Seguidores

Pesquisar este blog

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Estou com anseio muito grande de usar o véu, mas não tenho muitos vestidos pra usar, somente calças, como devo proceder?


Boa Noite minha irmã em Cristo.

Um Feliz Natal!!!

Como falei no post Perguntas e Respostas sobre o Uso do Véu, não há regra, nem obrigatoriedade de usar o véu somente com saia, nem proibição de se usar o véu com calça.

A norma de São Paulo em I Cor 11, 5 e ss é que a mulher cubra a cabeça.

Quando a Igreja tinha uma norma em que a mulher era obrigada a usar o véu, que vigorou até os anos 80, as mulheres não tinham o hábito, como hoje, de usar calça e usavam muitos vestidos ou saias. E para ir a Santa Missa não usavam calça.

Hoje, realmente, há mulheres que quase não usam saia/vestidos.

Se você quer usar o véu, não tem problema, USE-O!!

A única norma para se usar o véu é querer!

Claro, há a tradição, mulheres solteiras usam o véu branco e as casadas e viúvas usam o véu preto.

Sugiro que comece a usar o véu, mesmo com as poucas opções de saias e vestidos que você afirma ter.

Se for preciso, faça algumas adaptações para que se guarde a modéstia, por exemplo, se tem um vestido que não tem manga, use o bolero com ele; ou se seu vestido tem um decote mais profundo, use um lenço cobrindo ou com uma regata por dentro; se é um vestido/saia curtos você pode usar com uma meia.

Aos poucos você vai se amoldando e se adaptando, adquirindo novas peças.

Sugiro também que você mande fazer ou compre, se achar para vender, umas saias, na altura do joelho (evasê) ou longas na cor preta, bege ou jeans, ou seja, cores neutras que você consiga usar várias vezes com blusas diferentes, fazendo várias composições. Isso resolveria seu problema, por enquanto.


Se, no momento, essas soluções não são possíveis, não tem problema.

Use o véu com calça.

Só procure guardar a modéstia evitando calças apertadas, justas, que marcam o corpo. Use com blusas que não tenham decote e que tenham manga. Mas, NÃO DEIXE de usar o véu porque não tem saia/vestidos suficientes.

Ore!! Nossa Senhora vai lhe mostrar alternativas, soluções e saídas para que você consiga usar o véu da melhor maneira possível.

Seja perseverante, não pare nos obstáculos!

Que o Menino Jesus lhe abençõe!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

As práticas da consagração a Nossa Senhora

Conheça quais são as principais práticas da consagração a Nossa Senhora e aprenda como vivê-las bem.
   Anunciação do Arcanjo Gabriel a Virgem Maria (cf. Lc 1, 26-38).

Conheça quais são as principais práticas da consagração a Nossa Senhora e aprenda como vivê-las bem.

Para viver bem a consagração a Nossa Senhora, segundo o método do “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, vejamos quais são as práticas desta devoção e aprendamos como viver bem cada uma delas. Estas práticas podem ser divididas em dois grupos: interiores e exteriores. As interiores são as mais importantes porque “o essencial desta devoção consiste no interior”1. São Luís Maria Grignion de Montfort ensina que “a verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria é, em primeiro lugar, interior, ou seja, parte do espírito e do coração; provém da estima que temos a Mãe de Deus, da alta ideia que fazemos das suas grandezas e do amor que lhe consagramos2. Por causa da suma importância das práticas interiores na consagração, nos dedicaremos mais a estas, mas trataremos também das exteriores.

I – As práticas interiores da consagração a Jesus por Maria
 
As práticas interiores foram resumidas por São Luís Maria na seguinte fórmula: “fazer todas as ações por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”3. Fazer tudo “por” Maria é para os principiantes; “com” Maria é para os adiantados; e “em” Maria é para os perfeitos. Esta parte da fórmula corresponde aos “três graus clássicos da vida interior: a via purgativa, a via iluminativa e a via unitiva”4. Apesar de que no início da consagração não é possível a vivência plena desses três graus, pois são fases da vida espiritual, isso não significa que são totalmente separados e que numa fase não façamos experiências das outras. Independente da fase que vivemos, devemos nos esforçar para crescer de graça em graça e chegar à perfeição. A última parte da fórmula, o fazer as nossas ações “para” Maria, resume praticamente as três anteriores: “por Maria; “com” Maria; “em” Maria. No entanto, ao dizer que fazemos todas as ações “para Maria”, não nos enganemos pensando que ela é o centro ou o fim último desta devoção. Pois, fazemos tudo “para” a Santíssima Virgem, a fim de mais perfeitamente as fazer por Jesus Cristo, com Jesus Cristo, em Jesus e para Jesus”5.

