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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Afinal, existe “ex-padre”?

Redação da Aleteia | Out 08, 2018

Shutterstock


Não, mas existe a demissão do estado clerical ou a redução ao estado laical: saiba qual é a diferença

O termo “ex-padre” foi popularizado já faz bastante tempo, desde bem antes das recentes demissões de sacerdotes católicos do estado clerical em decorrência de escândalos sexuais (entre os quais, tragicamente, a aberração da pedofilia).

Mas a possibilidade de que um sacerdote seja dispensado do estado clerical pelo Papa existe independentemente desses casos hediondos. Ela se alicerça em uma série de razões diversas – e a maioria delas não tem nada a ver com “punição” ou “expulsão”.

Evidentemente, as punições também existem, como se viu nas últimas semanas: a mídia mundial repercutiu com estardalhaço o fato de o Papa Francisco ter demitido do estado clerical três padres latino-americanos condenados por abusos sexuais no Chile e no Equador.

No entanto, um padre católico pode solicitar ele próprio a assim chamada “redução ao estado laical“. É o que ocorre, por exemplo, nos casos em que ele conclui perante Deus e a própria consciência que a sua real vocação não é o sacerdócio e que a anterior decisão de ordenar-se não tinha sido acompanhada por um discernimento acurado e profundo. Afinal, pela fragilidade do homem, as dúvidas e os julgamentos equivocados fazem parte de todos os processos de discernimento que encaramos ao longo da vida – muitas vezes, em meio a sofrimentos que precisam de bálsamo e resolução definitiva.

Após analisar delicadamente esses casos, a Igreja concede a suspensão das obrigações inerentes ao estado sacerdotal, seguindo as normas de procedimento para a redução ao estado laical que você pode conhecer acessando este documento da Congregação para a Doutrina da Fé.


“Tipos” de dispensa do sacerdócio

A mídia tem destacado as assim chamadas “demissões do estado clerical“, que são decretadas pelo Papa e, na prática, podem ser entendidas como punições a sacerdotes que cometeram atos gravíssimos – tão graves a ponto de exigirem que eles sejam impedidos definitiva e irrevogavelmente de exercer o ministério sacerdotal. Além da demissão, esses padres devem responder, é claro, também perante a justiça civil pelos crimes que cometeram.

Mas a punição não é o único caminho para que um sacerdote deixe de exercer o ministério – nem é o mais frequente.

A “redução ao estado laical” muitas vezes atende à solicitação do próprio sacerdote. Ao recebê-la, um padre é dispensado das obrigações derivadas do seu anterior estado clerical. A mais “famosa” dessas dispensas é a do celibato, permitindo que um padre possa legitimamente se casar no rito religioso. Mas a dispensa também se estende a todas as demais obrigações específicas de um padre previstas no direito canônico, tais como a oração diária da liturgia das horas, a proibição de concorrer como candidato a cargos políticos, a proibição de exercer atividades de negócios… Obviamente, continuarão em vigor todos os deveres de qualquer outro cristão batizado.

Mas atenção: o caráter sacramental do sacerdócio é indelével

Uma coisa é a dispensa dos deveres oriundos do sacerdócio: esta é uma situação que existe. Outra coisa é a suposta “extinção” do sacramento da ordem recebido por um padre: esta é uma situação que não existe.

O sacerdócio católico não pode ser “apagado” de um padre nem mediante a demissão do estado clerical por punição decretada pelo Papa, nem mediante a redução ao estado laical a pedido do próprio padre e aprovada pelo Papa.

Por quê? Porque o sacramento da ordem sacerdotal confere aos ministros ordenados um caráter indelével: uma vez ordenado, um sacerdote é “sacerdos in aeternum“, ou seja, continuará sendo sacerdote para toda a eternidade. Não há como “apagar” o caráter deste sacramento.


E o que é esse “caráter indelével”?

Existem três sacramentos que imprimem caráter indelével: além da ordem, também o batismo e a confirmação (ou crisma). Por isso, no sentido sacramental, não pode existir um “ex-padre”, nem um “ex-batizado”, nem um “ex-crismado”.

Fazendo uma analogia tradicional nas aulas de catequese, é como se o Espírito Santo “imprimisse um selo” na alma de quem recebe esses sacramentos. Por meio deles, Deus age de modo definitivo nessas almas, doando à sua existência uma relação particular com Cristo e com a Igreja, que não fica mais disponível à liberdade do homem. O crente até pode recusá-la na prática, com uma vida incompatível com a de um cristão genuíno, mas permanecerá para sempre com esse “selo” impresso por Deus em sua alma.

