Sermão para o 2º Domingo depois da Epifania
14.01.2018 – Padre Daniel Pinheiro, IBP
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Ave Maria…
Acabamos
de ouvir no Evangelho de hoje o milagre feito por Nosso Senhor Jesus
Cristo a pedido de sua Mãe nas bodas de Caná. Nosso Senhor, com sua
presença santificava, o casamento, Ele santificava a família. Mais
tarde, Ele elevaria o casamento a sacramento. A união exclusiva de um
homem e de uma mulher para toda a vida em vista da procriação e do
auxílio mútuo é algo santo. Sem o matrimônio, sem a família assim
constituída, a sociedade desmorona por completo. Mais de uma vez já
falamos da importância da família, que é a base da sociedade. E não se
pode insistir suficientemente sobre o assunto. Falamos da família e de
sua importância capital para o Estado e para a Igreja. Está claro,
falamos da família: pai, mãe e filhos. É preciso, para o bem da
sociedade e da Igreja, que haja famílias profundamente católicas.
Famílias com uma fé profunda, com uma grande generosidade para ser uma
família numerosa, se assim Deus o permitir, com uma vida de oração
familiar, com o cuidado da educação dos filhos. Os pais participam da
obra da criação ao gerar os filhos e devem participar da obra da
redenção, educando os filhos para Deus. E a redenção se faz com
sofrimento. A educação dos filhos se faz a base de sofrimentos, de
abnegação, de sacrifícios. Tudo isso junto com grandes alegrias, e a
primeira dessas alegrias é a de poder formar Cristo em uma alma.
Todavia,
a ordem normal das coisas é que um casamento santo, que uma família
profundamente católica tenha se formado a partir de um bom namoro, de um
namoro católico em todos os seus aspectos. Um bom casamento começa por
um bom namoro. Um casamento que começa por um mal namoro, terminará mal
ou terminará bem com muito sofrimento que poderia ter sido evitado com
certa facilidade. Bastam ao casamento as cruzes que já lhe pertencem
naturalmente. Não devem aqueles que vão casar acrescentar ainda outras
cruzes ao matrimônio porque se deixaram levar, no tempo do namoro, pelos
sentimentos e não pela razão iluminada pela fé. Os jovens devem ter
todo o cuidado com o namoro para não prejudicarem a si mesmos, ao
próximo e ao futuro matrimônio. Os já casados superem as cruzes do
matrimônio com paciência, fé e caridade, e saibam instruir os filhos com
relação a isso. É preciso conhecer o que ensina a sabedoria da Igreja a
respeito desse tempo de preparação para o matrimônio. Um dos motivos
pelos quais não temos famílias profundamente católicas é porque não
temos bons namoros. Todavia, as famílias formadas a partir de um namoro
inadequado, muitas vezes fruto da ignorância, não devem nem podem se
desencorajar. Pela graça de Deus e com esforço, é plenamente possível
remediar isso e formar uma família profundamente católica.
A
primeira coisa que o jovem deve fazer é tomar a decisão de seu estado
de vida, considerando em que estado de vida pode, concretamente, servir
melhor a Deus e salvar a sua alma: sacerdócio (para os homens), vida
religiosa, matrimônio. Aqueles que decidirem pelo sacramento do
matrimônio, via comum da vida cristã e de santificação, devem seguir a
sabedoria da Igreja quanto à preparação para esse sacramento. O
casamento se prepara pelo namoro. É dele e de algumas coisas conexas que
iremos tratar aqui. Não poderemos abordar de forma completa todos os
aspectos do namoro, mas daremos algumas indicações. Quando falamos aqui
de namoro, falamos de todo o tempo e de todo e processo que antecedem o
matrimônio, incluindo, portanto, namoro e noivado.
O
namoro tem por objetivo o conhecimento mútuo entre o rapaz e a moça,
para saber se é razoável que os dois se unam até a morte. Esse
conhecimento mútuo no tempo do namoro não é do corpo, mas das qualidades
e defeitos morais, do temperamento, da história do outro. O namoro deve
durar tempo suficiente para que ocorra esse conhecimento mútuo, mas não
pode se prolongar ao ponto de começar a criar familiaridades indevidas.
