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quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Os 4 mistérios que são revelados no Sacramento do Matrimônio

EpicStockMedia | Shutterstock


Compreender os mistérios do matrimônio significa descobrir os caminhos que fazem o amor aumentar ao longo dos anos

O matrimônio é um sacramento que reflete a Santíssima Trindade de forma terrena, através do amor dos cônjuges. Do amor de duas pessoas nasce uma terceira, assim como acontece com Deus Pai e Deus Filho – que de tão grande amor nasce uma terceira pessoa, o Espírito Santo.

É por isso que, ao se compreender os mistérios do matrimônio, encontrar-se-ão novos caminhos pelos quais o amor aumenta ao longo dos anos, como consequência da união purificadora por meio do Espírito Santo.

No cristianismo, o casamento “significa uma promoção, porque, embora o corpo envelheça, o espírito se rejuvenesce e o amor muitas vezes é mais intenso. O tempo traz consigo a revelação do mistério do amor”, escreve Fulton J. Sheen em seu livro “Três para casar”.

Esse sacramento revela-se em dois aspectos essenciais, que são a família e a ascensão no amor. Deus, em sua criação, pretendia que a união entre duas pessoas se concentrasse em continuar a manter a imagem da Santíssima Trindade. Portanto, os mistérios vividos são reflexo da doação e da evasão do egoísmo para focar no amor ao outro.

“Deus não pretendia que o vigor durasse nos homens e a beleza nas mulheres, mas que reaparecessem nos filhos. 
É aqui que a Providência de Deus se revela”.
Fulton J. Sheen

O fruto do casamento são os filhos concebidos pelos pais. Neles se encontra aquele mistério pelo qual foi fundado o sacramento do matrimônio, que revive e mantém aquela união dos cônjuges ao longo do tempo.

Estes são os quatro mistérios pelos quais passa um casamento que continua a manter aquele “romance duradouro e encantador”:

1. ESCLARECIMENTO SOBRE O CORPO

Os cônjuges se conhecem através do mistério do corpo, que compreende a união do ato matrimonial.

“O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. 
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. 
E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.”
(1 Cor 7, 3-4)

Esta citação nos fala sobre como os cônjuges se conhecem como uma só carne, não são mais apenas seres individuais, mas foram abençoados com a união de corpo e alma.

2. MATERNIDADE E PATERNIDADE

Este segundo mistério começa com o nascimento do primogênito. É nesse momento que muda a percepção do homem ao ver sua mulher. A beleza dela é elevada, porque não só reflete a feminilidade, mas ele consegue ver a expressão da maternidade em sua totalidade.

Da mesma forma, as mulheres agora não só vêem a força dos homens, mas vêem a sua masculinidade expressa através da paternidade.

3. CAPACIDADE DOS PAIS DE INSTRUIR O CORAÇÃO

O terceiro mistério se reflete na forma como os pais decidem orientar os seus filhos para o encontro com o Senhor, uma vez que os filhos atingem a idade da razão. É aqui que eles, como pai e mãe, descobrem este mistério ao exercerem o seu papel de apóstolos na própria família. Cabe a eles fortalecer essa união no Espírito Santo para gerar frutos.

4. CONTRIBUIÇÃO PARA O BEM-ESTAR

Este último mistério exerce-se quando a família contribui fecundamente com a sociedade. É nesta união familiar, “onde a pessoa é valorizada, não pelo que vale ou pelo que pode fazer, mas principalmente pelo que é; seu status legal e posição são garantidos pelo próprio fato de viver”, diz Fulton J. Sheen.

Doação em serviço

Os casais devem procurar que os seus filhos colaborem com a comunidade como Cristo faria, exercendo a doação aos outros através do serviço. Devem procurar ser pessoas honestas e benevolentes que participam da sociedade.

Esses mistérios que se revelam no casamento têm como objetivo santificar as pessoas que compõem a família. O mais importante para cumprir a finalidade do sacramento é ter proximidade com Deus para que Ele seja quem guia a união. Portanto, devemos sempre pedir ao Senhor que seja a cola da nossa própria família.

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, nossa familia Vossa É!

sexta-feira, 31 de março de 2023

Por que anular um matrimônio católico pode ser mais complexo do que no Civil?


Anular um casamento no âmbito civil e declarar nulo um matrimônio no âmbito da Igreja Católica são dois processos bem distintos, cada um com seu grau de burocracia e exigências. Muita gente se surpreenderá ao saber que a nulidade do matrimônio católico pode ser mais difícil de conseguir do que o divórcio civil.

Em entrevista à TV Diário do Sertão, o advogado e professor universitário Renato Moreira explica, de forma objetiva, a diferença entre casamento civil e matrimônio católico e o que precisa para declarar nulo este segundo.

Renato Moreira conta que o matrimônio na Igreja Católica é um pacto sacramental para a vida toda com dois objetivos básicos: o bem comum do casal e a geração e educação da prole (filhos). Por ter sido elevado a um “patamar divino”, o matrimônio “é algo tão sério que não se admite uma mera eventualidade, tem que ver se ele valeu”, diz o advogado.

Um casamento que é considerado válido pela Igreja Católica “gera efeito até o final da vida de um dos dois ou dos dois, que é o final natural do matrimônio”, explica Renato. “Se foi válido, não há outra alternativa. O que valeu, nem um papa desmancha”, acrescenta.

Significa dizer que, na perspectiva sacramental, somente a morte torna nulo um matrimônio válido pela igreja. Já o casamento civil pode ser interrompido legalmente por um juiz (divórcio).

“O matrimônio é algo bastante sério, bastante natural, é algo que o ser humano vive desde que é humano, mas que num determinado momento foi elevado à categoria de sacramento”, afirma.

Critérios para anular

Existem pelo menos três critérios que podem definir a nulidade de um matrimônio católico: impedimentos que não foram dispensados, vício no consentimento ou falha da forma canônica.

