Seguidores

Pesquisar este blog

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

RESPOSTA: O Batismo é válido quando os padrinhos não observam os requisitos?

Ave Maria!

Minha filha foi batizada com padrinhos amigados q nao sao casados ela ta batizada ou tenho q batizar de novo

Essa questão foi analisada quando respondi:

RESPOSTA: Uma pessoa pode ser Batizada e/ou Crismada mais de uma vez?



O Código de Direito Canônico determina que:

Cân 845 - § 1. Os sacramentos do batismo, confirmação e ordem, já que imprimem caráter, não podem ser repetidos.

E o Catecismo da Igreja Católica ao tratar do assunto ensina:

"Como o Batismo, do qual é consumação, a Confirmação é dada uma só vez, pois imprime na alma uma marca espiritual indelével, o "caráter", que é o sinal de que Jesus Cristo assinalou um cristão com o selo de seu Espírito, revestindo-o da força do alto para ser sua testemunha" 
(CIC n. 1304) 

Quanto a não observância do disposto no Cân. 874 há um comentário de rodapé no Código de Direito Canônico onde se diz:

"874. Fora das condições do § 1, requeridas pela própria natureza das coisas, não parece que as qualidades expressas neste cânon afetem à validade, mas apenas à liceidade da designação do padrinho."

Resumindo: Fica como está! O Batismo foi válido, não precisa repetir.


Mas, sugiro que, conforme for a não observância do Can 874, a afilhada converse com os padrinhos e veja se eles não podem regularizar a situação perante a Igreja Católica. 
E, ainda, o mais importante: Quando ela for receber o Sacramento do Crisma -  que é a confirmação do Batismo -, verifiquem se, desta vez, a madrinha OU o padrinho observam as condições dispostas pela Igreja.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica e Código de Direito Canônico

Nossa Senhora Mãe de Deus, rogai por nós!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

RESPOSTA: Em uma Missa Tridentina o uso do véu é obrigatório?

Ave Maria!

em uma missa tridentina o uso só véu é obrigatório? 
 
A missa tridentina nunca deixou de ser celebrada, mesmo depois do Concílio Vaticano II; assim, as mulheres que frequentam continuam mantendo o hábito de usar o véu, apesar de não ser mais obrigatório.

Não é obrigado, mas é uma regra, um hábito.

Se você for na Missa Tridentina verá as mulheres, senão todas, em sua maioria (inclusive crianças), usando o véu e vestidas modestamente. Assim, se não o faz, pode se sentir deslocada ou excluída. 
Há algumas Capelas (como em Brasília-DF) onde eles disponibilizam o véu para quem não tem, fica numa cesta na entrada, ao final da celebração a mulher devolve.

Porém, não precisa ser um véu de renda. Pode usar uma echarpe, um lenço, um chapéu, casquete, algo que cubra a cabeça.
 

Para saber mais sobre a Missa Tridentina, clique em:

RESPOSTA: Poderia me explicar mais sobre a missa tridentina? O uso do véu é apenas neste caso?

 

Nossa Senhora Modestíssima, rogai por nós!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

RESPOSTA: Quais os empecilhos para os "Padrinhos" batizar?

Ave Maria!

Olá, li acima que qualquer pessoa e de qualquer idade pode ser batizado.
Fui tomada como madrinha por uma jovem de 17 anos que me pediu para batiza-la.
Será que terei algum empecilho para batiza-la?

Sim. Qualquer pessoa que ainda não foi batizada, caso queira, pode ser batizada na Igreja Católica.
Se essa pessoa for adolescente ou adulto - tiver mais de 7 anos - deve participar de um Curso de Catequese antes.

Você questiona se terá algum empecilho para ser madrinha.
Bem, você não falou nada a seu respeito, assim, não tenho como dizer no seu caso específico, porém, posso lhe dizer que para ser Madrinha você deve:

1) Ter mais de 16 anos;
2) Ser batizada na Igreja Católica;
3) Ser Crismada;
4) Ter feito a Primeira Comunhão;
5) Ser solteira ou casada na Igreja Católica;
6) Frequentar as Santas Missas aos domingos, o Sacramento da Confissão e Comugar;
7) Não ter recebido nenhuma pena canônica;
8) Não pode ser mãe do batizando.

Assim, se você observar todos esses requesitos, não haverá empecilho; porém, se não observar algum desses, não poderá ser madrinha.
 
Lembro ainda que os Padrinhos devem fazer um Curso de Batismo (em geral é um dia ou final de semana).

Fonte: Código de Direito Canônico


Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

RESPOSTA: A mulher pode entrar na Igreja sem véu? O que fazer?

Ave Maria!

Boa tarde. Na minha Paroquia surgiu um extrangeiro,(Nigeriano) fez-se de chefe; criou um grupo de acolhimento que esta a mandar voltar para casa as mulheres que nao tiverem usado o Veu. Estou em Mocambique, Provincia da Zambezia, numa pobre Paroquia (Santo Antonio de Maganja da Costa). Maior parte das mulheres nao tem condicoes ter um veu. Essa materia me ajudou muito para perceber. Mas ja nao sei o que fazer para colocar um basta nisto. 

Bem. 
Em primeiro lugar, penso que mandar para casa, ou seja, proibir de entrar na Igreja, a mulher que está sem véu (hoje em dia) não é a melhor forma de acolher.

Sabemos que teve Santo da Igreja que já fez isso, no entanto, num outro tempo e contexto, onde o uso do véu era obrigatório; coisa que não é desde os anos 80.

Nem onde se celebra a Missa Tridentina se faz isso.