Fazer todas as ações “por” Maria

Fazer todas as nossas boas obras “por” Maria significa que devemos obedecer em tudo à Santíssima Virgem, e deixar-nos conduzir em tudo pelo seu espírito, que é o Espírito Santo de Deus. Pois, “aqueles que são conduzidos pelo espírito de Maria são filhos de Maria e, por conseguinte, filhos de Deus”6. Para que nos deixemos conduzir pelo espírito de Maria é preciso:
1º – Renunciar ao nosso próprio espírito, às nossas próprias luzes e vontades, antes de fazer qualquer coisa, especialmente antes das orações, da Santa Missa, da comunhão e de nossas boas obras. “Porque as trevas do nosso espírito próprio e a malícia da nossa vontade e obras poriam obstáculo ao santo espírito de Maria, se as seguíssemos, embora nos parecessem boas”7;
2º – Entregar-nos ao espírito de Maria para ser movidos e conduzidos do modo que Ela quiser. Temos que nos colocar e nos abandonar nas suas mãos virginais, como um instrumento nas mãos do artista, como uma cítara nas mãos de um bom músico. Para tanto, podemos dizer a Nossa Senhora: “Renuncio a mim mesmo e dou-me a Vós, ó minha querida mãe!”8;
3º – “Renovar este mesmo ato de oferecimento e de união, de tempos a tempos, durante a ação ou depois dela”9. Quanto mais o repetimos esse ato, mais depressa a nossa alma se santificará e mais depressa chegaremos à união com Jesus Cristo, pois esta segue-se sempre à união com Maria, visto que o espírito de Maria é o espírito de Jesus.

Fazer todas as boas obras “com” Maria

Nós consagrados, devemos fazer todas as ações com Maria. No entanto, para que isso aconteça, nesta fase em que somos privados dos sentidos, é necessário crer que a Virgem Mãe de Deus está sempre presente em nossas vidas. Nessa certeza, devemos voltar o nosso olhar para ela, em todas as nossas ações, como o modelo acabado de toda a virtude e perfeição. Pois, Nossa Senhora “é o modelo formado pelo Espírito Santo numa simples criatura, para nós o imitarmos, na medida das nossas limitadas forças”10. Em nossas ações, devemos considerar o modo como Maria faria se estivesse no nosso lugar. Para tanto, examinemos e meditemos algumas das grandes virtudes que a Mãe da Igreja praticou durante a vida:
1ª – A sua Fé viva, pela qual a Virgem de Nazaré acreditou, sem hesitar, no anúncio do Anjo11. Fé que Maria manteve fielmente, constantemente, até mesmo na mais completa noite escura, no momento derradeiro de seu Filho, aos pés da Cruz12;
2ª – “A sua Humildade profunda, que a fez esconder-se, calar-se, submeter-se a tudo e pôr-se no último lugar”13;
3ª – A sua Pureza toda divina, que não houve nem jamais haverá igual sob o Céu.
Além destas, devemos também examinar e meditar a respeito das demais virtudes de Maria, particularmente, a sua obediência cega, a sua contínua oração, a sua mortificação universal, a sua ardente caridade, a sua paciência heroica, a sua doçura angélica e a sua sabedoria divina14. Lembremo-nos que a Virgem Maria é a grande e a única Fôrma de Deus, própria para formar imagens de Deus, facilmente e em pouco tempo15. Se entrarmos nesta Fôrma e nela nos perdermos, em breve nos transformaremos em Jesus Cristo16.