Os impedimentos podem acontecer por diversos motivos, como por exemplo consanguinidade, ordem sagrada, votos religiosos, crime e até mesmo impotência sexual diagnosticada anterior ao matrimônio e que, comprovadamente, não tenha cura (isso porque a geração de prole é um dos objetivos do matrimônio).

Vício de consentimento é quando um dos noivos foi forçado ao matrimônio ou enganado para tal. “Se esse consentimento for turvado por alguma coisa que o limite na sua amplitude de liberdade e de entrega, esse consentimento não é válido”, diz o advogado.

Por fim, o matrimônio é nulo se houver falha na forma canônica. Por exemplo, se ele não tiver sido feito perante testemunha qualificada da igreja, ou seja, o padre da respectiva paróquia. Um padre de outra paróquia só pode fazer o matrimônio mediante a liberação da delegação assinada pelo padre titular daquela paróquia.

Fonte: Diário do Sertão

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Como uma família pode se preparar para festa da Sagrada Família

Aquarius Studio | Shutterstock

A festa da Sagrada Família pode ser um momento de aproximação espiritual

Após a celebração do Natal, a Igreja celebra outra festa especial: a festa da Sagrada Família, que normalmente cai no domingo após o 25 de dezembro. Entretanto, em alguns casos, a festa pode ser celebrada em 30 de dezembro.

A Santa Sé oferece algumas sugestões sobre como as famílias podem celebrar tal festa. As principais são: 

1. Todos os membros da família devem assistir à Missa neste dia;
2. Fazer a renovação da nossa entrega ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré;
3. Promover a bênção das crianças, conforme previsto;
4. Realizar a renovação dos votos matrimoniais feitos pelos cônjuges no dia do casamento;
5. Promover a troca de promessas entre os noivos, em que formalizam o desejo de fundar uma nova família cristã.

Além disso, mesmo fora da festa, é recomendado que os fiéis recorram com frequência à Família de Nazaré em muitas circunstâncias da vida através de orações frequentes para confiar-se ao patrocínio da Sagrada Família e obter assistência na hora da morte.

Enfim, essa festa é uma bela maneira de continuar a celebração do Natal, refletindo sobre como nossas famílias podem imitar a beleza e a alegria encontradas na Sagrada Família.

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, Nossa Família Vossa É!

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Eles ofereceram aos convidados Confissão durante o seu casamento

avec la permission d'Alban de Robien

Propor aos convidados para se confessarem durante a recepção de casamento? Este casal não hesitou em seguir a ideia do padre que os estava a preparar para o sacramento do matrimônio. Veja:


O que acontece quando os recém-casados, em paralelo com o cocktail de recepção do seu casamento, oferecem aos convidados a possibilidade de… se confessarem? “Penso que oferecer àqueles que não são necessariamente muito religiosos a oportunidade de rezar, confessar ou apenas falar com um padre, pode trazer algo essencial”, disse Alban de Robien, que se casou com Aude.

Ambos foram imediatamente atraídos pela sugestão do padre Paul Préaux, o sacerdote da comunidade de Saint-Martin que celebrou o casamento deles.

“A ideia foi dele. Quando estávamos noivos, padre Paul estava a preparar-nos para o sacramento do matrimônio e um dia sugeriu que puséssemos à disposição dos nossos convidados a Confissão durante o cocktail.

Para explicar sua iniciativa, padre Paul disse-nos esta frase que me impressionou muito: ‘Um padre se desgasta quando não é utilizado'”, continua Alban.

avec la permission d’Alban de Robien

Na festa do cocktail, houve quem confessasse e outros que simplesmente fizeram perguntas. Muitas coisas bonitas aconteceram durante esse tempo, talvez também graças às relíquias de Louis e Zélie Martin que estavam presentes.

Na presença das relíquias de Louis e Zélie Martin

De fato, na capela onde padre Paul se confessou, as relíquias do casal Martin foram afixadas no altar.

O padre Paul Préaux, que tem o hábito de fazer este tipo de sugestão aos noivos, perguntou: “Para a sua futura vida de casados, convidei Alban e Aude a inspirarem-se em figuras santas como Zélie e Louis Martin. Sugeri também que fizessem uma peregrinação ao santuário de Alençon para rezar antes do seu casamento. Finalmente, disse-lhes para não se esquecerem de convidá-los para o casamento… levando consigo as suas relíquias. O objetivo? Para torná-los presentes durante toda a celebração do casamento.

Uma abertura de corações

Durante a missa de casamento, o padre Paul Préaux anunciou que estaria disponível para conversar ou confessar durante a festa do cocktail. Assim que a recepção começou, os convidados já lá estavam.

“É raro ter acesso ao sacerdote desta forma e num contexto que é simultaneamente inspirador – porque é uma celebração do casamento – mas também doloroso para alguns, quando o casamento reflete para eles o fracasso da sua própria vida de casados. Penso que a recepção do casamento é o momento ideal para se tornar disponível. Faço-o frequentemente, e toda vez vejo como os corações estão abertos. Há algo que se transforma, uma graça que se espalha realmente. Muitas situações de sofrimento e solidão são-me confiadas: separações de casais, conflitos familiares, divórcios. O meu papel como padre é dar-lhes Jesus e doar-me sempre que a oportunidade surgir”, comenta ele.

A recepção do casamento de Alban e Aude foi um momento inesperado de abertura espiritual para alguns. Uma iniciativa a ser imitada para aqueles que se preparam para o casamento?

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós!

sábado, 19 de novembro de 2022

As 3 táticas do diabo para destruir os casais

Westend61 | Getty Images


Quais são as tentações específicas que o demônio usa para atacar os casais? 
Os padres exorcistas enumeram três táticas que ele usa para destruir o casamento e dão conselhos sobre como se proteger delas. 

