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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Virtudes Teologais e Cardeais



O que é a Virtude?

A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem. 
(Catecismo n. 1803)


Virtudes Cardeais são virtudes humanas



Virtudes Teologais são DONS dados por Deus

1. Fé
2. Esperança
3. Caridade



Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Estas palavras de Jesus podem ajudar a acalmar sua ansiedade

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Philip Kosloski | Ago 27, 2019

Jesus nos assegura que não temos nada a temer!

Viver no mundo moderno pode ser estressante e causar ansiedade. Mas o que provoca esses sentimentos? Principalmente situações específicas no trabalho ou em casa.

Seja o que for que esteja nos oprimindo, Jesus está aqui para acalmar nossos nervos. Seus discípulos estavam igualmente preocupados com a vida e Jesus podia ver seus sentimentos claramente.

Jesus assegurou-lhes que não tinham nada a temer e que a única coisa com que precisavam se preocupar era segui-lo. Aqui está essa passagem, e embora possa ser familiar a muitos de nós, a chave é lê-la lentamente e deixar que a sua verdade penetre em nossos corações. Deus está aqui em nossas vidas e realmente se importa conosco. Muitas vezes, esquecemos essa realidade e ela pode ser a principal fonte de nossa ansiedade. Deixe Deus assumir o controle e ver como a paz pode retornar às nossas almas.

“Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado”
(Mateus 6: 27-34).


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, rogai por nós!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Por que você deveria parar de falar palavrões… e como fazer isso

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David Breitenbeck | Abr 01, 2019

Palavrões são rudes, além de psicológica e espiritualmente maus

Os palavrões estão por toda parte. É raro um dia que você não escuta um. Mesmo em restaurantes e lojas, frequentemente ouvimos os clientes soltarem palavrões com total indiferença ao ambiente. O palavreado chulo em público é agora tão comum que chegou até os programas de televisão.

Você pode perguntar qual é o dano disso; afinal, são apenas palavras. Mas, ao mesmo tempo, a maioria de nós sente que há algo errado. Sabemos que ficar soltando palavrões não é saudável nem desejável. É um mau hábito, e uma falta de educação.

Motivos para parar

Em primeiro lugar, porque pode haver um uso legítimo para palavrões. É uma maneira de colocar uma força emocional extra em uma declaração – seja para efeito ou para aliviar o estresse extremo. O problema é que a superexposição a palavrões enfraquece o seu impacto e, consequentemente, torna-o inútil. Ao mesmo tempo, a fala normal torna-se menos eficaz e produz menos impacto. Como viciados, exigimos doses cada vez maiores para registrar qualquer efeito. Palavrões casuais, portanto, tornam-se cada vez menos eficazes e, ao mesmo tempo, nos forçam a usá-los cada vez mais para tentar fazer com que nossas palavras tenham peso.

O que nos leva a outro problema. O uso de palavrões serve para para chocar o ouvinte, mas em conversas normais, isso é simplesmente rude – semelhante a ficar gritando com a outra pessoa. A boa educação e cortesia determina que, em conversas comuns, devemos tentar fazer com que a outra pessoa se sinta razoavelmente à vontade, enquanto usar palavrões serve para deixar desconfortável a outra pessoa. Juntar os dois aspectos é algo contraditório. A única maneira pela qual uma pessoa se sentiria confortável falando com alguém que fala palavrões o tempo todo é ela admitir que se tornou tão insensível a ponto de tornar os palavrões sem sentido.

Hábito

Por fim, há um problema um pouco mais abstrato. É que aquilo que fazemos (incluindo o que dizemos) afeta o modo como pensamos. Os filósofos estão conscientes disso há séculos, e os neurocientistas estão começando a aprender também. Cada vez que fazemos e falamos algo, isso reforça certas conexões em nosso cérebro, tornando-nos mais dispostos a fazer a mesma coisa uma segunda vez, e assim por diante. Efetivamente, nosso cérebro está criando hábitos o tempo todo.