Tanto é assim que, no caso da ordem, a legislação canônica chega a prever que até mesmo um padre já reduzido ao estado laical pode absolver validamente todos os pecados de alguém que se encontre em perigo de morte, em situações extremas e de necessidade imperiosa (cf. cânon 976). Este é um excelente exemplo de como o caráter sacerdotal acompanha o sacerdote durante toda a sua existência, mesmo após a sua formal dispensa do ministério.

Atenção: o caso do matrimônio é parecido, mas não igual

Uma realidade semelhante, mas não idêntica, se observa no tocante aos assim chamados “ex-casados”. Em sentido estrito, também não pode existir um “ex-casado pela Igreja”.

É que o sacramento do matrimônio é indissolúvel no tempo (“até que a morte os separe“). Jesus mesmo foi bem claro: “Não separe o homem o que Deus uniu“.

Entretanto, o matrimônio não imprime caráter indelével: é por isso que os viúvos podem voltar a receber o sacramento matrimonial em uma nova união abençoada pelo sacramento do matrimônio. E, no caso do reconhecimento da nulidade matrimonial por parte da Igreja, também não estamos falando propriamente de “ex-casados pela Igreja”, dado que, na prática, o reconhecimento da nulidade é precisamente isso: um reconhecimento de que o sacramento nunca existiu, devido a circunstâncias minuciosamente avaliadas pela autoridade eclesial competente.


Mas, afinal, o termo “ex-padre” é correto?

A Igreja, obviamente, não “legisla” sobre o dicionário e sobre os idiomas: o termo “ex-padre” existe como vocábulo e é usado frequentemente na língua falada e escrita, em referência aos padres que deixaram o ministério sacerdotal.

Entretanto, é um termo impreciso. Por isso mesmo, é passível de interpretações equivocadas sobre a natureza do sacerdócio, que não pode ser “revertida” nem “extinta”. Em sentido estrito, não existe “ex-padre”: o que existe são padres que receberam a dispensa do exercício do ministério sacerdotal e de todas as obrigações específicas que dele decorrem, mas que, ainda assim, permanecem sacerdotes para toda a eternidade do ponto de vista do caráter sacramental.

É sempre desejável a clareza na comunicação, para se evitar a ambiguidade e a indução a equívocos. O termo “ex-padre” já está popularizado no uso coloquial e, para sermos realistas, dificilmente deixará de ser usado: não vem ao caso, portanto, criar alarde em torno ao vocábulo como tal e, muito menos, pretender proibir o seu uso. O relevante é distinguir e esclarecer o que esse termo realmente significa e, tão importante quanto, o que ele não significa – e ele não significa a extinção do caráter indelével do sacramento da ordem porque isto é impossível.

Fonte: Aletéia

Jesus, a messe é grande e os operários são poucos
Mandei operários para vossa messe!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

RESPOSTA: Faz parte da Igreja e não sabia que precisa de Catequese para Batismo?!

Ave Maria!

Fique bastante trite faco parte da igreja da comunidade
Minha filha mora em Niteroi não tem parente lá fez um esforço tremendo com nossa ajuda p vim batizar a filha de 11 anos e não pode porque não fez catequese

Triste com quem?
Consigo mesmo ou com sua filha por não terem se informado antes como se dá para receber o Sacramento do Batismo na Igreja Católica?

Sinto pela sua filha, pelo esforço que fez.
Mas não "culpe" a Igreja da qual faz parte por não querer batizar sua neta, maior de 07 anos, sem que a mesma tivesse feito a Catequese.

E fico feliz que a Paróquia que frequenta observa o que ensina a nossa Amada e Sábia Igreja.

O que me espanta é a senhora fazer parte da Paróquia e não ter se informado antes ou não saber da necessidade de Catequese para pré-adolescente/adolescente. Principalmente sabedora que sua filha viajaria de fora(longe) para que a sua neta fosse Batizada.

Mas, fique tranquila, sua neta poderá receber os Sacramentos do Batismo e da Eucaristia (já na idade) assim que fizer a Catequese.

Que Maria interceda por vocês!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Como o casal deve lidar com a frustração de não ter filhos?

bikeriderlondon/Shutterstock

Já dizia o Papa Francisco: "o matrimônio não foi instituído só em ordem à procriação"


Vivemos uma constante pressão! Quando se é solteiro, a pressão é: “Quando você vai se casar?”. Quando se é casado, a pressão é: “ Quando você terá filhos?”. Quando se tem um filho, a pressão é: “ Quando você terá outro?”. Porém, diante de tanta pressão, podemos nos perder na indiferença do que, de fato, o outro está vivendo. Talvez, o solteiro viva o sofrimento de não ter encontrado alguém para se casar; o casado, o sofrimento por não ter um filho; o pai, o sofrimento por se sentir incapaz de dar ao filho o que este deseja.

