmo, pegue sua cruz de cada dia e me siga". Diz-nos, isto é, que para alcançar com Ele a luz e a alegria da ressurreição, a vitória da vida, do amor, do bem, também nós devemos pegar a cruz de cada dia, como nos exorta uma bela página da Imitação de Cristo: "Pegue, portanto a tua cruz e siga Jesus, assim entrarás na vida eterna. Ele próprio te precedeu, levando ele mesmo sua cruz. E é morto por você a fim que também você levasse a tua cruz e desejasse ser também você crucificado. De fato, se você morrer com Ele, com Ele também viverá. Se ele foi teu companheiro no sofrimento, ele será companheiro também na glória".
Na Santa Missa do primeiro domingo da Quaresma rezaremos: “Ó Deus nosso Pai, com a celebração desta quaresma, sinal sacramental da nossa conversão, concede aos teus fiéis de crescer no conhecimento do mistério de Cristo e de testemunhá-lo com uma conduta de vida digna”. É uma invocação que voltamos a Deus porque sabemos que somente Ele pode converter o nosso coração. E é, sobretudo na liturgia, na participação aos santos mistérios, que nós somos conduzidos a percorrer este caminho com o Senhor. É um colocar-se na escola de Jesus, percorrer de novo os eventos que nos trouxeram a salvação, mas não como uma simples comemoração, uma recordação dos fatos passados. Nas ações litúrgicas, Cristo se faz presente através a obra do Espírito Santo, aqueles acontecimentos salvíficos se tornam atuais. Existe uma palavra chave que frequentemente aparece na Liturgia para indicar isto: a palavra "hoje", e essa vem compreendida em sentido originário e concreto, não metafórico. Hoje, Deus revela a sua lei e a nós foi dado escolher hoje entre o bem e o mal, entre a vida e a morte; hoje o reino de Deus é próximo. Convertei-vos e creiais no Evangelho; hoje Cristo é morto, subiu ao céu e sentou a direita do Pai, hoje nos foi dado o Espírito Santo, hoje é o tempo favorável.
Participar da liturgia significa, então, mergulhar a própria vida no mistério de Cristo, na sua permanente presença, percorrer um caminho no qual entramos na sua morte e ressurreição para ter a vida.
Nos domingos da Quaresma, em modo particular neste ano litúrgico do ciclo A, somos introduzidos a viver um itinerário batismal, quase percorrendo de novo o caminho dos catecúmenos, daqueles que se preparam a receber o batismo, para reavivar em nós este dom de modo que a nossa vida recupere as exigências e os compromissos deste sacramento, que é a base da vida cristã.
Na mensagem que enviei para esta quaresma, quis enfatizar o nexo particular que liga o tempo quaresmal ao Batismo. Desde sempre, a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do batismo, passo a passo: nisto se realiza aquele grande mistério, pelo qual o homem, morto ao pecado, se torna participante da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos. As leituras que escutaremos nos próximos domingos e as quais vos convido a prestar especial atenção, são da tradição antiga, que acompanhava o catecúmeno na descoberta do Batismo: são o grande anúncio disto que Deus opera neste sacramento, uma estupenda catequese batismal que se volta a cada um de nós.
O primeiro domingo, chamado "Domingo da tentação", porque apresenta as tentações de Jesus no deserto, nos convida a renovar a nossa decisão definitiva para Deus e a enfrentar com coragem a luta que nos espera para permanecermos fiéis. Sempre existe de novo esta necessidade de decisão, de resistir ao mal, de seguir Jesus. Neste domingo, a Igreja depois de ter escutado o testemunho dos padrinhos e dos catequistas, celebra a eleição daqueles que são admitidos ao sacramentos pascais. O segundo domingo é de Abraão e da Transfiguração. O batismo é o sacramento da fé e da filiação divina. Como Abraão, pai daqueles que creem, também nós somos convidados a partir, a sair da nossa terra, a deixar as seguranças que nos foram construídas, para recolocar a nossa confiança em Deus, a meta se vê na transfiguração de Cristo, o Filho amado, no qual também nós nos tornamos filhos de Deus. Nos domingos sucessivos, vem apresentado o batismo nas imagens da água, da luz e da vida. O terceiro domingo nos faz encontrar a samaritana. Como Israel no êxodo, também nós, no batismo, recebemos a água que salva; Jesus, como diz à samaritana, tem a água da vida, que extingue toda sede e esta água é o seu Espírito. A Igreja, neste domingo, celebra a primeira parte dos catecúmenos e, durante a semana, entregará a eles o símbolo: a profissão de fé, o Credo. O quarto domingo nos faz refletir sobre a experiência do cego de nascença. No batismo, somos liberados das trevas do mal e recebemos a luz de Cristo para vivermos como filhos da luz.