Veja aqui:

Tudo começou com um pequeno jogo de olhares, antes de se criar uma proximidade amigável no trabalho. Foi uma coisa boa Dorothée ter-se dado bem com o seu colega. No entanto, seu casamento estava a atravessar um período particularmente difícil. Estava cada vez mais ansiosa por ir trabalhar pela manhã. E assim que as coisas não estavam a correr tão bem em casa, ela só tinha de pensar no seu colega para se sentir reconfortada, até mesmo feliz. E como era apenas uma amizade e nada mais, Dorothée foi capaz de acalmar a pequena voz dentro dela que tinha começado a emitir algumas reprovações. Contudo, não demorou muito tempo para que a amizade tomasse um rumo diferente e para que “algo mais” acontecesse.

É por isso que o diabo odeia o casamento

Mesmo sem realmente ter passado especificamente por isso, quem não experimentou a força ardente de uma paixão? E quem não experimentou a sensação de querer seduzir o outro a todo o custo? Por que é que os homens e as mulheres são frequentemente juízes pobres em assuntos que tocam as áreas do afeto e da pureza? De onde vem esta tensão que surge naqueles que não praticam o discernimento? Acima de tudo, como podemos evitar cair na armadilha quando a oportunidade surge? Por que é que o adultério é o recreio preferido do Maligno? Afinal, por que é que o diabo odeia tanto o casamento?

O diabo tenta os cônjuges cristãos na infidelidade, porque ele é odioso e não tolera o amor.

“Não suporto que eles se amem uns aos outros!” Esta foi a resposta do demónio, imediata e clara, que veio um dia quando o padre exorcista da diocese de Pádua (Itália), Padre Sante Babolin, o interrogou sobre a razão dos tormentos que estava a infligir à mulher de um dos seus amigos. Numa entrevista a um jornal italiano, ele explicou esta incrível confissão do Maligno: “O diabo tenta os esposos cristãos a conduzi-los à infidelidade, porque ele é o ódio e não tolera o amor. Os cônjuges ligados pelo sacramento do matrimónio apercebem-se do que diz a Escritura: Deus é amor: aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele”.

A tática do diabo

Este amor de Deus deve ser um conforto constante. Diz Angela Musolesi, uma terciária da ordem franciscana e colaboradora do Padre Gabriele Amorth, o principal exorcista do Vaticano até à sua morte em Setembro de 2016: “Enquanto estivermos com o Senhor, o perigo não existe. Ou aparece pela vontade de Deus, como uma prova necessária para a nossa salvação”, sublinha ela no seu livro Vincere il demonio con Gesù (Vencer o demónio com Jesus).

[O Maligno] queria destruir Cristo; 
agora quer destruir aqueles que procuram ser como Ele…

Mas qual é a intenção do demônio quando age? Ele tem um único objetivo: destruir o rosto de Deus que está em nós. Assim explica Angela Musolesi num dos seus livros: «Somos feitos à imagem de Deus; o amor de Deus está em nós, deu-nos o seu rosto. O diabo quer impedir a nossa conformidade com Cristo. Opõe-se a esta semelhança com Jesus, não quer que sejamos como Ele. Ele queria destruir Cristo; agora quer destruir aqueles que procuram ser como Ele…”, escreveu ela.

Se o diabo não pode penetrar na alma porque não há acesso, ele pode ter sucesso em outras esferas: psíquicas e corporais. Então, para vencer as armadilhas de Satanás, é essencial conhecer suas três táticas principais que dividem o casal: desviar da oração, exaltar o individualismo e, finalmente, distorcer a sexualidade.

1. DESVIAR-SE DA ORAÇÃO

Satanás divide o casal, em primeiro lugar, dissuadindo-o de rezar, especialmente em casal e família. Muitas famílias já não rezam juntas, como no passado. «Quando dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles», dizia Jesus aos seus discípulos (Mt 18, 20). O Maligno sabe disso, ele sabe quando as famílias rezam o Terço juntas. Infelizmente, hoje esta tradição desvanece-se e aproveita-se dela», explica numa conferência o padre Ambrogio Villa, sacerdote exorcista da diocese de Milão (Itália).

2. EXALTAR O INDIVIDUALISMO

A segunda tática do diabo contra o casal e a família é a exaltação do individualismo. O Maligno encoraja essa atitude de várias maneiras. Por exemplo, ele fomenta discussões em que maridos e esposas falam palavras duras e ofensivas. Faz crer a cada um dos cônjuges que pode tomar decisões relativas ao quotidiano sem o parecer do outro. Encoraja a defender ferozmente os direitos individuais e egocêntricos sem ter em conta os do outro. «Satanás exalta tanto o individualismo que leva à destruição da família», afirma padre Ambrogio Villa. O individualismo arruína o casal e a família, que é uma instituição cuja essência é a troca de amor», acrescenta.

3. DISTORCER A SEXUALIDADE

A sexualidade é um campo muito atacado pelo Maligno porque é o lugar de comunhão mais profunda dos esposos. “Ele divide os cônjuges em tudo, mas principalmente em sua vida sexual. Ele quer impedir esse relacionamento no nível do coração. Em vez de estar em um amor verdadeiro, o adversário desvia o casal em algo que é marcado por impulsos. O eros é importante, mas deve ser transfigurado pelo amor de doação. O risco é não respeitar esta ordem, a do verdadeiro amor”, explica a Aleteia o padre Didier Moreau, sacerdote exorcista para a diocese de Rennes (Ille-et-Vilaine).

A estratégia do adversário é, portanto, dividir os esposos desequilibrando a sua sexualidade, quer encorajando os excessos e as transgressões, incluindo a pornografia ou a infidelidade que parasitam a verdadeira dimensão do amor, quer fazendo o contrário: suprimindo completamente sua relação sexual. Com efeito, muitas vezes «o diabo pode entrar na vida de casal incitando os cônjuges a renunciar à sua intimidade. Evidentemente, uma família não se desfaz em primeiro lugar por causa da sexualidade, porque a sexualidade não é a primeira coisa, mas também não é a última», alerta o padre Villa.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Pensava que o melhor era morar juntos sem casar, mas descobri que…

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Uma jovem veio consultar-se com a terapeuta Orfa Astorga porque o seu parceiro estava a separar-se. Foi aí que ela percebeu coisas importantes

O meu namorado e eu decidimos ir morar juntos, porque a nossa relação é tão autêntica que pensávamos ser desnecessário sujeitá-la às formalidades do casamento, que para nós é apenas para o reconhecimento social ou para nos sentirmos honrados, o que não é a questão, disse-me uma jovem inteligente que eu atendi no consultório.

