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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Como São Luís Maria de Montfort inspirou 5 papas diferentes

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O dia 28 de abril marca o aniversário da morte deste santo aclamado por muitos como uma das pessoas mais influentes da história recente da Igreja

São Luís Maria Grignion de Montfort é particularmente conhecido por seu livro “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem” e pela “consagração total a Cristo por meio de Maria”, que ele propõe nessa mesma obra.

O dia 28 de abril marca o aniversário da morte deste santo aclamado por muitos como uma das pessoas mais influentes da história recente da Igreja. De fato, a sua inspiração se manteve constante ao longo dos últimos três séculos e moldou o coração de muitos homens e mulheres santos.

Entre eles está São João Paulo II, que destacou essa “consagração total” no seu próprio lema papal: “Totus tuus”. A frase inteira de São Luís Maria de Montfort é “Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt. Accipio te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria” (“Eu pertenço inteiramente a ti, e tudo o que tenho é teu. Tomo-te como meu tudo. Ó Maria, dá-me o teu coração”).

Mas o papa polonês não foi o único papa nem o único santo a chamar a atenção para Montfort e seus escritos. Nos últimos 200 anos, pelo menos cinco papas expressaram sua gratidão a Montfort e incentivaram a Igreja a mergulhar fundo na sua espiritualidade mariana:

Papa Pio IX (1846-1878)

Promoveu-a como uma das melhores formas de devoção mariana. É dele o decreto que reconhece que “o Venerável Servo de Deus Luís Maria Grignion de Montfort praticou as virtudes da Fé, Esperança e Caridade para com Deus e próximo, as virtudes cardeais da Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança, e as virtudes morais relacionadas, em grau heroico”. Pio IX também foi o papa que definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição.

Papa Leão XIII (1878-1903)

Conhecido como o “Papa do Rosário”, escreveu nada menos que onze encíclicas sobre o rosário durante o seu pontificado. Foi ele quem beatificou Montfort em 1888. Profundamente influenciado pelo “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, decretou uma indulgência plenária para aqueles que praticarem a consagração mariana de Montfort.

Papa São Pio X (1903-1914)

Adotou muito da linguagem mariana de Montfort em sua encíclica sobre a Imaculada Conceição, Ad diem illum, escrevendo que, por Maria, chegamos ao conhecimento de Cristo e, também por Maria, nos é mais fácil obter a vida da qual Cristo é a fonte e origem. Concedeu uma bênção apostólica para quem lê o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”.

Papa Pio XII (1939-1958)

Canonizou São Luís Maria de Montfort em 20 de julho de 1947, elogiando muito o novo santo e considerando que o seu grande segredo para atrair e dar almas a Jesus era a sua devoção a Maria. Destacou que toda a sua atividade se baseava nela e toda a sua confiança repousava nela. Constatou que, em oposição à austeridade sem alegria, ao medo melancólico e ao orgulho deprimente do jansenismo, ele promoveu o amor filial, confiante, ardente e expansivo de um servo de Maria. No espírito da consagração total proposta por Montfort e em resposta a Nossa Senhora de Fátima, Pio XII também consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração da Virgem Mãe de Deus, com particular atenção a “todos os povos da Rússia”, conforme pedido da própria Santíssima Virgem nas suas aparições em Fátima, quando alertou sobre os perigos do comunismo.

Papa São João Paulo II (1978-2005)

Altamente inspirado por Montfort, relatou que “leu e releu muitas vezes e com grande proveito espiritual” os seus escritos. Encorajou os fiéis a seguirem o exemplo de Montfort, afirmando que, “ao repetir todos os dias ‘totus tuus’ e ao viver em harmonia com ela, podemos chegar à experiência do Pai com confiança e amor sem limites, à docilidade ao Espírito Santo e à transformação pessoal conforme a imagem de Cristo”. O papa polonês destacou repetidas vezes os escritos de Montfort nos muitos documentos que escreveu sobre a Santíssima Virgem e chegou a pensar em proclamá-lo Doutor da Igreja.

Como podemos ver pelo exemplo destes cinco papas, a espiritualidade mariana de São Luís Maria Grignion de Montfort não perdeu a sua potência ao longo dos anos; pelo contrário, continua sendo para todos nós um caminho rumo à união mais profunda com Cristo por meio de Maria.

Fonte: Aletéia

São Luís Maria Grigion de Montfort e Nossa Senhora, rogai por nós!

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Por que São Francisco e Santa Clara são chamados de “seráficos”?

Serafin i dwóch Cherubinów. Jak pisał Pseudo-Dionizy Areopagita Serafini „są najdoskonalsi i w pierwszej kolejności otrzymują Boże światło. Posiadają największą moc, pałają miłością, „płoną” ogniem miłości, napełniając żarem niżej postawione od siebie anioły”. Dlatego są przedstawiani w kolorze czerwonym. Cherubini zaś - w niebieskim, kolorze mającym odzwierciedlać mądrość, ponieważ jak pisał Pseudo-Dionizy „są pełni wiedzy Bożej, rozlewają mądrość na niższe byty”.
(Serafins e dois Querubins. Como Pseudo-Dionísio Areopagita Serafim escreveu, “eles são os mais perfeitos e recebem a luz de Deus primeiro. Eles têm o maior poder, eles queimam com amor, “queimam” com o fogo do amor, enchendo de calor os anjos colocados abaixo deles mesmos”. Portanto, eles são representados em vermelho. Querubins - em azul, a cor que reflete a sabedoria, porque, como escreveu Pseudo-Dionísio, "estão cheios do conhecimento de Deus, derramam sabedoria sobre os seres inferiores".)


O "Pai Seráfico" e a "Mãe Seráfica" da Ordem Franciscana eram conhecidos pelo seu amor ardente a Deus

Tanto São Francisco como Santa Clara de Assis são conhecidos como “Seráficos”, sendo por vezes chamados de “Pai Seráfico” e “Mãe Seráfica” da Ordem Franciscana.

O que significa “seráfico”?

A palavra “seráfico” é uma referência aos serafins, uma classe especial de anjos. Segundo a Enciclopédia Católica, “o nome é muitas vezes derivado do verbo hebraico sarafim (‘consumir com fogo’), e esta etimologia é muito provável devido à sua conformidade com Isaías 6:6, onde um dos serafins é representado como levando fogo celestial do altar para purificar os lábios do Profeta”.

A tradição afirma que foi um serafim que deu a São Francisco as chagas de Cristo no seu corpo (conhecidas como estigmas).