O namoro deve durar, então, entre um e dois anos. Menos do que isso
seria imprudente, pois seria casar com quem não se conhece. Seria
apostar na loteria e, quase certamente, perder. Mais do que dois anos
seria casar sem respeitar profundamente o outro, em virtude das
familiaridades que surgem em namoros longos. Essa falta de respeito
prejudica bastante o futuro matrimônio.
Assim,
é lícito começar a namorar somente quando se prevê realmente ter
condições de casar dentro de um ou dois anos. Não se trata de uma
previsão meramente hipotética, como por exemplo: daqui a dois anos terei
terminado a faculdade e terei talvez um emprego. Na prática, o melhor é
não fazer previsões. É começar a namorar já tendo a condição de casar,
já tendo maturidade, já tendo emprego…
Para
começar a namorar, é preciso ter maturidade. Maturidade para poder
educar os filhos que serão gerados e para que prestem o devido auxílio
mútuo. Maturidade, no homem, para ser um chefe de família e cuidar do
bem espiritual da esposa e dos filhos. Maturidade, na mulher, para ser o
coração do lar e sacrificar-se nas pequenas coisas. É preciso, então,
que, antes de começar a namorar, o jovem e a jovem se perguntem: Assumo
as minhas responsabilidades? Tenho as condições para ser pai? Sou um
homem ou um garotão? Tenho um emprego para sustentar a minha futura
família? Ou ainda não? Estou pronto para uma vida de renúncia e
sacrifícios? Tenho condições para ser mãe, cuidar da saúde do lar e da
família? Ou fico sonhando com as princesas de castelã encantado, achando
que a vida será sem sofrimentos e sacrifícios tremendos? Rapaz e moça
devem, ainda, se perguntar: Vou saber como educar meus filhos? Vendo
aproximar-se a hora de começar um namoro, tenho procurado me instruir
sobre o que é o matrimônio, seus direitos e deveres? Estou bem
consciente da fidelidade e da indissolubilidade do matrimônio e que, uma
vez casado, continuarei casado até a morte, aconteça o que acontecer?
Tenho procurado me instruir em como educar bem os filhos? Li sobre as
cruzes do matrimônio e como evitá-las ou resolvê-las? Tenho uma vida
espiritual sólida? Vivo, em geral, seriamente, buscando o céu e
praticando as virtudes? Além disso, qual é a minha condição material?
Tenho o mínimo para começar uma família mais ou menos em acordo com
minha condição social? Estou pronto para os sacrifícios que serão
necessários na vida comum? Essas são algumas das perguntas que se devem
fazer antes de começar a pensar em namorar… E não estamos falando de um
ideal inatingível, mas do mínimo necessário. Se o jovem ou a jovem
pensam que o amor sentimental irá superar todos os obstáculos, é o sinal
mais claro de que não estão preparados para namorar.
O
namoro entre um rapaz e uma moça deve começar quando se tem esperança
fundada de que possa dar certo. Não se começa a namorar uma pessoa
desconhecida, simplesmente porque nasceu um sentimento de uma hora para
outra ou simplesmente porque os dois são católicos. O namoro deve
começar porque já existe um certo conhecimento entre o rapaz e a moça e
porque já existe uma certa estima e simpatia mútuas. O normal é que já
se conheçam de um ambiente saudável e não de ambientes mundanos. Essa
estima para se começar o namoro deve ser baseada nas virtudes que o
outro tem e não em simples sentimentos e essa simpatia deve ser a
alegria de estar na presença do outro, mas alegria que decorre da
estima, das virtudes do outro. O sentimento pode estar presente, sim, e
não é ruim, mas não pode ser o fundamento do relacionamento. Não basta,
então, os dois serem católicos para começar a namorar. É preciso que
haja compatibilidade dos temperamentos, e é preciso que haja já esse
início de estima e de simpatia.
Está
claro, assim, que não se deve começar nem continuar um namoro já
começado, quando não se tem estima pelo outro ou quando se tem antipatia
pelo outro. Nem se deve começar nem continuar um namoro já começado,
quando o outro tem um defeito moral grave. Muito comum a pessoa começar o
namoro esperando que o outro se corrija desse defeito. Ou casar
esperando que, depois do casamento, a pessoa se corrija desse defeito
grave. É uma grande ilusão e imprudência, causa de grandes sofrimentos.