Mas acontece que estamos tendo dificuldades, e mesmo que o meu namorado não aceite ajuda, estou disposta a lutar por uma mudança, acrescentou ela com alguma apreensão.

Por que considera a sua relação autêntica? – perguntei, orientando o diálogo.

Simplesmente porque é um amor cheio de sensibilidade, espontaneidade e livre de julgamentos sociais.

Algo não está a funcionar

No entanto, algo não está a funcionar e…. todo efeito têm uma causa.

Bem, sim – disse-me ela –, mas penso que o problema não está na nossa relação, mas nas nossas personalidades… O que diz sobre isso?

Penso que está a agir com a intenção certa, mas com a consciência errada, tentando alcançar o bem pelos meios errados.

Desculpe-me, mas parece ser o início de um sermão que já ouvi antes, ela defendeu-se

Obviamente não é um sermão. No entanto, o verdadeiro problema é quando alguém, percebendo o seu erro, mas não o aceita e se justifica, cria assim a sua própria consciência, sem ter em conta a realidade. Depois disso, passa-se de uma ignorância sem culpa, mas que poderia ser superada, para uma ignorância que é realmente culpada.

A vontade iludida

Ocorre que, nas relações amorosas, a inteligência, por um juízo errado, pode enganar a vontade, apresentando espontaneidade, instinto, os sentidos ou sentimentos por si só como a autêntica validação do amor.

javi_indy | Shutterstock

Ela me disse: – Bem, se estás a falar de tais características humanas… Porque é que elas deveriam ser necessariamente algo mau para se tomar uma decisão livre no amor?

Não são inerentemente assim – eu disse–, mas no amor, inteligência e vontade devem governar para que, na ordem do bom amor, não simplesmente se imponham, mas decidam livremente aceitar ou rejeitar uma relação, de acordo com a sua verdade, como algo bom ou não.

Descobrindo a verdade do que está a acontecer

OK, mas como sei que, no nosso caso, o meu parceiro e eu não estamos a decidir sobre algo bom para nós?

Pense que uma decisão, quanto mais livre, mais responsável; quanto mais voluntária, mais consciente; e quanto mais permanente, menos inconsequente, instável e casual.

Para ser honesta – ela me disse–, na nossa relação há muita indecisão por parte do meu parceiro

Por isso, você deve considerar que o problema reside mais na forma como se relacionam afetivamente do que em outras disfunções da sua personalidade, e que, portanto, é nesta dimensão que deve formar corretamente a sua consciência, a fim de corrigir, de acordo com a verdade. E então já não será necessário justificar os seus problemas.

Deve ser assim, pois o amor livre, de acordo com a própria consciência, não é o mesmo que a liberdade de amar, dentro de uma consciência corretamente formada perante Deus, e perante os homens.

Caso contrário, uma relação que tenha nascido com um amor desordenado pode tornar-se fatal, inconsistente, fugaz, instável e arbitrária.

A minha paciente tomou nota, e algum tempo depois tinha convencido o seu parceiro a trabalhar a sua afetividade, a conjugalidade do amor e a preparar-se ao verdadeiro casamento, a fim de tornar a sua relação autêntica, para assim formar uma família.

A consciência é o mais nobre no homem e na mulher, e se a liberdade aponta para a parte mais profunda da sua dignidade, a consciência aponta para o próprio ser da pessoa.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

domingo, 9 de outubro de 2022

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Como falar sobre a doutrina católica com os filhos adolescentes

Fizkes - Shutterstock


Para falar do amor de Deus, é preciso experimentar esse amor, viver em comunhão

“Se queremos saber mandar, temos primeiro de saber obedecer, 
procurando impor-nos mais com o amor do que com o temor”
(São João Bosco)

Essa frase nos ensina muito sobre o diálogo com os filhos, porque educar é um exercício de praticar o que é certo para dar bons exemplos. E se vamos falar sobre os ensinamentos da Igreja, nossas ações têm que estar em acordo com nossas palavras. Afinal de contas, nossas atitudes não podem ser contrárias ao que pregamos.

E esse tem sido o nosso lema quando o assunto é conversar com nossas filhas sobre os ensinamentos de Deus. Nestes tempos em que a informação viaja na velocidade de um clique, é um desafio deixar a tecnologia de lado para colocar em prática o diálogo em família.

Minha esposa e eu somos casados há 20 anos. Temos duas filhas: a mais velha de 19 e a mais nova de 16 anos. Desde o nascimento delas, procuramos mostrar-lhes o caminho da Igreja. Tanto minha esposa quanto eu crescemos em lares católicos e desde nossa infância fomos aprendendo esses valores. Por isso sempre estivemos de acordo quanto ao que iríamos transmitir às nossas filhas.

Com poucos dias de vida elas já frequentavam as Missas em nossos braços. Cresceram neste ambiente. Participamos de grupos de oração e de serviços na nossa paróquia e, como não temos parentes na mesma cidade, elas sempre nos acompanharam.

Elas foram batizadas, fizeram a primeira comunhão e foram crismadas. Mas elas cresceram e passaram a não querer mais participar de todos os nossos compromissos. E na fase escolar, principalmente no início da adolescência, nem mesmo a presença na Santa Missa tem sido tão frequente.

E este é um desafio que muitas famílias também têm enfrentado. Mas uma coisa é certa: apesar das dificuldades, não perdemos a esperança.