Fazer todos os atos “em” Maria

Precisamos fazer todas as nossas ações em Maria. Entretanto, para bem compreender esta prática, é necessário saber que a Santíssima Virgem, a Nova Eva, é o verdadeiro Paraíso Terrestre do Novo Adão, e que o antigo paraíso não era mais que a sua imagem. “Pois há neste Paraíso Terrestre riquezas, belezas, raridades e doçuras inexplicáveis, que o Novo Adão, Jesus Cristo, aí deixou”17. Este Lugar Santo é composto de uma terra virgem e imaculada, da qual foi formado e se alimentou o Novo Adão, sem qualquer nódoa ou mancha, pela ação do Espírito Santo que aí habita. Os Santos Padres, iluminados pelo Espírito de Deus, chamam a Santíssima Virgem Maria de:
1º – Porta Oriental, por onde o grande sacerdote Jesus Cristo entra e sai do mundo18. Por Maria, o Filho de Deus entrou pela primeira vez no mundo e por ela também será a Sua segunda vinda;
2º – “Santuário da Divindade, o Repouso da Trindade Santíssima, o Trono de Deus, a Cidade de Deus, o Altar de Deus, o Templo de Deus, o Mundo de Deus”19.
Para fazer as nossas ações “em” Maria, precisamos entrar nesse Santuário do Altíssimo, que é a própria Virgem. Todavia, “é difícil a pecadores como nós obter permissão e ter capacidade e luz para entrar neste lugar. Pois é tão alto e tão santo que é guardado, não por um querubim, como o antigo Paraíso Terrestre20, mas pelo próprio Espírito Santo, que se tornou seu Senhor absoluto”21. Somente por uma graça particular do Espírito Santo, graça que devemos alcançar pela perseverança, poderemos entrar neste Templo Santo.

Fazer tudo “para” Maria

Nós consagrados, devemos fazer todas as ações para Maria. Pois, se nos entregamos totalmente ao seu serviço, é justo que façamos tudo para Ela, como um criado, um servo, um escravo22. No entanto, não entregamos todas as nossas boas para a Mãe de Deus como fim último, pois este é Jesus Cristo. Tomamos a Santíssima Virgem como fim próximo, como meio misterioso e fácil para ir ao seu Divino Filho.
Fazer tudo para Maria significa também que, como bons servos e escravos de Nossa Senhora, apoiados na sua proteção, precisamos defender os seus privilégios, quando são disputados, e sustentar a sua glória, quando a atacam. Precisamos “atrair todo o mundo, se for possível, ao seu serviço, e a esta Verdadeira e Sólida Devoção”23. Devemos falar e clamar contra os que abusam da devoção a Mãe de Deus para ultrajar o Filho do Altíssimo e, ao mesmo tempo, estabelecer a consagração a Jesus por Maria. Por fim, como recompensa destes pequenos serviços, devemos “pretender apenas a honra de pertencer a tão amável Princesa, a felicidade de sermos por Ela unidos a Jesus, seu Filho, com um laço indissolúvel, no tempo e na eternidade”24.

Assista ou ouça programa do Padre Paulo Ricardo sobre “A Mãe do Salvador e a Nossa Vida Interior

II – As práticas exteriores da consagração a Jesus em Maria

As práticas exteriores da consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, ensinadas por São Luís Maria, são as seguintes:

1ª – A preparação para a consagração25. Além dessa preparação inicial, pelo menos uma vez por ano, devemos renovar a consagração, na mesma data na qual nos consagramos, com as mesmas práticas das três semanas. Mas, podemos até mesmo renovar tudo o que fizemos todos os meses, e mesmo todos os dias, com estas breves palavras: “Eu sou todo Vosso e tudo o que tenho Vos pertence, ó meu amável Jesus, por Maria, Vossa Santa Mãe!”26.

2ª – A Coroinha da Santíssima Virgem, que não é obrigatória, mas recomenda por São Luís Maria. A Coroinha é composta de três Pai-Nossos e doze Ave-Marias, que são rezados em honra dos doze privilégios e grandezas da Santíssima Virgem27.

3ª – O uso das correntes ou cadeiazinhas. São Luís Maria afirma nos explica que é muito louvável, muito glorioso e útil para nós, que nos fizemos escravos de Jesus em Maria, que usemos correntes de ferro. Estas serão um sinal sacramental da nossa escravidão de amor, por isso devem ser abençoadas com uma bênção própria. Lembramos que estes sinais exteriores não são essenciais nem tampouco obrigatórios28, mas são muito recomendáveis, pois além da sua eficácia sobrenatural, o uso das correntes tem grande valor diante de Jesus e de Maria29.

4ª – O culto especial ao Mistério da Encarnação. Devemos ter uma especial devoção ao grande mistério da Encarnação do Verbo, que é celebrado no dia 25 de março. Pois, este “é o mistério próprio desta Devoção, visto que ela foi inspirada pelo Espírito Santo”30. O principal mistério que celebramos e honramos na consagração é o mistério da Encarnação, no qual podemos ver Jesus em Maria, encarnado em seu seio. Por isso, é muito conveniente dizer que somos consagrados a Jesus em Maria31.