Não se deve tampouco continuar um namoro em que a confiança mútua não é
profunda. Não se deve continuar um namoro que tem brigas constantes e
que não diminuem, apesar dos esforços. Ainda menos se deve começar um
namoro com pessoa de outra religião. A Igreja nunca favoreceu o
matrimônio de uma parte católica com outra não católica. A Igreja apenas
tolera esse casamento, pois ele representa um grande perigo para a fé
do católico e para a educação católica dos futuros filhos. Além disso,
como esperar que sejam felizes um homem e uma mulher que no principal da
vida – a religião – têm concepções completamente distintas? Haverá paz
nesse casamento? E as diversas questões morais no matrimônio? A parte
não católica as aceitará? Por exemplo, evitar os contraceptivos, os
procedimentos esterilizantes, aceitar todos os filhos que Deus enviar? É
prudente unir-se profundamente com alguém que tem uma visão distinta no
principal da vida? É claro que não…
No
namoro que é lícito, quer dizer, em que já existe a maturidade e em que
se prevê seriamente a possibilidade de casamento em dois anos no
máximo, e em que vai se desenvolvendo a estima e simpatia mútuas bem
como a confiança e o acordo quanto ao sentido católico da vida e do
matrimônio, nesse namoro plenamente lícito, será preciso guardar também a
castidade, para que ele seja perfeito. A castidade no namoro (e antes
do casamento como um todo) se guarda porque Deus nos deu a faculdade
reprodutiva para ser usada para a geração e educação dos filhos e essa
educação se faz devidamente dentro do matrimônio, com pai e mãe unidos
por um laço indissolúvel. A castidade se guarda no namoro também para
que as paixões não prejudiquem o julgamento que se deve fazer do outro,
sobre suas qualidades e defeitos, para saber se é possível viver o resto
da vida com aquela pessoa. Os pecados contra a pureza levam os
namorados a pensar que a paixão vai superar todos os obstáculos e todos
os defeitos do outro. A paixão logo será superada, os problemas
permanecerão. E o sofrimento será grande. A família não estará
solidamente fundada e o respeito mútuo ficará bem prejudicado.
Para
guardar a castidade, é preciso muita vigilância e oração. A vigilância
consiste em que os namorados guardem entre eles, sempre e onde quer que
estejam, uma certa reserva, uma certa modéstia, um verdadeiro pudor.
Isso não somente no contato físico, mas também nos olhares, nas
palavras, nos gestos. No contato físico, não passar de dar a mão e com
moderação. Lembrar que o beijo apaixonado já é um pecado mortal.
Precisam estabelecer limites claros, com franqueza um para com o outro.
Os namorados em nenhuma hipótese podem se isolar das outras pessoas.
Estejam sempre em companhia de outras pessoas de boa consciência. Podem,
claro, conversar sem ser ouvidos por outros, mas jamais sozinhos,
isolados. Não andem, por exemplo, sozinhos no carro. Se o fizerem, a
queda virá, mais cedo ou mais tarde. E cada vez mais grave. Estejam
sempre com outra pessoa no carro. Jamais devem viajar juntos ou ficar
sozinhos em um aposento. É um suicídio espiritual. Se já caíram em
certas situações, não podem se colocar novamente nelas. Devem ser
extremamente cuidadosos nas despedidas, sempre também na presença de
outras pessoas com boa consciência. A despedida é um momento crítico
muitas vezes. Estejam sempre em ambientes saudáveis para a alma,
evitando, então, os divertimentos que provocam em demasia os sentidos:
cinema, festas mundanas, shows, a falta de moderação na bebida, locais
com mais barulho e efeitos de luzes etc. O local de encontro entre os
namorados deveria ser o meio familiar, até mesmo porque é vendo como o
outro se comporta com a família dele que se pode conhecê-lo melhor e
como ele se comportará com a família que formará. Todavia, nem sempre os
familiares têm uma boa consciência e aqui a presença na casa de
familiares pode ser um problema sério. É também em ambiente no meio de
famílias católicas que os jovens deveriam conversar e ir se conhecendo
melhor quando vai se aproximando a idade de começar um namoro legítimo.