Também nós devemos aprender a ver a presença de Deus no rosto de Cristo e, assim, a luz. No caminho dos catecúmenos, se celebra a segunda parte. Enfim, o quinto domingo nos apresenta a ressurreição de Lázaro. No batismo, nós passamos da morte para a vida e nos tornamos capazes de agradar a Deus, de fazer morrer o homem velho para viver do Espírito do ressuscitado. Para os catecúmenos, se celebra a terceira parte e, durante a semana, é entregue a eles a oração do Senhor: O Pai nosso.
Este itinerário da quaresma que somos convidados a percorrer é caracterizado na tradição da Igreja, por algumas práticas: o jejum, a esmola e a oração. O jejum significa a abstinência do alimento, mas compreende outras formas de privação para uma vida mais sóbria. Tudo isso, entretanto, não é ainda a realidade plena do jejum: é o sinal externo de uma realidade interior, do nosso compromisso, com a ajuda de Deus, de abster-nos do mal e vivermos do Evangelho. Não jejua verdadeiramente quem não sabe nutrir-se da Palavra de Deus.
O jejum, na tradição cristã, é ligado mais estreitamente à esmola. São Leão Magno ensinava, em um dos seus discursos, sobre a quaresma: “Quanto cada cristão pode fazer em cada tempo, deve agora praticá-lo com maior solicitude e devoção, a fim que se cumpra a norma apostólica do jejum quaresmal consistente na abstinência não só dos alimentos, mas sobretudo dos pecados.
Nestes santos jejuns, nenhuma obra pode associar-se mais utilmente do que a esmola, a qual sob o nome único de "misericórdia" abraça muitas obras boas. Imenso é o campo das obras de misericórdia. Não só os ricos e pessoas de posses podem beneficiar os outros com a esmola, mas também aqueles de condição modesta e pobre. Assim, desiguais nos bens de fortuna, todos podem ser iguais nos sentimentos de piedade da alma. (Discurso 6 sobre a Quaresma, 2: PL 54, 286). São Gregório Magno recordava na sua regra pastoral, que o jejum torna-se santo pelas virtudes que o acompanham, sobretudo pela caridade, por cada gesto de generosidade, que doa aos pobres e aos necessitados o fruto da nossa privação. (cf. 19,10-11).
A quaresma, além disso, é um tempo privilegiado para a oração. Santo Agostinho diz que o jejum e a esmola são as duas asas da oração, que as permitem de pegar mais facilmente o seu impulso e de chegar até Deus. Ele afirma: “De tal modo a nossa oração, feita de humildade e caridade, no jejum e na esmola, na temperança e no perdão das ofensas, dando coisas boas e não restituindo as coisas ruins, nos afastando do mal e fazendo o bem, procura a paz e a alcança. Com as asas destas virtudes, a nossa oração voa segura e mais facilmente é conduzida ao céu, onde Cristo, nossa paz no precedeu”. (Sermão 206, 3 sobre a Quaresma: PL38,1042).
A Igreja sabe que pela nossa fraqueza é difícil fazer silêncio para colocar-se diante de Deus e ter a consciência da nossa condição de criaturas que dependem dele e de pecadores necessitados do seu amor. Por isto, a Quaresma convida a uma oração mais fiel e intensa e a uma prolongada meditação sobre a palavra de Deus. São João Crisóstomo exorta: “Enche a tua casa de modéstia e humildade com a pratica da oração. Torne esplêndida a tua habitação com a luz da justiça, orna as suas paredes com as obras boas como de um revestimento de ouro puro. No lugar dos muros e das pedras preciosas, coloque fé e a sobrenatural magnanimidade, colocando sobre todas as coisas, no alto do mais alto, a oração em dignidade de todo o complexo. Assim, prepare para a o Senhor uma digna morada, o acolha em esplêndido reinado. Ele te concederá de transformar a sua alma em templo da sua presença” (Homilia 6 sobre a oração: PG 64,466).
Caros amigos, neste caminho quaresmal,, estejamos atentos a acolher o convite de Cristo a segui-lo de modo mais decidido e coerente, renovando a graça e os compromissos do nosso batismo, para abandonar o homem velho que está em nós e revestir-nos de Cristo, para chegar renovados a Páscoa e poder dizer com São Paulo: “Não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim” (Gal 2,20). Bom caminho quaresmal a todos vocês! Obrigado.
Fonte: Canção Nova
quarta-feira, 9 de março de 2011
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Nesse dia devem, ainda, observar o preceito de abster-se de comer carne vermelha e jejuar (abster-se de uma refeição importante do dia).