5ª – A grande devoção que devemos ter pela Ave-Maria e pelo Santo Rosário. Devemos rezar com muita devoção a Ave-Maria. Pois, “tendo a salvação do mundo começado pela Ave-Maria, a salvação de cada alma em particular está ligada a esta oração”32. Além disso, São Luís Maria pede que não nos contentemos em rezar a Coroinha de Nossa Senhora, mas que rezemos o Terço diariamente e, se tivermos tempo, o Rosário cotidiano. “Se o fizeres, bendirás na hora da morte o dia e o momento em que me acreditaste”33, profetiza o Santo.

6ª – A oração do Magnificat, que “é a única oração e a única composição da Santíssima Virgem, ou, antes, que Jesus compôs n’Ela, pois Ele falava pela sua boca. Este é o maior sacrifício de louvor que Deus recebeu na lei da graça. Por um lado, é o mais humilde e reconhecido, por outro, o mais sublime e elevado de todos os cânticos. Há nele mistérios tão grandes e escondidos que os anjos os ignoram”34. Em virtude da beleza, das grandezas e dos mistérios contidos nesta oração, devemos rezar muitas vezes o Magnificat, em agradecimento a Deus pelas incontáveis graças concedidas à Santíssima Virgem.

7ª – O desprezo e o desapego do mundo. Devemos desprezar, odiar e fugir muito do mundo corrupto. “Para combater o espírito do mundo, devemos avivar a nossa fé no amor de Deus e acreditar que a verdadeira felicidade está com Ele nos Reino dos Céus. Para tanto, meditemos seriamente sobre o vazio das máximas e modas do mundo e a respeito da morte e do nosso fim último, que pode ser o Céu, o Inferno, ou o Purgatório. Meditar sobre essas realidades últimas pode ser de grande valia para nos esvaziar do espírito mundano”35. A vida sacramental, especialmente na participação da Eucaristia, também será de grande auxílio para desprezar o mundo e nos desapegar dele. Podemos suplicar a Nossa Senhora que nos empreste o seu Coração de Mãe, para nele receber seu Filho nas espécies consagradas, com as suas disposições36, e não as nossas, que muito provavelmente estão contaminadas com o espírito mundano. A oração também nos ajudará a nos esvaziar do espírito do mundo, especialmente o Santo Rosário, a principal arma espiritual da consagração. Enfim, outros auxílios de extraordinária eficácia são as penitências, as mortificações, os jejuns e os sacrifícios.

Assista ou ouça programa do Padre Paulo Ricardo sobre “As provações”

A devoção a Maria como auxílio para amar Jesus

Assim, com a distinção que São Luís Maria faz entre práticas interiores e exteriores, compreendemos que a atitude interior é fundamental em nossas orações e boas obras. Entretanto, na realidade, as práticas interiores estão sempre ligadas às exteriores e vice-versa. Esta separação entre práticas interiores e exteriores é justamente para que façamos bem todas as nossas orações e boas obras, ou seja, “por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”37. Dessa forma, fazer todas as ações “por” Maria significa deixar-nos conduzir pela Mãe de Deus; fazer tudo “com” Maria é perguntar-nos sempre: como esta boa Mãe faria em nosso lugar?; fazer todas as coisas “em” Maria é estar sempre nesse o Templo Sagrado, onde encontramos Deus; e fazer tudo “para” Maria”38 significa que entregamos tudo nas mãos da Mãe de Deus para que nossa oferta seja agradável a Jesus Cristo. Como consagrados, devemos fazer tudo para Maria, que tudo entrega a seu Filho Jesus Cristo, que é o centro de nossa devoção, o fim último de nossas vidas e de todas as nossas boas obras39. Em outras palavras, fazer todas as nossas ações “por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”40 significa fazer tudo por amor a Jesus. Dessa forma, a Santíssima Virgem é o auxílio necessário para que amemos Jesus Cristo de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso espírito, e com todas as nossas forças, e ao próximo como a nós mesmos41.

Natalino Ueda, escravo de Jesus em Maria.


Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Catequese do Papa: sinais que caracterizam o Ano da Misericórdia

brasão do Papa Francisco

CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Boletim da Santa Sé Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Domingo passado foi aberta a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João Latrão, e se abriu a Porta da Misericórdia na Catedral em todas as dioceses do mundo, também nos santuários e nas igrejas indicadas pelos bispos. O Jubileu é em todo o mundo, não somente em Roma. Quis que este sinal da Porta Santa fosse presente em cada Igreja particular, para que o Jubileu da Misericórdia possa se tornar uma experiência partilhada por cada pessoa. O Ano Santo, deste modo, tomou o caminho em toda a Igreja e é celebrado em todas as dioceses, como em Roma. Também, a primeira Porta Santa foi aberta justamente no coração da África. E Roma, bem, é o sinal visível da comunhão universal. Possa essa comunhão eclesial se tornar sempre mais intensa, para que a Igreja seja no mundo o sinal vivo do amor e da misericórdia do Pai.

Também a data de 8 de dezembro quis destacar essa exigência, relacionando, a 50 anos de distância, o início do Jubileu com a conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II. De fato, o Concílio contemplou e apresentou a Igreja à luz do mistério da comunhão. Espalhada em todo o mundo e articulada em tantas Igrejas particulares é, porém, sempre e somente a única Igreja de Jesus Cristo, aquela que Ele quis e pela qual ofereceu a Si mesmo. A Igreja “una” que vive da comunhão própria de Deus.

Este mistério de comunhão, que torna a Igreja sinal do amor do Pai, cresce e amadurece no nosso coração, quando o amor, que reconhecemos na Cruz de Cristo e no qual nos imergimos, nos faz amar como nós mesmos somos amados por Ele. Trata-se de um Amor sem fim, que tem a face do perdão e da misericórdia.

Porém a misericórdia e o perdão não devem permanecer belas palavras, mas realizar-se na vida cotidiana. Amar e perdoar são os sinais concretos e visíveis de que a fé transformou os nossos corações e nos permite exprimir em nós a vida própria de Deus. Amar e perdoar como Deus ama e perdoa. Este é um programa de vida que não pode conhecer interrupções ou exceções, mas nos leva a ir sempre além sem nunca nos cansarmos, com a certeza de sermos sustentados pela presença paterna de Deus.

Este grande sinal da vida cristã se transforma depois em tantos outros sinais que são característicos do Jubileu. Penso em quantos atravessaram uma das Portas Santas, que neste Ano são verdadeiras Portas da Misericórdia. A Porta indica o próprio Jesus que disse: “Eu sou a porta: se alguém entra através de mim, será salvo; entrarás e sairás e encontrarás pastagem” (Jo 10, 9). Atravessar a Porta Santa é o sinal da nossa confiança no Senhor Jesus que não veio para julgar, mas para salvar (cfr Jo 12, 47). Estejam atentos para que não haja alguém um pouco ligeiro ou muito espertalhão que diga a vocês que se deve pagar: não! A salvação não se paga. A salvação não se compra. A Porta é Jesus, e Jesus é grátis! Ele mesmo fala daqueles que faz entrar não como se deve e, simplesmente, diz que são ladrões e bandidos. Então estejam atentos: a salvação é gratuita. Atravessar a Porta Santa é sinal de uma conversão do nosso coração. Quando atravessamos aquela Porta é bom recordar que devemos ter escancarada também a porta do nosso coração. Eu estou diante da Porta Santa e peço: “Senhor, ajude-me a escancarar a porta do meu coração!”. Não teria muita eficácia o Ano Santo se a porta do nosso coração não deixasse passar Cristo que nos leva a ir rumo aos outros, para levá-Lo e levar o seu amor. Portanto, como a Porta Santa permanece aberta, porque é o sinal do acolhimento que o próprio Deus nos reserva, assim também a nossa porta, aquela do coração, esteja sempre escancarada para não excluir ninguém. Nem mesmo aquele ou aquela que me incomoda: ninguém.

Um sinal importante do Jubileu é também a Confissão. Aproximar-se do sacramento com o qual somos reconciliados com Deus equivale a fazer experiência direta da sua misericórdia. É encontrar o Pai que perdoa: Deus perdoa tudo. Deus nos compreende mesmo nos nossos limites, nos compreende também nas nossas contradições. Não somente, Ele com o seu amor nos diz que justamente quando reconhecemos os nossos pecados nos é ainda mais próximo e nos encoraja a olhar adiante. Diz mais: que quando reconhecemos os nossos pecados e pedimos perdão, há festa no Céu. Jesus faz festa: esta é a Sua misericórdia: não desanimemos. Adiante, adiante com isso!

