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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Exemplos próprios para excitar os fiéis a assistir todos os dias à Santa Missa

Aqueles que não têm gosto para assistir à Santa Missa, invocam inúmeros pretextos para escusar sua tibieza. Podeis vê-los absorvidos por seus negócios. Cheios de solicitude e zelo pelo progresso de seus miseráveis interesses.

Para isso toda fadiga é leve e não há dificuldade que os retenha. Ao contrário, para assistir à Santa Missa, que é o mais importante dos tesouros, ei-los cheios de frieza e preguiça, invocando centenas de escusas frívolas: seus numerosos cuidados, sua saúde delicada, os embaraços de família, a falta de tempo, o excesso de ocupações. Em suma, se a santa Madre Igreja não os obrigasse sob pena de pecado a assistir à Santa Missa ao menos, aos domingos e dias santificados, sabe DEUS se visitariam jamais uma igreja ou dobrariam o joelho ante um altar.

Ó vergonha! ó profunda miséria de nossos tempos! Infelizes, que estamos longe do fervor dos primeiros cristãos, os quais, como já disse, assistiam todo dia à Santa Missa e recebiam o pão dos Anjos.

No entanto não lhes faltavam afazeres, cuidados, ocupações. Mas a própria Santa Missa era para eles um auxílio para bem dirigir seus negócios e interesses espirituais e temporais. Mundo obcecado! Quando abrirás os olhos para reconhecer tão palpável ilusão? Vamos! Despertemos todos! E que nossa devoção preferida, a mais amada, seja assistir diariamente à Santa Missa e nela comungar, pelo menos espiritualmente.

Para alcançar tão santo resultado, não sei de meio mais eficaz que o exemplo, pois é uma máxima indiscutível que todos vivimus ab exemplo: isto é, que tudo que vemos feito por nossos semelhantes se nos torna acessível e fácil. Não poderás fazer, dizia a si próprio Santo Agostinho, o que fazem estes e aqueles? Tu non poteris quod isti et estae?

Apresentarei, portanto, alguns exemplos interessantes de pessoas diversas, e por este meio espero convencer todo o mundo.

Fonte: As Excelências da Santa Missa

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, Tende Piedade de nós e do mundo inteiro!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Beato João Paulo II - Dia 22 de Outubro


A Igreja Católica celebra nesta segunda-feira, 22, pela segunda vez, a memória litúrgica de João Paulo II (1920-2005). O Papa polaco foi beatificado em maio de 2011 pelo seu sucessor, Papa Bento XVI, no Vaticano.

A data assinala o dia de início do pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.

Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”.

“Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canônico para a Igreja latina e oriental”, lê-se no documento.

Aos fiéis, é proposta ainda uma passagem da homilia de João Paulo II no início do seu pontificado, precisamente em 22 de outubro de 1978, na qual afirmou: ‘Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo!’.

Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa em 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.

Entre os seus principais documentos, estão 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas.

O Papa polaco foi proclamado beato no dia 1º de maio do ano passado, na Praça São Pedro, no Vaticano, em uma cerimônia que contou com a participação de cerca de um milhão de pessoas, encerrando a penúltima etapa para a declaração da santidade, na Igreja Católica.

De acordo com o direito canônico, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do Beato João Paulo II a partir desse dia.

Segundo o postulador da causa de canonização, padre Slawomir Oder, têm chegado a Roma testemunhos muito significativos e “pequenos milagres” que se encontram em estudo.



Beato João Paulo II, rogai por nós!

domingo, 21 de outubro de 2012

Células-Tronco. A Igreja Católica tinha razão!

Porque a Igreja é contra o uso da célula-tronco embrionária?

Com a descoberta de como reprogramar qualquer célula-tronco adulta em uma célula pluripotente (equivalente, em plasticidade, a uma célula-tronco embrionária, sem o potencial teratogênico desta), feito que acaba de dar o Prêmio Nobel de Medicina aos pesquisadores britânico John Gurdon e ao japonês Shinya Yamanaka (“Ciência”, ontem), mostra que a Igreja católica tem razão quando pediu ao STF que não aprovasse o uso de células tronco embrionárias pela ciência, já que não é necessário fazer esse uso, uma vez que se mata um ser humano embrionário.

Agora ficou provado que cientificamente não é preciso usar células tronco embrionárias, pois as células tronco adultas fazem o mesmo papel, sem precisar se eliminar um ser humano, que já contém uma alma imortal, criada à imagem de Deus.


