Seguidores

Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Por que Carlo Acutis conquistou tantos devotos no Brasil?

www.carloacutis.com
Carlo Acutis, o "Ciber-Apóstolo da Eucaristia"


"A devoção de Carlo Acutis foi do Brasil para o mundo", afirma sacerdote brasileiro que conviveu com a família do beato italiano

A internet foi a praia do jovem Carlo Acutis. Ele recorria ao ambiente virtual para evangelizar. Conhecedor das ciências da computação, divulgava milagres eucarísticos através de uma página web. Isso fez dele um grande evangelizador, um “influencer de Deus”, numa época em que ser blogueiro ou influenciador digital era quase que impensável.

Não é à toa que Carlo Acutis é considerado o padroeiro da internet. E também não é de se surpreender que existam tantos conteúdos sobre o beato italiano na rede mundial de computadores. E são conteúdos que geram milhões de compartilhamentos e um enorme engajamento.

Quer um exemplo? Recentemente, um vídeo sobre o jovem beato postado por uma atriz e influenciadora brasileira em seu perfil no TikTok rendeu mais de 6,4 milhões de views – número muito acima da média dos outros conteúdos que ela divulga.

A enorme devoção dos brasileiros a Carlo Acutis

O sucesso do vídeo postado pela influenciadora é um termômetro da devoção que os brasileiros têm pelo santo da internet e grande interesse em conhecer a história dele.

Se você fizer uma simples busca no Google colocando o nome do beato, vai encontrar cerca de 3 milhões de resultados em português. A busca por “Frei Galvão”, o primeiro santo nascido no Brasil, por exemplo, renderá cerca de 2,3 milhões de resultados.

Mas por que Carlo Acutis ganhou tantos seguidores no Brasil?

Quem pode explicar essa grande devoção é o Pe Fábio Vieira, autor do livro “Foi Carlo” e parceiro da distribuidora Kolbe Arte na divulgação do documentário ‘O Céu Não Pode Esperar’, que narra a história do beato italiano e chega aos cinemas brasileiros no dia 19 de outubro

Padre Fábio conviveu com a família de Carlo Acutis na Itália e viu a popularidade do jovem crescer, especialmente entre o povo brasileiro. “A devoção de Carlo Acutis foi do Brasil para o mundo”, afirma ele no material de divulgação do documentário.

“É do Brasil que chegava a maior quantidade de testemunhos e relatos de possíveis milagres. Quando eu estava lá, a gente recebia correspondência do mundo inteiro. O brasileiro, por ser afetivo e gostar de contar o que sente, mandava muitas cartas e e-mails”, explica o sacerdote.

Para o padre, alguns fatos que têm a ver com o Brasil podem explicar essa conexão entre os brasileiros e o jovem beato italiano.

Um milagre em terras brasileiras

O milagre aceito pelo Vaticano no processo de beatificação do jovem aconteceu em terras brasileiras, em Campo Grande (MS).

Matheus Vianna tinha pâncreas anular, uma doença congênita rara, e chegou a ser desenganado pelos médicos. Porém, depois de entrar em contato com uma relíquia de Acutis e rezar a ele, o menino foi curado.

12 de Outubro

Outro acontecimento que reforça a aproximação com os brasileiros é o fato de Carlo ter partido para a Casa do Pai no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

A memória de Carlo Acutis é celebrada nessa data. “Penso que isso não foi por acaso, porque Carlo era muito devoto de Nossa Senhora”, revelou a mãe de Acutis em entrevista exclusiva à Aleteia.

Pelé e o Brasil

Antonia Salzano ainda contou à Aleteia que imagina que o grande número de seguidores de Acutis no Brasil também se deve à quantidade de jovens católicos existente no Brasil. Jovens que se identificam com o “santo da internet”.

Além disso, ela revelou que Acutis “amava o Brasil. Seguramente, ele admirava o famoso Pelé… Mas acredito que tudo partiu do céu, porque o Senhor tem os seu planos…

Fonte: Aletéia

Beato Carlo Acutis, rogai pelos brasileiros!

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Afinal, o mês do Terço é Outubro ou Maio?

Immaculate | Shutterstock

Maio é tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora, mas o mês do rosário pode soar surpreendente para muitos fiéis

Considerando que o mês de maio é tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora, muitos fiéis também acham que ele seja o mês do rosário ou do terço.

No entanto, o mês que passou a homenagear de forma especial a oração do rosário é outubro.

Mas por quê?

Antes de falar especificamente sobre esta associação entre o terço e o mês de outubro, é preciso recordar que o santo rosário vinha se consolidando como parte importante da devoção dos fiéis católicos desde o século XIII.

Tudo havia começado em 1208, quando Nossa Senhora apareceu a São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dos padres dominicanos, e lhe pediu que instituísse a prática hoje conhecida por todos nós como o rosário, acrescentando que desejava a sua divulgação ao mundo todo. Pouco a pouco, a devoção foi de fato se espalhando e se fortalecendo.

A Batalha de Lepanto

Passado o tempo, chegamos ao século XVI, quando a Europa se via ameaçada por uma iminente invasão dos turcos otomanos. Nesse contexto, o Papa São Pio V recebeu uma revelação de Nossa Senhora de que a Cristandade venceria a batalha de autodefesa contra os invasores, graças à recitação do santo rosário. Confiante nesta promessa de Maria Santíssima, o Papa exortou os fiéis a rezarem o rosário com fé ainda mais intensa.

A situação era gravíssima. Se os católicos perdessem a batalha, era muito grande o risco de que a Igreja fosse esmagada pelos invasores.

Em 7 de outubro de 1571, porém, os católicos veriam o cumprimento da promessa de Nossa Senhora. Desenrolava-se naquela data uma das mais emblemáticas batalhas navais de todos os tempos: a histórica Batalha de Lepanto, na costa da Grécia, entre uma esquadra da Liga Santa e nada menos que duzentas e trinta galés do poderoso Império Otomano.

Em Roma, enquanto isso, São Pio V continuava implorando pelo auxílio divino mediante a intercessão de Maria, e, ao mesmo tempo, seguia despachando os assuntos urgentes da Igreja. Em dado momento, o venerável ancião interrompeu subitamente os trabalhos e foi até a janela. Todos os que estavam ao seu redor ficam perplexos. Um silêncio denso pairou no ar durante um breve espaço de tempo que, porém, parecia não ter mais fim, até que foi rompido por uma declaração ainda mais surpreendente do santo Papa:

“Vencemos em Lepanto!”