Quantas vezes ouvi dizer: “Padre, não consigo perdoar o vizinho, o companheiro de trabalho, a vizinha, a sogra, a cunhada”. Todos ouvimos isso: “Não consigo perdoar”. Mas como se pode pedir a Deus para nos perdoar se depois nós não somos capazes de perdão? E perdoar é uma coisa grande, ainda não é fácil, perdoar, porque o nosso coração é pobre e só com as suas forças não pode fazê-lo. Se, porém, nos abrimos para acolher a misericórdia de Deus para nós, por nossa vez nos tornamos capazes de perdão. Tantas vezes ouvi dizer: “Mas, aquela pessoa eu nem podia ver: eu a odiava. Mas um dia, me aproximei do Senhor e lhe pedi perdão pelos meus pecados e também perdoei aquela pessoa”. Essas são coisas de todos os dias. E temos próxima a nós essa possibilidade.

Portanto, coragem! Vivamos o Jubileu começando com estes sinais que comportam uma grande força de amor. O Senhor nos acompanhará para nos conduzir a fazer experiência de outros sinais importantes para a nossa vida. Coragem e adiante!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Quais são as Obras de Misericórdia?

Dia 08 de Dezembro iniciou-se o Ano Santo da Misericórdia.

Durante esse ano, que vai até novembro de 2016, devemos procurar viver as Obras de Misericórdia.

E quais são essas Obras? São as seguintes:


Fonte: Paróquia São José Operário (Brasilia-DF)

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Como obter a Indulgência no Ano Santo da Misericórdia?



O Papa Francisco declarou O Ano Santo Jubilar (Extraordinário) da Misericórdia que inicia-se amanhã, 08 de Dezembro de 2015, e vai até o dia 20 de Novembro de 2016.

Durante esse Ano Santo os fiéis católicos podem conseguir a Indulgência Plenária Jubilar, da seguinte forma:

Regras para os Fiéis conseguirem a Indulgência Jubilar

* Peregrinação à Porta Santa - aberta em cada Catedral ou nas Igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano e nas 4 Basílicas Papais em Roma;
* Aproximar-se do Sacramento da Reconciliação (Confissão);
* Participar da Santa Eucaristia (Santa Missa);
* Rezar o Credo;
* Orar pelo Santo Papa e suas intenções.

Regras para os Fiéis Doentes conseguirem a Indulgência

Receber a Comunhão em casa OU
Participar da Santa Missa e na Oração Comunitária - inclusive através dos meios de comunicação.

Regras para os Fiéis Encarcerados conseguirem a Indulgência 

Podem obter nas Capelas dos Cárceres TODAS as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai.

Podemos conseguir ainda Indulgência pelos Mortos

Participando da Santa Missa
Rezando pelos Mortos


Para os Fiéis que Praticaram ABORTO

A prática do Aborto causa a pena canônica de excomunhão latae sententiae (Cân 1398, CDC), essa pena pode ser remitida, em regra, pelo Ordinário Local (Bispo) (Cân 1356), mas, nesse Ano Santo (08/12/15 até 20/11/2016) o Santo Padre concedeu a faculdade para TODOS OS SACERDOTES absolverem o pecado do Aborto.


Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

domingo, 6 de dezembro de 2015

Igreja celebra Ano Santo da Misericórdia a partir de 08 de dezembro


O Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, terá início no próximo dia 08, durante a Solenidade da Imaculada Conceição. As comemorações serão concluídas no dia 20 de novembro de 2016, dia da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

A abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma, no dia 08, às 09h30, (06h30 horário de Brasília) marca o início das atividades pelo Ano da Misericórdia.

Vale ressaltar que o Papa Francisco inaugurou oficialmente o Ano Santo da Misericórdia no último domingo - I Domingo do Advento - durante Visita Apostólica à África, quando abriu a Porta Santa da Catedral de Bangui. Essa é a primeira vez que um Papa abre um Ano Santo fora do Vaticano.

Na Arquidiocese de Brasília, a abertura do Ano Santo acontece com a cerimônia de abertura da Porta Santa da Catedral Metropolitana no dia 13/12, às 08h30, pelo arcebispo dom Sergio da Rocha.

No dia 27/12, dom Sergio abrirá a Porta Santa do Santuário Menino Jesus de Praga, em Brazlândia, às 10h30.