A cada semana, falamos sobre a importância desse encontro com Deus na Eucaristia. Não impomos, mas sempre convidamos nossa filha mais nova a nos acompanhar. A mais velha, que mora em outra cidade, pedimos que ela não deixe de frequentar a igreja.

A boca fala daquilo que o coração tá cheio. Essa é uma verdade quando se trata de diálogo entre pais e filhos. Como iremos ensinar aquilo que não sabemos? Para falar do amor de Deus, é preciso experimentar esse amor, viver em comunhão. Procuramos ensinar que é importante rezar a todo momento. Quando acordamos, no caminho da escola, na hora da refeição, antes da prova, na hora de tomar uma decisão importante, na hora de dormir. E nossa oração não deve ser apenas de pedidos, mas também de gratidão por tudo o que temos recebido.

Procuramos falar sempre também da confiança no amor de Deus. Ele sempre nos guia e, mesmo quando pensamos estar sozinhos, Sua proteção está ao nosso lado.

“Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, 
pois isso agrada ao Senhor. 
Pais, não irriteis vossos filhos, 
para que eles não percam o ânimo” 
(Colossenses 3,20-21)

Neste versículo São Paulo nos lembra como é tênue a linha entre a firmeza para educar e a rigidez para corrigir. É preciso habilidade e sabedoria e isso se consegue através do amor e do temor a Deus.

Diante disso, penso que impor aos filhos adolescentes a presença na Missa pode acabar tendo o resultado contrário. Ao invés de ajudar na catequização, pode afastá-los ainda mais da Igreja. E neste aspecto, o exemplo deve falar mais alto. Nós devemos sempre estar prontos para Deus e, com nossas ações, mostrar-lhes os caminho que acreditamos ser o mais correto.

Ese o mundo tenta sempre mostrar aos jovens e adolescentes as opções “da moda”, cabe a nós, pais, manter o diálogo sempre aberto, com amor e confiança de parte a parte.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Santíssimo Rosário, rogai por nós!

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

O que pode tornar ilícito o matrimônio de pessoa católica e cônjuge não-católico?

Shutterstock | Andrii Medvediuk


Padre brasileiro explica: a parte católica deve assumir determinados compromissos, dos quais a parte não-católica deve estar ciente

O que pode tornar ilícito o matrimônio de pessoa católica e cônjuge não-católico? A questão foi abordada pelo pe. Allan Victor Almeida Marandola, que, via rede social, assim resumiu o cenário:

“Não existe matrimônio lícito entre um católico e um não-católico ou alguém que abandonou notoriamente a fé católica sem que a parte católica assuma o compromisso de preservar a própria fé e batizar e educar os filhos na fé católica, e sem que a parte não-católica esteja ciente destes compromissos da parte católica.

Isso não está sujeito à discricionariedade do Sacerdote, do Ordinário ou mesmo do Bispo. 
Quer dizer: a licença (matrimônio misto) ou dispensa (disparidade de culto) que o Ordinário dá não é para desobrigar de tal compromisso, mas é mediante tal compromisso.

Uma tal desobriga não existe, bem como não existe um arranjo ou meio-termo lícito quanto a isso, um modo de neutralizar tais compromissos ou tentar uma educação mista, nem mesmo com os cismáticos, que talvez estejam mais próximos de nós que os protestantes.

Infelizmente, quanto a isso, é fácil encontrar irregularidades nos processos, mesmo de gente bem intencionada e bem formada doutrinalmente, mas de parca formação canônica”.

Em resumo:

Se uma pessoa católica se casa com alguém não-católico, a pessoa católica deve: 

1. assumir o compromisso de preservar a própria fé;
2. assumir o compromisso de batizar e educar os filhos na fé católica;
3. deixar o cônjuge não-católico perfeitamente ciente dos compromissos da parte católica.

A Igreja pode autorizar esse casamento desde que estes compromissos estejam claros.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora Assunta ao Céu, rogai por nós!

domingo, 14 de agosto de 2022

Breve guia de João Paulo II para os Pais


DERRICK CEYRAC | AFP


Em sua encíclica Familiaris ConsortioSão João Paulo II 
forneceu um breve mas poderoso guia para todos os pais


São João Paulo II acreditava que os pais eram vitais para o sucesso de cada família, e expôs o seu “guia” para os pais na sua encíclica Familiaris Consortio.

Ser pai nem sempre é fácil, mas com a ajuda de Deus, todas as coisas são possíveis.

1. AME A SUA MULHER E FILHOS

O amor à esposa tornada mãe e o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da paternidade. De modo especial onde as condições sociais e culturais constringem facilmente o pai a um certo desinteresse em relação à família ou de qualquer forma a uma menor presença na obra educativa, é necessário ser-se solícito para que se recupere socialmente a convicção de que o lugar e a tarefa do pai na e pela família são de importância única e insubstituível.

2. ASSUMA UM PAPEL ATIVO NA EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS

Revelando e revivendo na terra a mesma paternidade de Deus, o homem é chamado a garantir o desenvolvimento unitário de todos os membros da família. Cumprirá tal dever mediante uma generosa responsabilidade pela vida concebida sob o coração da mãe e por um empenho educativo mais solícito e condividido com a esposa.

3. NÃO SEJA UM PAI AUSENTE

Como a experiência ensina, a ausência do pai provoca desequilíbrios psicológicos e morais e dificuldades notáveis nas relações familiares.

4. SEJA UMA FONTE DE UNIDADE E NÃO DE DIVISÃO

Nunca desagregue a família mas a promova na sua constituição e estabilidade.

5. SEJA UM FORTE TESTEMUNHO CRISTÃO

Um testemunho de vida cristã adulta, que introduza mais eficazmente os filhos na experiência viva de Cristo e da Igreja.

Fonte: Aletéia

São José e São João Paulo II, rogai por nós!