Liturgia da Palavra
I Leitura Joel 2, 12-18
Leitura da Profecia de Joel
"Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno, é compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo". Quem sabe, se ele se volta para vós e vos perdoa, e deixa atrás de si a benção, oblação e libação para o Senhor, vosso Deus? Tocai trombeta Sião, prescrevei o jejum sagrado, convocai a assembléia; congregai o povo, realizai cerimônias de culto, reuni anciãos, ajuntai crianças e lactentes; deixe esposo seu aposento, e a esposa, seu leito.
Chorem, postos entre o vestíbulo e o altar, os ministros sagrados do Senhor, e digam: "Perdoa, Senhor, a teu povo, e não deixes que esta tua herança sofra infâmia e que as nações a dominem". Por que se haveria de dizer entre os povos: "Onde está o Deus deles?" Então o Senhor encheu-se de zelo por sua terra e perdoou ao seu povo.
Palavra do Senhor
Graças à Deus.
Salmo 50(51)
R. Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos
- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado,
e apagai completamente a minha culpa! R.
- Eu reconheço toda a minha iniquidade,
o meu pecado está sempre à minha frente.
Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,
pratiquei o que é mau aos vosso olhos! R.
- Criai em mim um coração que seja puro,
dai-me de novo um espírito decidido.
Ó Senhor, não me afastei de vossa face,
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito! R.
- Dai-me de novo a alegria de ser salvo
e confirmai-me com espírito generoso!
Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,
e minha boca anunciará vosso louvor! R.
II Leitura 2 Coríntios 5, 20-6,2
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos, somos embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus. Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, pois ele diz: "No momento favorável, eu te ouvi e no dia da salvação, eu te socorri". É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação.
Palavra do Senhor.
Graças à Deus.
Aclamação ao Evangelho (Sl 94 (95))
R. Jesus Cristo, sois bendito,
sois o Ungido de Deus Pai!
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz:
Não fecheis os corações como em Meriba!
Evangelho Mateus 6, 1-6.16-18
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a recompensa. Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa. Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.
Liturgia da Penitência
Após a Homilia se dá o rito da imposição das cinzas.
O sacerdote, de pé, diz de mãos unidas uma das Orações previstas. Em silêncio asperge as cinzas com água benta. Os fiéis se aproximam e permanecem de pé. O sacerdote impõe-lhes as cinzas, dizendo a cada um:
Convertei-vos e crede no Evangelho. (Mt 1, 15)
Ou
Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar. (Gn 3,19)
(Missal Cotidiano)
Para saber mais sobre o Jejum e a Abstinência clique AQUI.
terça-feira, 8 de março de 2011
Santa Missa no Instituto Hesed
Cheguei no Mosteiro às 16hs e a Madre Kelly Patrícia estava iniciando a reza do terço.
Aqui, vemos as irmãs cantando o Agnus Dei:
Para saber mais sobre o Mosteiro clicar em: Instituto Hesed
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
segunda-feira, 7 de março de 2011
Tempo Litúrgico - Quaresma
Batizados na morte e ressurreição de Cristo, devemos viver segundo uma moral de ressuscitados, seguindo, não uma lei abstrata, mas o exemplo de Cristo, em sua obediência filial de Pai.
No Tempo da Quaresma, o povo de Deus empreende um esforço exigente, porém libertador, que deve abri-lo ao chamado do Senhor e da comunidade cristã. Privando-se do alimento terreno, nas múltiplas formas que lhe apresentam, aprenderá a saborear, acima de tudo, o pão da Palavra de Deus e da Eucaristia, e melhor sentirá o dever de dividir os bens com os outros.
O Concílio Vaticano II recomenda que "a penitência quaresmal não seja só interna e individual, mas sobretudo externa e social. E a prática penitencial, segundo as possibilidades do nosso tempo e das diversas regiões, como também consoante as condições dos fiéis, incentivada e...recomendada (SC 110)".
Celebrar a Eucaristia no tempo da Quaresma significa:
a) percorrer, juntamente com Cristo, o itinerário da provação que pertence à Igreja e a cada homem;
b) assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai e o dom de si aos irmãos, que constituem o sacrifício espiritual.
Assim, renovando os compromissos do nosso Batismo na noite pascal, poderemos "fazer a passagem" para a vida nova de Jesus-Senhor ressuscitado, para a glória do Pai, na unidade do Espírito.
O Tempo da Quaresma começa na Quarta-feira das Cinzas e vai até a Missa "na Ceia do Senhor", exclusive (na Quinta-feira da Semana Santa). Esta missa vespertina dá início, nos livros litúrgicos, ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, que tem seu ponto alto na Vigília pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
A semana que precede a Páscoa recebe o nome de Semana Santa e tem início com o Domingo de Ramos "na Paixão do Senhor".