Outubro, o mês do rosário

O Papa fez esta afirmação antes mesmo de receber notícias da batalha. Chamou os fiéis para se juntarem à comemoração pela milagrosa vitória de Dom João D’Áustria, o comandante da frota católica. Teve então início uma solene procissão pelas ruas de Roma.

Somente dias mais tarde é que chegaram de fato os emissários da esquadra confirmando a notícia que, milagrosamente, já tinha sido anunciada pelo Papa.

Não tardou para que fosse instituída, em honra daquela vitória milagrosa, a festa de Nossa Senhora das Vitórias, a celebrar-se todo dia 7 de outubro. O Papa Gregório XIII mudaria o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário.

Devido à imensa importância desta vitória para a preservação da fé católica, veio desse episódio crucial a tradição que considera o mês de outubro o mês do santo rosário.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

O padre brasileiro que mandou um recado para Santa Teresinha no Céu

Instagram / @divinojatiuca
Monsenhor Pedro: "Santa Teresinha é o Evangelho na forma mais humana"

Foi a irmã de Santa Teresinha que levou o pedido especial do sacerdote à "pequena flor". 
E a santa respondeu em forma de graça


Santa Teresinha entrou cedo na vida do sacerdote brasileiro Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante. Aos quatro anos de idade, ele escolheu aleatoriamente um livro e pediu aos familiares que se sentassem para que pudesse lê-lo. Sabe qual era o livro? Nada menos do que “História de uma Alma“, de Santa Teresinha do Menino Jesus.

A partir daí, a admiração e o interesse pela história da carmelita francesa só aumentaram. De fato, Mons. Pedro escreveu várias obras sobre a mensagem deixada pela santa. Mas, na sua caminhada de estudos sobre Santa Teresinha, dois fatos curiosos e providenciais chamam a atenção.

Um presente especial de Santa Teresinha

Quando ainda estava no seminário, em Roma, o jovem brasileiro resolveu fazer uma peregrinação com colegas até Lisieux, na França. Lá, conheceu os Buissonets e visitou o carmelo onde Santa Teresinha viveu dos 14 aos 24 anos de idade.

Durante a visita, o seminarista conheceu pessoalmente Celina Martin, irmã de Santa Teresinha. No mesmo dia, quando jantava no eremitério masculino ao lado do carmelo, recebeu, de forma inesperada, um envelope. Grande foi a surpresa de Pedro ao descobrir que o embrulho fora enviado por Celina e continha uma mecha de cabelo de Santa Teresinha.

Eram cabelos louros, lindos. Será que eu dormi naquela noite? Eu fiquei tão encantado, tão feliz! Imagine, eu tinha os cabelos de Santa Teresinha, dados por Celina! Eu que lia tantas coisas sobre Celina e Teresinha… Eu fiquei tão feliz, tão satisfeito que eu não sei nem se continuei jantando”, testemunhou o Monsenhor Pedro em vídeo publicado no perfil Flores do Carmelo, no Facebook.

Um recado para Santa Teresinha no Céu

A admiração a Santa Teresinha aumentou ainda mais quando o jovem seminarista recebeu uma graça atribuída a ela.

É que, estando próxima a data da ordenação da turma em que ele estudara, Teixeira fora informado que não poderia ser ordenado, pois não tinha ainda completado 24 anos – idade exigida pelo Direito Canônico para a ordenação. Ele ficou desconcertado com a informação. E, justamente naquela época, ficou sabendo que Celina, a irmã de Santa Teresinha, estava muito doente.

O seminarista, então, resolveu mandar-lhe uma carta. “Eu sabia que ela estava muito doente, então eu escrevi: Celina, se você morrer nestes dias, antes do dia 14 de março, fale com Teresinha para ela dar um jeito para eu me ordenar no dia 14 de março”, explicou o monsenhor, admitindo sua audácia ao enviar uma carta com tal teor para uma pessoa doente.

Depois que a carta foi enviada, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos concedeu ao seminarista a licença para ser ordenado juntamente com seus colegas de seminário.

Um tempo após essa grande notícia, Pedro ficou sabendo que Celina tinha falecido um dia antes de ele receber a autorização do cardeal para ser ordenado. Ele, então, não teve dúvida: “Celina deu meu recado à Teresinha”, bradou o jovem.

Monsenhor Pedro durante o Terço dos Homens em sua paróquia.
Instagram / @divinojatiuca

“O Evangelho na forma mais humana”

Sim, Pedro foi ordenado e hoje, aos 87 anos, comemora 64 anos de sacerdócio. Monsenhor Pedro serve na Paróquia Divino Espírito Santo, em Maceió, AL. Devoto fervoroso de Santa Teresinha e grande pesquisador sobre a mensagem deixada pela “pequena flor”, ele escreveu grandes obras relacionadas à carmelita. Entre elas, os livros: “Ensinamentos de Santa Teresinha” e “Santa Teresinha de Carne e Osso”.

E o que move tanta devoção? Monsenhor Pedro responde:

“Santa Teresinha é o Evangelho na forma mais humana, mais simples, mais bonita. É o caminho de Jesus com Maria para o Pai, na força e no poder do Espírito Santo…Eu sou sacerdote, fruto da misericórdia de Deus, com intercessão de Maria Santíssima e Santa Teresinha”.


Retrato de Santa Teresinha.

Fonte: Aletéia

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

As relíquias de São Miguel Arcanjo que são utilizadas em exorcismos

María Paola Daud-ALETEIA


Pequenas pedras de uma caverna consagrada pelo próprio arcanjo são utilizadas por exorcistas para invocar a intercessão de São Miguel contra Satanás

Entre os católicos existe uma antiga tradição de venerar objetos associados a um santo em particular. Esses objetos são chamados de “relíquias” e se enquadram em três categorias principais: 

  • Relíquias de primeira classe: são restos físicos de um santo. Pode ser um pedaço de osso, um frasco de sangue, uma mecha de cabelo ou até o crânio ou um corpo incorrupto;
  • Relíquias de segunda classe: quaisquer itens que o santo costumava usar (roupas, por exemplo);
  • Relíquias de terceira classe: quaisquer itens que tenham tocado em um santo. Inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo ou no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada.

São Miguel Arcanjo

Segundo a tradição, São Miguel Arcanjo apareceu a um bispo italiano em 493 e consagrou uma caverna, que ficou conhecida como Santuário do Monte Sant’Angelo sul Gargano (Monte Gargano). É um dos mais antigos santuários dedicados a São Miguel e destino de grandes peregrinações cristãs.