Aqui são alguns poucos exemplos do que é necessário para manter a
castidade, mas que já dão um norte. Não é exagero do Padre. A
experiência mostra que as coisas funcionam assim. E não se iludam os
jovens achando que o amor que nutrem pelo outro é tão puro que jamais
cairão em pecados contra a pureza. É o primeiro passo para cair. O amor
puro vigia, evita as ocasiões de pecado para salvaguardar a honra do
próximo e a própria.
O
bom namoro não deve ser um namorico, muito pegajoso ou grudento, como
se vê muito comumente entre jovens sem consciência nos anos escolares.
Devem, então, evitar essas atitudes de namorico, mas devem mostrar, pelo
comportamento, a seriedade do namoro, o que não impede uma justa
delicadeza e atenção, que são devidas. Como dissemos, os namorados devem
guardar entre eles, sempre e onde quer que estejam, uma certa reserva,
uma certa modéstia, um verdadeiro pudor. Isso vale também para fotos. É
muito comum, atualmente, as pessoas publicarem fotos de tudo o que
ocorre em suas vidas, expondo-se, exibindo-se, muitas vezes por orgulho
ou vanglória. E os namorados vão publicando fotos e mais fotos juntos e
mesmo em situações inconvenientes: muito juntos, muito colados um no
outro, etc. É preciso ter muito cuidado com esse excesso de fotos, que
pode mostrar um apego muito sentimental e infantil ou mesmo impuro. E
não basta evitar as fotos em situações inconvenientes. É preciso evitar
as situações inconvenientes. O mesmo vale para fotos em que a pessoa
está sozinha. Muito comum a pessoa ir colocando fotos e começar a querer
chamar a atenção, a querer ser elogiada, fazer poses e coisas do
gênero. É preciso ter muita vigilância nessas questões, uma enorme
moderação.
É
preciso que os namorados moderem bem a frequência e duração dos
encontros. Se as tentações vão crescendo, é preciso diminuir a
frequência e a duração deles. Quanto mais próximo o casamento, maiores
serão as tentações e menos frequentes, portanto, devem ser os encontros.
As conversas por telefone ou outros meios devem ser bem breves. Aos
namorados não cabe fazer tudo juntos sempre. Muitas vezes, devem fazer
as coisas realmente separados.
Se
os namorados percebem ao longo do namoro que um futuro casamento não é
possível porque falta a estima mútua, a simpatia, a confiança ou o
acordo sobre a visão católica do mundo e do matrimônio, ou porque as
personalidades simplesmente não dão certo, é preciso terminar o namoro.
Será preciso terminar também quando não conseguem guardar a castidade.
Antecipar um casamento por não conseguir guardar a castidade, não é, em
geral, uma boa solução. E nada mais natural do que terminar um namoro
quando necessário. O que não pode ocorrer é engatar um namoro atrás do
outro, ainda mais quando é no mesmo ambiente, destruindo amizades.
Quando a pessoa engata um namoro atrás do outro, isso demonstra a falta
de seriedade e de critério para começar a namorar. Esses namoros em
sequência prejudicam o respeito mútuo e prejudicarão o amor conjugal
quando a pessoa vier a se casar. Quando se termina um namoro, deve-se
dar um tempo razoável para a reflexão, para a oração e para evitar os
mesmos erros no futuro. É preciso também acabar um namoro quando se
percebe que o namoro vai durar muito mais tempo que o previsto. Nesse
caso, podem terminar o namoro para reatá-lo, eventualmente, no tempo
oportuno.