Esperamos, então,  que agora, com este dado científico,  o Supremo Tribunal Federal reverta sua decisão de liberar o uso de embriões humanos em experiências. Moralmente isso nunca se justificou, e agora não se justifica nem cientificamente.

Os que amam a Deus e obedecem suas leis precisam se opor a essa eliminação sistemática, silenciosa e cruel de seres humanos indefesos. A moral católica não aceita que se faça o bem por um meio mal; e não aceita que os fins justifiquem os meios; senão, toda a Civilização vira barbárie. Prof. Felipe Aquino

Fonte: Canção Nova

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

São Lucas, evangelista- Dia 18 de Outubro


Lucas nasceu em Antioquia e exerceu a profissão de médico (Cl 4, 14), depois da conversão, esteve a serviço de Paulo (Fm 24; 2Tm 4,11; At 6, 10-17; 20, 21;28) e encontrou-se provavelmente a seu lado em seus últimos dias (2Tm 4,11). Sua origem grega, sua procedência do paganismo e a colaboração com a obra apostólica de Paulo aparecem sob muitos aspectos em toda ação evangelizadora e nos escritos paulinos.

O Evangelho de Lucas tem como tema fundamental a admissão de todos os povos à salvação (Lc 3,6; 7,1-9; 13, 28-30; etc.) e a participação no Reino de todas as categorias de pessoas que a antiga Lei excluía do culto: os pobres, os pecadores, os fracos, as mulheres, os pagãos (Lc 5, 29-37; 7, 36-50; 8, 1-3; 10, 21-22). É todo um "alegre anúncio" de que Jesus é o Salvador, todo bondade, misericórdia, doçura, alegria. Sua vida e ministério são apresentados como uma "viagem" de subida a Jerusalém, ao Calvário, à glória.

Os Atos dos Apóstolos são para Lucas uma "história-anúncio" da Igreja missionária no mundo, sob o poderoso influxo do Espírito Santo. Narra ele em círculos concêntricos a difusão da mensagem e do mistério de Cristo por obra dos Apóstolos, discípulos, diáconos e fiéis, apresentando primeiro a Igreja de Jerusalém, depois as primeiras missões na Palestina e circunvizinhanças, e enfim as grandes viagens apostólicas de Paulo.

Liturgia

Primeira Leitura 2 Tm 4, 10-17a

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo, Demas me abandonou por amor deste mundo, e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, Tito para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, porque me é útil para o ministério. Mandei Tíquico a Éfeso. Quando vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. Alexandre, o ferreiro, tem-me causado muito dano; o Senhor lhe pagará segundo as suas obras! Evita-o também tu, pois ele fez forte oposição às nossas palavras. Na minha primeira defesa, ninguém me assistiu; todos me abandonaram. Oxalá que não lhes seja levado em conta. Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus.

Salmo 144 (145)

R. Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!

- Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder! R.

- Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração. R.

- É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente. R.

Evangelho Lc 10, 1-9
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
Naquele tempo, o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar onde ele próprio devia ir. E dizia-lhes:
"A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimentais ninguém pelo caminho! Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. Permanecei naquele mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: 'O Reino de Deus está próximo de vós'."
Palavra da Salvação
Glória a vós, Senhor.

Fonte: Missal Cotidiano

São Lucas, rogai por nós!

Yellow!



Para guardar a modéstia/recato e evitar mostrar mais do que devido, a blusa deve ter mais um botão fechado




terça-feira, 16 de outubro de 2012

Comunhão Espiritual


Quanto à maneira de fazer a comunhão espiritual de que falei antes, é preciso conhecer a doutrina do santo Concílio de Trento, o qual ensina que se pode receber o Santíssimo Sacramento de três modos: sacramentalmente, espiritualmente, ou sacramentalmente e espiritualmente ao mesmo tempo.

Não se fala aqui do primeiro modo, que se verifica também nos que comungam em estado de pecado mortal, como o fez Judas; nem do terceiro, comum a todos os que comungam em estado de graça; mas trata-se aqui do segundo, adequado àqueles que, tomando as palavras do santo Concílio, impossibilitados de receber sacramentalmente o Corpo de Nosso Senhor, "o recebem em espírito, fazendo, atos de fé viva e ardente caridade, e com um grande desejo de se unirem ao soberano bem, e, por este meio, se põem em estado de obter os frutos do Divino Sacramento."