Hoje, no entanto, gostaria de falar sobre a pressão que um casal vive para ter um filho, mas, por inúmeras razões (infertilidade orgânica, transitória e até mesmo esterilidade), não conseguem, gerando assim uma situação de possível e grande sofrimento. A pressão da família e da sociedade para que o casal tenha filhos, muitas vezes, é enorme; e o fato de não conseguir engravidar pode fazer a pessoa se sentir fracassada.

Como administrar tal sofrimento perante a própria vida e diante da conjugalidade assumida?

1º) Não negue seus sentimentos

A primeira coisa a viver, diante do sofrimento em não conseguir engravidar, é assumir os sentimentos, o desejo frustrado, o sonho que não se realiza. Quanto mais o casal nega esses sentimentos, mais estes ganham forças destrutivas. É preciso reconhecer a fundo o desejo que ambos (homem e mulher) trazem referente à concepção dos filhos. A aceitação e o enfrentamento do que você está sentindo ajuda a suportar as emoções e pressões (internas e externas) com mais serenidade.

2º) Não se destrua pela culpa

Diante da dor em não conseguir ter filhos, não se autodestrua procurando os culpados: “Ah, se eu tivesse engravidado antes!”, “Ah, se eu não tivesse esperando terminar o pós-doutorado para engravidar!”, “Ah, eu poderia ter me cuidado mais” etc. Essas são vozes que tentam tirar sua esperança e levá-lo à completa aniquilação de si mesmo e de seu cônjuge.

A culpa pode até impedir que você tenha uma centralidade, para, de fato, encarar o problema, impossibilitando-o de buscar ajuda médica, psicológica e, quem sabe, até espiritual. Nada de se culpar!

3º) Viva a harmoniosa e fecunda vida de casados!

Quando a gravidez não surge, muitos casais começam a “esfriar” a relação, é como que se a impossibilidade em ter filhos tirasse deles a vitalidade do relacionamento. Nessa hora, não só a parentalidade está em cheque, mas também a própria conjugalidade. Tentem encontrar, juntos, maneiras realistas de dividir o estresse e a frustração em não poder/conseguir ter filhos. Muitos casais pensam que a fecundidade do relacionamento está apenas na questão de gerar filhos, mas não está somente nisso, não! Papa Francisco, na Exortação Amoris Laetitia, afirma: “Àqueles que não podem ter filhos, lembramos que «Já (…). Por isso, mesmo que faltem os filhos, tantas vezes ardentemente desejados, o matrimônio conserva o seu valor e indissolubilidade, como comunidade e comunhão de toda a vida».

4º) Busque toda ajuda necessária

É importante que, dentro da moral católica, vocês busquem toda ajuda necessária. Vá a médicos especializados, talvez a infertilidade seja de fundo psicológico; busque um bom terapeuta. Recorra à espiritualidade! Faça sua parte sem se perder em uma vida obsessiva para engravidar. Mas, com calma e esperança, dê os passos que cabem a você e seu cônjuge!

5º) Relaxe, você não é amaldiçoado

Sim, filhos são bençãos de Deus! Então, se não os tenho, não sou abençoado por Ele? Calma, não é essa a lógica. De fato, é Deus quem dá o dom dos filhos, mas não quer dizer que, se você não os tem, seja pelo fato de que Deus não os quer dar a você! Nesta hora, a fé é acreditar que, no mistério do sofrimento, Deus também sofre com você. Não se permita ser invadido por pensamentos de que Deus não o ama, que você é amaldiçoado.

6º) Estabeleça um limite. Até onde tentar?

Há casais que decidem, desde o começo, por viver, de fato, o que a Igreja ensina sobre reprodução humana; por isso, esgotadas todas as possibilidades morais, é hora de escolher o que fazer. Ficar anos tentando sem que se tenha um parecer médico favorável pode ser de maior sofrimento ainda para o casal. Lembre-se: desistir dos meios humanos não quer dizer perder a fé que Deus pode realizar o impossível!

7º) Abra-se à fecundidade alargada

Papa Francisco, na Amoris Laetitia, afirma: “A adoção é um caminho para realizar a maternidade e a paternidade de uma forma muito generosa, e desejo encorajar aqueles que não podem ter filhos a alargar e abrir o seu amor conjugal para receber quem está privado de um ambiente familiar adequado. Nunca se arrependerão de ter sido generosos. Adotar é o ato de amor que oferece uma família a quem não a tem.”

Quantos casais que se abrem à adoção como uma forma de viver a paternidade e maternidade, e, com isso, tornam-se, de fato, realizados? O amor sempre abre possibilidades!

Ao falar em cada um desses pontos, não pretendo diminuir ou tirar seu sofrimento em não conseguir ter filhos, mas a tentativa é de fazer com que os sentimentos possam ser administrados de uma forma mais integrada e humanizada possível.

