Seguidores

Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Como uma família pode se preparar para festa da Sagrada Família

Aquarius Studio | Shutterstock

A festa da Sagrada Família pode ser um momento de aproximação espiritual

Após a celebração do Natal, a Igreja celebra outra festa especial: a festa da Sagrada Família, que normalmente cai no domingo após o 25 de dezembro. Entretanto, em alguns casos, a festa pode ser celebrada em 30 de dezembro.

A Santa Sé oferece algumas sugestões sobre como as famílias podem celebrar tal festa. As principais são: 

1. Todos os membros da família devem assistir à Missa neste dia;
2. Fazer a renovação da nossa entrega ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré;
3. Promover a bênção das crianças, conforme previsto;
4. Realizar a renovação dos votos matrimoniais feitos pelos cônjuges no dia do casamento;
5. Promover a troca de promessas entre os noivos, em que formalizam o desejo de fundar uma nova família cristã.

Além disso, mesmo fora da festa, é recomendado que os fiéis recorram com frequência à Família de Nazaré em muitas circunstâncias da vida através de orações frequentes para confiar-se ao patrocínio da Sagrada Família e obter assistência na hora da morte.

Enfim, essa festa é uma bela maneira de continuar a celebração do Natal, refletindo sobre como nossas famílias podem imitar a beleza e a alegria encontradas na Sagrada Família.

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, Nossa Família Vossa É!

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

O que são as “oitavas” para a Igreja Católica?

Ajdin Kamber | Shutterstock


E por que essas celebrações fazem parte do ano litúrgico?

Não é de se estranhar que muitos associem a palavra “oitava” principalmente ao campo musical. Mas, na esfera eclesial, especialmente na liturgia da Igreja, a oitava é outra coisa. Trata-se de uma forma de celebrar uma solenidade.

As oitavas celebradas pela Igreja

Atualmente, a Igreja celebra de modo ainda mais especial duas solenidades: Natal e Páscoa.

De fato, essas solenidades são celebradas durante oito dias. É por isso que falamos Oitava de Natal ou Oitava de Páscoa.

Até o ano de 1969 havia também a oitava de Pentecostes, que foi suprimida do calendário romano.

Oito dias de celebrações

Chama-se, então, “oitava” à celebração continuada durante oito dias de cada uma destas duas solenidades. Em outras palavras: a oitava, seja de Páscoa ou de Natal, começa no dia (da Páscoa ou do Natal) e prossegue nos sete dias seguintes.

As Oitavas de Páscoa e de Natal são tão importantes que, normalmente, não é permitido usar uma forma de celebração da Missa diferente daquela do dia da oitava correspondente.

A oitava de Natal

Atualmente, a Oitava de Natal inclui várias outras festas: a da Sagrada Família, a de Santo Estêvão, a de São João Evangelista, a dos Santos Inocentes, a de São Tomás Becket e a do Papa São Silvestre.

Todas essas festas nos conduzem – cada uma ao seu modo – para a Natividade de Jesus, ajudando-nos a refletir sobre a Encarnação do Verbo.

O oitavo dia da Oitava de Natal é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus, em 1.º de janeiro.

De onde vem a tradição

As oitavas, para a Igreja, são uma prática que tem suas raízes no Antigo Testamento, já que o antigo povo de Israel celebrava suas grandes festas durante oito dias.

As festas – como os Tabernáculos, Pães Asmos, Páscoa – eram grandes festas do povo de Israel, das quais o oitavo dia era o mais solene.

E esta tradição vem, por sua vez, do tempo de Abraão. Deus fez uma aliança com Abraão e seus descendentes, cujo símbolo era a circuncisão no oitavo dia após o nascimento de todo homem (Gn 17:11-12).

É por isso que Jesus, como judeu, foi circuncidado no oitavo dia, recebendo o seu nome nesse dia (Lc 2,21).

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Mensagem de Natal e Bênção “Urbi et Orbi” Papa Francisco


MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO
NATAL 2022

Domingo, 25 de dezembro de 2022


Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, feliz Natal!