Embora não exista um milagre semelhante para Santa Clara, ela partilhou com São Francisco um profundo e apaixonado amor de Deus, que é uma característica dos serafins.

Com isto em mente, muitos franciscanos ainda chamam aos Santos Francisco e Clara de “seráficos”, honrando o extraordinário exemplo de santidade que eles deram ao mundo.

Fonte: Aletéia

São Francisco e Sta Clara, rogai por nós!

sábado, 30 de julho de 2022

Como ser um santo?



"Santi­ficai-vos, e sede santos, porque eu sou o Senhor, vosso Deus."
(Levítico 20, 7)
 
"A exemplo da santidade daquele que vos chamou, 
sede também vós santos em todas as vossas ações
pois está escrito: 
Sede santos, porque eu sou santo (Lv 11,44)."
(I Pe 1, 15-16)

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Por que São Bento é invocado contra o mal?

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Ele mesmo se livrou de uma tentativa de assassinato quando foi abade em um convento


Nascido na Itália no ano de 480, São Bento estudou Direito em Roma, mas decidiu consagrar sua vida a Deus. Aos 40 anos, fundou o primeiro mosteiro no Monte Cassino.

Propôs as regras para a vida monástica, sendo a mais conhecida delas “Ora et Labora” (Reza e Trabalha). Durante sua vida, realizou diversos milagres e muitos exorcismos, levando os fiéis à conversão.

São Bento é comumente invocado na luta contra o mal. Ele mesmo se livrou de uma tentativa de assassinato enquanto foi abade em um convento. Os religiosos que lá viviam ficaram insatisfeitos com o rigor de suas regras e planejavam matá-lo colocando veneno em sua bebida. Assim que a taça com vinho foi servida, São Bento fez o sinal da cruz para abençoar a bebida. No mesmo momento, a taça se quebrou.

Ele morreu em 547, aos 67 anos. Foi canonizado no ano de 1220.

A medalha

Não se sabe ao certo quando surgiu a medalha de São Bento, mas ela passou a ser difundida no século 17. 


De um lado, traz a imagem de São Bento com a cruz e o livro das regras. 
Do outro uma cruz com a inscrição C S P B (Cruz do Santo Pai Bento). 


Na haste vertical, estão as iniciais C S S M L: 

“A cruz sagrada seja a minha luz”

Na haste horizontal, N D S M D: 

“Não seja o dragão o meu guia”

No alto da cruz, a palavra PAX (Paz), que é lema da ordem de São Bento. 
E as iniciais V R S N S M V: 

“Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!” 

S M Q L I V B: 

“É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”.

Proteção contra o mal

Na devoção popular, São Bento é invocado para o combate contra as forças do mal. 

A medalha não deve ser usada como um amuleto da sorte, mas deve ser um sinal de fé.

Muitas famílias costumam rezar a oração de São Bento, especialmente no dia dedicado a ele, 11 de julho. Com a medalha nas mãos, fazem a oração em frente a porta da casa, pedindo a proteção para o lar, e também nas portas dos quartos, para que todos os que ali moram sejam livrados das forças do maligno.

Além da oração, outra jaculatória bastante usada é a seguinte:

“São Bento, água benta

Jesus Cristo no altar

que todo mal saia desta casa

para eu poder morar”.

Para empresas, pode-se rezar da seguinte forma:

“São Bento, água benta

Jesus Cristo no altar

Que todo mal saia desta empresa

Para que todos possam trabalhar”.

Fonte: Aletéia

São Bento, rogai por nós!

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Oração de São Patrício contra feitiços e malefícios

Fr-Lawrence-Lew-OP-CC


Uma poderosa oração de proteção contra inimigos dos mundos físico e espiritual

Aassim chamada “Couraça de São Patrício”, que reproduzimos abaixo, é uma oração popular atribuída a um dos mais queridos santos padroeiros da Irlanda. De acordo com a tradição, São Patrício a teria escrito por volta do ano 433 para invocar a proteção divina, depois de converter com êxito, do paganismo ao cristianismo, o rei irlandês e seus súditos.

O termo “couraça” se refere a uma peça de armadura que se usa para uma batalha; em sentido simbólico, ele se refere a essa oração como uma verdadeira couraça espiritual de proteção na luta contra o mal.

Estudos recentes sugerem que o autor desta oração não seria de fato São Patrício, mas, de qualquer modo, ela reflete muito bem o espírito com que o Apóstolo da Irlanda levou a fé católica a esse país.

A Couraça de São Patrício

Levanto-me, neste dia que amanhece, 
Por uma grande força, pela invocação da Trindade, 
Pela fé na Tríade, 
Pela afirmação da unidade Do Criador da Criação. 

Levanto-me neste dia que amanhece, 
Pela força do nascimento de Cristo em Seu batismo, 
Pela força da crucificação e do sepultamento, 
Pela força da ressurreição e ascensão, 
Pela força da descida para o Julgamento Final. 

Levanto-me, neste dia que amanhece, 
Pela força do amor dos Querubins, 
Em obediência aos Anjos, 
A serviço dos Arcanjos, 
Pela esperança da ressurreição e da recompensa, 
Pelas orações dos Patriarcas, 
Pelas previsões dos Profetas, 
Pela pregação dos Apóstolos 
Pela fé dos Confessores, 
Pela inocência das Virgens santas, 
Pelos atos dos Bem-aventurados. 

Levanto-me neste dia que amanhece, 
Pela força do céu: 
Luz do sol, 
Clarão da lua, 
Esplendor do fogo, 
Pressa do relâmpago, 
Presteza do vento, 
Profundeza dos mares, 
Firmeza da terra, 
Solidez da rocha. 

Levanto-me neste dia que amanhece, 
Pela força de Deus a me empurrar, 
Pela força de Deus a me amparar, 
Pela sabedoria de Deus a me guiar, 
Pelo olhar de Deus a vigiar meu caminho, 
Pelo ouvido de Deus a me escutar, 
Pela palavra de Deus em mim falar, 
Pela mão de Deus a me guardar, 
Pelo caminho de Deus à minha frente, 
Pelo escudo de Deus que me protege, 
Pela hóstia de Deus que me salva, 
Das armadilhas do demônio, 
Das tentações do vício, 
De todos que me desejam mal, 
Longe e perto de mim, 
Agindo só ou em grupo. 

Conclamo, hoje, tais forças a me protegerem contra o mal, 
Contra qualquer força cruel que ameace meu corpo e minha alma, 
Contra a encantação de falsos profetas, 
Contra as leis negras do paganismo, 
Contra as leis falsas dos hereges, 
Contra a arte da idolatria, 
Contra feitiços de bruxas e magos, 
Contra saberes que corrompem o corpo e a alma. 