São Miguel disse ao bispo: 

“Eu sou o Arcanjo Miguel e escolhi morar naquele lugar na terra e mantê-lo em segurança”

Quando eles chegaram para consagrar a caverna, São Miguel disse: 

“Não é necessário que dediqueis esta igreja; 
eu mesmo já a consagrei com a minha presença”

Uma lenda diz que uma das pedras do local contém a pegada de São Miguel.


Mais de mil anos depois, a tradição afirma que São Miguel apareceu novamente no santuário e disse ao bispo: 

“Eu sou o Arcanjo São Miguel. 
Quem usar as pedras desta gruta será libertado”

Desde então, pequenas pedras desta gruta foram distribuídas ao redor do mundo e são conhecidas como “as relíquias da pedra de São Miguel Arcanjo”.

Segundo o exorcista pe. Chad Ripperger, essas pedras foram usadas em exorcismos e são conhecidas por serem eficazes em expulsar a presença do diabo. Isso está de acordo com a prática tradicional de exorcistas que usam relíquias para invocar a intercessão de santos e anjos contra as ações de Satanás.

By vololibero | Shutterstock

Essas relíquias ainda existem no Santuário de Monte Gargano e são frequentemente procuradas por padres e leigos. Um certificado de autenticidade acompanha essas pedras para atestar que foram retiradas da caverna que São Miguel consagrou com sua presença.


Fonte: Aletéia

São Miguel, São Gabriel, São Rafael e Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Os 4 mistérios que são revelados no Sacramento do Matrimônio

EpicStockMedia | Shutterstock


Compreender os mistérios do matrimônio significa descobrir os caminhos que fazem o amor aumentar ao longo dos anos

O matrimônio é um sacramento que reflete a Santíssima Trindade de forma terrena, através do amor dos cônjuges. Do amor de duas pessoas nasce uma terceira, assim como acontece com Deus Pai e Deus Filho – que de tão grande amor nasce uma terceira pessoa, o Espírito Santo.

É por isso que, ao se compreender os mistérios do matrimônio, encontrar-se-ão novos caminhos pelos quais o amor aumenta ao longo dos anos, como consequência da união purificadora por meio do Espírito Santo.

No cristianismo, o casamento “significa uma promoção, porque, embora o corpo envelheça, o espírito se rejuvenesce e o amor muitas vezes é mais intenso. O tempo traz consigo a revelação do mistério do amor”, escreve Fulton J. Sheen em seu livro “Três para casar”.

Esse sacramento revela-se em dois aspectos essenciais, que são a família e a ascensão no amor. Deus, em sua criação, pretendia que a união entre duas pessoas se concentrasse em continuar a manter a imagem da Santíssima Trindade. Portanto, os mistérios vividos são reflexo da doação e da evasão do egoísmo para focar no amor ao outro.

“Deus não pretendia que o vigor durasse nos homens e a beleza nas mulheres, mas que reaparecessem nos filhos. 
É aqui que a Providência de Deus se revela”.
Fulton J. Sheen

O fruto do casamento são os filhos concebidos pelos pais. Neles se encontra aquele mistério pelo qual foi fundado o sacramento do matrimônio, que revive e mantém aquela união dos cônjuges ao longo do tempo.

Estes são os quatro mistérios pelos quais passa um casamento que continua a manter aquele “romance duradouro e encantador”:

1. ESCLARECIMENTO SOBRE O CORPO

Os cônjuges se conhecem através do mistério do corpo, que compreende a união do ato matrimonial.

“O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. 
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. 
E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.”
(1 Cor 7, 3-4)

Esta citação nos fala sobre como os cônjuges se conhecem como uma só carne, não são mais apenas seres individuais, mas foram abençoados com a união de corpo e alma.

2. MATERNIDADE E PATERNIDADE

Este segundo mistério começa com o nascimento do primogênito. É nesse momento que muda a percepção do homem ao ver sua mulher. A beleza dela é elevada, porque não só reflete a feminilidade, mas ele consegue ver a expressão da maternidade em sua totalidade.

Da mesma forma, as mulheres agora não só vêem a força dos homens, mas vêem a sua masculinidade expressa através da paternidade.

3. CAPACIDADE DOS PAIS DE INSTRUIR O CORAÇÃO

O terceiro mistério se reflete na forma como os pais decidem orientar os seus filhos para o encontro com o Senhor, uma vez que os filhos atingem a idade da razão. É aqui que eles, como pai e mãe, descobrem este mistério ao exercerem o seu papel de apóstolos na própria família. Cabe a eles fortalecer essa união no Espírito Santo para gerar frutos.

4. CONTRIBUIÇÃO PARA O BEM-ESTAR

Este último mistério exerce-se quando a família contribui fecundamente com a sociedade. É nesta união familiar, “onde a pessoa é valorizada, não pelo que vale ou pelo que pode fazer, mas principalmente pelo que é; seu status legal e posição são garantidos pelo próprio fato de viver”, diz Fulton J. Sheen.

Doação em serviço

Os casais devem procurar que os seus filhos colaborem com a comunidade como Cristo faria, exercendo a doação aos outros através do serviço. Devem procurar ser pessoas honestas e benevolentes que participam da sociedade.

Esses mistérios que se revelam no casamento têm como objetivo santificar as pessoas que compõem a família. O mais importante para cumprir a finalidade do sacramento é ter proximidade com Deus para que Ele seja quem guia a união. Portanto, devemos sempre pedir ao Senhor que seja a cola da nossa própria família.

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, nossa familia Vossa É!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Como reconhecer uma mulher católica?

 

Rido | Shutterstock

Há apenas duas condições para ser uma mulher católica: ser mulher e ser católica. 
Não existe um modelo único de santidade. 
Não importa quem você seja ou o que você ame, você sempre será bem-vinda na família de Deus

Para ser uma pessoa católica no mundo de hoje, é importante lembrar o que Jesus disse:

Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse: “Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. (Mt 23, 1-4)

O que isso tem a ver com o fato de ser uma mulher católica? Se você passa algum tempo nas redes sociais, pode perceber. Algumas pessoas muito influentes na internet insistem que assumamos fardos extras em nossas vidas que são muito mais pesados do que o que a Igreja realmente pede de todos.

Críticas

Talvez você já tenha visto mulheres serem criticadas por essa ou aquela escolha, por se vestirem ou se apresentarem de forma diferente, ou mães católicas serem criticadas por ficarem em casa ou, ao contrário, por trabalharem fora de casa.

Talvez você tenha visto alguém criticar o uso de métodos por outro casal para observar o ciclo feminino ou criticar o número de filhos. Muitas vezes ouvimos críticas e julgamentos. No entanto, quando analisamos a história da Igreja e o que ela realmente ensina, surge uma mensagem diferente.