Que o Senhor Jesus, nascido da Virgem Maria, traga a todos vós o amor de Deus, fonte de confiança e esperança, juntamente com o dom da paz, que os anjos anunciaram aos pastores de Belém:

  «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» 
(Lc 2, 14)

Neste dia de festa, voltemos o olhar para Belém. O Senhor vem ao mundo numa gruta e é recostado numa manjedoura para os animais, porque os seus pais não conseguiram encontrar hospedagem, apesar de estar quase na hora de Maria dar à luz. Vem entre nós no silêncio e escuridão da noite, porque o Verbo de Deus não precisa de holofotes nem do clamor das vozes humanas. Ele mesmo é a Palavra que dá sentido à existência. Ele é a luz que ilumina o caminho. «O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo – diz o Evangelho –, a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9).

Jesus nasce no meio de nós, é Deus-connosco. Vem para acompanhar a nossa vida quotidiana, partilhar tudo connosco, alegrias e amarguras, esperanças e inquietações. Vem como menino indefeso. Nasce ao frio, pobre entre os pobres. Carecido de tudo, bate à porta do nosso coração para encontrar calor e abrigo.

Como os pastores de Belém, deixemo-nos envolver pela luz e saiamos para ver o sinal que Deus nos deu. Vençamos o torpor do sono espiritual e as falsas imagens da festa que fazem esquecer Quem é o Festejado. Saiamos do tumulto que anestesia o coração induzindo-nos mais a preparar ornamentações e prendas do que a contemplar o Evento: o Filho de Deus nascido para nós.

Irmãos, irmãs, voltemo-nos para Belém, onde ressoa o primeiro choro do Príncipe da paz. Sim, porque Ele mesmo – Jesus – é a nossa paz: aquela paz que o mundo não se pode dar a si mesmo e Deus Pai concedeu-a à humanidade enviando o seu Filho ao mundo. São Leão Magno tem uma frase que, na sua concisão latina, bem resume a mensagem deste dia: 

«Natalis Domini, Natalis est pacis – o Natal do Senhor é o Natal da paz»
(Sermão 26, 5)

Jesus Cristo é também o caminho da paz. Com a sua encarnação, paixão, morte e ressurreição, abriu a passagem de um mundo fechado, oprimido pelas trevas da inimizade e da guerra, para um mundo aberto, livre para viver na fraternidade e na paz. Irmãos e irmãs, sigamos este caminho! Mas, para o podermos fazer, para sermos capazes de seguir os passos de Jesus, devemos despojar-nos dos pesos que nos enredam e bloqueiam.

E quais são esses pesos? Que vem a ser este entulho que nos sobrecarrega? Trata-se das mesmas paixões negativas que impediram o rei Herodes e a sua corte de reconhecer e acolher o nascimento de Jesus, isto é, o apego ao poder e ao dinheiro, o orgulho, a hipocrisia, a mentira. Estes pesos impedem de ir a Belém, excluem da graça do Natal e fecham o acesso ao caminho da paz. Na realidade, é com tristeza que devemos constatar como, enquanto nos é dado o Príncipe da paz, ventos de guerra continuam a soprar, gelados, sobre a humanidade.

Se queremos que seja Natal, o Natal de Jesus e da paz, voltemos o olhar para Belém e fixemo-lo no rosto do Menino que nasceu para nós! E, naquele rostinho inocente, reconheçamos o das crianças que, em todas as partes do mundo, anseiam pela paz.

O nosso olhar se encha com os rostos dos irmãos e irmãs ucranianos que vivem este Natal na escuridão, ao frio ou longe das suas casas, devido à destruição causada por dez meses de guerra. O Senhor nos torne disponíveis e prontos para gestos concretos de solidariedade a fim de ajudar todos os que sofrem, e ilumine as mentes de quantos têm o poder de fazer calar as armas e pôr termo imediato a esta guerra insensata! Infelizmente, prefere-se ouvir outras razões, ditadas pelas lógicas do mundo. Mas a voz do Menino, quem a escuta?