Outras duas Portas Santas, de Santuários pertencentes ao Ordinariado Militar, também serão abertas em Brasília. A primeira Porta Santa a ser aberta é na Catedral Militar Rainha da Paz, no dia 08/12, às 19h, e a outra fica no Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt, no dia 13/12, às 10h.

O Ano Santo é um ano especial, cheio de graças, e que proporciona conversão, evangelização profunda e a concretização das Palavras de Deus em gestos de perdão, de ajuda e de amor.

Foi inspirado no Ano Jubilar celebrado pelos hebreus, a cada 50 anos, quando se concediam perdões de dívidas, devoluções de campos comprados, auxílio econômico aos miseráveis e a libertação dos escravos, como forma de melhorar a relação com o próximo, com a natureza e com Deus.

O primeiro Ano Santo da história foi celebrado Papa Bonifácio VIII, em 1300, que estabeleceu que essa cerimônia deveria ser proclamada a cada 100 anos . O objetivo inicial era consentir que os fieis recebessem o perdão dos pecados e a indulgência.

O Papa Clemente VI convocou o Ano Santo em 1350, reduzindo para 50 anos o tempo máximo entre cada celebração. A ideia era permitir a possibilidade que cada pessoa pudesse celebrar o Ano Santo ao menos uma vez na vida.

Em 1475, o Ano Jubilar passou a ser celebrado a cada 25 anos, sendo classificado como Ordinário. 

Quando o Ano Santo é proclamado em um espaço de tempo menor que 25 anos, para celebrar algum fato especial, como neste ano, o Ano Jubilar é considerado Extraordinário.  "Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia  (...) que trará o tema: ‘Sede misericordiosos como o Pai’, enfatizou o Papa quando oficializou essa celebração, em abril deste ano, por meio da Bula Misericordiae Vultus

Já as Portas Santas são consideradas santas porque são abertas pelo Papa para marcar simbolicamente o início de um Ano Santo.

Os templos religiosos que possuem mais de uma porta, como são os de Roma, geralmente, escolhem-se portas laterais para serem Portas Santas. Após isso, essas Portas são seladas com cimento e tijolos, permanecendo intactas por anos.

Durante os Anos Santos, essas Portas são abertas pelo Papa com a ajuda de um martelo e com o auxílio de operadores, que retiram a parte mais grossa e difícil.  

As Portas Santas podem ser atravessadas durante todo o Ano Santo, mas ao fim deste, as Portas  são lacradas novamente.

A abertura simboliza a acolhida aos católicos e também a passagem para a salvação, uma vez que quem passar pela Porta Santa poderá receber indulgência plenária, desde que confesse-se, comungue, reflita sobra a Misericórdia e reze pelo Santo Papa.

“Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de abrir a porta de Seu coração para repetir que nos ama e quer compartilhar conosco a sua vida”, concluiu o pontífice Francisco.



Oração do Ano Santo da Misericórdia
 
Senhor Jesus Cristo,
Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos como o Pai celeste,
e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele.
Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos.
O Vosso olhar amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro;
a adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;
fez Pedro chorar depois da traição,
e assegurou o Paraíso ao ladrão arrependido.
Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as palavras que dissestes à mulher samaritana:
Se tu conhecesses o dom de Deus!
Vós sois o rosto visível do Pai invisível,
do Deus que manifesta sua onipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia:
fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor, ressuscitado e na glória.
Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles revestidos de fraqueza
para sentirem justa compaixão por aqueles que estão na ignorância e no erro:
fazei que todos os que se aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e perdoados por Deus.
Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção
para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor
e a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a alegre mensagem
proclamar aos cativos e oprimidos a libertação
e aos cegos restaurar a vista.
Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia,
a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos.
Amém 


Programação da abertura na Arquidiocese de Brasília
Catedral Metropolitana de Brasília
- 13/12 - 08h30 - Missa presidida por dom Sergio da Rocha

Santuário Menino Jesus de Praga
- 27/12 - 10h - Missa presidida por dom Sergio da Rocha

Programação no Ordinariado Militar
Catedral Militar Rainha da Paz

- 08/12 -  19h - Vigília da Misericórdia (Santa Missa e representação teatral da Parábola do Filho Pródigo, pelo Pastoreio Jovem).

Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt

- 13/12 - 10h - Assistência Religiosa das respectivas Forças Armadas, com seus subchefes regionais.


Fonte: Arquidiocese de Brasilia
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...