É
preciso que os jovens se preparem para o casamento antes mesmo de
começar a namorar. Como dissemos, aproximando-se a idade de começar um
namoro legítimo, para casar em um ou dois anos, devem os jovens começar a
se instruir sobre o matrimônio, sobre seus deveres e direitos, sobre a
educação dos filhos. Devem também instruir-se sobre como deve ser um bom
namoro. Além disso, é preciso que se preparem mantendo relações
adequadas com as pessoas do sexo oposto, mantendo sobretudo o devido
respeito. Muito comum hoje ver os rapazes e moças que já não se
respeitam mutuamente, fazendo brincadeiras desrespeitosas, provocando
uns aos outros à ira, fazendo piadas indevidas uns com os outros,
conversando sobre o que não devem. Quando digo brincadeiras, piadas ou
conversas indevidas não me refiro simplesmente a coisas contra a pureza,
mas a coisas que levam a perder o respeito pelo rapaz ou pela moça ou
que demonstram falta de estima. Muito comum entre jovens provocar o
outro fazendo brincadeiras sem graça para chamar a atenção. Fazer
provocações assim como suposto sinal de afeto leva à falta de respeito e
não é digno de alguém sério. E esse respeito fará muita falta em um
namoro e, principalmente, em um casamento. Esse respeito é a base sólida
para a estima, simpatia e confiança mútuas entre namorados e,
sobretudo, entre casados. É muito difícil manter esse respeito quando os
jovens de sexo oposto se encontram completamente sozinhos entre eles
sem adultos de boa consciência por perto.
Antes
de começar o namoro é preciso que rapazes e moças evitem também alguns
erros. Um erro comum é a pessoa começar a se desesperar porque não
encontra uma boa namorada ou um bom namorado. E com o desespero ela
começa a se expor cada vez mais, querendo chamar para si a atenção. Esse
desespero leva muitas vezes a pessoa a casar com qualquer um. Essa
ansiedade para casar logo é mais comum nas moças, mas pode também
acontecer com os rapazes. É preciso ter muito claro que mais vale ficar
sozinho ou sozinha do que casar com qualquer um e ter um casamento
extremamente infeliz e conturbado. Vale mais ficar só do que ter um
casamento com cruzes que poderiam ter sido evitadas com certa
facilidade. Não se precipitar, portanto. O tempo do namoro é o tempo de
ser muito exigente, de escolher bem. Depois do casamento, será o tempo
da paciência. É claro que não se deve esperar o homem perfeito nem a
mulher perfeita (que não existem), mas é preciso ter o mínimo de
condições para um bom casamento: maturidade de ambas as partes, estima
baseada nas virtudes, simpatia, confiança mútua, acordo profundo quanto à
visão de mundo católica. Os jovens, sobretudo as moças, não devem,
então, se precipitar. Mas os jovens devem também evitar o erro oposto,
sobretudo os rapazes devem evitar o erro oposto. O erro oposto ao da
precipitação é o de não amadurecer. Muitos já atingiram a idade de
começar a namorar fisicamente, mas não amadureceram psicologicamente,
socialmente e espiritualmente. É preciso buscar o amadurecimento,
assumir responsabilidades, se instruir, levar a salvação realmente a
sério. A imaturidade, mais ou menos voluntária, é uma desordem mais
própria dos rapazes e muitas vezes perdura mesmo no matrimônio.
Tivemos,
caros católicos, que descer a alguns detalhes práticos porque já não
basta apontar somente os princípios gerais. Em outros tempos, talvez
bastasse dar os princípios e cada um tiraria as conclusões. Atualmente,
em nossa sociedade moderna, lenta na reflexão e formada pela televisão e
redes sociais, é preciso mostrar também as conclusões mais práticas.
Vocês, jovens, têm a oportunidade de ouvir essas coisas que muitos aqui
não ouviram e que desejariam, talvez, ter ouvido no momento oportuno.
Vocês têm a graça de poder fazer as coisas bem feitas. Vocês têm a graça
de poder fazer uma boa preparação para o matrimônio. Coloquem a mão na
consciência. Não desconsiderem o que diz a sabedoria da Igreja e um pai.
É para o bem de vocês. Não se deixem levar pela superficialidade ou
pela pressão do que todos fazem em nossa sociedade e ao nosso redor.
Façam o que é certo. Não se deixem levar pelo sentimento. Sejam
conduzidos pela razão e pela fé. E sejam alegres e generosos, como é
próprio dos jovens, mas com uma generosidade ordenada pela caridade e
com uma alegria não pueril ou infantil, mas católica.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Missa Tridentina em Brasilia
Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!