"Qui voto propositum illum caelestem panem edentes fide viva quae per dilectionem operatur, fructum ejus et utilitatem sentium" (Sess. XIII, c. 8)

Para facilitar-vos prática tão excelente, pesai bem o que vou dizer-vos. No momento em que o sacerdote se dispõe a comungar, na Santa Missa, recolhei-vos no vosso íntimo, tomando a mais modesta posição; formulai, em seguida, em vosso coração um ato de sincera contrição e, batendo humildemente no peito, em sinal de que vos reconheceis indignos de tão grande graça, fazei todos os atos de amor, oferecimento, humildade e os demais que costumais fazer quando comungais sacramentalmente: Desejai, então, vivamente receber o adorável JESUS, oculto por vosso amor, no Santíssimo Sacramento.

Para excitar em vós o fervor, imaginai que a Santíssima Virgem ou um de vossos santos padroeiros vos dá a santa comunhão: suponde recebê-la realmente e, estreitando JESUS em vosso coração, repeti-Lhe muitas e muitas vezes com ardente amor: "Vinde, JESUS adorável, vinde ao meu pobre coração; vinde saciar meu desejo, vinde meu adorável JESUS, vinde, ó dulcíssimo JESUS!" E depois ficai em silêncio, contemplando vosso DEUS dentro de vós, e, como se tivésseis de fato comungado, adorai-O, agradecei-Lhe, fazendo todos os atos que habitualmente fazei depois da comunhão sacramental.

Ora, sabei que esta santa e bendita comunhão espiritual, tão pouco praticada pelos cristãos de nossos dias, é um tesouro que cumula a alma de bens incalculáveis; e, no sentir de muitos autores, é de tal modo eficaz que pode produzir as mesmas graças que a comunhão sacramental, e maiores ainda.

Com efeito, se bem que a comunhão sacramental, na qual se recebe a santa Hóstia, seja por sua natureza de maior proveito, porque, como sacramento, age ex opere operato, é possível, no entanto, que uma alma faça a comunhão espiritual com tanta humildade, amor e fervor, que obtenha mais graças que não obteria outra, comungando sacramentalmente, mas com disposição menos perfeita.

Nosso Senhor, outrossim, ama tanto este modo de fazer a comunhão espiritual, que muitas vezes se dignou atender com milagres visíveis os piedosos desejos de seus servos, dando-lhes a comunhão ou por sua própria mão, como fez à bem-aventurada Clara de Montefalco, a Santa Catarina de Sena, e a Santa Lidvina; ou pela mão dos Anjos, como aconteceu a São Boaventura e aos santos bispos Honorato e Firmino; ou ainda, mais frequentemente, por meio da augusta Mãe de DEUS, que se dignou dar a comunhão ao bem-aventurado Silvestre.

Não vos admireis desta condescendência tão terna, pois a comunhão espiritual abrasa a alma no amor a DEUS, une-a a Ele, e dispõe-na a receber as graças mais insignes.

Se refletísseis, portanto, nestas coisas, seria possível permanecerdes frios e insensíveis? Que desculpa poderíeis invocar para isentar-vos de tão devota prática? Tomai a resolução de vos habituardes a ela; e notai que a comunhão espiritual tem sobre a sacramental esta vantagem, que esta só se pode fazer uma vez ao dia, enquanto aquela podeis fazê-la em todas as Missas que quiserdes, e ainda, de manhã, à tarde, o dia todo ou de noite, em casa como na igreja, sem necessitar permissão de vosso confessor.

Em resumo, quantas vezes fizerdes a comunhão espiritual, outras tantas vos enriquecereis de graças, de méritos e de toda sorte de bens.

Ora, o fim deste livrinho é despertar no coração de todos os que o leem um santo ardor para que se introduza entre os fiéis o costume de assistir todo dia, piedosamente, à Santa Missa e de fazer aí a comunhão espiritual. Oh! que felicidade se, se obtivesse este resultado! Teria, então, a esperança de ver reflorir em toda a Terra este santo fervor que se admirava na idade de ouro da primitiva Igreja. Nesse tempo os fiéis assistiam diariamente ao Santo Sacrifício, e diariamente recebiam a Comunhão Sacramental. Se dignos não sois de imitá-los, ao menos assistí a todas as Santas Missas que puderdes e comungai espiritualmente. Se eu tivesse a dita de persuadir-vos, creria ter ganho o Mundo inteiro, e daria por bem recompensados os meus débeis esforços. Enfim, para desfazer todos os pretextos que se apresentam ordinariamente, a fim de não assistir à Santa Missa darei nos capítulos seguintes diversos exemplos que interessam a toda sorte de pessoas. Por aí cada um compreenderá que se, se priva de tão grande bem, é por sua culpa, por sua preguiça e seu pouco zelo pelas coisas santas, e que assim se prepara amargo arrependimento na hora da morte.