Por Adriano Gonçalves, via Canção Nova

Fonte: Aletéia


Nossa Senhora de Guadalupe, rogai pelos casais que tentam ter filhos!

sábado, 24 de novembro de 2018

O “sim” que mudou a história da humanidade

 Hozana | Nov 19, 2018

Public Domain

Descubra a grande novena da Imaculada Conceição 2018

Sim!

Esta palavra de respeito e obediência a Deus foi determinante para dar início à história da salvação. Ela foi dita por Maria ao Arcanjo Gabriel, depois de concordar em conceber o Filho Eterno do Pai, sem colocar qualquer obstáculo ao plano e à vontade de Deus:


“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” 
(Lc 1,38).

Ela permaneceu virgem concebendo o menino Jesus, virgem ao dá-lo à luz, virgem ao carregá-lo, virgem ao alimentá-lo, virgem sempre.

Em nome de cada um de nós, Maria disse “sim” a Deus e a salvação chegou para todos.


Maria é chamada nossa Mãe porque cooperou com sua caridade para que, nós, fiéis, nascêssemos para a vida da graça, como membros da nossa cabeça, Jesus Cristo”, disse Santo Agostinho.

O “sim” de Maria fez dela a Mãe do Senhor, a Mãe da Igreja e a Mãe de cada irmão de Jesus resgatado pelo seu Sangue.


Por isso, dia 8 de dezembro de cada ano, a Igreja celebra com muita alegria a festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Que possamos dizer o nosso “sim” cotidiano como Maria.

Para comemorar essa data, convidamos você para participar da Novena da Imaculada Conceição e aprender a dizer SIM com Maria.

Quando você disse “sim” pela última vez?

Clique AQUI para participar dessa novena junto com a gente!


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

RESPOSTA: Pessoa "amasiada" pode receber o Sacramento do Batismo?

Ave Maria!

Se uma pessoa vive amaziada e deseja o batismo na igreja católica, ela pode receber este sacramento?

obs: Está frequentando a catequese e foi orientada a fazer o curso preparatório para o batismo como carecumena, o fato de estar amaziadas a impede de ser batizada?


Boa orientação. Que bom está fazendo o curso.

Dita o Código de Direito Canônico que:

Cân 864 - É capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela.

"Conforme a doutrina teológica comum, o adulto que, embora tendo verdadeira intenção de ser batizado, não estiver suficientemente arrependido de seus pecados, recebe o batismo válida mas infrutuosamente. A graça batismal "revive" desde o momento em que ele fizer um ato de autêntico arrependimento, mesmo que seja de atrição."

Cân 842 - Quem não recebeu o batismo não pode ser admitido validamente aos outros sacramentos.

Em tese, ela pode receber o Sacramento do Batismo sim.

Porém, seria bom que ela, podendo, também regularize a vida matrimonial dela, no caso, recebendo o Sacramento do Matrimônio na Igreja Católica. Caso não existe impedimento para o casal receber o Sacramento do Matrimônio e o(a) companheiro(a) da pessoa for um católico (portanto, batizado), eles podem receber esse Sacramento antes mesmo dela receber o Sacramento do Batismo, nesse caso, ocorreria o Matrimônio Misto ou por Disparidade de Culto.

Desta forma, a pessoa em questão, além de receber o Sacramento do Batismo, estaria apta a também receber os outros Sacramentos da Iniciação Cristã: Eucaristia e Crisma.

Cân 866 - A não ser que uma razão grave o impeça, o adulto que é batizado seja confirmado logo depois do batismo e participe da celebração eucarística, recebendo também a comunhão.

Diga que ela se informe na Paróquia onde está fazendo o Neocantecumenato ou com o Sacerdote sobre a possibilidade de receber o Sacramento do Matrimônio antes do Sacramento do Batismo, para poder aproximar-se dos outros Sacramentos.



OBS: Oriente-a, também, sobre a escolha dos Padrinhos de Batismo/Crisma, que devem ser católicos e crismados.



Fonte: Código de Direito Canônico

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

RESPOSTA: Um Sacramento substitui o Outro? É necessário fazer a Crisma?

Ave Maria!

Uma duvida,um sacramento substitui o outro? Fui batizada na Igreja Brasileira, aos 12 anos antes de fazer minha primeira comunhão fui batizada na Igreja Catolica, frequentei a Crisma mas mudei de cidade antes do Rito final, participei do encontros mas me mudei em novembro de estado e o rito era em dezembro, aos 21 anos casei na Igreja Catolica, fico na duvida quanto a minha Crisma, é necessário faze la?


Vamos por partes!

Um Sacramento substitui o Outro?

Não!

