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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face - 114 anos de Vida Eterna!


Na manhã de quarta-feira, dia 29, a doente estertora penosamente. Madre Maria de Gonzaga convoca a comunidade que, cumprimida em redor do leito, reza durante uma hora as orações dos agonizantes. Ao meio-dia, Teresa pergunta à Priora: 
"Minha Madre, estou na agonia?... Como farei para morrer? Nunca saberei morrer!..." 
Depois da visita do médico, indaga ainda: 
"Será para hoje. minha Madre?" 
- "Sim, minha filhinha". 
- "Se morrer agora mesmo, que felicidade!" Um pouco mais tarde: "...Quando de fato sufocarei!... Já não posso mais! Ah! rezem por mim!... Jesus! Maria!... Sim, quero, quero muito..."
(...)
De noite, apesar de seus protestos, Irmã Genoveva e Irmã Maria do Sagrado Coração velam junto dela. Noite muito dolorosa. Pela manhã, suas três irmãs permanecem com ela durante a Missa. Teresa olha ofegante para a estátua da Virgem: 
"Oh! implorei-a com um fervor!... Agora é agonia de verdade, sem nenhum misto de consolação..."
Na tarde de quinta-feira, 30 de setembro, Teresa ergue-se um pouco da cama, senta-se, o que já não podia fazer várias semanas. 
"Vede quanta força tenho hoje! Não, não vou morrer! Levarei meses ainda, anos talvez!" 
No dizer de testemunhas, passa então "pelos últimos arrancos da mais atroz agonia".
Por volta das 15 horas, sentada na cama, estende os braços, apóia-se em Madre Inês e Irmã Genoveva, que a cercam. Por que não evocar, então, as palavras proferidas em junho, a propósito da "morte de amor", que esperava:
"Não vos amofineis, minhas irmãzinhas, se padeço muito, e, como já vo-lo disse, se não virdes nenhum indício de bem-aventurança. Nosso Senhor, por certo, morreu Vítima de Amor, e vedes qual não foi sua agonia!..." 
E em julho: 
"Nosso Senhor morreu na Cruz, angustiado, e não obstante eis aí a mais bela morte de amor (...) Morrer de amor não é morrer de êxtases. Com franqueza vo-lo confesso, parece-me ser isto o que sinto".
(...)
Madre Inês declara: 
"Estava sozinha junto dela, quando pelas quatro horas e meia, percebi pela súbita lividez que o derradeiro transe se aproximava. Nossa Madre veio de novo, e num instante estava reunida toda a comunidade. Ela sorriu-lhe, mas não falou mais até o momento da morte. Horrível estertor lancinou-lhe o peito por mais de duas horas. O rosto estava congestionado, as mãos arroxeadas. Tinha os pés gelados, e tremia de todos os membros. Copioso suor orvalhava-lhe a fronte em gotas enormes, destilando-lhe pelas faces. Sentia uma ofegação cada vez maior, e para respirar, soltava de vez em quando gritinhos involuntários".
Teresa sorri à Irmã Genoveva que lhe enxuga a testa, e lhe passa um pedacinho de gelo nos lábios ressequidos.
À hora de bater o Ângelus (18 horas), a agonizante fita longamente a Virgem do Sorriso. Segura firmemente o Crucifixo. A comunidade que ficara cerca de duas horas na enfermaria, é dispersada pela Priora. Teresa suspira:
- "Minha Madre! Não é ainda a agonia?... Não morrerei?
- Sim, minha pobrezinha, é a agonia, mas o Bom Deus quer talvez prolongá-la algumas horas.
- "Pois bem!... Vamos!... Vamos!... Oh! não quisera sofrer menos tempo..."
A cabeça recai sobre o travesseiro, inclinando-se para a direita. A Priora manda tocar o sino da enfermaria, as religiosas retornam às pressas. 
"Abri todas as portas!" ordena Madre Maria de Gonzaga.
Mal a comunidade ajoelhada de novo em redor do leito, Teresa, olhando para seu Crucifico, profere distintamente:
"Oh! eu o amo...".
Um instante após:
"Meu Deus... e... vos amo!"
De súbito, os olhos adquirem nova vida e fitam determinado ponto, pouco abaixo da estátua da Virgem. O semblante volta à expressão que tinha com plena saúde. Ela parece estar em êxtase. O olhar durou o espaço de um Credo. Depois, cerra os olhos, e expira.
São 19 horas e vinte minutos, aproximadamente.
Com a cabeça pedinda à direita, com misterioso sorriso nos lábios, está com uma aparência muito linda, como o demonstra a fotografia tirada por sua irmã.
Ficou exposta, segundo o costume, dentro do coro, junto à grade, desde sexta-feira de tarde até domingo de noite, e foi sepultada em terra rasa na segunda-feira, 4 de outubro de 1897, no cemitério de Lisieux.
Da enfermaria, escrevera ao Padre Bellière:

"Não morro, entro na vida".

Ia começar a prodigiosa vida póstima desta desconhecida Carmelita...

Fonte: História de Uma Alma, pág 289-294, ed. Paulus, 26 edição, 2008.

Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

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Que Deus os abençõe.
Obrigada

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