Cristo guarde-me hoje, 
Contra veneno, 
contra fogo, 
Contra afogamento, 
contra ferimento, 
Para que eu possa receber e desfrutar a recompensa. 
Cristo comigo, 
Cristo à minha frente, 
Cristo atrás de mim, 
Cristo em mim, 
Cristo em baixo de mim, 
Cristo acima de mim, 
Cristo à minha direita, 
Cristo à minha esquerda, 
Cristo ao me deitar, 
Cristo ao me sentar, 
Cristo ao me levantar, 
Cristo no coração de todos os que pensarem em mim, 
Cristo na boca de todos que falarem em mim, 
Cristo em todos os olhos que me virem, 
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem. 

Levanto-me, neste dia que amanhece, 
Por uma grande força, 
pela invocação da Trindade, 
Pela fé na Tríade, 
Pela afirmação da Unidade, 
Pelo Criador da Criação.

Fonte: Aletéia

São Patrício é celebrado no dia 17 de março, Padroeiro da Irlanda.

São Patrício, rogai por nós!

quarta-feira, 29 de junho de 2022

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Apóstolos São Pedro e São Paulo

 

A celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano, outra em São Paulo fora dos muros, a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois apóstolos.


SÃO PEDRO

Simão era pescador de Betsaida (Lc 5,3; Jo 1,44), que mais tarde se estabelecera em Carfarnaum (Mc 1, 21.29). Seu irmão André o introduz entre os que seguem Jesus (Jo 1,42); mas Simão havia sido certamente preparado para este encontro por João Batista. O Cristo lhe muda o nome e o chama de "Pedra" (Mt 16,17-19; Jo 21, 15-17), para realizar em sua pessoa o tema da pedra fundamental. Simão Pedro é uma das primeiras testemunhas que vê o sepulcro vazio (Jo 20,6) e merece uma especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34).

Depois da ascensão, ele toma a direção da comunidade cristã (At 1,15; 15,17), enuncia o esquema da Boa Nova, e é o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja aos pagãos. Essa missão espiritual não o livra da condição humana nem das deficiências do temperamento. 

Quando Pedro vai a Roma torna-se o apóstolo de todos. Cumpre, então, plenamente, sua missão de "pedra angular", reunindo num só "edifício" os judeus e os pagãos e ratifica esta missão com seu sangue.

São Pedro morreu crucificado, de cabeça para baixo.


SÃO PAULO

Nascido Saulo, em Tarso, depois de sua conversão na estrada de Damasco, Paulo percorre, em quatro ou cinco viagens, o Mediterrâneo. Faz a primeira viagem em companhia de Barnabé (At 13-14). Após o concílio dos apóstolos em Jerusalém, Paulo inicia uma segunda viagem, desta vez expressamente como "convidado" dos "DOZE". 

Foi preso na volta de uma de suas inúmeras viagens, pelos judeus em Jerusalém. Sendo cidadão Romano, Paulo apela para Roma. Ao chegar em Roma passa ainda em torno de 2 anos preso; no entanto, aproveitando de algumaas facilidades que lhe são proporcionadas, entra em frequente contato com os cristãos da cidade e escreve as "cartas do cativeiro". LIbertado faz provamente sua útilma viagem à Espanha.

De novo preso e encarcerado, Paulo sofre o martírio cerca do ano 67, tendo sido decapitado.

Segundo a tradição, o martírio dos dois pilares da Igreja deu-se no mesmo dia: 29 de junho do ano 67. Pedro morreu no Circo de Nero, na colina Vaticana, e Paulo na Via Ostiense. 

Sobre suas sepulturas surgiram a Basílica de São Pedro e a Basílica de São Paulo extra Muros.

Pedro e Paulo: dois nomes que ao longo dos séculos personificaram a Igreja inteira em sua ininterrupta Tradição. Aos dois primeiros mestres da fé chegou-se mesmo a "confessar" os pecados no Confiteor, reconhecendo neles a Igreja histórica. 

Ainda hoje o Papa invoca a autoridade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo quando, em seus atos oficiais, quer referir a Tradição à sua fonte: a palavra de Deus.


DIA SANTO

A Igreja Católica, conforme disposto no Código de Direito Canônico, ensina que que esse dia é um Dia Santo e de Guarda (Preceito), portanto, o Católico deve participar da Santa Missa, sob pena de cometer pecado contra os Mandamentos da Lei de Deus.

Brasil: Porém, aqui no Brasil, por autorização da Santa Sé, o dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo foi transferido para o domingo seguinte.


Missa da Vigília


1 Leitura: At 3,1-10

Salmo 18A

2 Leitura Gl 1, 11-20

Evangelho Jo 21,15-19


Missa do Dia


1 Leitura: At 12, 1-11

Salmo 33

2 Leitura 2Tm 4, 6-8.17-18

Evangelho Mt 16, 13-19


Fonte: Vaticano, Missal Dominical e Código de Direito Canônico

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

terça-feira, 28 de junho de 2022

Festas juninas: tradição e curiosidades

Youtube - Fair Use

Está aberta a temporada de "arraiás" por todo o Brasil

Junho é mês de festa em várias cidades do país. Escolas, comunidades, igrejas comemoram os tradicionais “arraiás” festas dedicadas a Santo Antônio (13 de junho), São João Batista (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

Esse tipo de comemoração chegou ao Brasil com os jesuítas, na época da colonização. Mas o costume nasceu bem antes. Na antiguidades, registros históricos indicam que na Europa grupos se reuniam para apresentar oferendas aos deuses pagãos que seriam responsáveis pelo clima, em forma de agradecimento pelas colheitas. Com o crescimento do catolicismo, algumas festividades foram incorporadas e passaram a ter um caráter religioso, ajudando assim a difundir a fé.

No Brasil os jesuítas usaram essas comemorações como forma de catequizar os índios e os moradores da colônia. Vamos conhecer um pouco mais a história destes três santos homenageados em festas por todo o país.

Santo Antônio

Fernando Antônio de Bulhões nasceu em Portugal no ano de 1195. Entrou para a vida religiosa aos 19 anos, contrariando a vontade de seu pai, um oficial do exército de Dom Afonso. Passou dois anos no Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, sempre estudando e aprofundando-se em oração. Depois foi estudar em Coimbra, onde foi ordenado sacerdote. Logo todos notaram que ele tinha o dom da Palavra e era admirado por suas pregações. Ainda em Coimbra conheceu os freis franciscanos e se admirou com o fervor e a radicalidade com que eles viviam o Evangelho. Mudou-se para o Mosteiro de São Francisco e tornou-se frei.