O nosso tempo vive uma grave carestia de paz também noutras regiões, noutros teatros desta terceira guerra mundial. Pensamos na Síria, ainda martirizada por um conflito que passou para segundo plano, mas não terminou; e pensamos na Terra Santa, onde nos últimos meses aumentaram as violências e os confrontos, com mortos e feridos. Supliquemos ao Senhor para que lá, na terra que O viu nascer, retomem o diálogo e a aposta na confiança mútua entre palestinenses e israelitas. Jesus Menino ampare as comunidades cristãs que vivem em todo o Médio Oriente, para que se possa viver, em cada um daqueles países, a beleza da convivência fraterna entre pessoas que pertencem a crenças diferentes. De modo particular ajude o Líbano para que possa, finalmente, erguer-se com o apoio da Comunidade Internacional e com a força da fraternidade e da solidariedade. A luz de Cristo ilumine a região do Sahel, onde a convivência pacífica entre povos e tradições é transtornada por confrontos e violências. Encaminhe para uma trégua duradoura no Iémen e para a reconciliação no Myanmar e no Irão, para que cesse completamente o derramamento de sangue. E, no continente americano, inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade a trabalharem para pacificar as tensões políticas e sociais que afetam vários países; penso de modo particularna população haitiana, que está a sofrer há tanto tempo.

Neste dia, em que sabe bem encontrar-se ao redor da mesa recheada, não desviemos o olhar de Belém – que significa «casa do pão» – e pensemos nas pessoas que padecem fome, sobretudo as crianças, enquanto diariamente se desperdiçam quantidades imensas de alimentos e se gastam tantos recursos em armas. A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a situação, deixando populações inteiras em risco de carestia, especialmente no Afeganistão e nos países do Corno de África. Toda a guerra – bem o sabemos – provoca fome e serve-se do próprio alimento como arma, ao impedir a sua distribuição às populações já atribuladas. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da paz, empenhemo-nos todos – a começar pelos que têm responsabilidades políticas – para que o alimento seja só instrumento de paz. Enquanto saboreamos a alegria de nos reunirmos com os nossos, pensemos nas famílias mais atribuladas pela vida e naquelas que, neste tempo de crise económica, atravessam dificuldades por causa do desemprego e carecem do necessário para viver.

Queridos irmãos e irmãs, hoje como há dois mil anos Jesus, a luz verdadeira, vem a um mundo achacado de indiferença – uma feia doença! – que não O acolhe (cf. Jo 1, 11); antes, rejeita-O como acontece a muitos estrangeiros, ou ignora-O como fazemos nós muitas vezes com os pobres. Hoje não nos esqueçamos dos numerosos deslocados e refugiados que batem à nossa porta à procura de conforto, calor e alimento. Não nos esqueçamos dos marginalizados, das pessoas sós, dos órfãos e dos idosos – a sabedoria dum povo – que correm o risco de acabar descartados, dos presos que olhamos apenas sob o prisma dos seus erros e não como seres humanos.

Irmãos e irmãs, Belém mostra-nos a simplicidade de Deus, que Se revela, não aos sábios e entendidos, mas aos pequeninos, a quantos têm o coração puro e aberto (cf. Mt 11, 25). Como os pastores, vamos também nós sem demora e deixemo-nos maravilhar pelo Evento incrível de Deus que Se faz homem para nossa salvação. Aquele que é fonte de todo o bem faz-Se pobre [1] e pede de esmola a nossa pobre humanidade. Deixemo-nos comover pelo amor de Deus e sigamos Jesus, que Se despojou da sua glória para nos tornar participantes da sua plenitude. [2]

Feliz Natal para todos!

____________________________________________________

[1] Cf. São Gregório Nazianzeno, Discurso 45.

[2] Cf. ibidem.


Fonte: Vaticano

Menino Rei, dai-nos a Vossa Paz!

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Santa Luzia: o testemunho maiúsculo de uma adolescente

© Artokoloro / Quint Lox / Aurimages
La dernière communion de sainte Lucie par Véronèse.

Conheça a história desta santa, que preferiu ficar sem os próprios olhos a renegar a fé em Cristo

Um dos fatos que considero incontestes na Igreja Católica Apostólica Romana é a riqueza espiritual que ela nos oferece. É uma Igreja fundada na Bíblia, que professa a fé apostólica. Assim é que se pode dizer que o católico de verdade precisa ser crente e evangélico. Aonde iremos, se aqui, temos o Cristo eucarístico? Se, aqui, honramos a Mãe de Jesus, no seu verdadeiro papel bíblico, qual seja o de nos trazer o Salvador, o qual no-La deu por Mãe?

Quer ver outro fato maravilhoso da “sã doutrina”? Contamos com uma infinidade de intercessores no Céu: os anjos; e os santos e santas, a maioria destes provada no sangue do Cordeiro. Histórias de vida, com ricos e belos testemunhos — é o caso de Santa Luzia, sobre a qual pretendemos discorrer, neste texto.