Can 842 - §2. Os sacramentos do batismo, da confirmação e da santíssima Eucaristia achando-se de tal forma unidos entre si, que são indispensáveis para a plena iniciação cristã.

Cada Sacramento é único e tem sua razão.
Nenhum substitui o outro.

Os Sacramentos, instituídos por Jesus Cristo, são em número de 7 (sete), sendo:

- Sacramentos de Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma (ou Confirmação)
- Sacramentos de Cura: Penitência ou Reconciliação (Confissão) e a Unção dos Enfermos
- Sacramentos de Missão ou Serviço: Matrimônio e Ordem Sagrada

Veja que os Sacramentos do Crisma (iniciação cristã) e do Matrimônio estão classificados em "funções" distintas!

É necessário receber o Sacramento do Crisma?

Sim!

Ele é um dos Sacramentos da Iniciação Cristã e deveria ser recebido por todo católico ainda na adolescência, confirmando o Batismo.
Uma pena muitas pessoas negligenciarem isso.

Can 879 - O sacramento da confirmação, que imprime caráter, e pelo qual os batizados, continuando o caminho da iniciação cristã, são enriquecidos com o dom do Espírito Santo e vinculados mais perfeitamente à Igreja, fortalece-os e mais perfeitamente os obriga a ser testemunhas pela palavra e ação e a difundirem e defenderem a fé.

A Igreja orienta que o Sacramento da Crisma seja recebido antes do Sacramento do Matrimônio

Can 1065 - § 1. Os católicos, que ainda não receberam o sacramento da confirmação, recebam-no antes de serem admitidos ao matrimônio, se isto for possível fazer sem grave incômodo.

Pelo que entendi, faz tempo que você fez o Curso de Preparação para o Crisma né? Nesse caso, creio que terá que fazer novamente se quiser recebê-lo.... ou converse com seu Pároco e, se tiver, leve algum documento que comprove que vc participou do curso quase todo e não recebeu o Sacramento porque teve que se mudar.

Aconteceu o mesmo comigo. Estava fazendo o curso e me mudei dois meses antes, com muito custo o Sacerdote do outro local me autorizou a receber o Sacramento do Crisma, sem participar do curso novamente, PORÉM,  me indicou um livro para ler sobre a Igreja. Eu li e amei!! Chama: "A Fé Explicada"


OBS: Quando for receber o Sacramento do Crisma, atente para a escolha do Padrinho/Madrinha



Fonte: Catecismo da Igreja Católica e Código de Direito Canônico

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

RESPOSTA: Pessoa não convive com Padrinhos. Pode ser Batizada de novo?

Ave Maria!

Gostaria de saber se uma pessoa que foi batizada quando criança mais hoje na faze adulta não reconhece seus padrinhos como tal e não se sente realmente batizado pode ser batizado novamente?
Explicação...temos um subrinho de 19 anos que foi batizado criança mais dês de então nunca mais vius seus padrinhos não foi amado e orientado,eu e meu marido somos padrinhos de várias crianças da nossa família e fazemos questão de estamos presente na vida deles sempre orientando e levando a palavra de Cristo Jesus para vida deles para que eles sempre sejam guiados pela fé sendo assim esse meu sobrinho sempre fala que gostaria de ser batizado novamente por nós eu gostaria de saber se e possível


Não!!

O que ele deve fazer, se ainda não fez (pelo que entendi, não), é se inscrever na Catequese de Adultos para receber o Sacramento do Crisma.

Nesse caso, ele deve escolher uma pessoa para ser o Padrinho ou Madrinha, você ou seu esposo para ser o Padrinho/Madrinha de Crisma.

Veja porque os Sacramentos do Batismo e da Crisma não podem ser repetidos:

terça-feira, 20 de novembro de 2018

RESPOSTA: Inicialmente, Batismo e Crisma eram realizados juntos?

Ave Maria!

Inicialmente o batismo e a crisma eram realizados juntos, em um único ritual. Até qual ano foram realizado batismo e crisma em um único ritual?


Boa pergunta!!

Nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, ao tratar sobre o Sacramento da Confirmação (n. 1285 ao 1321) que:

DUAS TRADIÇÕES: O ORIENTE E O OCIDENTE

1290. Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui geralmente uma única celebração com o Baptismo, formando com ele, segundo a expressão de São Cipriano, um «sacramento duplo» (104). Entre outras razões, a multiplicação dos baptismos de crianças, e isto em qualquer tempo do ano, e a multiplicação das paróquias (rurais), ampliando as dioceses, deixaram de permitir a presença do bispo em todas as celebrações baptismais. No Ocidente, porque se desejava reservar ao bispo o completar do Baptismo, instaurou-se a separação, no tempo, dos dois sacramentos. O Oriente conservou unidos os dois sacramentos, de tal modo que a Confirmação é dada pelo sacerdote que baptiza. Este, no entanto, só o pode fazer com o «myron» consagrado por um bispo (105).