ORAÇÃO PARA COMUNHÃO ESPIRITUAL

Senhor JESUS CRISTO, eu creio que estais verdadeiramente presente no Santíssimo Sacramento. Adoro-vos sobre tudo o que existe. Desejo com devoção e fervor, receber-vos sacramentalmente, porém, como não é possível agora, peço-vos vir espiritualmente ao meu coração para purificá-lo e abrasá-lo do mais puro, santo e sagrado amor e adoração para com a SANTÍSSIMA TRINDADE.
Prostro-me profundamente perante vossa Pureza perfeita, Majestade Divina e Realeza Sagrada. Amém.

Fonte: Livro As Excelências da Santa Missa

Graças e Louvores sejam dados a todo momento,
Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

ANO DA FÉ - 2012/2013


1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.
2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»[1]. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.[2] Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.
4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II,[3] com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese[4] e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um ano semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca».[5] Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar».[6] As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus,[7] para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.
5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar»[8], bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa».[9] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».[10]
6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz».[11]
Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando».[12] O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus.[13] Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda que tantas pessoas à procura de Deus encontrem o justo percurso para chegar à «porta da fé».
Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.
8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.
9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força».[14] Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada[15] e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.
Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».[16]
10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.
A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.
Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.
A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «“Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”».[17]
Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor.[18]
Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre».[19] Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro.[20] É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.
11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial».[21]  
É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.
Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.
12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.
De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, hoje de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade.[22]
13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.
Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.
Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).
Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.
14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18). 
A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).
15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.
Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.
À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.

BENEDICTUS PP. XVI

Fonte: Vaticano

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida em Brasilia-DF


Desde 1717, quando a imagem de Nossa Senhora da Conceição apareceu nas redes de três pescadores, às margens do Rio Paraíba, a devoção à Mãe de Deus sob o título de Virgem Aparecida é cada vez maior, expressando a grande confiança que o povo brasileiro tem na mediação maternal de Maria junto a seu filho Jesus Cristo.

Essa devoção tornou-se tão forte em todo o País que, em 8 de setembro de 1904, por ordem do Papa Pio X, a imagem foi solenemente coroada e proclamada como Rainha do Brasil. A partir de então, a Imagem passou a usar oficialmente a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, e o manto azul-marinho. O título foi confirmado mais tarde, em 1930, quando o Papa Pio XI proclamou a Virgem Aparecida Padroeira do Brasil. Ao longo desses anos são inúmeras as graças e milagres concedidos por Deus em favor do povo brasileiro mediante a intercessão de Maria Santíssima.

Nossa Senhora foi também escolhida para ser a Padroeira de Brasília, ainda à época da construção da cidade, uma vez que a devoção à Virgem sintetiza muito bem a fé de todas as pessoas que para cá vieram. A imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou aqui no dia 3 de maio de 1957, após ter visitado todas as capitais brasileiras.

Neste 12 de outubro, a imagem de Nossa Senhora Aparecida estará exposta durante todo o dia no altar na Esplanada dos Ministérios para que os fiéis possam realizar suas orações, cumprir suas promessas e ofertar flores em honra à Virgem Santíssima.

Programação da Festa

12 de outubro (sexta-feira)
A partir das 09hs
Esplanada dos Ministérios, no gramado em frente à Catedral

Manhã

09hs - Missa das Crianças e Coroação de Nossa Senhora Aparecida
- Programação especial para as crianças até às 13hs

Tarde

13hs - Ofício de Nossa Senhora
13:30hs - Rosário meditado e início da grande concentração popular
15hs - Homenagem dos Jovens à Santa Mãe de Deus
16:30hs - Preparação para a Santa Missa
16:45hs - Saída do Clero da Catedral para o altar da celebração
17hs - Santa Missa presidida por Dom Sérgio da Rocha e concelebrada por todo o Clero da Arquidiocese.