Segundo, o que você pode fazer é conversar com esse "dono" da Igreja para disponibilizar na Paróquia véus para que as mulheres que não tenham possa fazer uso durante a Santa Missa e estas devolverem ao final.

Já fui em Capelas por aqui onde se faz isso.

E pedir que Nossa Senhora resolva isso da melhor maneira possível. Entregue esse problema nas mãos de Maria, da Mãe e faça a sua parte!

Nossa Senhora do Bom Conselho, rogai por nós!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

RESPOSTA: Quem tem um namoro santo, pode usar o véu?


Ave Maria!

Quem tem um namoro santo, pode usar o véu?

Sem entrar no mérito do que seria "namoro santo", "namoro casto", "namoro não santo", pergunto:

A pessoa que namora, vai na Missa? Participa dos Sacramentos? Reza o terço? Faz Adoração?

Se SIM. Por que não poderia usar o véu?

Lembrando que o uso do véu NÃO É sinal de santidade e de castidade para ninguém. 


Preciso está em estado de graça para usar o véu?
 
Não. Você precisa está em estado de graça para comungar, mas para usar o véu não é preciso essa exigência, afinal, todos somos pecadores e estaremos em pecado uma vez ou outra.
 
 
Ademais, não há nenhuma relação entre namoro - necessário para as pessoas se conhecerem e se prepararem para o Matrimônio -, e o uso do véu, do crucifixo, da água benta, da cadeizinha, do terço... todos esses são sacramentais.
 
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Conselho aos jovens que querem casar


Sermão para o 2º Domingo depois da Epifania
14.01.2018 – Padre Daniel Pinheiro, IBP





Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Ave Maria…
Acabamos de ouvir no Evangelho de hoje o milagre feito por Nosso Senhor Jesus Cristo a pedido de sua Mãe nas bodas de Caná. Nosso Senhor, com sua presença santificava, o casamento, Ele santificava a família. Mais tarde, Ele elevaria o casamento a sacramento. A união exclusiva de um homem e de uma mulher para toda a vida em vista da procriação e do auxílio mútuo é algo santo. Sem o matrimônio, sem a família assim constituída, a sociedade desmorona por completo. Mais de uma vez já falamos da importância da família, que é a base da sociedade. E não se pode insistir suficientemente sobre o assunto. Falamos da família e de sua importância capital para o Estado e para a Igreja. Está claro, falamos da família: pai, mãe e filhos. É preciso, para o bem da sociedade e da Igreja, que haja famílias profundamente católicas. Famílias com uma fé profunda, com uma grande generosidade para ser uma família numerosa, se assim Deus o permitir, com uma vida de oração familiar, com o cuidado da educação dos filhos. Os pais participam da obra da criação ao gerar os filhos e devem participar da obra da redenção, educando os filhos para Deus. E a redenção se faz com sofrimento. A educação dos filhos se faz a base de sofrimentos, de abnegação, de sacrifícios. Tudo isso junto com grandes alegrias, e a primeira dessas alegrias é a de poder formar Cristo em uma alma.
Todavia, a ordem normal das coisas é que um casamento santo, que uma família profundamente católica tenha se formado a partir de um bom namoro, de um namoro católico em todos os seus aspectos. Um bom casamento começa por um bom namoro. Um casamento que começa por um mal namoro, terminará mal ou terminará bem com muito sofrimento que poderia ter sido evitado com certa facilidade. Bastam ao casamento as cruzes que já lhe pertencem naturalmente. Não devem aqueles que vão casar acrescentar ainda outras cruzes ao matrimônio porque se deixaram levar, no tempo do namoro, pelos sentimentos e não pela razão iluminada pela fé. Os jovens devem ter todo o cuidado com o namoro para não prejudicarem a si mesmos, ao próximo e ao futuro matrimônio. Os já casados superem as cruzes do matrimônio com paciência, fé e caridade, e saibam instruir os filhos com relação a isso. É preciso conhecer o que ensina a sabedoria da Igreja a respeito desse tempo de preparação para o matrimônio. Um dos motivos pelos quais não temos famílias profundamente católicas é porque não temos bons namoros. Todavia, as famílias formadas a partir de um namoro inadequado, muitas vezes fruto da ignorância, não devem nem podem se desencorajar. Pela graça de Deus e com esforço, é plenamente possível remediar isso e formar uma família profundamente católica.