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Problemas na educação dos filhos? Estes santos podem ajudar

MYCHELE DANIAU | AFP

A santidade de Zélia e Luís, pais de Santa Teresinha, se adapta a todos os tempos, a todas as situações e condições de vida

Descobrir a vida de Zélia e Luís, os pais de Santa Teresinha, é perceber que seus exemplos ainda nos falam hoje. De fato, cada um de nós poderá se encontrar em um ou outro aspecto de suas vidas: desejo de consagrar-se a Deus, casamento tardio, incertezas sobre o futuro e a educação dos filhos, preocupações econômicas e profissionais, preocupações devido aos problemas políticos do país, câncer de mama para Zélia, doença que causa graves transtornos mentais para Luís em sua velhice… Enfim, a santidade de Zélia e Luís é uma santidade que se adapta a todos os tempos, a todas as situações e a todas as condições de vida.

Em meio a múltiplas preocupações profissionais, os dois souberam comunicar os primeiros ensinamentos da fé aos seus filhos, desde a mais tenra infância. Eles foram os primeiros mestres a iniciar seus filhos na oração, no amor e no conhecimento de Deus, mostrando que rezavam, sozinhos e juntos, acompanhando-os à Missa e às visitas ao Santíssimo Sacramento.

O que fazer?

No Evangelho, os discípulos de João Batista lhe perguntam: “O que devemos fazer?” (Lucas 3, 10) e os discípulos de Jesus lhe pedem: ensina-nos a orar” (Lucas 11, 1). Eis uma pergunta e um pedido que abrem o caminho da educação, do amor na família, ao próximo e uma profunda relação de amizade entre o Céu e a terra.

Não se trata primeiro de entrar nas fórmulas, de recitar orações, mas de avançar em uma relação para aprofundá-la.Basta olhar para ele para saber como rezam os santos”, disse Santa Teresinha ao falar de seu pai. Se educar significa conduzir, elevar-se para além de si mesmo, os Santos pais de Santa Teresinha nos marcam o caminho pois deram o testemunho de uma “educação cuidadosa” de seus filhos para que tenham sucesso nesta terra, sem negligenciar uma educação que os estimule a se tornarem santos.

Educação cuidadosa dos filhos

Esses foram os cinco passos seguidos pela família Martin:

1. Viver uma relação de amor na terra e com o Céu;

2. Disponibilizar-se ao dialogar;

3. Educar em autonomia pessoal e respeito mútuo;

4. Atravessar as provas juntos com a ajuda do Céu;

5. Acolher as confidências em um caminho de comunhão humana e espiritual.

Sentar-se para “encarnar” nossa oração é buscar viver um relacionamento autêntico com o Céu. Santa Zélia e São Luís nos ajudam a olhar para as diferentes facetas da educação e a responder melhor à pergunta que todos nós nos fazemos pelo menos uma vez na vida: “o que devemos fazer?”

Enfim, educar para além de si mesmo a fim de que seus filhos tenham sucesso nesta terra e os encorajar no caminho da santidade, esse é o principal ensinamento deste santo casal.

Débora Moreira Araújo, pelo Hozana

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

domingo, 10 de julho de 2022

O Cristo politicamente incorreto

Bernardino Mei | Public Domain


"Quem fica dizendo por aí que Jesus só pregou o amor e que condenar o pecado é discriminação, nunca leu a Bíblia ou a leu de cabeça para baixo"

O “Cristo politicamente incorreto” foi o tema de um comentário escrito e publicado pelo pe. Gabriel Vila Verde em sua rede social:

“Quem fica dizendo por aí que Jesus só pregou o amor e que condenar o pecado é discriminação, nunca leu a Bíblia ou a leu de cabeça para baixo. 
O próprio Jesus condena o pecado e convida todos à conversão!
Para a adúltera que seria apedrejada, Ele disse ‘vá e não tornes a pecar’
A Zaqueu arrependido, que decidiu devolver o que roubou, Ele disse ‘agora a salvação entrou nesta casa’
Aos que deixam a esposa por outra, Ele chamou de adúlteros. 
Aos cambistas do Templo, que profanavam o lugar santo, deu-lhes uma boa surra de chicote. Aos que não queriam acreditar n’Ele, chamou-os de ‘filhos do diabo'”.

O sacerdote concluiu:

“Este é o Cristo politicamente incorreto, o Cristo dos evangelhos, que no último dia irá separar o joio do trigo!
Logo, essa historinha de que devemos pregar o amor e deixar de lado a responsabilidade da conversão e da santidade é palhaçada do demônio. 
Quem justifica o pecado está advogando em causa própria e não fala em nome de Cristo. 
É lobo em pele de cordeiro. 
Fique atento para não ser enganado!”


Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

terça-feira, 14 de junho de 2022

Não coloque Santo Antônio de cabeça para baixo!

77krc | Flickr CC BY-NC-ND 2.0


Esta superstição é uma prática não cristã, 
que deturpa a genuína devoção aos santos

Santo Antônio de cabeça para baixo: esta superstição é muito comum dentro de outra superstição que atribui “poderes casamenteiros” ao santo mais disputado entre portugueses e italianos.

De fato, há muita coisa “de cabeça para baixo” em torno a Santo Antônio de Pádua, que, para começo de conversa, nem era Antônio nem era de Pádua. É que o seu nome de batismo era Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo – ele só passou a se chamar Antônio aos 25 anos, quando se tornou frade franciscano. E ele não nasceu em Pádua, na Itália, mas sim em Lisboa, muito boa razão pela qual os portugueses o chamam de Santo Antônio de Lisboa. Saiba mais sobre isto acessando o artigo recomendado ao final desta matéria.

Mas e a fama de santo casamenteiro?

Já em vida, o frade era considerado santo pela população, mas, após a sua morte e canonização, as atribuições de milagres à sua intercessão aumentaram com grande intensidade. O próprio Papa Leão XII o chamou de “santo de todo o mundo”, devido à enorme extensão da devoção a ele. De fato, Santo Antônio é venerado como padroeiro dos pobres, dos viajantes, dos pedreiros e dos padeiros, entre muitos outros profissionais.