Após a Santa Missa, Solene Procissão com a imagem da Padroeira e bênçãos para os doentes, governantes e as famílias.

Obs1: Tendo em vista que os sacerdotes devem se fazer presentes na Santa Missa celebrada na Esplanada, só haverá missas nas Paróquias pela manhã;
Obs2: Barracas de Alimentação: Durante o dia haverá atendimento ao público em geral e aos romeiros de outras cidades.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

domingo, 7 de outubro de 2012

As Festas do Rosário e as Indulgências


A principal Festa do Rosário é a que se celebra com este nome no primeiro domingo de Outubro, no rito dominicano; no rito romano a 7 do mesmo mês, em comemoração da vitória alcançada, graças ao Rosário, sobre os Turcos pelos defensores da fé de JESUS CRISTO. Neste dia podem ser lucradas numerosíssimas indulgências em favor das almas do Purgatório.

São, de certo modo, consideradas festas do Rosário, as festas dos Mistérios, a saber:

a) A Anunciação de Nossa Senhora;
b) o Encontro de JESUS entre os Doutores, no Templo, em algumas liturgias;
c) duas Sextas-feiras da Quaresma à escolha dos fiéis;
d) A Páscoa;
e) a Ascensão;
f) a Assunção;
g) o dia de Todos os Santos.

Geralmente, os que têm amor ao Rosário dedicam especial devoção ao seu excelso fundador São Domingos, assim como aos Santos da Ordem dominicana.

Indulgências do Rosário

A indulgência é a remissão da pena temporal, devida a DEUS pelos pecados já perdoados, (perdoados somente quanto à culpa e pena eterna), e concedida aos fiéis pela autoridade eclesiástica, e paga pelo tesouro da Igreja, isto é, pelos merecimentos satisfatórios de JESUS CRISTO, da Santíssima Virgem e dos Santos.

Indulgência plenária, se o Rosário for rezado na igreja ou oratório ou em família, na comunidade religiosa ou em piedosa associação; parcial, em outras circunstâncias.

Para que alguém seja capaz de lucrar indulgências, deve ser batizado, não estar excomungado e encontrar-se em estado de graça (ter confessado).

Exigências para se lucrar a indulgência plenária:

Para lucrar a indulgência plenária além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra (por exemplo: a recitação do Rosário) enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, individual, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice.

A condição de rezar nas intenções do Sumo Pontífice se cumpre ao se recitar nessas intenções um PAI Nosso e uma Ave Maria, mas é bom acrescentar outras orações conforme sua piedade e devoção.

Fonte: Livro Sacratíssimo Rosário (com imprimatur)

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

sábado, 6 de outubro de 2012

O que é lícito ao casal que vive o drama da infertilidade?

Para os casais que tem dificuldade de engravidar só há um caminho moralmente lícito e aceitável pela Igreja Católica, qual seja, o casal ter uma relação sexual natural e um médico pode ajudar o esperma que já está no corpo da mulher a fazer o seu caminho na direção do óvulo.

Se não for possível isso, sempre há a possibilidade de exercer a paternidade e a maternidade através da adoção!

Veja o vídeo onde o pe. Paulo Ricardo trata sobre o assunto:





Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

Os Quinze Sábados do Rosário e Recomendações


Consiste esta devoção, em comungar no decurso de 15 sábados consecutivos, em memória dos quinze mistérios do Rosário, com a finalidade de honrar a Santíssima Virgem e por este meio obter alguma graça especial, quer na ordem espiritual, quer na temporal.

Nestes sábados meditam-se por ordem os quinze mistérios, um em cada sábado.

Esta devoção pode ser praticada em qualquer época do ano. Em geral, porém, os fiéis a começam de maneira a concluí-la na véspera da grande festa do Rosário.

Havendo algum impecilho, a comunhão pode ser transferida do sábado para o domingo.

Há pessoas que fazem os quinze domingos ganhando as mesmas indulgências.

Aos sábados também podereis fazer uma mortificação espiritual ou corporal, dar uma esmola, praticar uma obra de misericórdia especial; ensinar catecismo a crianças, falar do Rosário, distribuir livrinhos e folhetos religiosos ou medalhas, terços, etc. De um sábado ao outro, conservai-vos no espírito do mistério, meditando e praticando a virtude adequada a cada mistério.