Essas conexões não afetam apenas uma área do cérebro, mas o todo. Quando agimos de certa forma, começamos a pensar de acordo com isso, e vice-versa. Assim, quanto mais vulgar for o nosso discurso, mais vulgar será o nosso pensamento e, consequentemente, mais vulgar será o nosso comportamento e atitude em geral.

Isso não quer dizer que há determinação extrema ligando palavras ruins a atitudes ruins. Mas quer dizer e alertar para o fato de que um mesmo processo de pensamento e atitude também encoraja o outro.

Foi-nos dito tudo nas Escrituras: “a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12, 34) e “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4, 8).

Em suma, falar palavrões é algo grosseiro, psicológico e espiritualmente insalubre, e destrói até mesmo uma suposta “utilidade” eventual dos palavrões. Por todas essas razões, devemos tentar quebrar esse hábito.

O problema é que é tão fácil uma palavra escapar quando o hábito de seu uso está formado, especialmente no calor do momento, que a maioria dos palavrões continua a ser usada. E uma vez lançado, não pode retornar. Como Winston Churchill disse, somos mestres das palavras não ditas, mas os escravos daqueles que deixamos escapar.

Como parar

Há algumas maneiras de se libertar do hábito de falar palavrões. O primeiro é simplesmente praticar não dizer nada. Esta é uma habilidade bastante fácil de desenvolver: durante as conversas normais do cotidiano, basta fazer uma pausa de vez em quando antes de falar. Quando você sentir vontade de maldizer algo, pare e conte até cinco antes de abrir a boca. Isso ajudará a colocar sua língua sob controle (que é um hábito útil muito além de apenas evitar palavras feias).

Outra maneira, que achei muito útil, é esta: sempre que você deixar escapar um palavrão, faça uma oração. Ou seja, se você xingar três vezes, reze três Pai-Nossos depois de ter recuperado o domínio de si mesmo. Isso reforçará sua resolução de parar com os palavrões, assim como consagrar sua língua a Jesus, e você ficará surpreso com a rapidez com que o hábito dos palavrões deixará você.

Portanto, vamos vigiar nossas línguas e tentar nos elevar acima da vulgaridade que nos cerca.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora Puríssima, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Por que viver a Modéstia?

Em meu último artigo sobre modéstia, defini essa virtude e expliquei por que ela é essencial, e não opcional, à vida cristã. Ela está longe, é fato, de ser a virtude mais importante; mas, ainda assim, vivê-la é uma proteção contra um sem número de perigos, enquanto desprezá-la é um convite a uma multidão de pecados.

A modéstia é uma profunda necessidade humana. Por isso, não é possível rejeitá-la senão à custa da própria integridade e autoestima. Quantas mulheres não haverá por aí, feridas em sua dignidade, assombradas pela lembrança de terem sido usadas uma e outra vez apenas por causa de seus corpos? São vítimas de má instrução, de má educação, de maus conselhos. São mulheres carentes de modéstia, virtude intimamente vinculada ao fato e à percepção da dignidade humana. E por terem sofrido a falta que faz tal virtude, dela necessitam ainda mais para poder recuperar sua dignidade e a consciência do quanto valem, simplesmente por serem pessoas, que merecem ser amadas por si mesmas. Todo o mundo quer ser amado como pessoa, não como coisa; como um quem, não como um quê.

O cristão é chamado a proclamar a primazia do divino sobre o humano e deste sobre o animal. Reconhecemos, assim, a bondade natural e a capacidade de tornar-se santo de todo corpo animado por uma alma imortal, criada à imagem e semelhança de Deus: “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2, 7); “Vós me tecestes no seio de minha mãe […], nada de minha substância vos é oculto, quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas” (Sl 138, 13.14).

O corpo é criação de Deus, templo do Espírito Santo, purificado e ungido no batismo, herdeiro da promessa de ressuscitar um dia para a eterna bem-aventurança. A nossa aparência e o nosso comportamento deveriam ser testemunhas da verdade caracteristicamente católica — atestada com toda a clareza no Novo Testamento — de que tanto o matrimônio como o celibato honram o corpo humano como algo digno de amor, como canal da graça e sinal sagrado, quando consagrado pelos sacramentos de Jesus Cristo: “O corpo não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo” (1Cor 6, 13).