Frei Antônio pediu permissão para ir ao Marrocos pregar o Evangelho, mas no meio da viagem adoeceu e teve que voltar. Porém durante a viagem o barco foi desviado e chegou até a Sicília, na Itália. Lá conheceu pessoalmente São Francisco de Assis.

Passou 15 meses como eremita num monte até que São Francisco, percebendo os dons de frei Antônio, o nomeou como responsável pela formação teológica dos irmão do mosteiro. Foi enviado a Roma para tratar de assuntos ligados à ordem com o Papa Gregório IX, que se impressionou com sua inteligência e eloquência. Em seguida São Francisco o nomeou como primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em suas pregações reuniam-se às vezes até 30 mil pessoas.

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos. Muitos milagres foram realizados depois da sua morte e onze meses depois foi beatificado e canonizado.

Santo Antônio é o protetor das coisas perdidas, protetor dos casamentos e protetor dos pobres. Ele também é conhecido como o santo casamenteiro. Uma jovem pobre teria pedido a bênção de frei Antônio, já que não podia realizar o casamento porque sua família não tinha dinheiro para pagar o dote, as roupas e o enxoval. O frei abençoou a jovem, dizendo para ela confiar. Depois de alguns dias, ela recebeu tudo o que precisava para se casar.

São João Batista

Muitas vezes confundido com João Evangelista, João Batista era filho de Zacarias e Isabel. É considerado o santo mais próximo de Jesus, de quem era primo, e foi o responsável pelo batismo de Cristo no rio Jordão. Quando perguntado pelos judeus sobre quem era, João respondeu com as palavras do profeta Isaias: “Eu sou a voz que clama no deserto; endireitai o caminho do Senhor” (Jo 1, 23). Na sequência, perguntaram a João com que autoridade ele batizava o povo, sendo que ele não era o Cristo, nem Elias e nem um dos profetas. João proclamou: “Eu batizo com água, ma no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado” (Jo 1, 26-27). Quando João viu Jesus, exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).

Depois do batismo de Jesus, João Batisa seguiu denunciando as injustiças e as ofensas à lei de Deus. Foi preso por Herodes e morreu na prisão (Mat 14, 1-12) São João Batista assumiu sua missão com humildade, fé e devoção. É o único santo que a Igreja celebra no dia de seu nascimento, 24 de junho, e não de sua morte.**


De acordo com a tradição, Isabel mandou acender uma fogueira no alto de um monte para avisar a Maria que João, seu filho, havia nascido.

São Pedro

O simples pescador estava à beira do mar da Galileia quando Jesus disse a ele e seu irmão André: “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens” (Mat 4, 19). Foi depois deste chamado que Simão passou a ser chamado de Pedro. Seguiu a Cristo com muito fervor e esteve ao lado de Jesus durante a transfiguração no Monte Tabor. Em uma das passagens do Evangelho, recebeu a missão de conduzir a igreja. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mat 16, 18). Depois da ressurreição de Cristo, foi ao túmulo junto com o apóstolo João (Jo 20, 1-10).

Depois de receber o Espírito Santo, Pedro passou a pregar o Evangelho por todos os lugares onde passava. Foi preso várias vezes por isso. Numa delas, foi libertado por um anjo do Senhor (Atos 12, 1-11).

Pedro exerceu sua liderança sobre os apóstolos e sobre a Igreja, vivendo e pregando a Palavra de Deus. Foi para Roma e continuou sua missão, apesar das perseguições.

Foi preso e condenado à morte na cruz, por ser o líder da Igreja. Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, já que não se julgava digno para morrer como seu mestre. Foi morto na região onde hoje é o Vaticano. Seus restos mortais estão no altar da Igreja de São Pedro em Roma. Escreveu duas cartas que estão no Novo Testamento e foi provavelmente a fonte de informações do Evangelho escrito por são Marcos. A festa de São Pedro é celebrada no dia 29 de junho.**

Fonte: Aletéia

** OBS1: Na verdade, o Martírio de São João Batista é celebrado no dia 29 de Agosto. Assim, com exceção de Jesus e Maria, ele é o único que a Igreja celebra o Nascimento e a Morte. (IGMR)
**OBS2: Dia 29 de Junho é também celebrado o dia de São Paulo, também um santo junino.

São Paulo

Nascido Saulo, depois de sua conversão na estrada de Damasco, Paulo percorre, em quatro ou cinco viagens, o Mediterrâneo. Após o Concílio dos Apóstolos em Jerusalém, Paulo inicia uma segunda viagem, desta vez expressamente como “convidado” dos “Doze”. Evangelizou na Turquia, Frigia, Galacia, Europa, Filipos, Grecia, Corinto, Antioquia.

Pouco após sua volta a Jerusalém foi preso pelos judeus, sendo cidadão Romano, apela para Roma. Chega a Roma por volta do ano 61 e fica preso até o ano 63; mesmo preso, não deixou de evangelizar aproveitando de algumas facilidades que lhe são proporcionadas, entra em frequente contato com os cristãos da cidade e escreve as “cartas do cativeiro”. Libero em 63, fez sua última viagem a Espanha.

De novo preso e encarcerado Paulo sofre o martírio cerca do ano de 1967, sendo decapitado.

Pedro e Paulo: dois nomes que ao longo dos séculos personificaram a Igreja e sua ininterrupta Tradição.

Fonte: IGMR

A Solenidade de São Pedro e São Paulo é celebrada dia 29 de Junho, sendo considerado Dia Santo de Guarda, conforme o Código de Direito Canônico; porém, aqui no Brasil, com autorização da Santa Sé, a celebração é realizada no Domingo.


Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

terça-feira, 14 de junho de 2022

Não coloque Santo Antônio de cabeça para baixo!

77krc | Flickr CC BY-NC-ND 2.0


Esta superstição é uma prática não cristã, 
que deturpa a genuína devoção aos santos

Santo Antônio de cabeça para baixo: esta superstição é muito comum dentro de outra superstição que atribui “poderes casamenteiros” ao santo mais disputado entre portugueses e italianos.