As mulheres santas na história do cristianismo são radicalmente diferentes umas das outras. Algumas, como Santa Gianna Beretta Molla ou Santa Zélie Martin, tinham uma profissão enquanto criavam uma grande família.

Por outro lado, a Serva de Deus Elisabeth Leseur e Santa Catarina de Gênova nunca puderam ter filhos. A Beata Chiara Badano adorava dançar música pop e Santa Joana D’Arc liderou um exército.

Portanto, há uma grande variedade de santos e santas na Igreja Católica, e seus exemplos mostram um número infinito de maneiras diferentes de ser fiel a Cristo.

Apenas duas condições

Para ser uma mulher católica, no final das contas, há apenas duas condições a serem atendidas: ser mulher e ser católica. Não existe um modelo único de santidade. Não importa quem você seja ou o que você ame, você sempre será bem-vinda como irmã nesta alegre e bela família que chamamos de Igreja Católica.

Portanto, quando alguém afirmar que as mulheres católicas devem ter uma aparência, agir, falar ou se vestir de determinada maneira, lembre-o do que Jesus disse. Não há razão para colocarmos fardos extras uns sobre os outros além do que a Igreja realmente exige. É importante que essa mensagem seja ouvida em alto e bom som. Em vez disso, vamos espalhar esta outra mensagem: você tem um lugar de direito aqui!

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Homem de 104 anos recebe Batismo, Eucaristia e Crisma no mesmo dia

 

Santuário Diocesano de São José - Alto Piquiri | Facebook


Sr. José Lourenço da Silva recebe os sacramentos da iniciação cristã

O Sr. José Lourenço foi batizado sob condição, uma vez que não se tinha certeza de que ele já tivesse recebido validamente o batismo antes

No último dia 17 de junho, aos 104 anos de idade, o Sr. José Lourenço da Silva recebeu finalmente os sacramentos da iniciação cristã, ou seja, o Batismo, a Primeira Eucaristia e a Confirmação ou Crisma.

A belíssima cerimônia foi celebrada na capela São Judas Tadeu, em Alto Piquiri, no Paraná, presidida pelo pe. Antônio Murilo Macedo da Luz, vigário do Santuário Diocesano de São José.

A literalmente marcante jornada na vida do centenário foi precedida, semanas antes, por uma visita de Sidônia dos Santos, que trabalha na Pastoral da Pessoa Idosa. Ela conversou com o Sr. José e, ao lhe perguntar se era batizado, ouviu-o contar que havia sido “batizado em casa, nunca na igreja”, porque a igreja “não existia”. Ele acrescentou que desejava, sim, receber os sacramentos na igreja e, em especial, “tomar a Hóstia”.

Imediatamente começaram a ser tomadas as providências necessárias para que o Sr. José recebesse a catequese. Foi uma preparação intensiva, ao longo de um mês, para que ele conhecesse adequadamente o significado e, sobretudo, o imponderável valor de cada sacramento.


E o grande dia finalmente chegou! Depois de ser batizado, receber pela primeira vez o Corpo e o Sangue de Cristo e confirmar-se na fé pelo sacramento crismal, o centenário declarou sentir um grande bem-estar:

“O corpo estava pesado, agora está levinho. 
Eu deitava na cama e sonhava com tanta porcariada e agora não sonho mais. 
Sonhava com coisa ruim. 
Depois do batismo eu não sonho mais. 
Eu melhorei muito”.

Batismo sob condição

A propósito do batismo que ele diz ter recebido em casa, é importante observar que restavam “dúvidas prudentes” a respeito da sua validade, pois não havia registros fiáveis que o confirmassem adequadamente.

Nesse tipo de caso, a Igreja pode batizar uma pessoa “sob condição”, uma vez que o batismo válido não pode ser repetido. Isto quer dizer que, na condição de que o Sr. José ainda não estivesse validamente batizado, agora ele passa a estar; e, caso já estivesse, aquele batismo permanece perfeitamente válido.

NUNCA É TARDE PARA SER CRISTÃO!

Fonte: Aleteia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por  nós!

segunda-feira, 29 de maio de 2023

quinta-feira, 11 de maio de 2023

4 lições de Maria para colocarmos em prática neste mês de maio

Shutterstock | Immaculate


O mês de maio é como um ícone da vida abundante que Maria ensina

Há muitas razões pelas quais maio é o mês de Maria. Mas, como qualquer mãe, ela não quer apenas nos fazer celebrar – ela quer nos tornar melhores.

Por isso, devemos seguir alguns de seus ensinamentos, sobretudo neste mês de maio. Aqui vão alguns deles.

1. MARIA NOS ENSINA A VIDA RESSUSCITADA

Se a Quaresma é o tempo para aprender a seguir o Servo sofredor, a Páscoa é o tempo de aprender a seguir o Ressuscitado – e o único mês que está sempre e inteiramente dentro do Tempo Pascal é maio.

Frequentemente, não entendemos o motivo da Paixão, Morte e Ressurreição, como o padre Michael Schmitz apontou recentemente em seu podcast. Jesus não morreu e ressuscitou apenas para perdoar nossos pecados – ele fez isso para nos ensinar como viver a vida que Deus planejou para nós desde o início, a vida que estragamos com o pecado.

Da mesma forma, nosso batismo não é apenas um batismo em sua morte, para aprender a sacrificar e sofrer – é um batismo em sua ressurreição, a fim de “ter vida e vida em abundância”.

A Igreja passa do Angelus à “Regina Caeli” a cada Páscoa para pedir, por meio de Maria, “as alegrias da vida eterna”, porque Maria é a melhor mestra da Vida Ressuscitada, e o mês de maio é como um ícone da vida abundante que ela ensina. Tudo o que era escasso, monótono e nu explode de vida, como deveríamos fazer.

2. MARIA NOS ENSINA A SERMOS PARCEIROS DO ESPÍRITO SANTO

Não há ninguém que conheça melhor o Espírito Santo do que a Santíssima Virgem. Seu relacionamento com o Espírito Santo começou antes de ela nascer. Ele continuou em seu ventre, onde Jesus foi “concebido pelo Espírito Santo”. Ela levou o Espírito Santo a Isabel e ao nascituro João Batista. Mais tarde, ela reuniu a Igreja para a primeira efusão do Espírito Santo no Pentecostes.

Ela traz o Espírito Santo para você e para mim também. Maria “é a obra-prima da missão do Filho e do Espírito”, que trabalham sempre juntos.

Portanto, é apropriado que maio, que é quase sempre o mês em que começamos a novena da Quinta-feira da Ascensão antes de Pentecostes, seja dedicado a Maria.