Quer se trate do corpo físico, do corpo político ou do Corpo místico, cada um deles é, à sua maneira, uma unidade composta de várias partes distintas, distribuídas e relacionadas hierarquicamente. A pessoa humana, neste sentido, consiste numa hierarquia de elementos que lhe compõem a personalidade: há muitos níveis e camadas do “eu”, e nem todas elas devem estar à mostra. Um igualitarismo antropológico radical, que atribui igual valor ao corpo e à alma, ou às diferentes potências da alma — pondo, por exemplo, a imaginação ou a vontade no mesmo nível que a inteligência —, não está menos equivocado do que o igualitarismo político ou eclesiológico. 



A dimensão corporal da pessoa é inseparável do seu significado sacramental, sobretudo quando falamos do corpo nu. Este é o dom mais expressivo que os esposos podem oferecer um ao outro. Ao darem seus corpos, eles se doam a si mesmos, já que o corpo não é apenas algo que “possuo”, como se fora outra propriedade mais, mas parte daquilo que eu sou. A pessoa humana não “está” em um corpo, senão que ela é corporal: somos seres encarnados. Eis o que Santo Tomás nos tem a dizer a esse respeito:

Por que há no corpo natural tantos membros: mãos, pés, boca e assim por diante? Porque tais membros servem às diferentes funções da alma. Ora, a alma, enquanto tal, é causa e princípio desses membros, que são o que a alma é virtualmente. Com efeito, o corpo está feito para alma, e não ao contrário. Por isso, o corpo físico é como que certa plenitude da alma.

Por conseguinte, o corpo, mais do que qualquer outro dom que se possa dar, há de ser descoberto e possuído somente por aquele ou aquela a quem ele houver sido consagrado solenemente, à semelhança da Eucaristia, que, sendo o corpo verdadeiro de Cristo, há de ser recebido apenas pelo batizado que estiver unido a Cristo pela caridade. O corpo do marido, ensina São Paulo, já não pertence a ele, mas à sua esposa, e o corpo desta ao marido (cf. 1Cor 7, 4).

Vale a pena refletir sobre o estreito vínculo sacramental que une os esposos e a completa modéstia, a sensibilidade de alma, por ele exigida. A modéstia é uma virtude essencial, não porque os corpos ou as paixões sejam, em si mesmos, coisa vergonhosa, mas porque a bondade que lhes corresponde e o poder que têm de servir como ministros da graça impõem o dever de protegê-los de todo abuso, manipulação e desordem. Recordemos as belas palavras de São Paulo, tão exaltadas, tão cheias de amor por tudo o que Deus criou e redimiu: “Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habi­ta em vós, o qual recebes­tes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6, 19-20).

Os seres humanos somos chamados a guardar o segredo da nossa personalidade, dom precioso que recebemos de Deus, mistério que não devemos expor para “consumo público”. Aos namorados e noivos, aos recém-casados e esposos de longa data foi confiada uma verdade divina, que eles têm o dever de defender contra as forças hostis que ameaçam profaná-la. Homem e mulher, no fundo, são dois segredos a serem compartilhados no amor; são como uma câmara íntima, que não deve ser escancarada, como uma praça pública: deve, pelo contrário, ser tratada com reverência, como se estivéssemos diante de um santuário ou do sacrário de uma igreja.



Nossa Senhora Modestíssima, rogai por nós!

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

O que vestimos importa sim, Senhor!