De fato, há muita coisa “de cabeça para baixo” em torno a Santo Antônio de Pádua, que, para começo de conversa, nem era Antônio nem era de Pádua. É que o seu nome de batismo era Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo – ele só passou a se chamar Antônio aos 25 anos, quando se tornou frade franciscano. E ele não nasceu em Pádua, na Itália, mas sim em Lisboa, muito boa razão pela qual os portugueses o chamam de Santo Antônio de Lisboa. Saiba mais sobre isto acessando o artigo recomendado ao final desta matéria.

Mas e a fama de santo casamenteiro?

Já em vida, o frade era considerado santo pela população, mas, após a sua morte e canonização, as atribuições de milagres à sua intercessão aumentaram com grande intensidade. O próprio Papa Leão XII o chamou de “santo de todo o mundo”, devido à enorme extensão da devoção a ele. De fato, Santo Antônio é venerado como padroeiro dos pobres, dos viajantes, dos pedreiros e dos padeiros, entre muitos outros profissionais.

Justamente por conta da fama de grande intercessor, Santo Antônio também é muito “procurado” por quem lhe pede socorro para encontrar um bom marido ou uma boa esposa!

E é aí que surgem aqueles que até chegam a colocar a imagem do pobre santo de cabeça para baixo, como modo de “forçá-lo” a interceder por esse objetivo…

Mas esta superstição é uma prática não cristã, que deturpa a genuína devoção a Santo Antônio e o próprio sentido da intercessão dos santos segundo a fé católica.

O Catecismo da Igreja Católica nos alerta, em seu número 2.111, para o perigo da superstição: trata-se de “um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe”, podendo também “afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas” – ainda que sejam práticas “legítimas ou necessárias”, como é o caso das orações.

Então nada de deixar Santo Antônio de cabeça para baixo!

Fonte: Aletéia

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Por que a abertura do túmulo de Carlo Acutis reacende o chamado universal à santidade

Diocese of Assisi

"Pela primeira vez na história, veremos um santo vestido de jeans, tênis e blusa. 
Esta é uma grande mensagem para nós"

Antes da beatificação de Carlo Acutis, em outubro de 2020, seu túmulo foi aberto para veneração pública. Os visitantes puderam ver os restos mortais do jovem santo, vestido com jeans e tênis.

Entretanto, após a cerimônia de beatificação, o túmulo foi fechado, em parte por causa da confusão em torno do estado do corpo de Carlo Acutis.

Quando o corpo foi exumado, durante as investigações para a beatificação, houve relatos iniciais de que ele estava incorrupto.

O Pe. Carlos Acácio Gonçalves Ferreira, reitor do santuário onde se encontra o túmulo de Carlo Acutis disse que seu corpo foi descoberto “totalmente integral”, embora não intacto.

Embora através do vidro o corpo pareça estar incorrupto, ele não está. O corpo de Carlo Acutis está coberto com uma camada de cera para dar a aparência de antes do sepultamento. Isso, de fato não é incomum para a apresentação de corpos de santos.

A santidade ao alcance de todos

Pe. Ferreira explicou a importância da forma como o corpo de Carlo Acutis é apresentado:

“Pela primeira vez na história, veremos um santo vestido de jeans, tênis e uma blusa. 
Esta é uma grande mensagem para nós; 
podemos sentir a santidade não como uma coisa distante, 
mas como algo muito ao alcance de todos
porque o Senhor é o Senhor de todos.

Os peregrinos podem visitar o túmulo de Carlos Acutis no Santuário do Despojamento de Assis, onde repousa.

Assista abaixo ao momento em que o túmulo foi aberto de forma permanente.
Fonte: Aletéia

Para lê:





Beato Carlo Acutis. rogai por nós!

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Vida de São Luís Maria Grignion de Montfort





Conheça a vida de São Luís de Montfort, cuja doutrina sobre a Santíssima Virgem influenciou inúmeros Papas do século XX. Com apenas 16 anos de sacerdócio, ele alcançou uma estatura extraordinária: sua pregação de "politicamente correta" não tinha nada, mas elevou verdadeiramente os corações dos homens ao alto.



Tratado: Livro de São Luís Maria



TOTUS TUUS EGO SUM MARIAE ET OMNIA MEA TUA SUNT
(Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu é teu)

São Luís Maria Grignion de Montfort, rogai por nós!
Gabriel Zavitoski

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Nudez, puritanismo e sensibilidade católica

Diego Velázquez | Public Domain


A má reação a uma foto do recém-beatificado Carlo Acutis usando calção de banho destaca uma tendência que desconsidera a compreensão histórica da Igreja sobre Cristo encarnado

Alguns grupos católicos nos EUA reagiram mal a uma foto em que Carlo Acutis (o jovem italiano recentemente beatificado) aparece de calção de banho durante as férias em família. Algumas pessoas questionaram se essa seria “a roupa de um santo”. A questão seria risível se não fosse o sintoma de algo mais grave. Ficar escandalizado com um menino aproveitando suas férias é simplesmente absurdo, mas o comentário revela uma concepção distorcida sobre a santidade.

Santa Teresa e a humildade

No sexto livro de O Castelo Interior, Teresa d’Ávila definiu a humildade como andar en verdad, “caminhar na verdade”. Nesse sentido, andar (caminhar) refere-se a uma disposição geral do ser. Uma tradução alternativa (e talvez mais abrangente) da definição de Teresa d’Ávila pode ser “humildade é estar na verdade”, ou talvez até mesmo “ser verdadeiro”, reconhecendo suas próprias falhas e virtudes, esquivando-se dos excessos de orgulho e vergonha, vaidade e auto-aversão, descuido e escrúpulos.

Mas esse ser na verdade tem implicações mais amplas. Assim como a definição de Teresa é (em primeiro lugar) um convite para enfrentar, aceitar e trabalhar os aspectos muitas vezes contraditórios da existência pessoal, ela também pode ser lido como uma exortação a aceitar a realidade.

Não importa o quanto queiramos, um cachorro não é um pássaro — tanto quanto um ser humano não é apenas uma engrenagem em uma máquina. Claramente, essa humilde aceitação da realidade não é puro conformismo com o status quo. É, pelo contrário, um desafio que exige um treinamento interminável na arte de ser capaz de distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso. A diferença entre um e outro, a história (infelizmente) provou uma e outra vez, nem sempre é clara. Afinal, essa foi a pergunta de Pilatos: “o que é a verdade?” (Cf. Jo 18, 38).

Francisco de Assis e a arte medieval

A vida contemporânea é assombrada pelo fantasma de uma sensibilidade hiperbólica, muito facilmente chocada ou ofendida, que tende a ver razões para se escandalizar onde muitas vezes não há. O puritanismo contraria a humildade quando faz do próprio eu ofendido o critério por meio do qual tudo deve ser medido, muitas vezes fazendo muito barulho por nada. Não é preciso dizer que nossa sensibilidade pessoal nem sempre está necessariamente alinhada com a verdade.