Luzia nasceu na cidade italiana de Siracusa, no ano de 280. Seus pais, Lúcio e Eutíquia, eram nobres e ricos. Como cristãos, a educaram nessa fé, no amor ao próximo e temor de Deus. Perdeu o pai quando tinha apenas 5 anos. Ainda adolescente, sua mãe quis casá-la com um jovem nobre, de família pagã. Ela, porém, já se decidira ter por esposo a Jesus Cristo. Ao ser formalizado o pedido de casamento, foi concedido um tempo, por sua solicitação. Foi então que teve a inspiração de chamar a mãe para irem, juntas, à cidade de Catânia, visitar o túmulo de Santa Águeda (ou Ágata).

Milagre

Eutíquia sofria de uma hemorragia crônica. Já havia consultado muitos médicos em vão. Luzia havia meditado sobre o Evangelho da missa do dia (a cura da mulher hemorroíssa), e firmara a convicção: se sua mãe tocasse o túmulo de Santa Águeda, também seria curada; por intercessão desta santa. Sem dúvida, uma atitude de quem já vivia mergulhada em profunda oração. E, lá em Catânia, um fato ainda mais forte, extraordinário mesmo, daquela vida prometida inteiramente a Cristo. Deixando a mãe junto ao túmulo, vai orar. Santa Águeda lhe aparece (em êxtase) e lhe diz:

Luzia, minha irmã, porque pedes a mim o que tu mesma podes conseguir para tua mãe? Ela já foi curada pela tua fé.

O milagre aconteceu. Eutíquia, então, entendeu, aceitou o sinal vindo dos Céus: Luzia poderia dizer ‘não’ ao pretendente. Estava livre para oferecer sua virgindade a Jesus Cristo e doar seus dotes aos pobres. E a estes a jovem distribuiu toda a sua pequena fortuna.

Martírio

Vendo aquilo, o inconformado pretendente de Luzia a denunciou às autoridades pagãs que ela era cristã. Conforme um decreto do imperador romano Diocleciano, os cristãos deveriam ser castigados exemplarmente. Foi julgada e condenada. Nem o próprio imperador a convenceu de renegar a fé cristã. Não quis prestar sacrifícios aos deuses pagãos, nem romper seu voto de virgindade. Então, tem início o seu cruel martírio. Primeiro tentaram levá-la a um prostíbulo. (Seria uma desonra cristã, e o pior dos infortúnios para Luzia). O que fez? Suplicou a Deus, em simples e confiante oração:

Quem vive casta e santamente, é templo do Espírito Santo, 
sem a minha vontade, a virtude nada sofrerá.

Prece ouvida: nem a força de vários homens, nem juntas de bois, nada a moveu de onde estava. Os carrascos, então lançaram resina e azeite fervente sobre ela, sem que a virgem, mártir e santa, nada sofresse. Resistiu até mesmo a chamas de fogo, para a fúria do governador, que, então, ordena a decapitação. Isto ocorre no momento em que ela deixava mais uma pérola de santidade, ao dizer:

Adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade.

Protetora da visão

Santa Luzia é hoje conhecida como padroeira dos oftalmologistas, e protetora da visão. Segundo alguns, a partir do nome: Luzia, do italiano Luce (que se traduz por luz, daí, também, o nome Lúcia). Mas há outra consideração a respeito; foram-lhe arrancados os olhos, depois de lhe ceifarem a vida. Por isso, numa de suas imagens, veem-se os olhos num prato. Esta perversidade provocou outro favor divino à santa: nasceram-lhe outros olhos mais belos ainda.

Assim, há sinais extraordinários, testemunhos claros da presença do amor divino. na curta trajetória da santa de Siracusa, antes, durante, e mesmo após o seu martírio.

Muitas são as igrejas que a têm como padroeira, espalhadas mundo afora. A partir de sua cidade natal. Devoção que se estende generosamente pelo Nordeste do Brasil. E muitas são as gravações de vídeos e áudios mostrando as graças obtidas, com a intercessão de Santa Luzia: problemas nos olhos, ou apertos de vida e situações embaraçosa, até mesmo a perda da fé.

Testemunho

E, eu, também, deixo o meu testemunho. No ano de 2018, sofri um descolamento total de retina (olho direito, o único de que dispunha, já em porcentagem diminuta), Imaginem o drama… Minha esposa já aprendera a acionar a santa, de vez que este não foi o primeiro. Mas o impressionante, no caso, foi o processo, que tentarei resumir.