"Todos os anos, ao entrarmos nos meses mais quentes do ano, volta à tona o problema da modéstia no vestir — agora ainda mais, dado que no Ocidente as pessoas parecem ter perdido até mesmo as mais elementares posturas morais e costumes sociais que antes garantiam um mínimo de autorrespeito e consideração pelos outros. Nós precisamos de nada menos que uma revolução moral, uma reconstrução de nossos mais básicos conceitos de virtude. Nem é necessário dizer que será um trabalho custoso, e que nós não seremos capazes de “virar a maré” da cultura geral (a qual seria mais acertadamente descrita, a esse ponto, como uma “anticultura”). Todavia, de modo algum é impossível reconstruir esses conceitos dentro das comunidades cristãs, contanto que haja uma vontade corajosa de tratar, com clareza e serenidade, dos assuntos que estão em jogo. É o que procurarei fazer em linhas gerais. 

De acordo com S. Tomás de Aquino, a noção de modéstia no vestir, no falar e no modo de se comportar deriva da noção de moderação, de fazer algo de uma maneira adequada, bem sopesada, e que observe um meio entre os extremos (cf. STh II-II 168; 169). No caso em exame, os extremos são, por um lado, a indecência (de longe muito mais comum nos dias de hoje) e, por outro, uma afetação de virtude e uma inibição malsã.

Como todas as virtudes morais, o hábito da modéstia não só capacita a pessoa para querer e escolher o que é certo a esse respeito, mas também a impele a fazê-lo; a modéstia torna-se uma segunda natureza, uma disposição a agir. Tomás nos recordaria, também, que essa virtude nos ajuda a apreciar os bens corporais em seu devido lugar. Quando o exigem as pessoas, o lugar e a ocasião, as paixões do apetite concupiscível são boas, instrumentos de ação virtuosa queridos por Deus.

A pessoa modesta é aquela cujas ações e aspecto externo consistentemente refletem autodomínio, bom juízo do que seja apropriado, um controle firme dos próprios sentimentos, bem como uma habilidade serena de expressar a si mesmo e de “ser” quem se é sem necessidade de alarde. Por isso, a verdadeira modéstia começa na alma para só depois chamar a atenção dos olhos ou dos ouvidos alheios. Essa modéstia interior consiste em regular toda a própria vida de uma maneira que seja calma, gentil, reverente e pura. Vestir roupas modestas ou evitar danças imodestas é algo que simplesmente “transborda” dessa condição interior.

As sociedades modernas, no Ocidente, descartaram a modéstia mais importante para a saúde básica do convívio social: a de vestir-se e comportar-se de modo a não despertar o tipo errado de atenção do sexo oposto — uma atenção animalesca, possessiva e reducionista. Na verdade, o que se ostenta, obviamente, é o vício oposto.

Infelizmente, muitos cristãos sinceros que querem levar uma vida casta parecem estar inconscientes da ligação que existe entre a pureza de coração e a modéstia exterior, entre o compromisso com a virtude e a forma de apresentar o próprio corpo às outras pessoas — uma ignorância ainda mais surpreendente quando se considera a obviedade dessa associação, que foi compreendida com muita clareza por todas as épocas, com exceção da nossa.

Por exemplo, existem jovens católicos que procuram viver a pureza, mas que continuam a se vestir como seus pares do mundo, com estilos de roupa provocativos ou inapropriados. É possível ver isso vividamente nas Jornadas Mundiais da Juventude, onde, além da imodéstia, também é bastante comum uma impressionante falta de consciência a respeito do que seja apropriado para um evento sagrado e solene. 

Nesse quesito, as pessoas de hoje parecem ter adotado um critério único: o conforto físico. Qualquer coisa que possa causar o mais remoto dos desconfortos ou dos incômodos é imediatamente rejeitada. Como resultado, ao se vestirem em dias de alta temperatura, os cristãos de maneira geral com muita frequência caem nos mesmos maus hábitos de seus pares mundanos, que não pensam nem no que é agradável a Deus, nem no que ajudará a si próprio e aos outros a viver a castidade, mas tão-somente no que é “mais fresco” ou “mais prático” de se usar. Como parte pequena de um ascetismo sadio, os cristãos devem rejeitar esse tipo de complacência e bajulação do corpo. São Paulo descreve aqueles que cremos como pessoas que “trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo” (2Cor 4, 10).