“Maria lactans”, pintura de Andrea Solario (1460-1522), Paris, Museu do Louvre. Sailko | CC BY-SA 3.0

Esse tipo de puritanismo não é incomum. Inúmeros santos sofreram com isso. Todos se referem a essa tendência como uma doença da alma. Como qualquer doença, escrúpulos puritanos podem ser bastante contagiosos. Os excessos da cultura do cancelamento são apenas uma manifestação coletiva disso. Obras clássicas que antes eram consideradas canônicas (incluindo a Odisseia, de Homero) foram removidas dos currículos em várias universidades dos EUA por todos os tipos de razões (irracionais).

Em seu (já clássico) The Sexuality of Christ in Renaissance Art and in Modern Oblivion, o notável historiador da arte Leo Steinberg argumenta que, como resultado da ascensão da Ordem Franciscana na segunda metade do século XIII, uma ênfase na nudez de Cristo e, portanto, em sua humanidade, desenvolveu-se na teologia, filosofia e arte, que passaram a ser mais centradas no ser humano.

Na verdade, um lema bem conhecido da Ordem Franciscana era nudus nudum Christum sequi (“seguir nu ao Cristo nu”). Como Lee Siegel explica, esse foi “um apelo radical para deixar de lado riquezas e pertences mundanos e reconhecer a natureza frágil e decaída de todos os homens e mulheres”. Enquanto os artistas bizantinos não destacaram a imagem do corpo desnudo de Cristo (ocupados em provar a divindade de Cristo, diante de cismas e iconoclastias), os artistas católicos do final da Idade Média e do Renascimento tinham espaço para se concentrar em sua humanidade.

Giovanni Bellini, A circuncisão de Cristo (por volta de 1500), óleo sobre painel. National Gallery, Londres. PD
Atelier de la Sainte Face

Artistas medievais e renascentistas representavam livremente a nudez de Cristo, nem mesmo coberto com um lenço, para destacar a Encarnação. Representações de Maria amamentando também seriam usadas com a mesma intenção teológica. A revelação da nudez, explica Steinberg, mostraria a radicalidade da Encarnação de Cristo e, consequentemente, seu amor pela humanidade.

Na verdade, o Cristo nu não tão conhecido de Michaelangelo pretende retratá-lo como um descendente de Davi conforme a carne; a pose de Cristo, claramente semelhante à de Davi, aponta para sua pertença mútua à Árvore de Jessé. Até mesmo as representações medievais populares da circuncisão do menino Jesus foram lidas como predizendo a crucificação — como se o primeiro sangue derramado pelo Menino nu fosse mais tarde cumprido no sangue derramado das chagas do Cristo nu na Cruz. As relíquias supostamente pertencentes à circuncisão de Jesus eram de fato tão populares quanto as de sua Paixão (e muitas vezes desfilaram em 1o de janeiro, na Festa da Circuncisão).

Steinberg explica como as chagas da Paixão também eram comumente pensadas do ponto de vista relacionado à maternidade. Através delas, os crentes nascem em uma vida nova e eterna. Até mesmo o sangue e a água derramados da ferida lateral de Cristo foram comparados ao leite de Maria, sustentando e alimentando os fiéis à medida que eles cresciam na fé. Todas essas reflexões teológicas e sacramentais teriam sido impossíveis se não fosse por um profundo respeito pelo corpo nu, despojado e torturado de Cristo.

Considerando tudo isso, pode-se argumentar com segurança que os corpos (e os corpos nus e despojados em particular) não eram necessariamente motivo de escândalo para nossos antepassados na fé, mas sim um locus fundamental da vida espiritual. É possível que nossa época, obcecada com realidades virtuais e metaversos, tenha esquecido disso. Mas também, uma compreensão excessivamente espiritualizada da vida religiosa apoia há muito tempo um pseudo esquecimento pouco ortodoxo da Encarnação de Cristo, apesar do lembrete cerimonial semanal: “isto é o meu Corpo“.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, Mãe de Deus, rogai por nós!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

São Sebastião: exemplo de coragem e perseverança


Shutterstock

Padre Reginaldo Manzotti

A história de São Sebastião inspira-nos a superar as dificuldades e a não cair no desânimo

Celebrar São Sebastião nos dias de hoje, enquanto ainda vivemos uma pandemia, uma peste, significa que devemos aprender com o santo a superar as dificuldades, nunca desanimar, sempre levantar e continuar o trabalho.

São Sebastião nasceu na França e logo foi com os pais para Milão, na Itália. Nas terras italianas, cresceu na fé cristã e ficou famoso como valente soldado e capitão da guarda do imperador Romano. Os cristãos eram perseguidos na época e muitos foram presos e martirizados, porém São Sebastião conseguiu ajudar muitos irmãos presos por seguirem o Cristo, dando alimento e animando-os a perseverarem na fé em Deus.

Sebastião foi denunciado por um soldado e o imperador Diocleciano sentiu-se traído e tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã e a socorrer os aflitos e perseguidos.

O imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, amarraram-no a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte.

Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.

Diocleciano ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma. Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas, no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportadas para uma basílica construída nas catacumbas pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje.

São Sebastião é um exemplo de coragem ante os obstáculos da vida e fidelidade mesmo diante das contrariedades e perseguições. Que ele interceda junto a Jesus para que sejamos cada vez mais autênticos em nossa fé.

Fonte: Aletéia

São Sebastião, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

14 fatos extraordinários sobre João Paulo II

GERARD JULIEN | AFP


O Papa que veio de longe se tornou uma das figuras mais amadas e respeitadas da história da Igreja


1 – O Papa São João Paulo II esteve à frente do terceiro pontificado mais longo de todos os tempos: 26 anos, 5 meses e 17 dias. Só foram mais longos que o dele o papado de São Pedro (cerca de 37 anos) e o de Pio IX (31 anos, 7 meses e 23 dias).

2 – Chamado de “Papa Peregrino”, São João Paulo II visitou nada menos que 129 países, em 104 viagens apostólicas internacionais. Além delas, foram mais 146 viagens dentro da Itália. 
Tornou-se icônico o seu gesto de beijar o solo de cada país ao qual chegava.

3 – Entusiasta e firme defensor da família, criou em 1994 os Encontros Mundiais das Famílias. A segunda edição, em 1997, foi no Rio de Janeiro, em 4 e 5 de outubro.