Viagem marcada, eu, minha esposa, e uma família amiga, numa espécie de retiro espiritual, Serra do Estêvão, aqui no Ceará, num antigo convento, com capela, inclusive assistida pela Comunidade Shalom. Pouco aproveitei… Estava há algum tempo percebendo a diminuição da minha visão. O oculista, após um exame de mapeamento, prescreveu-me um suplemento vitamínico e um colírio. No dia da viagem, (quinta-feira da Paixão) já tinha dificuldade de ler as mensagens do celular (em letra ampliada). Lá, dia seguinte, acordei, percebendo parte do olho coberto por uma espécie de véu; e, no sábado, à noite, não divisava as faces das pessoas. No domingo, andei e me alimentei monitorado. Contudo, sentimos a mão divina mover-se, na minha família, e a meu favor, mais uma vez.

Outro casal participou do “retiro”. Ele, colega de trabalho do amigo que nos levou, aceitou também o convite, de véspera. Sua esposa, ao ver nossa aflição, nos acalmou, citando um centro oftalmológico avançado, em Fortaleza, que já resolvera problemas semelhantes, inclusive num familiar seu. Retornamos no domingo; e, na segunda, nova consulta ao meu oculista, que não só confirmou a informação de nossa amiga, como também me encaminhou ao referido centro.

O poder da oração

Como geralmente ocorre, pelo menos por aqui, não havia vaga, mas por se tratar de encaminhamento, fui atendido, logo no dia seguinte; e dois dias depois, fui operado, e retornei a casa com mil e uma recomendações. Oh que bom! Eu já estava deixando aquela cegueira temporária, quando, outra vez, me vem o escuro véu. Na Clínica, constatou-se que a colagem estava perfeita, mas outra parte da frágil retina também resolvera desgrudar-se. Outra cirurgia, outro repouso, em posição nada confortável. Evidentemente, familiares e amigos estavam em oração desde o início, inclusive na França. Orações a Jesus das Santas Chagas, pedidos de intercessão de Nossa Senhora e de Santa Luzia.

Seguem-se os retornos à Clínica, para os necessários acompanhamentos. Até que, alguns meses depois… “Graças a Deus! Isto aqui não descola mais não!…” — bradou eufórico o cirurgião. Isto se deu na semana da novena de nossa santinha. Cremos que ela, amiga da Virgem Santíssima, intercedeu. Telefonamos para os dois casais parceiros da viagem, e nos encontramos na igrejinha de Santa Luzia, aqui na nossa bela Praia de Iracema, para uma missa de celebração e agradecimentos pela milagrosa intercessão.

Novena de Santa Luzia

E, se você foi tocado, se conhece alguém (talvez você mesmo) que esteja precisando desta poderosa intercessão, participe da Novena de Santa Luzia pela saúde dos olhos do corpo e da alma disponível no Hozana (clique aqui para se inscrever).

Reze uma das orações dedicadas à Santa Luzia, disponíveis em livros e sites, ou uma oração espontânea, vinda do fundo seu coração. Neste momento, você pode repetir comigo:

Luzia. Santa antes, durante e após cruel martírio, roga por todos nós, fracos de fé e impotentes ante tanta maldade e miséria, nossas e dos outros! Amém!

Prof. Olímpio Araújo, membro das academias AMLEF, ACLP e ALL, pelo Hozana

Fonte: Aletéia

Santa Luzia, rogai para que Deus nos conceda a visão física e espiritual.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Você já ouviu falar nas têmporas de Advento?


Microgen - Shutterstock


Você já ouviu falar nas têmporas de Advento? Ou nas têmporas em geral? Vamos resumir: uma antiga tradição da Igreja dedicava as quartas, sextas e sábados ao jejum e à oração durante as semanas de mudança de estação. Eram as chamadas “quatro têmporas”, já que mudamos de estação quatro vezes por ano.

As 4 têmporas

Como a ordem das têmporas segue o ano litúrgico e não o ano civil, as primeiras são as da 3ª semana do Advento (sendo portanto, evidentemente, as têmporas de advento); depois vêm as da 2ª semana da Quaresma; em seguida as da Oitava de Pentecostes e, por fim, as assim chamadas “têmporas de setembro”, que começam na quarta-feira após o dia 14 de setembro.