A primeira coisa que o jovem deve fazer é tomar a decisão de seu estado de vida, considerando em que estado de vida pode, concretamente, servir melhor a Deus e salvar a sua alma: sacerdócio (para os homens), vida religiosa, matrimônio. Aqueles que decidirem pelo sacramento do matrimônio, via comum da vida cristã e de santificação, devem seguir a sabedoria da Igreja quanto à preparação para esse sacramento. O casamento se prepara pelo namoro. É dele e de algumas coisas conexas que iremos tratar aqui. Não poderemos abordar de forma completa todos os aspectos do namoro, mas daremos algumas indicações. Quando falamos aqui de namoro, falamos de todo o tempo e de todo e processo que antecedem o matrimônio, incluindo, portanto, namoro e noivado.
O namoro tem por objetivo o conhecimento mútuo entre o rapaz e a moça, para saber se é razoável que os dois se unam até a morte. Esse conhecimento mútuo no tempo do namoro não é do corpo, mas das qualidades e defeitos morais, do temperamento, da história do outro. O namoro deve durar tempo suficiente para que ocorra esse conhecimento mútuo, mas não pode se prolongar ao ponto de começar a criar familiaridades indevidas. O namoro deve durar, então, entre um e dois anos. Menos do que isso seria imprudente, pois seria casar com quem não se conhece. Seria apostar na loteria e, quase certamente, perder. Mais do que dois anos seria casar sem respeitar profundamente o outro, em virtude das familiaridades que surgem em namoros longos. Essa falta de respeito prejudica bastante o futuro matrimônio.
Assim, é lícito começar a namorar somente quando se prevê realmente ter condições de casar dentro de um ou dois anos. Não se trata de uma previsão meramente hipotética, como por exemplo: daqui a dois anos terei terminado a faculdade e terei talvez um emprego. Na prática, o melhor é não fazer previsões. É começar a namorar já tendo a condição de casar, já tendo maturidade, já tendo emprego…
Para começar a namorar, é preciso ter maturidade. Maturidade para poder educar os filhos que serão gerados e para que prestem o devido auxílio mútuo. Maturidade, no homem, para ser um chefe de família e cuidar do bem espiritual da esposa e dos filhos. Maturidade, na mulher, para ser o coração do lar e sacrificar-se nas pequenas coisas. É preciso, então, que, antes de começar a namorar, o jovem e a jovem se perguntem: Assumo as minhas responsabilidades? Tenho as condições para ser pai? Sou um homem ou um garotão? Tenho um emprego para sustentar a minha futura família? Ou ainda não? Estou pronto para uma vida de renúncia e sacrifícios? Tenho condições para ser mãe, cuidar da saúde do lar e da família? Ou fico sonhando com as princesas de castelã encantado, achando que a vida será sem sofrimentos e sacrifícios tremendos? Rapaz e moça devem, ainda, se perguntar: Vou saber como educar meus filhos? Vendo aproximar-se a hora de começar um namoro, tenho procurado me instruir sobre o que é o matrimônio, seus direitos e deveres? Estou bem consciente da fidelidade e da indissolubilidade do matrimônio e que, uma vez casado, continuarei casado até a morte, aconteça o que acontecer? Tenho procurado me instruir em como educar bem os filhos? Li sobre as cruzes do matrimônio e como evitá-las ou resolvê-las? Tenho uma vida espiritual sólida? Vivo, em geral, seriamente, buscando o céu e praticando as virtudes? Além disso, qual é a minha condição material? Tenho o mínimo para começar uma família mais ou menos em acordo com minha condição social? Estou pronto para os sacrifícios que serão necessários na vida comum? Essas são algumas das perguntas que se devem fazer antes de começar a pensar em namorar… E não estamos falando de um ideal inatingível, mas do mínimo necessário. Se o jovem ou a jovem pensam que o amor sentimental irá superar todos os obstáculos, é o sinal mais claro de que não estão preparados para namorar.
O namoro entre um rapaz e uma moça deve começar quando se tem esperança fundada de que possa dar certo. Não se começa a namorar uma pessoa desconhecida, simplesmente porque nasceu um sentimento de uma hora para outra ou simplesmente porque os dois são católicos. O namoro deve começar porque já existe um certo conhecimento entre o rapaz e a moça e porque já existe uma certa estima e simpatia mútuas. O normal é que já se conheçam de um ambiente saudável e não de ambientes mundanos. Essa estima para se começar o namoro deve ser baseada nas virtudes que o outro tem e não em simples sentimentos e essa simpatia deve ser a alegria de estar na presença do outro, mas alegria que decorre da estima, das virtudes do outro. O sentimento pode estar presente, sim, e não é ruim, mas não pode ser o fundamento do relacionamento. Não basta, então, os dois serem católicos para começar a namorar. É preciso que haja compatibilidade dos temperamentos, e é preciso que haja já esse início de estima e de simpatia.
Está claro, assim, que não se deve começar nem continuar um namoro já começado, quando não se tem estima pelo outro ou quando se tem antipatia pelo outro. Nem se deve começar nem continuar um namoro já começado, quando o outro tem um defeito moral grave. Muito comum a pessoa começar o namoro esperando que o outro se corrija desse defeito. Ou casar esperando que, depois do casamento, a pessoa se corrija desse defeito grave. É uma grande ilusão e imprudência, causa de grandes sofrimentos. Não se deve tampouco continuar um namoro em que a confiança mútua não é profunda. Não se deve continuar um namoro que tem brigas constantes e que não diminuem, apesar dos esforços. Ainda menos se deve começar um namoro com pessoa de outra religião. A Igreja nunca favoreceu o matrimônio de uma parte católica com outra não católica. A Igreja apenas tolera esse casamento, pois ele representa um grande perigo para a fé do católico e para a educação católica dos futuros filhos. Além disso, como esperar que sejam felizes um homem e uma mulher que no principal da vida – a religião – têm concepções completamente distintas? Haverá paz nesse casamento? E as diversas questões morais no matrimônio? A parte não católica as aceitará? Por exemplo, evitar os contraceptivos, os procedimentos esterilizantes, aceitar todos os filhos que Deus enviar? É prudente unir-se profundamente com alguém que tem uma visão distinta no principal da vida? É claro que não…