4 – Amado e apontado pelos jovens como um líder exemplar da humanidade, ele criou e impulsionou as Jornadas Mundiais da Juventude, hoje um “clássico” entre os grandes eventos católicos internacionais. 
No de 1995, nas Filipinas, ele reuniu a maior aglomeração humana já registrada até então em toda a história da humanidade: 5 milhões de pessoas em torno à Santíssima Eucaristia, durante a Santa Missa de encerramento em Manila. Este recorde mundial só foi quebrado por outra Santa Missa, também rezada em Manila: a do Papa Francisco em sua visita apostólica de janeiro de 2015, que reuniu 7 milhões!

5 – São João Paulo II foi eleito Papa em 16 de outubro – festa de Santa Margarida Maria Alacoque, a promotora da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, da qual floresce a devoção à Divina Misericórdia.

6 – Profundamente devoto de Nossa Senhora, dedicou a ela o lema do seu pontificado: 

“Totus tuus ego sum, Maria, et omnia mea tua sunt” 
(Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu é teu).

7 – Foi o primeiro Papa polonês, o primeiro a vir de um país comunista, o primeiro a entrar em uma sinagoga, o primeiro a entrar em uma mesquita, o primeiro a receber uma delegação oficial da Igreja Ortodoxa Grega desde o cisma de 1054 e o primeiro e único a ser atingido por um tiro e dar entrada num hospital público. 
Além disso, em 14 de novembro de 2002, tornou-se o primeiro Papa em 150 anos a visitar o parlamento italiano: seu discurso na ocasião foi tão eloquente que o mafioso Benedetto Marciante, capo da Cosa Nostra, se entregou à polícia.

8 – São João Paulo II sofreu um gravíssimo atentado em plena Praça de São Pedro: levou dois tiros, em 13 de maio de 1981 e, após superar uma série de complicações, pôde deixar definitivamente o hospital no dia 14 de agosto. 
13 de maio é dia de Nossa Senhora de Fátima; 14 de agosto é véspera da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Em referência ao auxílio de Nossa Senhora neste episódio a que sobreviveu quando os próprios médicos duvidavam de que conseguisse, ele resumiu: 

“Uma mão disparou. 
Mas outra mão guiou a bala”.

9 – São João Paulo II não apenas falava fluentemente o latim, coisa rara em nossos tempos, como também conversava em eslovaco, russo, italiano, francês, espanhol, português, alemão, ucraniano e inglês, além, é claro, da sua amada língua materna, o polonês. Quando jovem, além de trabalhar pesado em uma pedreira, ele era praticante de esqui, montanhismo e remo, estudava teatro e literatura polonesa e chegou a atuar e escrever peças.

10 – São João Paulo II era especialista em São João da Cruz e na tradição mística do Carmelo. Uma das suas teses de doutorado (sim, porque ele não tinha um, mas dois doutorados!) era, justamente, “A Doutrina da Fé em São João da Cruz”.

11 – São João Paulo II batizava em sua capela privada os filhos dos seus mais modestos colaboradores.

12 – Uma pesquisa feita nos Estados Unidos indicou que o mais cativante na sua figura era o sorriso, a devoção mariana, o domínio de várias línguas e o amor pelas crianças e pelos pobres. Em outra pesquisa com estudantes de Portugal, Espanha e América Latina, foi apontado em primeiro lugar como a pessoa mais admirada do mundo.

13 – Uma montanha do Polo Sul recebeu o nome de Papa João Paulo II em homenagem aos seus 25 anos de pontificado.

14 – Em 28 de abril de 2005, o mesmo mês em que João Paulo II tinha falecido (no dia 2), o Papa Bento XVI dispensou no caso dele os cinco anos normalmente necessários após a morte de alguém para iniciar a sua causa de beatificação e canonização. 
O mesmo Bento XVI o beatificou em 1º de maio de 2011. 
O Papa Francisco o canonizou em 27 de abril de 2014, junto com São João XXIII.


Fonte: Aletéia

São João Paulo II, rogai por nós!

sábado, 3 de julho de 2021

Como honrar os santos e as devoções de julho

Bbernard - Shutterstock


Torne seu mês espiritualmente mais rico!

Alguns santos e devoções celebrados em julho estão entre os mais populares da Igreja.

O mês começa com a Festa do Preciosíssimo Sangue de Jesus, preparando o cenário para o mês dedicado ao Precioso Sangue e repleto de belos dias de festa litúrgica. Nossa Mãe Santíssima e alguns dos santos mais inspiradores são celebrados neste mês também. Veja como celebrá-los em casa ou em alguma igreja (mas sempre tomando as medidas anti-Covid).

1.º de julho: Festa do Preciosíssimo Sangue de Jesus

A devoção ao Preciosíssimo Sangue está profundamente ligada à do Sagrado Coração de Jesus. É o coração que bombeia o sangue por todo o corpo. Na lei judaica não é permitido comer carne que contenha sangue. Nas Escrituras, o livro de Levítico descreve leis especiais com maneiras precisas de sacrificar um animal para que o coração continue bombeando e drenando seu sangue. Jesus deu cada gota de Seu Precioso Sangue até a última batida de Seu Sagrado Coração. Este foi o último sacrifício ao pai.


Uma maneira maravilhosa de aumentar a devoção ao Precioso Sangue é fazendo uma Consagração ao Seu Sagrado Coração. Clique aqui e saiba como fazer.

5 de julho: adore ao Senhor e agradeça com Santo Antônio Maria Zacaria

Ainda pouco conhecido, Santo Antônio Maria Zacaria teve uma história incrível. Foi médico e líder da Contra-Reforma. Ele se inspirou em São Paulo e, portanto, não é surpresa que tivesse uma fé ardente e zelosa. Era médico e sacerdote, por isso podemos trazer com confiança todas as nossas necessidades físicas e espirituais a ele enquanto buscamos sua intercessão. Ele é conhecido como um dos fundadores da Devoção das Quarenta Horas, uma exposição solene do Santíssimo Sacramento para adoração. Santo Antônio Maria ajudou a popularizar esta devoção entre os leigos. Ele também reviveu o costume de tocar os sinos da igreja às 15h para homenagear o momento da morte de Cristo na cruz.