A Quaresma principia com um rito penitencial efetuado em dia ferial, quarta-feira, acompanhado de jejum e abstinência; este dia é denominado Quarta-feira de Cinzas e tem precedência sobre todas as outras celebrações.
Sim.
O rito da benção e imposição das cinzas não é necessariamente unido à Missa; pode ser celebrado sem esta. Neste caso, é oportuno fazer preceder ao rito uma Liturgia da Palavra, como na Missa, com o canto de entrada, a oração e as leituras com os cânticos correspondentes; segue-se a homilia, depois a benção e imposição das cinzas. O rito termina com a oração dos fiéis.
Os textos dessa celebração são tomados à liturgia da Quarta-feira de Cinzas.
As férias (isto é, os dias feriais) da Quaresma tomam a denominação da semana que se inicia com o domingo. O Missal Romano apresenta cinco semanas da Quaresma, às quais se acrescentam no início os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas ao sábado que precede o I Domingo da Quaresma. Todas as férias da Quaresma têm precedência sobre as memórias obrigatórias.
As férias da Semana Santa, a saber, da segunda à quinta-feira com a Missa do Crisma (Missa dos Santos Óleos), são parte integrante do Tempo da Quaresma; estes dias santos têm preferência sobre todas as outras celebrações.
No caso em que a solenidade de S. José, esposo da Virgem Maria (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março) - como outras possíveis solenidades inscritas no Calendário particular - coincidirem com os Domingos da Quaresma, antecipa-se sua celebração para o sábado.
Uma solenidade que eventualmente cair nos dias da Semana Santa, transfere-se para o primeiro dia livre após a oitava de Páscoa.
As memórias obrigatórias que acidentalmente caírem na Quaresma consideram-se e celebram-se como "memórias facultativas".
Na prática, pode a "memória" encontrar lugar na Missa da féria, substituindo a Coleta (Oração do Dia, antes da Liturgia da Palavra) dessa Missa pela do Santo, contanto que não ocorra na Quarta-feira de Cinzas ou em uma féria da Semana Santa.
Na Missa do Tempo da Quaresma não se diz o Glória; omite-se o Aleluia no canto da Missa e, em particular, na aclamação do Evangelho: é substituído por uma aclamação a Cristo Senhor.
A cor litúrgica no Tempo da Quaresma é o roxo.
Os gestos litúrgicos são: ficar de joelhos (Ato Penitencial e no momento da Consagração - dentro da Oração Eucarística), sentado (Liturgia da Palavra, salvo na hora do Evangelho; Homilia e Ofertório) e em pé (entrada do Sacerdote, Glória, Coleta, Aclamação do Evangelho, Evangelho, Profissão de Fé, Oração dos Fiéis, Oração sobre as Oferendas, Oração Eucarística, Rito da Comunhão) como podemos verificar no Missal Romano.
Assim, não devemos bater palmas em nenhuma Missa (nem na hora do Glória, nem do Santo).
Ora, se não devemos bater palmas em momento algum na Santa Missa no Tempo Comum, menos ainda no Tempo da Quaresma, que é um tempo de austeridade, penitência e preparação para a Páscoa.
Missal Cotidiano
sexta-feira, 4 de março de 2011
Mulheres de Véu no Brasil e no Mundo!
Recentemente, o véu foi caindo em desuso e hoje não é tão comum vermos.
Não obstante isso, há um movimento, silencioso e constante, onde as jovens moças e senhoras vem retomando essa belíssima tradição da Igreja e usando o véu.
Muitas vezes sob o olha duro de alguns sacerdotes e fiéis que veem essa prática como antiguada e ultrapassada; outras vezes sob o olhar de espanto de alguns que achavam que a Igreja tinha proibido o seu uso.
Pois bem, a verdade é que a Igreja nunca proibiu e na Igreja Católica no Oriente as mulheres ainda usam o véu; já no Ocidente, também há locais onde as mulheres usam o véu.
Assim, segue abaixo foto de locais onde as pessoas preservam e/ou estão retomando essa tradição, no Brasil e no Mundo.
No VATICANO as mulheres que vão ter audiência com o Santo Padre são obrigadas a usarem o véu, normalmente, o véu preto, salvo as rainhas que usam o véu branco.
Aqui as mocinhas na foto de sua primeira comunhão já começam a usar o véu.
No Nordeste temos notícia do uso do véu nos seguintes estados:
MARANHÃO
Embora não tenha conseguido fotos, temos notícias de mulheres retomando essa prática também nos Estados do Piauí, Alagoas e Sergipe.
No Sul em:
No Centro-Oeste:
No Sudeste:
Para saber mais sobre o Uso do Véu:
Por que usar o véu na Santa Missa
Onde Comprar o véu para usar na Santa Missa