Recomendações

Se for possível, praticar os exercícios referentes ao Rosário, como seja: A devoção dos quinze sábados, Novenas, etc., numa igreja que possua a Confraria do Rosário; se não for possível, fazei-o diante de uma imagem de Nossa Senhora; durante aquele dia é bom conservar uma lâmpada acesa e, nos momentos da oração acender duas velas.

Fonte: Sacratíssimo Rosário

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

As Intenções e a Resa do Rosário em Comum


O Rosário é um tesouro, uma força nas mãos dos fiéis. Por si ele é uma fonte de bens admiráveis. Estes, todavia, tornar-se-ão maiores, se na prática desta devoção, os fiéis tiverem intenções particulares e gerais.

Além do desejo sincero de aproveitarmos todos os movimentos da graça que opera na alma de quem reza, devemos pedir a DEUS alguma graça especial. Devemos pedir as virtudes necessárias para nossa salvação como seja: a contrição dos pecados, a fé, a esperança, a Caridade, a humildade, a pureza do coração, todos os bens celetes e na ordem material, a nossa saúde, o bom êxito dos nossos negócios e até o alimento e a moradia.

Os bens gerais que todo cristão generoso pede a DEUS em suas preces e, mormente, na reza do seu Rosário, são a paz, o bem estar social, o reino da justiça, o engrandecimento da pátria e felicidade de todos, etc., não deixando de impetrar o triunfo da nossa Santa Religião, as graças necessárias ao Sumo Pontífice, ao Episcopado e ao Clero, a  conversão dos pecadores, o adiantamento dos bons na prática das virtudes, o alívio das almas do Purgatório, etc.

Os fiéis que assim tem intenções na reza do Rosário, mostram-se dotados do verdadeiro espírito cristão, e nunca perdem o fervor necessário.

Resa do Rosário em Comum

Por grandes que sejam os frutos da recitação privada do Rosário, não podem ser comparados aos que seguem a reza pública do mesmo. É certo que mais honramos a DEUS e à Virgem Santíssima quando nos reunimos para louvá-los.

É certo que rezando juntos, excitamo-nos reciprocamente ao fervor.

E se rezarmos na Igreja perante o Santíssimo Sacramento, na presença dos Anjos, no lugar destinado à oração, quais não serão então as graças da nossa oração?

Fonte: Sacratíssimo Rosário

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Celestial Revelação e a Excelência do Rosário


Segundo a tradição confirmada várias vezes pela Santa Sé, o Rosário foi revelado pela Santíssima Virgem, nos primeiros anos do século XIII, a São Domingos de Gusmão, que por esse motivo é considerado como o fundador desta devoção ao mesmo tempo que da Ordem dos Pregadores.

Escreve Frei Luíz de Souza: "Nosso Pai São Domingos, foi o primeiro pregador e promotor do Rosário. A Santíssima Virgem Maria, apareceu-lhe, num êxtase, ensinou-lhe a sagrada devoção do Rosário e mandou-lhe que a pregasse, com certeza de que seria eficaz", o que foi para o Santo uma enorme consolação, justo é que o seja também para todos nós e para toda a Igreja Católica, enquanto durar o Mundo, porque tanto durará o fruto desta maravilhosa oração, se a soubermos aproveitar. É porque ela nos foi dada pela Santíssima Virgem e nela meditamos sua vida, seus trabalhos e glória misturando-se com a vida, Paixão, Morte, e gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor JESUS CRISTO, que mereceu o nome de Rosário na língua latina, que na portuguesa diz-se, Rosal.

A rosa é a flor mais nobre de todas as flores por fineza de cor, pelo cheiro agradável ao olfato, por utilidade de virtude; alegra a vista, conforta o coração e é conservadora da vida humana. Por estas qualidades é símbolo da honestidade e seus espinhos que machucam lembram o pecado original, como aparece nas Sagradas Escrituras onde o ESPÍRITO SANTO, para declarar as excelências da Virgem Maria, disse em nome dela: ego flos campi, que os Hebreus traduzem: eu sou a rosa dos campos!

"Não se podia portanto achar nome mais próprio para uma devoção toda alternada em mistérios gozosos, dores e glórias da Divina Mãe e do Filho Divino."

Nesta devoção o Santo se empenhou com tanta eficácia, que era praticada pelos cristãos mais fervorosos de Roma e tirou-se dela formosos frutos.