Seguindo este exemplo, por que não definir o alarme do seu celular para tocar às 15h como uma chamada para a oração? Para honrar este santo padroeiro dos médicos, envie um e-mail ou cartão de agradecimento ao seu médico. E, visto que Santo Antônio Maria era devotado ao Santíssimo Sacramento, encontre uma forma especial de homenagear Jesus, presente na Eucaristia, esta semana. Encontre uma igreja perto de você que ofereça Adoração Eucarística e planeje ir até lá. Você descobrirá que Jesus, o Médico Divino, fará maravilhas em sua alma, apenas por você estar em Sua Presença. Aqui está uma boa oração para o dia:



Oração a Santo Antônio Maria Zacaria

Santo Antônio Maria Zacaria, auxílio dos pobres e enfermos, o senhor que devotou a sua vida ao nosso bem espiritual, ouve a minha humilde e esperançosa oração. Continue seu trabalho como médico e sacerdote obtendo de Deus a cura de minhas enfermidades físicas e morais, para que, livre de todo mal e de todo pecado, eu possa amar ao Senhor com alegria, cumprir com fidelidade meus deveres, trabalhar generosamente pelo bem de meus irmãos e irmãs, e para minha própria santificação. Amém.

16 de julho: Festa de Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora apareceu a São Simão Stock, um Carmelita Inglês, e deu-lhe o Escapulário Marrom, prometendo: “todo aquele que morrer com esta vestimenta não sofrerá o fogo eterno”. Então, este é um ótimo dia para começar a usar o escapulário marrom, se você ainda não o fez. O melhor de tudo é que muitas igrejas oferecem uma missa de inscrição do escapulário na festa de Nossa Senhora do Carmo. 
Ter o escapulário marrom abençoado por um padre traz graças extras.
 

Neste dia, experimente fazer uma refeição tradicional italiana de sua escolha e termine com uma sobremesa apresentando … o que mais? Caramelo!

22 de junho: tome um chá com Santa Maria Madalena

Santa Maria Madalena é frequentemente associado a uma mulher notória e sem nome que ungiu os pés do Senhor com uma combinação de um unguento perfumado caro e suas lágrimas amargas de remorso. Alguns reprovaram, mas Jesus disse: “Deixe-a em paz! Ela fez uma coisa linda para mim. Ela me ungiu com óleo antes da minha morte.”

A lenda diz que Santa Maria Madalena está enterrada na França, e os franceses são tão devotos a essa grande santa que até inventaram uma sobremesa incrível com o seu nome. Por que não tentar fazer algumas “madeleines” para um chá em homenagem a Santa Maria Madalena? Você pode assar ou comprar algumas e deixá-las para alguém que precisa de um pouco de amor e apoio extra!

26 de julho: homenageie os avós com São Joaquim e Sant’Ana

Os Santos Joaquim e Ana são os santos padroeiros dos avós, pois são os avós de Jesus e os pais de Nossa Senhora! Que pais sábios e santos eles foram. Comemore o belo vínculo familiar. orando pelas almas de seus avós ou netos, vivos ou falecidos.

Além disso, Sant’Ana é geralmente retratada segurando uma Bíblia aberta e instruindo sua filha Maria. Em honra de Sant’Ana, leia e saboreie as Escrituras. Leia também alguma história da Bíblia para uma criança ou encontre alguém com quem você possa discutir as belezas da Palavra de Deus.

Enfim, que os santos de julho e o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor te protejam e abençoem a tua família.

Fonte: Aletéia

sábado, 29 de maio de 2021

29 de maio: dia de São Paulo VI, o Santo da Cura dos Bebês em Gestação


Public Domain


Kathleen Hattrup

Milagres atribuídos ao santo pontífice indicam curas de bebês desenganados pelos médicos durante as gestações

“O Papa Francisco, concordando com as petições e desejos do Povo de Deus, decretou que a celebração do Papa São Paulo VI deveria ser inserida no Calendário Romano em 29 de maio com a categoria de memorial opcional”, diz uma declaração do Congregação da liturgia do Vaticano.

A data reconhece, assim, o aniversário da ordenação sacerdotal deste pontífice (1897-1978), eleito Papa em 1963.

Os dias de festa geralmente correspondem ao nascimento do santo para a vida eterna (o dia da sua morte), mas há algumas exceções.

Algumas delas são a festa de São João Paulo II, em 22 de outubro, aniversário de sua eleição como Papa. A Igreja também celebra a festa de Santa Zélia e São Luís Martin na data do aniversário de casamento deles (12 de julho). Enfim, são várias as razões que podem entrar em jogo para a escolha de um dia de festa, incluindo o período litúrgico.

São Paulo VI: um amante da vida

Francisco canonizou Paulo VI em outubro de 2018.

Paulo VI é foi o Papa que concluiu o Concílio Vaticano II. Entre outros documentos, escreveu, em 1698, a encíclica Humane Vitae, que fala sobre a contracepção artificial.

Parece que o santo pontífice tem um carinho especial pela vida, já que os milagres que levaram à sua canonização envolveram bebês em gestação.

Em fevereiro de 2018, a Santa Sé reconheceu o milagre atribuído às orações de Paulo VI, abrindo caminho para a canonização do pontífice. Um bebê no quinto mês de gravidez carregado por uma mãe que tinha uma doença que colocava em risco a vida de ambos nasceu com boa saúde e agora é uma menina saudável em crescimento.

Outro milagre aprovado no processo de beatificação do Papa Paulo VI (Giovanni Battista Montini) também diz respeito a uma gravidez difícil. Os médicos incentivaram uma mulher a abortar seu filho porque o bebê era deficiente . Ela recusou o aborto e confiou o bebê à intercessão de Paulo VI, por causa de sua encíclica Humanae Vitae . A criança sobreviveu sem quaisquer problemas de saúde.

Paulo VI foi beatificado em 19 de outubro de 2014, na conclusão do primeiro Sínodo sobre a Família.

Amante da igreja

O documento do Vaticano para sua canonização o descreve assim:

Paulo VI brilha como aquele que uniu em si a fé pura de São Pedro e o zelo missionário de São Paulo. Sua consciência de ser o Sucessor de Pedro fica evidente quando lembramos que em 10 de junho de 1969, durante uma visita ao Conselho Mundial de Igrejas em Genebra, ele se apresentou dizendo “Meu nome é Pedro”. …

A Igreja sempre foi, de fato, seu amor constante, sua preocupação principal, objeto de reflexão constante, o fio primeiro e mais fundamental de todo o seu pontificado.

Nada mais desejava do que um maior conhecimento Igreja para ser cada vez mais eficaz no anúncio do Evangelho.

Fonte: Aletéia

São Paulo VI, rogai pelas gestantes, pelos bebês em gestação e pelas mulheres que desejam engravidar.
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