1291. Um costume da Igreja de Roma facilitou a expansão da prática ocidental, graças a uma dupla unção com o santo crisma, depois do baptismo: a unção já feita pelo sacerdote ao neófito ao sair do banho baptismal é completada por uma segunda unção, feita pelo bispo na fronte de cada um dos novos baptizados (106). A primeira unção com o santo crisma, feita pelo sacerdote, ficou ligada ao rito baptismal e significa a participação do baptizado nas funções profética, sacerdotal e real de Cristo. Se o Baptismo é conferido a um adulto, há apenas uma unção pós-baptismal: a da Confirmação.

1292. A prática das Igrejas do Oriente sublinha mais a unidade da iniciação cristã. A da Igreja latina exprime, com maior nitidez, a comunhão do novo cristão com o seu bispo, garante e servidor da unidade da sua Igreja, da sua catolicidade e da sua apostolicidade; e assim, a ligação com as origens apostólicas da Igreja de Cristo.


Agora, não sei te dizer o ano exato em que essa separação se deu no Ocidente.

Diante do exposto, sempre é bom lembrar que cabe a todo católico ler o Catecismo da Igreja Católica.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

RESPOSTA: Posso ser Madrinha sem ter feito o Curso?

Ave Maria!!

Olá fui convidada para ser madrinha porém o batizado é daqui 1 mês e eu não pude assistir as reuniões, posso batizar ela se me comprometer a fazer todas as reuniões após o batizado?

Em tese, ainda tem tempo para fazer o Curso de Batismo.

Não sei como é a cidade em que você mora, se grande, pequena, se com várias Paróquias ou somente uma. Mas, nas Paróquias, regra geral, é comum ter Batizados todos os meses e, também, o Curso de preparação para os Padrinhos todos os meses. Além disso, em cidades com mais de uma Paróquia é mais fácil se organizar para fazer o curso, vez que pode ser somente um dia (tarde) no final de semana, bem como, durante a semana a noite.

O padrinho/madrinha não precisa fazer o Curso de Batismo na mesma Paróquia onde ocorrerá o Batismo; ele pode fazer em qualquer Paróquia e lá receberá um documento (com validade de 2 anos) comprovando a participação no curso.

Respondendo a sua questão, propriamente dita, terá que ver na Paróquia onde ocorrerá o Batismo. Há algumas Paróquias/Capelas que não exigem a participação no Curso, mas a grande maioria exige.

De toda sorte, mesmo que não exija, é bom participar. Há dois anos foi o batizado no meu afilhado e a Capela não exigia o Curso, mesmo assim fiz questão de participar (e já tinha participado de outro há uns 8 anos), e foi ótimo!! Um Curso muito bom e edificante para a nossa fé e missão!


Que Maria interceda por você e pelo seu afilhado!

sábado, 17 de novembro de 2018

Consagração à Santíssima Virgem

AUTOR: MONS. JOÃO SCOGNAMIGLIO CLÁ DIAS, EP

O “Tratado da verdadeira devoção” parece ter sido destinado pela Providência para chegar às mãos de Dr. Plinio, como um tesouro, a fim aprimorá-lo em sua vida espiritual e ajudá-lo a atingir o pináculo de sua devoção à Santíssima Virgem.


Antes de conhecer tantas maravilhas a respeito da situação privilegiadíssima da Mãe de Deus na ordem da criação, Plínio tinha a ideia de que o lugar d’Ela no Céu seria o de uma Rainha-Mãe, a qual possuiria sua corte própria e específica, porém inferior à corte principal e mais eminente, estabelecida em torno de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei dos reis. Ora, já naquele tempo, tal era o seu encanto com Nossa Senhora que ele pensava: “Sei que a corte do Rei deve ser superior à da Rainha, mas eu, quando for para o Céu, quero fazer parte da corte d’Ela, ainda que esta seja secundária, pois o que me importa é estar junto a Ela”.

O Paraíso, Les très riches Heures du Duc de Berry – Museu Condé, Chantilly (França)


No entanto, ao ler a doutrina exposta no Tratado, Plínio se deu conta de que, pertencendo à corte de Nossa Senhora, ele se encontraria num lugar insigne, muito mais perto de Nosso Senhor do que imaginava. Então exultou, não pelas consequências vantajosas que isso lhe traria, e sim por perceber que a Santíssima Virgem merecia, de fato, toda a consideração que ele desejava tributar-Lhe: “Foi só lendo o livro de São Luís Grignion que eu compreendi toda a elevação e a sacralidade do culto a Nossa Senhora. Não havia nada em mim que negasse isso antes, mas entendi melhor quem é Ela, ou seja, mons super montes positum – uma montanha colocada sobre todas as outras montanhas (cf. Is 2, 2)!”