Quem nunca se impressionou com fotografias antigas e em preto e branco de nossos antepassados, os quais, debaixo de um calor sufocante de verão, usavam roupas longas e amplamente cobertas? Embora eu não sugira que voltemos ao mesmo guarda-roupas que eles tinham, digo que sim, nós faríamos bem em imitar-lhes o vigor e a propriedade. É óbvio que se deve levar em consideração circunstâncias de temperatura e de atividades, como longos passeios ao ar livre, mas há soluções modestas e imodestas para qualquer que seja a situação. Com os materiais modernos de que dispomos, vestir-se modestamente não significa vestir-se “de modo opressivo”; há à disposição, por exemplo, roupas que cobrem os ombros e chegam até os tornozelos, sendo ao mesmo tempo de um material leve, opaco e agradável.

Nós não podemos fazer de conta que o modo como tratamos nosso corpo, o modo como comemos e nos vestimos, o modo como nos apresentamos, o modo como nos comportamos, não importando se o fazemos com disciplina ou desleixo, educação ou irreflexão, responsabilidade ou ingenuidade, sejam “particularidades” espiritualmente irrelevantes. Trata-se, ao contrário, de coisas essenciais: elas também irão manifestar a vida de Jesus ao mundo, ou promover um espírito contrário ao dEle. O modo como alguém trata, exibe e faz uso de seu corpo revela muito dos trabalhos de sua própria alma: quem ela (ou ele) pensa ser, o que pensa a respeito de si mesma ou dos outros, o que espera de si e dos outros. De mais maneiras do que normalmente as pessoas imaginam, as aparências não enganam: o meio é a mensagem.

Como acontece com qualquer tópico de importância, também para este a Revelação divina tem as suas orientações: 

Quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade (1Tm 2, 9-10). 



Há uma maneira de se comportar e de se apresentar que é inseparável do modo de vida cristão; é um dos sinais que, neste mundo, distingue aqueles que crêem. A modéstia, assim como a paz, ainda que seja um bem da alma em primeiro lugar, não pára na alma, mas tem um efeito sobre todos os aspectos da vida em sociedade. O mundo moderno carece de modelos de autocontrole e de autoapresentação digna; os cristãos podem e devem ser este exemplo. A própria falta de excesso faz com que valha a pena fazer conhecida a sua presença.

A virtude da religião, por meio da qual damos de volta ao Deus infinito aquilo que somos capazes de dar, inclui a oferta a Ele daquilo que somos, nossos corpos e almas, como expressão de um amor fiel. É por isso que a modéstia é, ao mesmo tempo, consequência e salvaguarda da religião

S. Tomás diz que a santidade denota duas coisas: permanecer puro e permanecer firme. “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5, 8): felizes aqueles que, por amor a Deus e com todo o seu ser, preservam firmemente a pureza de alma e de corpo. A visão face a face de Deus, a grande meta e alegria da vida cristã, é a razão última pela qual devemos manter não só nossos corações, mas também nosso falar, nosso agir e nosso apresentar-se, puros, sem mácula, simples e sóbrios. Ao fazer isso, nosso modo de vida é conformado ao de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornando presente, em um mundo decaído e sujo, alguma coisa da límpida inocência, da paz serena e do frescor incorruptível do Espírito Santo."



Nossa Senhora Castíssima, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

É desperdício uma pessoa bonita ser padre ou freira?

HOLY SPIRIT ADORATION SISTERS

Jeffrey Bruno

Por que o fato de homens e mulheres atraentes e bonitos se tornarem padres ou freiras ainda motiva a perplexidade de tantas pessoas?


“Que desperdício!”

Esta é uma expressão bastante comum, utilizada em situações diversas. Mas uma delas chama a nossa atenção nesta reflexão. Por que o fato de homens e mulheres atraentes e bonitos se tornarem padres ou freiras ainda motiva a perplexidade de tantas pessoas?

A expressão, dita por pessoas de outras religiões, poderia até passar despercebida, mas por católicos chega a ser uma contradição.