3. MARIA NOS AJUDA A RENOVAR A FORMA COMO RECEBEMOS A EUCARISTIA

Maria nos prepara para viver a Vida Ressuscitada e nos unirmos ao Espírito Santo. Pode soar abstrato, mas não é. É literalmente verdade, porque recebemos o Cristo Ressuscitado na Eucaristia, dando-nos a sua Vida Ressuscitada por meio do Espírito Santo.

E ninguém sabe receber Jesus Cristo melhor do que Maria. No sexto capítulo de sua encíclica sobre a Eucaristia, São João Paulo II chama Maria de “Mulher da Eucaristia” e recomenda a “Escola de Maria” para quem quer aprender a verdadeira devoção ao Santíssimo Sacramento.

Maio, o mês mais comum para as primeiras comunhões, é um ótimo momento para imitar Maria.

4. MARIA NOS ENSINA A REZAR PELOS MALES DO NOSSO TEMPO

O Bispo Robert Barron apontou que “Maria é uma rainha guerreira de um exército de anjos” e é “mais poderosa do que qualquer coisa que esteja no mundo ou fora do mundo”.

Isso faz de maio um ótimo mês para rezarmos por vitórias decisivas contra os males únicos de nosso tempo – consumismo e socialismo, pornografia e tráfico humano, terrorismo e autoritarismo .

Uma grande ajuda nesse sentido é a oração do Santo Terço.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós!

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Como São Luís Maria de Montfort inspirou 5 papas diferentes

Public domain

O dia 28 de abril marca o aniversário da morte deste santo aclamado por muitos como uma das pessoas mais influentes da história recente da Igreja

São Luís Maria Grignion de Montfort é particularmente conhecido por seu livro “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem” e pela “consagração total a Cristo por meio de Maria”, que ele propõe nessa mesma obra.

O dia 28 de abril marca o aniversário da morte deste santo aclamado por muitos como uma das pessoas mais influentes da história recente da Igreja. De fato, a sua inspiração se manteve constante ao longo dos últimos três séculos e moldou o coração de muitos homens e mulheres santos.

Entre eles está São João Paulo II, que destacou essa “consagração total” no seu próprio lema papal: “Totus tuus”. A frase inteira de São Luís Maria de Montfort é “Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt. Accipio te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria” (“Eu pertenço inteiramente a ti, e tudo o que tenho é teu. Tomo-te como meu tudo. Ó Maria, dá-me o teu coração”).

Mas o papa polonês não foi o único papa nem o único santo a chamar a atenção para Montfort e seus escritos. Nos últimos 200 anos, pelo menos cinco papas expressaram sua gratidão a Montfort e incentivaram a Igreja a mergulhar fundo na sua espiritualidade mariana:

Papa Pio IX (1846-1878)

Promoveu-a como uma das melhores formas de devoção mariana. É dele o decreto que reconhece que “o Venerável Servo de Deus Luís Maria Grignion de Montfort praticou as virtudes da Fé, Esperança e Caridade para com Deus e próximo, as virtudes cardeais da Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança, e as virtudes morais relacionadas, em grau heroico”. Pio IX também foi o papa que definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição.

Papa Leão XIII (1878-1903)

Conhecido como o “Papa do Rosário”, escreveu nada menos que onze encíclicas sobre o rosário durante o seu pontificado. Foi ele quem beatificou Montfort em 1888. Profundamente influenciado pelo “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, decretou uma indulgência plenária para aqueles que praticarem a consagração mariana de Montfort.

Papa São Pio X (1903-1914)

Adotou muito da linguagem mariana de Montfort em sua encíclica sobre a Imaculada Conceição, Ad diem illum, escrevendo que, por Maria, chegamos ao conhecimento de Cristo e, também por Maria, nos é mais fácil obter a vida da qual Cristo é a fonte e origem. Concedeu uma bênção apostólica para quem lê o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”.

Papa Pio XII (1939-1958)

Canonizou São Luís Maria de Montfort em 20 de julho de 1947, elogiando muito o novo santo e considerando que o seu grande segredo para atrair e dar almas a Jesus era a sua devoção a Maria. Destacou que toda a sua atividade se baseava nela e toda a sua confiança repousava nela. Constatou que, em oposição à austeridade sem alegria, ao medo melancólico e ao orgulho deprimente do jansenismo, ele promoveu o amor filial, confiante, ardente e expansivo de um servo de Maria. No espírito da consagração total proposta por Montfort e em resposta a Nossa Senhora de Fátima, Pio XII também consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração da Virgem Mãe de Deus, com particular atenção a “todos os povos da Rússia”, conforme pedido da própria Santíssima Virgem nas suas aparições em Fátima, quando alertou sobre os perigos do comunismo.

Papa São João Paulo II (1978-2005)

Altamente inspirado por Montfort, relatou que “leu e releu muitas vezes e com grande proveito espiritual” os seus escritos. Encorajou os fiéis a seguirem o exemplo de Montfort, afirmando que, “ao repetir todos os dias ‘totus tuus’ e ao viver em harmonia com ela, podemos chegar à experiência do Pai com confiança e amor sem limites, à docilidade ao Espírito Santo e à transformação pessoal conforme a imagem de Cristo”. O papa polonês destacou repetidas vezes os escritos de Montfort nos muitos documentos que escreveu sobre a Santíssima Virgem e chegou a pensar em proclamá-lo Doutor da Igreja.

Como podemos ver pelo exemplo destes cinco papas, a espiritualidade mariana de São Luís Maria Grignion de Montfort não perdeu a sua potência ao longo dos anos; pelo contrário, continua sendo para todos nós um caminho rumo à união mais profunda com Cristo por meio de Maria.

Fonte: Aletéia

São Luís Maria Grigion de Montfort e Nossa Senhora, rogai por nós!

sábado, 8 de abril de 2023

Na aparente derrota, a vitória de Cristo

Fr. Lawrence OP | Flickr | CC BY-NC-ND 2.0
#image_title


Semana Santa: cada evento que vivenciamos, por mais que pareça repetitivo ou rotineiro não o é. 
Traz sempre algo de novo para o nosso viver. 
Entenda:

Chegamos à Semana Santa ou, como preferem alguns, à “Semana Maior”, pois nela celebramos os grandes eventos finais da vida de Cristo nesta terra e que estão ligados mais diretamente à nossa salvação pelos atos do Senhor chamados de redenção propiciatória. Nela, vemos, por uma aparente derrota a verdadeira vitória de Cristo. Reflitamos!