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Preparação para a Consagração a Jesus por Meio de Maria: Exercícios Espirituais



12 dias Preliminares




1 Semana: Conhecimento de Si Mesmo




2 Semana: Conhecimento de Nossa Senhora




3 Semana: Conhecimento de Jesus







TOTUS TUUS EGO SUM
ET OMNIA MEA TUA SUNT!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Preparação para a Consagração a Jesus por meio de Maria: Dúvidas!





- Ler o Tratado da Verdadeira Devoção;
- Exercícios Espirituais;
- Se Consagrar em uma data Mariana;
- Confissão;
- Fatos Exteriores (Roupas brancas e velas);
- Renovação;
- Coroinha da Santíssima Virgem, Terço e Rosário;
- Devoção ao Dia da Anunciação (25/03);
- O uso das cadeias (de ferro).



Por fim, Meu Imaculado Coração Triunfará!

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Preparação para a Consagração a Jesus por Meio de Maria: O Desapego do Mundo

Desapego do Mundo



O Pior Século



As Aparições Proféticas



As Armas de Nossa Senhora



Graça e Pecado



Os Frutos da Graça



Pecado Venial e Pecado Mortal






Por fim, Meu Imaculado Coração Triunfará!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Preparação para a Consagração a Jesus por Meio de Maria: Introdução

Curso de Preparação para a Consagração a Jesus por meio de Maria, com base no Tratado da Verdadeira Devoção, feito pelos membros do Instituto Hesed.

Perfeita Consagração à Santíssima Virgem



Como fazer a Consagração?



O Segredo de Maria



Os Tipos de Devotos



Quem foi São Luís Maria





TOTUS TUUS MARIA

sábado, 3 de novembro de 2018

15 promessas, 10 bênçãos e 8 vantagens de se rezar o terço


© FlickrLickr


Esta linda oração, rezada com devoção e fé, tem um incrível poder de transformar sua vida espiritual


A palavra “rosário” vem do latim e significa “grinalda de rosas”. A rosa é uma das flores mais comumente utilizadas para simbolizar a Virgem Maria. Se você perguntar qual é o sacramental (para entender o que é um sacramental, clique aqui) mais emblemático que os católicos possuem, certamente as pessoas responderão que é o santo rosário.

Nestes últimos anos, a prática do terço ressurgiu magistralmente, já são muitos os católicos que o rezam, e até os que sabiam pouco sobre ele aprenderam a rezá-lo em família. O terço é uma devoção em honra de Nossa Senhora, composto por um número determinado de orações específicas.


Promessas do Santo Rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.

2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.

3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.

4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.

5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.

6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.

7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.

8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.

9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.

10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.

11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.

13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.

14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.


Bênçãos do terço 
(magistério dos papas)

1. Os pecadores obtêm o perdão.

2. As almas sedentas se saciam.

3. Os que estão presos se verão livres.

4. Os que choram encontraram alegria.

5. Os que são tentados encontram tranquilidade.

6. Os pobres são socorridos.

7. Os religiosos são reformados.

8. Os ignorantes são instruídos.

9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.

10. Os mortos alcançam a misericórdia por via dos sufrágios.


Vantagens de se rezar o terço 
(São Luís Maria Grignion de Montfort)

1. Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;

2. Purifica as nossas almas do pecado;

3. Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;

4. Torna-nos fácil a prática das virtudes;

5. Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;

6. Enriquece-nos de graças e de méritos;

7. Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens;

8. Por fim, faz-nos obter de Deus toda espécie de graças.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Você sabe identificar se sua ação foi pecado ou não?

Canção Nova | Out 16, 2018



Reconhecer o nosso pecado é uma forma de melhorar nossa vida

Para aqueles que não sabem, nós possuímos um organismo sobrenatural, que em seus diversos membros nos conduzem a uma intimidade cada vez mais profunda com Deus. Ele é composto de dons do Espírito Santo e virtudes infusas. Esse organismo sobrenatural produz, gradativamente, união com Deus e santidade em nós. O pecado grave nos faz perder todo esse organismo. Com os veniais isso não acontece, mas seu hábito acaba por nos conduzir aos graves.

O que é concupiscível e irascível?

Após o pecado original, passou a habitar em nós duas grandes inclinações: a concupiscível, que se baseia na busca da felicidade ou na manutenção da vida, levando-nos ao uso do prazer sem freios. E a irascível, que nos ajudam a defender a própria vida dos perigos, mas também nos leva a fazer o mal contra o outro.

Os pecados contra a castidade e a vida sexual desregrada, a gula e a preguiça estão alojados na área do concupiscível. A falta de perdão, a maledicência, o aborrecer-se com o outro e as brigas vêm do nosso irascível.