No namoro que é lícito, quer dizer, em que já existe a maturidade e em que se prevê seriamente a possibilidade de casamento em dois anos no máximo, e em que vai se desenvolvendo a estima e simpatia mútuas bem como a confiança e o acordo quanto ao sentido católico da vida e do matrimônio, nesse namoro plenamente lícito, será preciso guardar também a castidade, para que ele seja perfeito. A castidade no namoro (e antes do casamento como um todo) se guarda porque Deus nos deu a faculdade reprodutiva para ser usada para a geração e educação dos filhos e essa educação se faz devidamente dentro do matrimônio, com pai e mãe unidos por um laço indissolúvel. A castidade se guarda no namoro também para que as paixões não prejudiquem o julgamento que se deve fazer do outro, sobre suas qualidades e defeitos, para saber se é possível viver o resto da vida com aquela pessoa. Os pecados contra a pureza levam os namorados a pensar que a paixão vai superar todos os obstáculos e todos os defeitos do outro. A paixão logo será superada, os problemas permanecerão. E o sofrimento será grande. A família não estará solidamente fundada e o respeito mútuo ficará bem prejudicado.
Para guardar a castidade, é preciso muita vigilância e oração. A vigilância consiste em que os namorados guardem entre eles, sempre e onde quer que estejam, uma certa reserva, uma certa modéstia, um verdadeiro pudor. Isso não somente no contato físico, mas também nos olhares, nas palavras, nos gestos. No contato físico, não passar de dar a mão e com moderação. Lembrar que o beijo apaixonado já é um pecado mortal. Precisam estabelecer limites claros, com franqueza um para com o outro. Os namorados em nenhuma hipótese podem se isolar das outras pessoas. Estejam sempre em companhia de outras pessoas de boa consciência. Podem, claro, conversar sem ser ouvidos por outros, mas jamais sozinhos, isolados. Não andem, por exemplo, sozinhos no carro. Se o fizerem, a queda virá, mais cedo ou mais tarde. E cada vez mais grave. Estejam sempre com outra pessoa no carro. Jamais devem viajar juntos ou ficar sozinhos em um aposento. É um suicídio espiritual. Se já caíram em certas situações, não podem se colocar novamente nelas. Devem ser extremamente cuidadosos nas despedidas, sempre também na presença de outras pessoas com boa consciência. A despedida é um momento crítico muitas vezes. Estejam sempre em ambientes saudáveis para a alma, evitando, então, os divertimentos que provocam em demasia os sentidos: cinema, festas mundanas, shows, a falta de moderação na bebida, locais com mais barulho e efeitos de luzes etc. O local de encontro entre os namorados deveria ser o meio familiar, até mesmo porque é vendo como o outro se comporta com a família dele que se pode conhecê-lo melhor e como ele se comportará com a família que formará. Todavia, nem sempre os familiares têm uma boa consciência e aqui a presença na casa de familiares pode ser um problema sério. É também em ambiente no meio de famílias católicas que os jovens deveriam conversar e ir se conhecendo melhor quando vai se aproximando a idade de começar um namoro legítimo. Aqui são alguns poucos exemplos do que é necessário para manter a castidade, mas que já dão um norte. Não é exagero do Padre. A experiência mostra que as coisas funcionam assim. E não se iludam os jovens achando que o amor que nutrem pelo outro é tão puro que jamais cairão em pecados contra a pureza. É o primeiro passo para cair. O amor puro vigia, evita as ocasiões de pecado para salvaguardar a honra do próximo e a própria.
O bom namoro não deve ser um namorico, muito pegajoso ou grudento, como se vê muito comumente entre jovens sem consciência nos anos escolares. Devem, então, evitar essas atitudes de namorico, mas devem mostrar, pelo comportamento, a seriedade do namoro, o que não impede uma justa delicadeza e atenção, que são devidas. Como dissemos, os namorados devem guardar entre eles, sempre e onde quer que estejam, uma certa reserva, uma certa modéstia, um verdadeiro pudor. Isso vale também para fotos. É muito comum, atualmente, as pessoas publicarem fotos de tudo o que ocorre em suas vidas, expondo-se, exibindo-se, muitas vezes por orgulho ou vanglória. E os namorados vão publicando fotos e mais fotos juntos e mesmo em situações inconvenientes: muito juntos, muito colados um no outro, etc. É preciso ter muito cuidado com esse excesso de fotos, que pode mostrar um apego muito sentimental e infantil ou mesmo impuro. E não basta evitar as fotos em situações inconvenientes. É preciso evitar as situações inconvenientes. O mesmo vale para fotos em que a pessoa está sozinha. Muito comum a pessoa ir colocando fotos e começar a querer chamar a atenção, a querer ser elogiada, fazer poses e coisas do gênero. É preciso ter muita vigilância nessas questões, uma enorme moderação.
É preciso que os namorados moderem bem a frequência e duração dos encontros. Se as tentações vão crescendo, é preciso diminuir a frequência e a duração deles. Quanto mais próximo o casamento, maiores serão as tentações e menos frequentes, portanto, devem ser os encontros. As conversas por telefone ou outros meios devem ser bem breves. Aos namorados não cabe fazer tudo juntos sempre. Muitas vezes, devem fazer as coisas realmente separados.