Ficou a cargo dos dominicanos serem dela propagadores e nas casas que fundaram, em todas elas construíam logo uma capela ou altar com o título de Senhora do Rosário. Mas foi decaindo pouco a pouco esta salutar devoção e chegou a estar quase esquecida. Nossa Senhora, porém, tornou a confiar aos filhos de São Domingos, a honra de propagar o seu Rosário e aparecendo primeiro ao nosso famoso pregador Frei Alano de La-Roche e depois ao Prior de Colônia, mandou a um e outro que restaurasse esta santa devoção eficaz e fácil para os fiéis, agradável a DEUS e à Virgem, para alcançar misericórdias do Céu".

Excelência do Rosário

De origem celeste e, para melhor dizer, divina, o Rosário tem uma excelência intrínseca que se acha nas orações e mistérios de que é composto, na maravilhosa união que oferece da oração mental e da vocal e nas indulgências de que foi enriquecido pela Santa Igreja.

O PAI NOSSO com que se separam as dezenas de Ave Marias é obra de JESUS que ensinou a seus discípulos, dizendo-lhes: "Assim, é que deveis rezar". Será possível que o Salvador tenha deixado de incluir nesta oração algum pedido necessário? Quem a examinar com atenção, efetivamente, convencer-se-á de que ela contém tudo o que o homem pode desejar, desde o pão de cada dia, até o mais esplêndido triunfo da santa causa de DEUS.

A AVE MARIA, oração predominante do Rosário, é composta das palavras que o Anjo dirigiu à Santíssima Virgem no dia da Encarnação do Verbo, das que Santa Isabel pronunciou na visita de Nossa Senhora, enfim, de uma invocação acrescentada às precedentes palavras pela Santa Igreja, nossa Mãe.

"Lacordaire diz que, quando a boca humana repete à Virgem Maria essas palavras que foram o sinal de sua divina maternidade, comovem-se-lhe as entranhas à recordação de um momento, que não teve semelhante nem no Céu, nem na Terra, e por toda a eternidade, o Universo se enche do júbilo que a Ave Maria produz".

Pela contemplação dos quinze mistérios o espírito se embevece nos mais belos ensinamentos práticos e especulativos e comove-se o coração à vista dos exemplos de JESUS e de sua Santíssima Mãe; pela recitação das orações pedimos as graças de que necessitamos para conformar a nossa vida com o que contemplamos nos mistérios, de modo que o Rosário se torna uma oração completa e isenta de qualquer imperfeição.

Enfim, são tão preciosas as indulgências concedidas aos que praticam esta devoção que o sábio Faber a distinguiu com o nome de rainha das devoções indulgenciadas.

Depois da Santa Missa, o Rosário é, sem dúvida, uma oração perfeita, pelas bênçãos que alcança, pelos ensinamentos que proporciona, pelas graças que obtém, pelos triunfos que prepara.

Concluamos com uma palavra do Padre Lacordaire:

"Todas as vezes que uma devoção alcança perpetuidade e universalidade (e isto se dá com o Rosário de Maria) necessariamente ela encerra uma misteriosa harmonia com as necessidades e o destino do homem. O racionalismo sorri, vendo passar fileiras de gente a redizer a mesma palavra: aquele, porém, que anda iluminado com celeste luz, compreende que o amor não tem mais que uma palavra e, dizendo-a sempre, não se cansa nunca".

Fonte: O Sacratíssimo Rosário

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

A História do Rosário


A história do Rosário é de longo seguimento de maravilhas, graças e bênçãos, concedidas a todos os que o recitem.

Começou assim:

Surgiu, no sul da França, certa seita de hereges, propagadora de doutrinas perniciosíssimas e extremamente cruéis para a Igreja e para a própria sociedade civil.

Infelizmente, depressa aumentou o número dos seus adeptos, cuja violência se manifestava pelo incêndio das igrejas, pelo saque das cidades e pelo assassínio de gente pacífica, só porque recusava aceitar os seus vis ensinamentos.

Pouco a pouco atraíram a si homens de grande influência.

O Papa mandou vários santos missionários para tentar convertê-los, mas em vão.

Os reis enviaram contra eles os seus exércitos, mas sem resultados. Eram tais os excessos por eles praticados, que mais pareciam demônios saídos do inferno do que homens.