Elas coincidem, portanto, com o início de cada estação do ano e sua proposta é pedir as bênçãos de Deus para o novo período que começa, bem como para dar graças a Ele pelos benefícios recebidos. Além do agradecimento, as têmporas nos convidam à oferta a Deus de um pequeno sacrifício, representado pelo jejum ou pela abstinência.

O Catecismo de São Pio X nos explica o propósito do jejum das quatro têmporas:

1 – Para santificar cada estação do ano com alguns dias de penitência;
2 – Para pedir a Deus que nos dê e conserve os frutos da terra;
3 – Para agradecer a Deus pelos frutos concedidos;
4 – Para pedir a Deus que dê à sua Igreja bons ministros, cuja ordenação se faz ordinariamente nos sábados das quatro têmporas.

O jejum não é uma obrigação nessas datas, mas uma devoção recomendada, a ser praticada voluntariamente. Por isso mesmo, pode-se optar pela abstinência em vez do jejum. Essa prática sempre tem o seu sentido alicerçado na purificação pessoal, no exercício do autodomínio, na capacidade de renúncia e abnegação e na atenção especial ao espírito.

Têmporas de advento

Os dias de jejum e oração durante a semana das têmporas são sempre a quarta-feira, a sexta-feira e o sábado. No caso das têmporas de Advento de 2022, portanto, as datas são 14, 16 e 17 de dezembro.

“Têmporas” à mesa!

Uma curiosidade: o tempurá é conhecido hoje mundo afora como um prato popular da culinária japonesa. Na verdade, ele tem origem portuguesa, foi “exportado” ao Japão pelos missionários católicos e é batizado justamente por causa das quatro têmporas.

É que, no século XVI, quando os marinheiros portugueses estabeleceram seus primeiros contatos com o povo japonês, viajavam junto com eles os missionários cristãos, que, durante as têmporas, praticavam a abstinência comendo apenas verduras e peixe.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora repleta do Espírito Santo, rogai por nós!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Papa Francisco: celibato não causa abusos

Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

"Nas famílias não há celibato e também ocorre. 
É a monstruosidade de um homem ou mulher doente em termos psicológicos ou malévolo"

O celibato não é a causa dos abusos sexuais perpetrados por clérigos, reafirmou o Papa Francisco.

O pontífice voltou a deplorar a ocorrência dos abusos, mas discordou das narrativas que culpam o celibato como suposta causa. Além disso, Francisco lamentou que também ocorram muitos abusos dentro das famílias e que este fato “ainda seja escondido”.

O Papa concedeu entrevista à rede CNN Portugal.

“O abuso de homens e mulheres da Igreja, abuso de autoridade, abuso de poder e abuso sexual, é uma monstruosidade (…) 
Não é o celibato (…) 
Nas famílias não há celibato e também ocorre”.

Francisco foi enfático ao apontar o horror do abuso e a hedionda atitude de quem o comete, seja qual for o ambiente:

“Portanto, é simplesmente a monstruosidade de um homem ou de uma mulher da Igreja, que está doente em termos psicológicos ou é malévolo, e usa a sua posição para sua satisfação pessoal. 
É diabólico”.

E recordou:

“O sacerdote existe para encaminhar os homens para Deus e não para destruir os homens em nome de Deus. 
Um sacerdote não pode continuar a ser sacerdote se é abusador. 
Não pode. 
Porque é doente ou um criminoso, não sei. 
Eu sofro com casos de abuso que me apresentam. 
Sofro, mas é preciso enfrentar isso”.

O Papa afirmou que “é muito bom” que esses casos sejam denunciados e desmascarados. Ao mesmo tempo, fez questão de denunciar que a esmagadora maioria dos abusos não acontece na Igreja: ele mencionou estatísticas que indicam que 3% dos abusos são perpetrados por membros da Igreja, enquanto 46% são cometidos dentro das famílias, no mundo dos esportes ou nas escolas.

Mesmo assim, Francisco não aliviou em nada a responsabilidade gravíssima dos clérigos abusadores:

“‘Ah, 3% é pouco’. 
Não é. 
Mesmo que fosse um só, já é uma monstruosidade”.

Por isso mesmo, é um assunto que deve ser encarado com firmeza em todos os âmbitos da sociedade.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...