Se os namorados percebem ao longo do namoro que um futuro casamento não é possível porque falta a estima mútua, a simpatia, a confiança ou o acordo sobre a visão católica do mundo e do matrimônio, ou porque as personalidades simplesmente não dão certo, é preciso terminar o namoro. Será preciso terminar também quando não conseguem guardar a castidade. Antecipar um casamento por não conseguir guardar a castidade, não é, em geral, uma boa solução. E nada mais natural do que terminar um namoro quando necessário. O que não pode ocorrer é engatar um namoro atrás do outro, ainda mais quando é no mesmo ambiente, destruindo amizades. Quando a pessoa engata um namoro atrás do outro, isso demonstra a falta de seriedade e de critério para começar a namorar. Esses namoros em sequência prejudicam o respeito mútuo e prejudicarão o amor conjugal quando a pessoa vier a se casar. Quando se termina um namoro, deve-se dar um tempo razoável para a reflexão, para a oração e para evitar os mesmos erros no futuro. É preciso também acabar um namoro quando se percebe que o namoro vai durar muito mais tempo que o previsto. Nesse caso, podem terminar o namoro para reatá-lo, eventualmente, no tempo oportuno.
É preciso que os jovens se preparem para o casamento antes mesmo de começar a namorar. Como dissemos, aproximando-se a idade de começar um namoro legítimo, para casar em um ou dois anos, devem os jovens começar a se instruir sobre o matrimônio, sobre seus deveres e direitos, sobre a educação dos filhos. Devem também instruir-se sobre como deve ser um bom namoro. Além disso, é preciso que se preparem mantendo relações adequadas com as pessoas do sexo oposto, mantendo sobretudo o devido respeito. Muito comum hoje ver os rapazes e moças que já não se respeitam mutuamente, fazendo brincadeiras desrespeitosas, provocando uns aos outros à ira, fazendo piadas indevidas uns com os outros, conversando sobre o que não devem. Quando digo brincadeiras, piadas ou conversas indevidas não me refiro simplesmente a coisas contra a pureza, mas a coisas que levam a perder o respeito pelo rapaz ou pela moça ou que demonstram falta de estima. Muito comum entre jovens provocar o outro fazendo brincadeiras sem graça para chamar a atenção. Fazer provocações assim como suposto sinal de afeto leva à falta de respeito e não é digno de alguém sério. E esse respeito fará muita falta em um namoro e, principalmente, em um casamento. Esse respeito é a base sólida para a estima, simpatia e confiança mútuas entre namorados e, sobretudo, entre casados. É muito difícil manter esse respeito quando os jovens de sexo oposto se encontram completamente sozinhos entre eles sem adultos de boa consciência por perto.
Antes de começar o namoro é preciso que rapazes e moças evitem também alguns erros. Um erro comum é a pessoa começar a se desesperar porque não encontra uma boa namorada ou um bom namorado. E com o desespero ela começa a se expor cada vez mais, querendo chamar para si a atenção. Esse desespero leva muitas vezes a pessoa a casar com qualquer um. Essa ansiedade para casar logo é mais comum nas moças, mas pode também acontecer com os rapazes. É preciso ter muito claro que mais vale ficar sozinho ou sozinha do que casar com qualquer um e ter um casamento extremamente infeliz e conturbado. Vale mais ficar só do que ter um casamento com cruzes que poderiam ter sido evitadas com certa facilidade. Não se precipitar, portanto. O tempo do namoro é o tempo de ser muito exigente, de escolher bem. Depois do casamento, será o tempo da paciência. É claro que não se deve esperar o homem perfeito nem a mulher perfeita (que não existem), mas é preciso ter o mínimo de condições para um bom casamento: maturidade de ambas as partes, estima baseada nas virtudes, simpatia, confiança mútua, acordo profundo quanto à visão de mundo católica. Os jovens, sobretudo as moças, não devem, então, se precipitar. Mas os jovens devem também evitar o erro oposto, sobretudo os rapazes devem evitar o erro oposto. O erro oposto ao da precipitação é o de não amadurecer. Muitos já atingiram a idade de começar a namorar fisicamente, mas não amadureceram psicologicamente, socialmente e espiritualmente. É preciso buscar o amadurecimento, assumir responsabilidades, se instruir, levar a salvação realmente a sério. A imaturidade, mais ou menos voluntária, é uma desordem mais própria dos rapazes e muitas vezes perdura mesmo no matrimônio.
Tivemos, caros católicos, que descer a alguns detalhes práticos porque já não basta apontar somente os princípios gerais. Em outros tempos, talvez bastasse dar os princípios e cada um tiraria as conclusões. Atualmente, em nossa sociedade moderna, lenta na reflexão e formada pela televisão e redes sociais, é preciso mostrar também as conclusões mais práticas. Vocês, jovens, têm a oportunidade de ouvir essas coisas que muitos aqui não ouviram e que desejariam, talvez, ter ouvido no momento oportuno. Vocês têm a graça de poder fazer as coisas bem feitas. Vocês têm a graça de poder fazer uma boa preparação para o matrimônio. Coloquem a mão na consciência. Não desconsiderem o que diz a sabedoria da Igreja e um pai. É para o bem de vocês. Não se deixem levar pela superficialidade ou pela pressão do que todos fazem em nossa sociedade e ao nosso redor. Façam o que é certo. Não se deixem levar pelo sentimento. Sejam conduzidos pela razão e pela fé. E sejam alegres e generosos, como é próprio dos jovens, mas com uma generosidade ordenada pela caridade e com uma alegria não pueril ou infantil, mas católica.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Missa Tridentina em Brasilia

Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

RESPOSTA: Posso Comungar sem ter terminado a Catequese?

Ave Maria!

Boa tarde!
tenho 34 anos,sou participante do grupo terço das mulheres e meu esposo do dos homens, somos participante também do grupo da liturgia, somos batizados mas não comungamos por não ter feito o catecismo, então já estamos até fazendo o curso, mas meu esposo e eu nos sentimos muito preparado para receber o sangue e o corpo de cristo, pois temos conhecimentos o significado da eucaristia, temos muita vontade comungar, o curso ainda vai demorar um ano e meio porque começou agora, será que teria algum meio para que eu possa antecipar essa comunhão? 


Desculpe pela demora em responder. O comentário caiu na caixa de Spam.

Vamos a sua questão.

Entendi que vocês estão fazendo a Catequese de Adultos (e não o Catecismo), onde, ao final, irão receber os Sacramentos da Eucaristia (Primeira Comunhão) e Crisma.

O que me surpreende é o tempo dessa Catequese, mais de 1 ano(?), pois, regra geral, a Catequese de Adultos dura no máximo 1 ano, podendo ser até em menos tempo em alguns locais.

Bem, o meio que vocês tem de antecipar e receber o Sacramento da Eucaristia seria conversar com o seu Pároco, que deve conhecê-los, vez que participam do Grupo de Liturgia da Paróquia, e que os acompanha, e saberá orientá-los e verificar se vocês estão realmente preparados para receber esse  Sacramento antes do fim do curso; porém, vocês devem continuar a Catequese para que recebam, também, o Sacramento do Crisma (confirmação do Batismo).

Rezem o terço nessa intenção, pedindo que Nossa Senhora passe a frente e vocês consigam a autorização do Pároco e que seja feita a Vontade de Deus!

De toda sorte, podem e devem Comungar Espiritualmente!

ORAÇÃO PARA COMUNHÃO ESPIRITUAL
 
Senhor JESUS CRISTO, eu creio que estais verdadeiramente presente no Santíssimo Sacramento. Adoro-vos sobre tudo o que existe. Desejo com devoção e fervor, receber-vos sacramentalmente, porém, como não é possível agora, peço-vos vir espiritualmente ao meu coração para purificá-lo e abrasá-lo do mais puro, santo e sagrado amor e adoração para com a SANTÍSSIMA TRINDADE.
Prostro-me profundamente perante vossa Pureza perfeita, Majestade Divina e Realeza Sagrada. Amém.
 
Fonte: Código de Direito Canônico

Jesus, Maria e José, Nossa Família Vossa É!

domingo, 14 de janeiro de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa VII

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 10 de janeiro de 2018


Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

No percurso de catequeses sobre a celebração eucarística, vimos que o Ato penitencial nos ajuda a despojar-nos das nossas presunções e a apresentar-nos a Deus como realmente somos, conscientes de sermos pecadores, na esperança de sermos perdoados.

Precisamente do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina adquire vida a gratidão expressa no “Glória”, «um hino antiquíssimo e venerável com o qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro» (Ordenamento Geral do Missal Romano, 53).

O início deste hino — “Glória a Deus nas alturas” — retoma o cântico dos Anjos no nascimento de Jesus em Belém, anúncio jubiloso do abraço entre céu e terra. Este canto inclui-nos também a nós reunidos em oração: «Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade».

Após o “Glória”, ou então, na sua ausência, imediatamente depois do Ato penitencial, a oração adquire forma particular na prece denominada “coleta”, por meio da qual se expressa o caráter próprio da celebração, que varia de acordo com os dias e os tempos do ano (cf. ibid., 54). Mediante o convite «oremos», o sacerdote exorta o povo a recolher-se com ele num momento de silêncio, com a finalidade de tomar consciência de estar na presença de Deus e fazer emergir, cada qual no próprio coração, as intenções pessoais com as quais participa na Missa (cf. ibid., 54). O sacerdote diz «oremos»; e depois há um momento de silêncio, e cada um pensa naquilo de que precisa, que deseja pedir, na oração.

O silêncio não se reduz à ausência de palavras, mas consiste em predispor-se a ouvir outras vozes: a do nosso coração e, sobretudo, a voz do Espírito Santo. Na liturgia, a natureza do silêncio sagrado depende do momento em que se realiza: «Durante o Ato penitencial e após o convite à oração, ajuda o recolhimento; depois da leitura ou da homilia, é uma exortação a meditar brevemente sobre o que se ouviu; após a Comunhão, favorece a prece interior de louvor e de súplica» (ibid., 45). Portanto, antes da oração inicial, o silêncio ajuda a recolher-nos em nós mesmos e a pensar por que estamos ali. Eis, então, a importância de ouvir o nosso espírito para o abrir depois ao Senhor. Talvez tenhamos vivido dias de cansaço, de alegria, de dor, e queremos dizê-lo ao Senhor, invocar a sua ajuda, pedir que esteja próximo de nós; temos familiares e amigos doentes, ou que atravessam provações difíceis; desejamos confiar a Deus o destino da Igreja e do mundo. É para isto que serve o breve silêncio antes que o sacerdote, recolhendo as intenções de cada um, recite em voz alta a Deus, em nome de todos, a oração comum que conclui os ritos de introdução, realizando precisamente a “coleta” das intenções individuais. Recomendo vivamente aos sacerdotes que observem este momento de silêncio e não se apressem: «oremos», e que se faça silêncio. Recomendo isto aos presbíteros. Sem este silêncio, corremos o risco de descuidar o recolhimento da alma.

O sacerdote recita esta súplica, esta oração de coleta, de braços abertos: é a atitude do orante, assumida pelos cristãos desde os primeiros séculos — como testemunham os afrescos das catacumbas romanas — para imitar Cristo de braços abertos no madeiro da cruz. Ali Cristo é o Orante e, ao mesmo tempo, a oração! No Crucificado reconhecemos o Sacerdote que oferece a Deus o culto que lhe é agradável, ou seja, a obediência filial.

No Rito Romano as orações são concisas, mas ricas de significado: podem fazer-se muitas meditações bonitas sobre estas preces. Muito belas! Voltar a meditar os seus textos, até fora da Missa, pode ajudar-nos a aprender como dirigir-nos a Deus, o que pedir, que palavras usar. Possa a liturgia tornar-se para todos nós uma verdadeira escola de oração.

Fonte: Vaticano

sábado, 13 de janeiro de 2018

RESPOSTA: A pessoa pode ter só com uma madrinha. Sem o padrinho!

Ave Maria!

A pessoa pode ser batizada só com uma madrinha? 
Ou seja, sem o padrinho? 
Explico: gostaria de ter como madrinha uma mulher católica exemplar que conheço, mas que o marido se divorciou dela, infelizmente. Ela pode, sozinha, ser minha madrinha de batismo?

Pode sim!

