Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media
"Nas famílias não há celibato e também ocorre.
É a monstruosidade de um homem ou mulher doente em termos psicológicos ou malévolo"
O celibato não é a causa dos abusos sexuais perpetrados por clérigos, reafirmou o Papa Francisco.
O pontífice voltou a deplorar a ocorrência dos abusos, mas discordou das narrativas que culpam o celibato como suposta causa. Além disso, Francisco lamentou que também ocorram muitos abusos dentro das famílias e que este fato “ainda seja escondido”.
O Papa concedeu entrevista à rede CNN Portugal.
“O abuso de homens e mulheres da Igreja, abuso de autoridade, abuso de poder e abuso sexual, é uma monstruosidade (…)
Não é o celibato (…)
Nas famílias não há celibato e também ocorre”.
Francisco foi enfático ao apontar o horror do abuso e a hedionda atitude de quem o comete, seja qual for o ambiente:
“Portanto, é simplesmente a monstruosidade de um homem ou de uma mulher da Igreja, que está doente em termos psicológicos ou é malévolo, e usa a sua posição para sua satisfação pessoal.
É diabólico”.
E recordou:
“O sacerdote existe para encaminhar os homens para Deus e não para destruir os homens em nome de Deus.
Um sacerdote não pode continuar a ser sacerdote se é abusador.
Não pode.
Porque é doente ou um criminoso, não sei.
Eu sofro com casos de abuso que me apresentam.
Sofro, mas é preciso enfrentar isso”.
O Papa afirmou que “é muito bom” que esses casos sejam denunciados e desmascarados. Ao mesmo tempo, fez questão de denunciar que a esmagadora maioria dos abusos não acontece na Igreja: ele mencionou estatísticas que indicam que 3% dos abusos são perpetrados por membros da Igreja, enquanto 46% são cometidos dentro das famílias, no mundo dos esportes ou nas escolas.
Mesmo assim, Francisco não aliviou em nada a responsabilidade gravíssima dos clérigos abusadores:
“‘Ah, 3% é pouco’.
Não é.
Mesmo que fosse um só, já é uma monstruosidade”.
Por isso mesmo, é um assunto que deve ser encarado com firmeza em todos os âmbitos da sociedade.
Fonte: Aletéia
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
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Que Deus os abençõe.
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