Cremos ser importante expor o que se entende por redenção em seu duplo aspecto, ou seja, o físico místico e o propiciatório. Mostra-nos a Sagrada Escritura, que foi por insídia do diabo que o pecado e a morte entraram no mundo, por isso o Senhor Jesus, a vida por excelência (Jo 14,6), veio até nós para derrotar o pecado, a morte e o demônio com seu sacrifício de cruz.

Redenção

Toda a Sua vida e Sua obra são redentoras – redenção é a recuperação de um objeto precioso mediante pagamento, o que supõe um regime de escravidão a ser superado – e podem ser entendidas em dois aspectos: a redenção físico-mística ou, como enfatizavam os antigos teólogos orientais, a redenção por contato. Ela significa que, desde a Sua concepção no seio materno de Maria, passando pela sua comparação identificadora com objetos diversos (pão, luz, porta, videira, cordeiro etc.), seu batismo, pregação, milagres etc., está em curso o processo de redenção do mundo. Tudo o que tem contato com o homem é transfigurado para uma realidade nova, a realidade recriada por Cristo.

Daí também tudo o que é humano interessar, de algum modo, à Igreja, conforme lemos, logo no início da Gaudium et Spes: 

“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história” (n. 1).

Amor de Deus

“Por isso, o Concílio Vaticano II, tendo investigado mais profundamente o mistério da Igreja, não hesita agora em dirigir a sua palavra, não já apenas aos filhos da Igreja e a quantos invocam o nome de Cristo, mas a todos os homens. Deseja expor-lhes o seu modo de conceber a presença e atividade da Igreja no mundo de hoje. Tem, portanto, diante dos olhos o mundo dos homens, ou seja a inteira família humana, com todas as realidades no meio das quais vive; esse mundo que é teatro da história da humanidade, marcado pelo seu engenho, pelas suas derrotas e vitórias; mundo, que os cristãos acreditam ser criado e conservado pelo amor do Criador; caído, sem dúvida, sob a escravidão do pecado, mas libertado pela cruz e ressurreição de Cristo, vencedor do poder do maligno; mundo, finalmente, destinado, segundo o desígnio de Deus, a ser transformado e alcançar a própria realização” (n. 2).

É na morte e ressurreição do Senhor que a redenção propiciatória se dá. É nesses eventos que se manifesta o imenso amor puramente benevolente de Deus por nós (cf. Jo 4,10; 2Cor 5,18), cujo Filho se entrega, como sacerdote, altar e cordeiro em expiação (cf. 1Jo 2,2) para derrotar o pecado, a morte e o diabo, realidades reinantes neste mundo até àquela hora. Se a carne foi o instrumento com o qual o velho homem, Adão, pecou, a carne do novo homem, Cristo, nos trouxe a salvação. Isso é a recapitulação (usar o mesmo instrumento do mal para o bem, cf. Rm 8,3). Desse modo, o ser humano pecador torna-se, no sacrifício de Cristo, ser humano redimido e, por isso, aberto à graça de Deus.

O mal

O demônio foi despojado de seu poder (cf. Jo 12,31; Cl 2,13-15), embora, desde o início, ele quisesse dominar o Senhor Jesus tentando-O diretamente (cf. Mt 4,1-11; Lc 22,3.53) ou instigando os homens contra Cristo (cf. Jo 13,2; 1Cor 2,8). Todas as suas tentativas, diretas ou indiretas, foram, no entanto, frustradas, pois o Senhor Jesus é igual a nós em tudo, menos no pecado. Sua carne humana escondia a Divindade capaz de enfrentar e derrotar todo mal. Também a morte foi vencida, pois Cristo, inocente como era, nada devia à morte (cf. Jo 12,31; 14,30); por isso; ela não pôde detê-lo no cárcere, como tinha feito até aquele momento com os demais homens. Ao contrário, sua aparente derrota imposta ao Senhor serviu-Lhe de ponte para a Sua grandiosa vitória na Ressurreição corporal, centro da mensagem cristã (1Cor 15,14). Assim se dá até hoje: os homens e mulheres continuam, sem exceção, a morrer, mas essa aparente dominação serve de passagem para a vida definitiva em Deus. No dia da consumação final, será a morte totalmente destruída (cf. 1Cor 15,16), embora já esteja derrotada desde a morte e ressurreição do Senhor Jesus, o centro da História.

Desequilíbrio

Daí, a mãe Igreja O apresenta, na mesma Gaudium et Spes como a resposta e a solução de toda problemática humana: “Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz, muitas vezes, aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rm 7,14-15). Sofre, assim, em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. Muitos, sem dúvida, que levam uma vida impregnada de materialismo prático, não podem ter uma clara percepção desta situação dramática; ou, oprimidos pela miséria, não lhe podem prestar atenção. Outros pensam encontrar a paz nas diversas interpretações da realidade que lhes são propostas. Alguns só do esforço humano esperam a verdadeira e plena libertação do gênero humano, e estão convencidos que o futuro império do homem sobre a terra satisfará todas as aspirações do seu coração. E não faltam os que, desesperando de poder encontrar um sentido para a vida, louvam a coragem daqueles que, julgando a existência humana vazia de qualquer significado, se esforçam por lhe conferir, por si mesmos, todo o seu valor. Todavia, perante a evolução atual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?”

Kairós

“A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos (2Cor 5,15), oferece aos homens pelo seu Espírito a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (At 4,12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (7)” (n. 10; cf. n. 22).

É com este importante pano de fundo, que iniciamos a Semana Santa de 2023. Ela não deve ser vista como outra de nossa vida, mas, sim, como “a Semana Santa”, pois cada evento que vivenciamos, por mais que pareça repetitivo ou rotineiro não o é. Traz sempre algo de novo para o nosso viver. É sempre um kairós ou um tempo favorável da graça divina a todos nós. Que vivenciando a aparente derrota do Senhor, na Sexta-Feira Santa, e a Sua verdadeira vitória, na Vigília Pascal, nos sintamos novas criaturas em Deus, o Alfa e o Ômega da História (cf. Ap 22,13) e, com Ele, por Ele e n’Ele, agentes de transformação da humanidade do pecado à graça divina. Amém.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

domingo, 2 de abril de 2023

Como a Semana Santa converteu radicalmente a antes medíocre Santa Teresa de Jesus

Public Domain
Êxtase de Santa Teresa de Jesus, por Peter Paul Rubens


A contemplação dos sofrimentos de Jesus na Sua Paixão mudou radicalmente a vida de Teresa de Ávila: de uma freira medíocre, ela passou a uma união íntima com Cristo que transformaria a sua existência e a própria Igreja. 
Saiba como aconteceu e como você pode viver essa experiência.