Isso está disposto no Código de Direito Canônico:
 
Cân 873 - Admite-se apenas um padrinho ou uma só madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.

O porém na sua questão é o fato da pessoa ser divorciada. Uma vez que, em tese, ela não poderia ser sua madrinha.

Os Padrinhos devem ser (Can 893 e 874):

- Católicos
- Crismados
- Ter mais de 16 anos
- Já terem feito a 1 Comunhão
- Viverem conforme a fé da Igreja (católica): não serem divorciados, não viverem união estável, participarem da Igreja, devem ir na Santa Missa aos domingos e comungar, devem se aproximar dos Sacramentos (devem confessar-se sempre e comungar)
- Devem ser solteiros ou casados na Igreja Católica
- Não pode ser pai, mãe, marido, namorado do batizando/crismando.
 
Fonte: Código de Direito Canônico
 
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

domingo, 7 de janeiro de 2018

Catequese do Santo Papa: A Santa Missa VI

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 3 de janeiro de 2018



Caros irmãos e irmãs, bom dia!

Retomando as catequeses sobre a celebração eucarística, consideremos hoje, no contexto dos ritos de introdução, o ato penitencial. Na sua sobriedade, ele favorece a atitude com a qual se dispor para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados, reconhecendo que somos pecadores. Com efeito, o convite do sacerdote é dirigido a toda a comunidade em oração, porque todos somos pecadores. O que pode dar o Senhor a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso? Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber o perdão, satisfeito como está da sua presumível justiça. Pensemos na parábola do fariseu e do publicano, onde somente o segundo — o publicano — volta para casa justificado, ou seja, perdoado (cf. Lc 18, 9-14). Quem está ciente das próprias misérias e abaixa o olhar com humildade, sente pousar sobre si o olhar misericordioso de Deus. Sabemos por experiência que só quantos sabem reconhecer os erros e pedir desculpa recebem a compreensão e o perdão dos outros.

Ouvir em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos estão distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, isto é, guiadas por escolhas contrárias ao Evangelho. Por isso, no início da Missa, realizamos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos “que pecou muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Sim, também por omissões, ou seja, que deixei de praticar o bem que poderia ter feito. Sentimo-nos muitas vezes bons porque — dizemos — “não fiz mal a ninguém”. Na realidade, não é suficiente não praticar o mal contra o próximo, mas é necessário escolher fazer o bem aproveitando as ocasiões para dar bom testemunho de que somos discípulos de Jesus. É bom frisar que confessamos tanto a Deus como aos irmãos, que somos pecadores: isto ajuda-nos a compreender a dimensão do pecado que, enquanto nos separa de Deus, também nos divide dos nossos irmãos, e vice-versa. O pecado corta: corta a relação com Deus e com os irmãos, corta a relação na família, na sociedade e na comunidade: o pecado corta sempre, separa, divide.

As palavras que proferimos com os lábios são acompanhadas pelo gesto de bater no peito, reconhecendo que pequei precisamente por minha culpa, e não por culpa de outros. Com efeito, muitas vezes acontece que, por medo ou vergonha, aponto o dedo para acusar o próximo. Custa-nos admitir que somos culpados, mas faz-nos bem confessá-lo com sinceridade. Confessar os próprios pecados. Recordo-me de uma história, narrada por um missionário idoso, de uma mulher que foi confessar-se e começou a falar dos erros do marido; depois, passou a contar os erros da sogra e em seguida os pecados dos vizinhos. A um certo ponto, o confessor disse-lhe: “Mas senhora, diga-me: acabou? — Muito bem: acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus”. Dizer os próprios pecados!

Depois da confissão do pecado, suplicamos a Bem-Aventurada Virgem Maria, os Anjos e os Santos para que intercedam junto do Senhor por nós. Também nisto é preciosa a comunhão dos Santos: ou seja, a intercessão destes «amigos e modelos de vida» (Prefácio de 1 de novembro) sustém-nos no caminho rumo à plena comunhão com Deus, quando o pecado será aniquilado definitivamente.

Além do “Confesso”, podemos fazer o ato penitencial com outras fórmulas, por exemplo: «Piedade de nós, Senhor / Contra Vós pecamos. / Mostrai-nos, Senhor a vossa misericórdia. / E concedei-nos a vossa salvação» (cf. Sl 123, 3; 85, 8; Jr 14, 20). Especialmente aos domingos podemos fazer a bênção e a aspersão da água em memória do Batismo (cf. OGMR, 51), que cancela todos os pecados. Como parte do ato penitencial, também é possível cantar o Kyrie eleison: com esta antiga expressão grega, aclamamos o Senhor — Kyrios — e imploramos a sua misericórdia (ibid., 52).

A Sagrada Escritura oferece-nos luminosos exemplos de figuras “penitentes” que, caindo em si mesmas depois de terem cometido o pecado, encontram a coragem de tirar a máscara e abrir-se à graça que renova o coração. Pensemos no rei David e nas palavras a ele atribuídas no Salmo: «Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade da vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade» (51 [50], 3). Pensemos no filho pródigo que regressa ao pai; ou na invocação do publicano: «Ó Deus, tende piedade de mim, que sou pecador!» (Lc 18, 13). Pensemos inclusive em São Pedro, em Zaqueu, na samaritana. Medir-se com a fragilidade do barro com que somos amassados é uma experiência que nos fortalece: enquanto nos leva a confrontar-mos com a nossa debilidade, abre-nos o coração para invocar a misericórdia divina que transforma e converte. E é isto que fazemos no ato penitencial, no início da Missa.