Justamente por conta da fama de grande intercessor, Santo Antônio também é muito “procurado” por quem lhe pede socorro para encontrar um bom marido ou uma boa esposa!

E é aí que surgem aqueles que até chegam a colocar a imagem do pobre santo de cabeça para baixo, como modo de “forçá-lo” a interceder por esse objetivo…

Mas esta superstição é uma prática não cristã, que deturpa a genuína devoção a Santo Antônio e o próprio sentido da intercessão dos santos segundo a fé católica.

O Catecismo da Igreja Católica nos alerta, em seu número 2.111, para o perigo da superstição: trata-se de “um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe”, podendo também “afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas” – ainda que sejam práticas “legítimas ou necessárias”, como é o caso das orações.

Então nada de deixar Santo Antônio de cabeça para baixo!

Fonte: Aletéia

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A noiva que ganhou uma “despedida de solteira católica”

Pater Christian Viña | Facebook


Até o padre ficou impressionado: "estas jovens, que não estão nas capas da mídia nem são 'tendência' nas redes, constituem verdadeiras riquezas da Igreja. Glória a Deus!"


Repercutiu nas redes sociais a inusitada “despedida de solteira católica” de Giuliana: em preparação para o seu casamento com Francisco, celebrado em Buenos Aires neste último sábado, 12 de fevereiro, ela ganhou das amigas um especial e personalizado retiro espiritual conduzido no dia 5 pelo padre Christian Viña, em La Plata. Além da noiva, participaram as próprias amigas Karen, Teresa e Lis, que lhe presentearam a “despedida de solteira”.

O retiro contou com a Santa Missa, adoração ao Santíssimo Sacramento, confissão, oração do terço, meditação e alguns momentos de conversa.

Focamos nos textos bíblicos, em particular as Bodas de Caná e o Hino da Caridade. E também recorremos aos padres da Igreja e ao catecismo”, explicou o padre Viña – que, aliás, foi convidado de última hora para conduzir o retiro: inicialmente, o pregador seria outro sacerdote, mas ele teve um imprevisto que quase provocou o adiamento da “despedida de solteira católica”.

Jovens muito bem preparadas

O pe. Viña comentou que as jovens participantes são “muito bem preparadas, graças a Deus”: elas fizeram curso pré-matrimonial e receberam formação católica sobre as virtudes da pureza e da castidade, os métodos naturais de planejamento familiar e a educação dos filhos, além de serem “bem conscientes de que, nestes tempos de ideologia de gênero, endeusamento da promiscuidade e destruição da família, elas devem permanecer unidas, junto com seus noivos e futuros esposos, para se ajudarem mutuamente”. O padre acrescenta que, para isso, elas contam “com confessores e diretores espirituais lúcidos e corajosos”.

A “despedida de solteira”, segundo o sacerdote, foi “muito boa e original, bem diferente das festinhas, descontroles e perversões de todo o tipo que costuma haver nos encontros desse tipo. Estas jovens, como tantas outras que não estão nas capas da mídia, nem são ‘tendência’ nas redes, constituem verdadeiras riquezas da Igreja. Glória a Deus!”.

Um “presente imenso e lindo”

De acordo com a agência de notícias católica ACI Prensa, a noiva Giuliana gravou uma mensagem de vídeo declarando que foi uma grande alegria “fechar esta preparação para o matrimônio com tão belas conversas e reflexões sobre o Evangelho, que me ajudam a estar muito mais preparada para o sacramento. Espero que se contagiem e possam replicar em muitos lugares, porque, para mim, foi um presente imenso e lindo”.

Os depoimentos das amigas

Karen, uma das amigas e organizadoras da “despedida de solteira católica”, também reafirmou a felicidade de “aprofundar mais em toda a riqueza deste belo sacramento”, esperando que a experiência “aproxime também a nós dessa vocação tão linda”. Para Teresa, “o sacramento e a nossa amizade são para dar glória a Deus. Aproveitamos este momento para estar com o Senhor e crescer na fé. É uma forma de dar graças a Deus pela nossa vida, por tudo que Ele nos oferece”. Por fim, Liz testemunhou que o grupo de amigas tenta “chegar juntas ao céu: fazemos tudo o que está ao nosso alcance para nos ajudar mutuamente”.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Para casar na Igreja é obrigatório ser crismado?

MNStudio | Shutterstock


Não é uma questão de mera "obrigatoriedade": 
entenda o que está envolvido nesta decisão

Muita gente se pergunta se para casar na Igreja é obrigatório ser crismado.

Obrigatório não é, mas é altamente recomendável.

E por que não é obrigatório? Porque o Código de Direito Canônico exige que, para a válida celebração do sacramento do matrimônio, os noivos precisam estar validamente batizados, amar-se e não ter nenhum impedimento para se casarem. Ou seja, o sacramente da confirmação não é uma exigência formal explícita.

Entretanto, a crisma também é chamada de sacramento da confirmação justamente porque é isso mesmo: uma confirmação consciente, madura e voluntária do batismo. Graças ao crisma, o católico assume convicta e publicamente o seu batismo e, portanto, a sua opção por Cristo e pela Sua doutrina.

Para casar na Igreja é obrigatório ser crismado?

O pe. José de Lima Torres, missionário redentorista, observa em artigo para o portal A12 que, para se casarem na Igreja, os noivos também precisam ter assumido a vida cristã de forma consciente. E o sacerdote pergunta:

“Será que uma pessoa que leva a sério a sua vida cristã católica exigiria casar-se sem ter sido crismada? Se isso acontecer, é sinal de que não há maturidade. 
Uma pessoa imatura não pode assumir compromissos duradouros”.

Ele também considera:

“Talvez seja por isso que a maioria dos matrimônios celebrados é inválida: as pessoas querem se casar, mas não procuram entender o que essa decisão representará para elas. 
Falta-lhes maturidade e consciência sobre sua opção fundamental”.