Você quer viver uma Semana Santa diferente? Está cansado de uma vida monótona, de um cristianismo medíocre e enfadonho?

É difícil imaginar hoje em dia, mas Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada era como você. Em 1554, aos 39 anos, uma idade já de plena maturidade para a época, ela era freira carmelita já fazia vinte anos no Mosteiro de La Encarnación, onde vivia com uma comunidade de mais de cem monjas.

Teresa admitiria mais tarde que, na realidade, levava uma vida dupla: em certos momentos, queria entrar numa intensa vida de oração; em outros, a sua vida se mostrava anódina, sem sentido, afogada na rotina do cotidiano. “Como a maioria”, diz ela própria.

A conversão

No seu autobiográfico “Livro da Vida“, escrito dez ou onze anos depois, ela registra (capítulo 8, 12):

 “Procurava remédio; fazia diligências; mas não entendia que tudo é de pouca utilidade se, tirando por inteiro a confiança de nós próprios, não a colocamos em Deus. 
Desejava viver, porque bem compreendia que não vivia, mas lutava com uma sombra de morte, e não havia quem me desse a vida”.

É quando eclode a conversão de Teresa. Ela experimenta o encontro pessoal com Cristo. O que o desperta é a contemplação da Paixão de Jesus e a consciência da dor e do sacrifício que Ele enfrentou por nosso amor. Nesta contemplação, uma imagem de Jesus após a flagelação a ajuda: o “Ecce Homo”. Todo o ser de Teresa se viu impactado. Não foi apenas uma experiência sentimental, mas um encontro íntimo, intenso, cativante e muito real com Cristo.

Ela o conta assim: “Entrando um dia no oratório, vi uma imagem que haviam ali colocado para certa festa que fazíamos em casa. Era de Cristo muito chagado e de tamanha piedade que, ao olhá-la, fiquei turbada de todo ao vê-la assim, porque representava bem o que Ele passou por nós. Foi tanto o que senti pelo pouco e mal que havia agradecido por aquelas chagas que o meu coração pareceu partir-se, e me lancei sobre Ele com grande derramamento de lágrimas, implorando-Lhe que me fortalecesse de uma vez por todas para não O ofender” (Livro da Vida, capítulo 9, 1).

É assim que sua conversão se desencadeia. Ao contemplar a Paixão de Jesus, ela descobre o amor de Deus total, sem filtros. A sua vida muda totalmente. Agora ela não quer mais amar a Deus para ganhar o céu ou para se salvar do inferno. Está totalmente transformada. Encontrou pela primeira vez o verdadeiro amor de Cristo, que deu a vida por ela.

A verdadeira razão de ser cristão

Cristo se torna a única razão da sua existência: já não é um elemento a mais na sua vida, mas o seu único amor e o seu motor. Surge daí a “determinada determinação” que a levaria à sua mudança de vida. Se Teresa deixa de ser uma freira medíocre e insossa, é porque o deve a esse encontro com Cristo. A sua relação com Jesus vai de meramente teórica a profundamente experiencial. Ele mudou a vida dela.

Por isso, no relato autobiográfico do Livro da Vida, logo após o capítulo da conversão, irrompe imediatamente a experiência mística de Teresa: ela agora ama a Deus pelo amor explícito que Ele demonstrou primeiro. Não há segundas intenções no seu amor por Cristo. A vida cristã não consiste mais em apenas seguir regras. Esta é a sua verdadeira conversão: amar a Deus unicamente pelo tanto que Ele me ama e pelo que Ele é: puro amor.

Agora, convertida, Teresa de Ávila muda até de nome: agora ela é Teresa de Jesus.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora das Dores e Santa Teresa de Jesus d´Avila, rogai por nós!

sexta-feira, 31 de março de 2023

Por que anular um matrimônio católico pode ser mais complexo do que no Civil?


Anular um casamento no âmbito civil e declarar nulo um matrimônio no âmbito da Igreja Católica são dois processos bem distintos, cada um com seu grau de burocracia e exigências. Muita gente se surpreenderá ao saber que a nulidade do matrimônio católico pode ser mais difícil de conseguir do que o divórcio civil.

Em entrevista à TV Diário do Sertão, o advogado e professor universitário Renato Moreira explica, de forma objetiva, a diferença entre casamento civil e matrimônio católico e o que precisa para declarar nulo este segundo.

Renato Moreira conta que o matrimônio na Igreja Católica é um pacto sacramental para a vida toda com dois objetivos básicos: o bem comum do casal e a geração e educação da prole (filhos). Por ter sido elevado a um “patamar divino”, o matrimônio “é algo tão sério que não se admite uma mera eventualidade, tem que ver se ele valeu”, diz o advogado.

Um casamento que é considerado válido pela Igreja Católica “gera efeito até o final da vida de um dos dois ou dos dois, que é o final natural do matrimônio”, explica Renato. “Se foi válido, não há outra alternativa. O que valeu, nem um papa desmancha”, acrescenta.

Significa dizer que, na perspectiva sacramental, somente a morte torna nulo um matrimônio válido pela igreja. Já o casamento civil pode ser interrompido legalmente por um juiz (divórcio).

“O matrimônio é algo bastante sério, bastante natural, é algo que o ser humano vive desde que é humano, mas que num determinado momento foi elevado à categoria de sacramento”, afirma.

Critérios para anular

Existem pelo menos três critérios que podem definir a nulidade de um matrimônio católico: impedimentos que não foram dispensados, vício no consentimento ou falha da forma canônica.

Os impedimentos podem acontecer por diversos motivos, como por exemplo consanguinidade, ordem sagrada, votos religiosos, crime e até mesmo impotência sexual diagnosticada anterior ao matrimônio e que, comprovadamente, não tenha cura (isso porque a geração de prole é um dos objetivos do matrimônio).

Vício de consentimento é quando um dos noivos foi forçado ao matrimônio ou enganado para tal. “Se esse consentimento for turvado por alguma coisa que o limite na sua amplitude de liberdade e de entrega, esse consentimento não é válido”, diz o advogado.

Por fim, o matrimônio é nulo se houver falha na forma canônica. Por exemplo, se ele não tiver sido feito perante testemunha qualificada da igreja, ou seja, o padre da respectiva paróquia. Um padre de outra paróquia só pode fazer o matrimônio mediante a liberação da delegação assinada pelo padre titular daquela paróquia.