Se acreditamos e temos Deus como centro de nossas vidas, o que mais valeria na vida do que viver totalmente para Ele? Então, já não soaria tão estranho que esses homens e mulheres, que se destacam por sua beleza, encontrassem numa consagração a Deus a sua escolha de vida, não é verdade?

O padre dominicano Terry-Dominique Humbrecht, no livro “Carta aos jovens sobre as vocações”, traz uma palavra esclarecedora sobre o assunto:

“Considera-se que há desperdício quando uma moça ou rapaz apresentam tantos encantos físicos, que Deus é indigno deles. Aqui encontramos um combate do sexo contra Deus. Isso é tão importante que as pessoas estão dispostas a conceder a Deus uma jovem considerada feia ou um rapaz pobre, mas não uma pessoa bafejada [favorecida] pela beleza ou pela fortuna!”.

Qual seria, então, a razão de uma consagração a Deus ser uma infelicidade na vida de alguém ou para sua família?

Para essa pergunta, padre Humbrecht tem uma resposta bem direta:

“Esse dom é uma graça, sendo também a ocasião de conferir um pouco mais de profundidade à vida. Há tantas famílias que, ao experimentá-lo, encontram uma alegria sem igual, ao passo que outras, que apostaram em demasiados valores terrenos, tranquilizam a consciência, mas mergulham numa vida monótona e cinzenta! Dar a Deus um lugar suficiente é, muitas vezes, uma forma de Lhe recusar o primeiro lugar”, pontua.

Fica como reflexão final: 

Qual o lugar real em que estamos colocando Deus em nossa vida?


(Via A12.com)

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Glória, rogai por nós!

domingo, 11 de agosto de 2019

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

CARTA DO PAPA FRANCISCO
AOS PRESBÍTEROS
POR OCASIÃO DOS CENTO E SESSENTA ANOS DA MORTE DO CURA D’ARS


Meus queridos irmãos!

Estamos a comemorar cento e sessenta anos da morte do Santo Cura d'Ars, que Pio XI propôs como patrono de todos os párocos do mundo. Quero, na sua memória litúrgica, dirigir esta Carta não só aos párocos, mas a todos vós, irmãos presbíteros, que sem fazer alarde «deixais tudo» para vos empenhar na vida quotidiana das vossas comunidades; a vós que, como o Cura d’Ars, labutais na «trincheira», aguentais o peso do dia e do calor (cf. Mt 20, 12) e, sujeitos a uma infinidade de situações, as enfrentais diariamente e sem vos dar ares de importância para que o povo de Deus seja cuidado e acompanhado. Dirijo-me a cada um de vós que tantas vezes, de forma impercetível e sacrificada, no cansaço ou na fadiga, na doença ou na desolação, assumis a missão como um serviço a Deus e ao seu povo e, mesmo com todas as dificuldades do caminho, escreveis as páginas mais belas da vida sacerdotal.

Há algum tempo, manifestava aos bispos italianos a preocupação pelos nossos sacerdotes que, em várias regiões, se sentem achincalhados e «culpabilizados» por causa de crimes que não cometeram; dizia-lhes que eles precisam de encontrar no seu bispo a figura do irmão mais velho e o pai que os encoraje nestes tempos difíceis, os estimule e apoie no caminho.

Como irmão mais velho e pai, também eu quero estar perto, em primeiro lugar para vos agradecer em nome do santo Povo fiel de Deus tudo o que ele recebe de vós e, por minha vez, encorajar-vos a relembrar as palavras que o Senhor pronunciou com tanta ternura no dia da nossa Ordenação e que constituem a fonte da nossa alegria: «Já não vos chamo servos, (...) a vós chamei-vos amigos» (Jo 15, 15).


domingo, 4 de agosto de 2019

RESPOSTA: Batizada. Casada. Pode ser Crismada?

Isabella Fiorentino, aos 39 anos, recebendo o Sacramento do Crisma em 2016

Ave Maria!

Tenho 35 anos sou batizada e fiz a primeira comunhão só não fiz a Crisma já sou casada na igreja e gostaria de fazer muito a crisma será que posso, ainda não falei com o padre da minha comunidade

CLARO!!!
Não só pode como DEVE!!