Essas paixões desregradas, além de uma vida imoral, causam também um dano tremendo ao trabalho do intelecto, porque a inteligência precisa da ajuda do imaginário para buscar a verdade. Somente que o imaginário é movido pelas paixões e elas não o deixam quieto. Essa é uma das razões pela qual a inteligência não se desenvolve bem em uma pessoa passional. Referimo-nos à inteligência abstrata, que trata das grandes questões do homem: o que é a verdade? O que é a existência, a justiça, o amor, a vida? A pessoa apegada demais a si, por exemplo, sequestra a inteligência para a busca do poder. Assim, acaba vivendo e manipulando tudo ao seu redor, para que seja melhor somente para si e não se baseando no melhor para todos, buscando a verdade que é Deus. Muitas vezes, faz-se isso sem perceber.

É muito comum um estudante, que esteja mergulhado nas paixões concupiscíveis e irascíveis, após se confessar e abandonar o mal, juntando a uma conversão sincera, ter um rendimento escolar muito melhor!

Enquanto não se ordena as paixões, não se consegue desenvolver bem espiritualmente. Por quê? Jesus simplifica a doutrina reduzindo todas as tantas leis do judaísmo no amor a Deus e ao próximo. O amor ao próximo exige o controle do irascível e concupiscível. E no concupiscível, a prática da castidade exige o controle da mais forte das paixões do concupiscível: as paixões sexuais.


Mais adiante, colocaremos meios eficazes e precisos para conquistar a graça da castidade. Se posto em prática corretamente, o resultado é extremamente rápido.

Já o irascível, o caminho é mais longo, pois está baseado no medo da morte. O seu treino é com o respeito ao próximo dentro e fora do coração, por meio de atos e também do perdão, sendo amável e não julgando. Vivendo essas coisas com afinco, controlando o irascível, a pessoa acaba adquirindo um controle perfeito sobre si, inclusive, se um dia precisar arriscar a vida, o fará com cavalheirismo, com virtude e honradez.

A moral cristã é rígida nesses dois pontos: castidade e respeito ao próximo. Nisso é intransigente. No resto, quase todas as outras transgressões são veniais.

Como distinguir os atos pecaminosos?

Os requisitos são: plena advertência, pleno consentimento e a matéria, se é grave ou leve. A advertência trabalha em nossa inteligência, o consentimento em nossa vontade e a matéria é do ato que se comete.

A plena advertência é um ato da inteligência. De maneira geral, algo é plenamente advertido ao intelecto, quando se percebe que o ato ou a situação que vamos praticar tem erro ou malícia. Não é preciso saber exatamente todo o tratado moral da situação para ter sido plenamente advertido. Se fosse assim, somente os teólogos cometeriam pecados, como também somente os advogados cometeriam crimes. Uma vez percebido o mal ali, que Deus não gostaria daquilo, ou a malícia, o erro, mesmo que confusamente, já basta para ter sido plenamente advertido.

Pode acontecer de a pessoa não ter plena advertência o tempo todo, por levar uma vida má há muito tempo. Mesmo assim, não significa que não esteja em pecado, pois não há inteligência que se possa admitir moralmente tantas maldades. Se parar para pensar por um minuto, percebe-se a maldade.

A plena advertência torna-se cada vez mais delicada, naqueles que possuem uma consciência formada, prática da moral e uma vida de fé.

O pleno consentimento é um ato voluntário de tal maneira que se possa dizer, com sinceridade, que se praticou tal ou qual ato por que quis, e se não o quisesse, não o teria feito. No início, pode ser difícil de discernir, mas, com o tempo, a observação nos ajuda a conhecer melhor a nós mesmos, assim como nas questões de moral que surgirem e que se busque respostas.

É possível pecar por pensamento?

Essas coisas se aplicam também aos pecados por pensamento. Deus quer que sejamos puros em todos os sentidos, não só nos atos externos, mas também nos internos. Os pensamentos voam, fazem-se por associações, numa completa balburdia. Normalmente, os maus pensamentos não começam pela vontade (no caso de uma pessoa que já busca evitar o pecado). Caso se perceba um mal pensamento, essa percepção é a plena advertência. Até esse ponto, não há o pecado, porém, se, depois disso, deixa os pensamentos prosseguirem no mal, mesmo que seja no automático, nesse momento ocorre o consentimento e o ato. Aí materializa-se o pecado.

Por fim, é preciso saber se a matéria do ato mal é grave ou venial. Já tratamos um pouco disso no texto da semana passada. Mais para frente, falaremos mais um pouco. Vai ficar tudo bem claro, não se preocupe!

Por Roger de Carvalho, via Canção Nova

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, concebida sem pecado original, e São José, rogai por nós!
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