Fonte: Diário do Sertão

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

segunda-feira, 27 de março de 2023

Tiago, 23 anos: sem dinheiro, com apenas um rosário na mão, ele caminhou até Fátima

fot. arch. prywatne Jakuba Karłowicza / źródło: Pod Opieką Boga | Facebook


Ele não levou comida ou roupas extras para a viagem, nem dinheiro ou cartão de crédito. 
Ele ofereceu sua peregrinação a Maria. 
Em 221 dias de peregrinação, ele nunca passou fome... 
"Eu pretendo voltar para casa a pé" – ele declara


221 dias, 5600 quilômetros, 10 países, com um rosário na mão – um recorde absoluto para uma peregrinação a pé. Tiago Karlowicz, um residente de 23 anos de Łomża (Polônia), barbeiro de profissão, chegou ao Santuário de Fátima no dia 24 de fevereiro.

Ele ofereceu sua peregrinação e oração constante no caminho pela intenção da paz. Desde o início, sua jornada de confiança pôde ser seguida no Facebook, onde milhares de pessoas visitam a página, “Sob a proteção de Deus”, todos os dias.

Sob a proteção de Deus

Ele partiu em 17 de julho de 2022. Ele não levou comida ou roupas extras para a viagem, nem dinheiro ou cartão de crédito. Ele ofereceu sua peregrinação a Maria e confiou seu patrocínio a São João Bosco, cujo slogan: “um santo triste não é um santo” está próximo de seu coração.

Ele acredita que está caminhando “sob a proteção de Deus” e não se preocupa com o que vai comer ou onde vai recostar sua cabeça para dormir. Durante os 221 dias de sua peregrinação, ele nunca passou fome, nem encontrou situações que o fizessem voltar. Pelo contrário, todos os dias, em cada país e na menor aldeia que visitou, ele experimentou uma impressionante e abnegada gentileza, hospitalidade e ajuda.

Em um vídeo postado nas redes sociais, ele lembrou uma situação em que um BMW caro parou de repente na zona rural francesa, alguns homens saíram do carro e abriram o porta-malas – eles tinham um grande saco de comida lá dentro. Tocado, ele enfatizou que estes homens lhe deram comida para três dias.

A caminhada de Jacob em fotos – veja a galeria:


As pessoas são boas

Durante a peregrinação ele se beneficiou da hospitalidade de paróquias, mosteiros, mas também de pessoas que o convidaram a ficar em suas casas, o deixaram usar a máquina de lavar roupa, o alimentaram e até o levaram a lojas de roupas esportivas para que ele pudesse comprar coisas novas para substituir as danificadas pela caminhada.

As pessoas compartilharam com ele não apenas suas casas, pão e provisões para a viagem, mas também doaram dinheiro. Às vezes ele conseguia ganhar dinheiro oferecendo seus serviços de barbear ou cortar o cabelo. Ele leva consigo seu equipamento básico de barbearia.

O que ele considera mais importante em cada dia da peregrinação é a oportunidade de participar da missa e da adoração. O Terço, que ele diz ser “a arma mais eficaz do mundo”, o acompanha constantemente. Cada quilômetro que ele caminha significa mais Ave Marias rezando pela paz no mundo, pelas pessoas próximas a ele e por aqueles que ele encontrou durante sua peregrinação.

Em seus relatos, ele enfatiza que as pessoas são boas. Às vezes elas estão perdidas, às vezes Deus está “perdido” para elas, mas elas são boas e querem o bem, não o mal.

A rota da Polônia para Fátima

De Sejny ele chegou a Niepokalanow, depois a Jasna Gora. De Częstochowa, passando pela Eslováquia, Hungria e Bósnia, ele partiu para Medjugorie. Ele esteve no local das aparições de Maria no dia 12 de setembro. De lá ele cruzou a Croácia, Eslovênia e se dirigiu para Veneza.

Atravessou a Itália, passando por Turim, que reconhecidamente não estava a caminho de Fátima, mas ele não podia deixar de visitar São João Bosco, o santo padroeiro de sua peregrinação. De Turim ele partiu para o norte, correu o risco de cruzar os Alpes e chegou a La Salette.

De lá ele mirou a fronteira entre França e Espanha. Cobrindo mais quilômetros e experimentando a hospitalidade espanhola, ele finalmente alcançou a fronteira hispano-portuguesa. A cada dia ele caminhava entre 30 e 50 quilômetros.

E agora?

“Pretendo voltar para casa a pé, se isso estiver de acordo com a vontade de Deus”, relata ele. Ao longo do caminho, ela quer visitar mais santuários marianos e lugares associados com os santos da Igreja. Ele tem um plano para chegar em casa no meio do ano e participar de uma peregrinação de Suwałki a Vilnius. Mas ele não pretende se apressar.

“Esta não é uma peregrinação que se trata apenas de caminhar e vencer a distância”. Até agora não tenho tido muita pressa. Acima de tudo, trata-se de experimentar os cuidados de Deus e aquelas pessoas que Deus coloca no meu caminho. O Senhor Deus pode usar a todos, não importa que tipo de pecador eles sejam, seu passado, sua educação, seu trabalho. Ave Maria!” – escreve o jovem, que agradece a todos que o apoiam com suas orações.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós!

sábado, 25 de março de 2023

A festa da Anunciação é um dia de preceito?

Fred de Noyelle | GoDong
Anunciação, por El Greco


O dia 25 de março é uma solenidade na Igreja Católica e foi considerado dia santo de guarda até o século XIX


Os dias santos de preceito ou de guarda, na Igreja Católica, são aqueles em que todos os fiéis têm o dever de participar do culto a Deus mediante a participação na Liturgia Eucarística, observando assim o terceiro mandamento: guardar os domingos e festas de guarda, que são dedicados a Deus, à família e ao justo descanso.

A Santa Sé fornece as diretrizes gerais a respeito desses dias de preceito, que são definidos em cada país pela respectiva conferência episcopal.

Anteriormente, a maioria das festas que tinham o grau de solenidade eram consideradas dias santos de guarda, o que exigia que todos os católicos assistissem à Santa Missa naquela data. Este era o caso da solenidade da Anunciação à Santíssima Virgem, celebrada em 25 de março. No entanto, segundo a Enciclopédia Católica, a data deixou de ser um dia santo de guarda primeiramente na França e nos territórios franceses em 1802, o que gradualmente se replicou também à maioria dos outros países.

A Anunciação ainda permanece como solenidade litúrgica, mas não é mais um dia santo de guarda – a menos que alguma conferência episcopal local decida restabelecê-la como tal em sua jurisdição.

Uma das principais razões para a redução do número de dias de preceito na Igreja Católica é que a maioria dos países não reconhece mais as festas litúrgicas católicas como dias de feriado.

Para saber mais sobre os Dias de Preceito clique em: 


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...