Corre.... o que está esperando.rss
Agora em agosto, em várias paróquias, inicia a Catequese de Adultos, se informe na sua Paróquia quando será lá (ou em outra Paróquia).


O que ocorre no Sacramento da Confirmação (do Batismo) ou Crisma?

Cân. 879 — O sacramento da confirmação, que imprime carácter, e pelo qual os baptizados, prosseguindo o caminho da iniciação cristã, são enriquecidos com o dom do Espírito Santo e se vinculam mais perfeitamente à Igreja, robustece-os e obriga-os mais estritamente para serem testemunhas de Cristo pela palavra e pelas obras, assim como para difundirem e defenderem a fé.
(CDC)

Quem pode receber o Sacramento do Crisma?

Cân. 889 — § 1. Tem capacidade para receber a confirmação todo e só o baptizado, ainda não confirmado
(CDC)

O que precisa e quando devemos receber o Sacramento do Crisma?

Cân. 890 — Os fiéis têm obrigação de receber este sacramento no tempo devido; procurem os pais, os pastores de almas, especialmente os párocos, que os fiéis sejam devidamente instruídos para o receberem e dele se aproximem em tempo oportuno.
(CDC)

Casado na Igreja pode receber o Sacramento do Crisma?

Deve!
A Igreja Católica determina que a pessoa seja confirmada na fé antes de receber o Sacramento do Matrimônio

Cân. 1065 — § 1. Os católicos que ainda não receberam o sacramento da confirmação, recebam-no antes de serem admitidos ao matrimónio, se o puderem fazer sem grave incómodo.
(CDC)

Mas quem não recebeu não está impedido de casar, muito menos de receber o Sacramento do Crisma depois de casar.

A propósito, se seu esposo for católico e também lhe faltar alguns dos Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma), leve-o consigo para fazerem a Catequese de Adultos juntos.


Para saber mais sobre esse Sacramento, clique em:


Para saber mais sobre os Padrinhos, clique em:



Fonte: Código de Direito Canônico

Nossa Senhora Assunta ao Céu, rogai por nós!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

RESPOSTA: Posso Batizar em casa?

Ave Maria

Posso batizar em casa minhas filhas de 8 e 11 anos?

Em regra: Não!

Determina o Código de Direito Canônico que:

Cân. 857 — 
§ 1. Fora do caso de necessidade, o lugar próprio para o baptismo é a igreja ou o oratório. 
§ 2. Em regra, o adulto seja baptizado na igreja paroquial própria, e a criança na igreja paroquial própria dos pais, a não ser que uma causa justa aconselhe outra coisa.

Cân. 860 — § 1. Exceptuado o caso de necessidade, o baptismo não se administre em casas particulares, a não ser que o Ordinário do lugar, por justa causa, o permita. 
§ 2. Nos hospitais, a não ser que o Bispo diocesano estabeleça outra coisa, não se celebre o baptismo, excepto em caso de necessidade ou se outra razão pastoral o exigir.


Ademais, por suas filhas já terem mais de 7 anos, portanto, já alcançaram a idade da razão, devem fazer a Catequese na Paróquia onde serão preparadas e, ao final, receberão dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia e se aproximarão do Sacramento da Penitência, através da Confissão.

Cân. 852 — 
§ 1. As prescrições dos cânones relativas ao baptismo dos adultos aplicam-se a todos os que, saídos da infância, alcançaram o uso da razão. 

Cân. 851 — Importa preparar devidamente a celebração do baptismo; por conseguinte: 1.° o adulto que pretende receber o baptismo seja admitido ao catecumenado e, quanto possível, conduzido pelos vários graus até à iniciação sacramental, segundo o ritual da iniciação, adaptado pela Conferência episcopal, e as normas peculiares dadas pela mesma;


Desta forma, salvo justo motivo (p. ex.: filhas doentes que não podem se locomover) e com autorização do Bispo, suas filhas devem receber o Sacramento do Batismo na Paróquia, após devida preparação.



Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
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