Foi então que São Domingos fez a sua aparição; mas, por muito santo que fosse, nem mesmo ele conseguiu demovê-los. Estavam bastante endurecidos, e não se convertiam.

Nas suas dificuldades, este grande servo de DEUS costumava pedir auxílio a Nossa Senhora. Dizem as maiores autoridades, entre elas Santo Antonino, que São Domingos teve em vida muitíssimas visões de Nossa Senhora.

Ele mesmo confessou que a Virgem Santíssima nunca recusara escutá-lo.

Maria declarou solenemente, por três vezes, que a Ordem de São Domingos era a Ordem dela e deu aos frades dominicanos o escapulário branco, que forma a parte distintiva do seu hábito.

São Domingos recorreu a Maria, com confiança ilimitada e, em resposta à sua oração, ela inspirou-lhe o Rosário como arma, pela qual ele havia de conseguir as mais extraordinárias vitórias sobre o mal. Mas o Rosário de São Domingos não era tal qual o temos hoje. Consistiria na pregação dos Mistérios principais da nossa salvação, o mais popular possível, sem deixar de ser bíblica, levando os ouvintes depois à recitação do PAI Nosso (Oração dominical) e da Ave Maria (Saudação Angélica) sem a "Santa Maria" que foi introduzida posteriormente. Foi São Pio V quem, no século XVI, estabeleceu o Rosário como o temos hoje.

Com esta maneira de pregar e orar, Domingos converteu, num espaço de tempo, incrivelmente breve, milhares de hereges, e tão eficientemente que, muitos dos convertidos, se tornaram eminentes na santidade.

Foi esta, digamos assim, a primeira grande vitória do Rosário.

Desde então, milhares de Santos, Bem-aventurados, apóstolos e missionários da Ordem Dominicana, têm espalhado esta devoção por toda a Cristandade. Sobressaíram no século XV o Bem-aventurado Alano de La-Roche, na Bretanha (França), Félix Fábri e Tiago Sprenger em Colônia (Alemanha). Foi Tiago Sprenger quem, em Colônia, fundou a primeira Confraria do Rosário divulgada, depois por toda a Igreja.

Recomendação da Igreja

O Rosário foi aprovado solenemente pela Santa Igreja, tem sido louvado e recomendado pelos papas e por eles enriquecido, no correr dos tempos, com muitíssimas e notabilíssimas indulgências. Ainda mais, os Soberanos Pontífices, quiseram que esta devoção tivesse no círculo litúrgico festa especial e se celebrasse com grande solenidade todos os anos; e comprazeram-se em derramar sobre a mesma devoção com liberalidade, sem limites, o tesouro das indulgências.

Passados séculos, agora em nossa época, à festa do Rosário veio ajuntar-se outra grande graça pontifícia, o Mês do Rosário, que é obrigatório para toda a Igreja Católica.

No processo canônico do Beato Alano de La-Roche, apresenta a Santa Igreja Católica com sua inabalável autoridade estas palavras, como ditas por Maria Santíssima, àquele Bem-aventurado:

"DEPOIS DA SANTA MISSA, O ROSÁRIO É O EXERCÍCIO DE PIEDADE QUE MAIS ME AGRADA..."

Fonte: O Sacratíssimo Rosário (com imprimatur)

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Qual é a doutrina da Igreja sobre a vasectomia?

O Catecismo da Igreja Católica ao tratar sobre o sexto mandamento - não cometerás adultério (pecado contra a castidade) - diz que:

2399. A regulação dos nascimentos representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização directa ou a contracepção).

Ora, a vasectomia nada mais é que um meio de esterilização do homem para que não possa perpetuar a espécie humana, sendo condenada pela Igreja. Assim, o homem que faz, comete um ato imoral e pode cometer o pecado mortal contra o sexto mandamento.

Veja um vídeo onde o pe. Paulo Ricardo trata do assunto.

 

Quem fez e não sabia que era condenada pela Igreja, pecado ou imoral pode:

1) Ver com o médico a possibilidade de reverter e, se possível, tem o dever moral de fazê-lo;
2) Se não for reversível, a pessoa deveria fazer penitência.

A Vasectomia NÃO invalida o matrimônio, ou seja, se o homem fez a vasectomia antes da celebração do matrimônio este (matrimônio) é válido, pois a vasectomia não comporta a impotência, não sendo, portanto, causa de impedimento matrimonial.


Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!
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