E conclui:

O sacramento exigido para celebrar o matrimônio é o batismo.
 Mas também é preciso consultar sua paróquia para saber se há outras exigências particulares da sua diocese”.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

É Deus quem escolhe a pessoa certa para eu me casar?

Di IVASHstudio|Shutterstock


Deus atende a quem reza e lhe pede ajuda, mas Ele não tira a nossa liberdade

O casamento é uma instituição divina que Deus estabeleceu desde o momento da criação do homem e da mulher. Depois de criar Eva, o Senhor Deus a levou para Adão, que ficou muito satisfeito e exclamou: “Agora sim, tenho alguém que é osso dos meus ossos e carne da minha carne, ela vai se chamar mulher” (Gen 2,23). E Deus disse ao casal: “O homem deixa a casa do seu pai, se une à sua mulher, e sereis uma só carne” (Gen 2,24).

Assim, Deus estabeleceu a humanidade sobre as bases do casamento, que Jesus elevou à dignidade de sacramento, uma graça especial para o casal viver a vida conjugal e familiar como Deus deseja.

Nesse sentido, Deus deseja que os casais que se unem em matrimônio vivam em harmonia conjugal, de modo que a família e os filhos sejam felizes. E isso depende do namoro, de uma escolha correta com quem se casar; isto é, alguém que tenha os mesmos valores humanos e espirituais.

Encontrar a pessoa certa para casar

É claro que precisamos pedir a Deus a graça de encontrar aquela pessoa certa com quem devemos nos casar, e Ele atende nossa oração. Conheço pessoas que fizeram novenas para encontrar uma pessoa adequada para se casar e conseguiram, mas isso nem sempre acontece, pois nem sempre os planos de Deus são os nossos. O Senhor conhece cada um de nós e sabe que, muitas vezes, o casamento não é bom para uma pessoa. Às vezes, ele chama a pessoa a uma vocação sacerdotal ou religiosa, ou mesmo celibatária. Michel Quoist dizia que “solteiro ou casado, só o egoísta desperdiça a vida”.

Deus atende a quem reza e Lhe pede ajuda, mas Ele não tira a nossa liberdade; ao contrário, o Senhor nos dá inteligência e vontade para tomar as decisões certas em nossa vida com a ajuda da Sua graça. Sabemos que a graça, como disse Santo Agostinho, supõe a natureza; não a dispensa, mas a enriquece. Precisamos cooperar com a graça também para encontrar a namorada e a esposa que seja adequada. E tudo isso começa no namoro. Não existe destino, e Deus não determina uma pessoa para se unir com outra sem a decisão de ambos.

Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para seus filhos. Para encontrar alguém adequado, é preciso procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo das amizades e ambientes de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda a pessoa de certa forma; logo, é preciso procurar alguém naquele ambiente que vive os valores que se preza.

Onde procurar

Se alguém é cristão, então procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, etc., a pessoa que procura, e peça a ajuda de Deus. O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Mas não se deve “mergulhar de cabeça” num namoro, só porque uma paixão o dominou. Não vá com muita sede ao pote, porque pode quebrá-lo.

É preciso sentir primeiro, por meio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está a sua frente. Talvez, já nesse primeiro relacionamento amigo, pode-se saber que não é com essa pessoa que se deve namorar. É o primeiro filtro, que tem a grande vantagem de não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amizade.

Cultura da alma x cultura do corpo

O namoro é o encontro de duas pessoas com base naquilo que elas são, não naquilo que têm. Não se pode escolher um namorado somente por causa de sua beleza ou de seu dinheiro, pois amanhã pode ser que você não se satisfaça só com isso. Às vezes, uma pessoa simpática, bem humorada, feliz, supera muitas outras que oferecem mais beleza e perfeição física. Infelizmente, a nossa sociedade trocou a “cultura da alma” pela “cultura do corpo”. Prova disso é que, nunca como hoje, as cidades estão tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc. Investe-se ao máximo naquilo que é mais inferior na dimensão do ser humano, o corpo, embora este também seja importante.

É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o contrário, mas não se pode esquecer o que disse Exupèry: “O mais importante é invisível aos olhos”, pois é o que não envelhece e não acaba. O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que não se vê – o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu coração bom, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes etc. – não passa, o tempo não pode destruir, e é o que vale.

A busca pelo essencial

Se você comprar uma pedra preciosa só pelo seu brilho, talvez acabe adquirindo uma joia falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem tudo que reluz é ouro”. A felicidade não está na cor da pele, no tipo do cabelo nem na altura do corpo, mas na grandeza da alma. Quantos belos artistas terminaram de maneira trágica a vida! Nem a fama nem o dinheiro em abundância, nem os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial, aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim ou aquele cabelo das moças que fazem propagandas dos xampus, mas isso não é o mais importante, porque acaba.

Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje podemos ver as pirâmides de 4000 anos do Egito; o Coliseu Romano, de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e duradoura é aquela que se constrói na alma, porque é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda apenas às aparências físicas; é preciso descer às profundezas da alma do outro e buscar seus valores.

É preciso dizer também que não se pode fazer da seu namorado uma peça de exibição que faça inveja aos colegas. Ele não pode ser exibido como um carro que você desfila entre os seus amigos para mostrar sua “grandeza”. Você estaria fazendo do outro uma “coisa”.

Enfim, Deus nos ajuda com Seu amor e Sua graça a encontrarmos alguém que nos seja adequado. Mas é preciso fazer a nossa parte. O livro do Eclesiástico diz: “É uma boa dádiva uma mulher bondosa; uma dádiva daqueles que temem a Deus. Ela será dada a um homem por suas boas ações” (Eclo 26,3). Isso mostra que um bom cônjuge Deus dá também àqueles que O amam e fazem a Sua vontade.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Rosário e São José, rogai por nós!
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