Fonte: Vaticano

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Mais 3 padres absolvidos pela justiça falsamente acusados de abusos

Redação da Aleteia | Dez 01, 2017 

 


Onda de acusações falsas contra padres atingiu vários países. A verdade começa a vir à tona, mas a mídia continua fingindo que não vê este lado


A justiça da Espanha informou, em abril de 2017, que não foi encontrado nenhum indício real de que o padre Román Martínez tivesse abusado sexualmente de um jovem que havia relatado os supostos abusos ao Papa Francisco.

O Tribunal Provincial de Granada, no sul do país, absolveu o pe. Román Martínez e, em sua sentença, registrou que as declarações do jovem denunciante continham “graves contradições” e que ele “proporcionou versões imprecisas e instáveis dos acontecimentos“.

Mesmo depois dessa decisão da justiça espanhola, a Santa Sé continuou a sua própria investigação e análise minuciosa do caso. O Vaticano também concluiu que as acusações não se sustentavam, constatando a inocência do sacerdote. Com isto, foi determinado neste mês de novembro que a arquidiocese de Granada reabilite o ministério sacerdotal do padre Román Martínez e de outros dois sacerdotes, pe. Francisco José Martínez Campos e pe. Manuel Morales Morales, igualmente vitimados, como supostos cúmplices, pela mesma acusação forjada de abuso sexual. Os padres inocentados foram enviados a novas missões pastorais.

Segundo as falsas acusações, os abusos sexuais teriam sido cometidos entre 2004 e 2007. Os três sacerdotes afetados pela falsa denúncia ficaram afastados do ministério desde outubro de 2014.

O caso repercutiu mundialmente porque a suposta vítima tinha escrito ao Papa Francisco relatando ter sofrido abusos. O Papa telefonou pessoalmente para o jovem, pediu perdão em nome da Igreja e o orientou a contar todos os fatos ao arcebispo de Granada, dom Javier Martínez, para que ele pudesse dar início a uma investigação. Esta é a prática adotada pela Santa Sé na sua política de tolerância zero contra abusos sexuais, fortalecida desde o pontificado de Bento XVI e tornada ainda mais rígida pelo Papa Francisco.

Não é o primeiro caso, nem será o último, de acusações falsas cometidas contra sacerdotes católicos por supostos abusos sexuais. No entanto, os casos desmentidos não costumam ser mencionados pelos veículos de mídia que fazem questão de alardeá-los em manchetes garrafais quando as acusações são registradas, ainda que sem provas.

Um dos casos de mais aberrantes de falsidade criminosa é o do jovem norte-americano Daniel Gallagher, que ficou conhecido nos EUA como “Billy Doe”: por causa das suas mentiras, três padres foram presos injustamente – e um deles, o pe. Charles Engelhardt, morreu na cadeia em novembro de 2014 após ter um pedido negado pela justiça para se submeter a uma cirurgia cardíaca. O caso é particularmente revoltante quando se observam também as atitudes parciais adotadas por membros do judiciário, que, em tese, deveriam ter defendido a justiça e a verdade.

Daniel Gallagher
Confira este e mais 3 casos de falsas acusações contra sacerdotes no seguinte artigo:

4 casos de padres presos injustamente por abusos sexuais que não cometeram

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós e pelos Sacerdotes!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

RESPOSTA: Então Deus e Maria são marido e mulher?!

Ave Maria.
 
Então Deus e Maria são marido e mulher?! E isso tudo foi concluído pelo texto de apocalipse que, aliás se trata de uma linguagem simbólica, e em sua interpretação passa longe de que a mesma se refira a Maria.
Idealizar que Maria seja esposa de Deus, ou que a mesma exista desde a eternidade, contradiz a fé em um único Deus, pois apenas ele é desde a eternidade.

A Igreja Católica nos ensina que existe um só Deus em Três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo
Esse é o Dogma da Santíssima Trindade!

254. As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não solitário». «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho». São distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo procede». A unidade divina é trina.  

 Assim, teríamos que:

Deus-Pai: gerou Maria, sendo esta filha Dele;

Deus-Filho: foi concebido por Maria, sendo esta Mãe dele, portanto, Mãe de Deus (Filho);
  
A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA
495. Chamada nos evangelhos «a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25)(150), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»).

Deus-Espírito Santo: Esposo de Maria, vez que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo no seio de Maria.

A VIRGINDADE DE MARIA
496. Desde as primeiras formulações da fé (152), a Igreja confessou que Jesus foi concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, afirmando igualmente o aspecto corporal deste acontecimento: Jesus foi concebido « absque semine, [...] ex Spiritu Sancto – do Espírito Santo, sem sémen [de homem]» (153). Os Santos Padres vêem, na conceição virginal, o sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio ao mundo numa humanidade como a nossa:
Diz, por exemplo, Santo Inácio de Antioquia (princípio do século II): «Vós estais firmemente convencidos, a respeito de nosso Senhor, que Ele é verdadeiramente da raça de David segundo a carne (154). Filho de Deus segundo a vontade e o poder de Deus (155); verdadeiramente nascido duma virgem [...], foi verdadeiramente crucificado por nós, na sua carne, sob Pôncio Pilatos [...] e verdadeiramente sofreu, como também verdadeiramente ressuscitou».

  «O que foi gerado nela vem do Espírito Santo», diz o anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mt 1, 20).


Diante disto a resposta é que Maria seria "esposa" do Espírito Santo que é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Deus-Espírito Santo; embora não sejam Marido e Mulher, mormente como vistos hoje. Maria casou-se com José, isso é bíblico; estando grávida do Espírito Santo (Deus), isso também é bíblico, e ambas as passagens são dos Evangelhos, constante no Novo Testamento.


Nossa Senhora, Mãe de Deus, rogai por nós!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...