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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Por que Satanás odeia tanto o escapulário?

Philip Kosloski | Jul 16, 2018



Uma poderosa arma contra o maligno


Entre os muitos sacramentais da Igreja Católica, o escapulário é uma das devoções marianas mais comuns. O escapulário marrom, que se originou da tradição carmelita, é usado por fiéis do mundo inteiro. Os dois quadradinhos de tecido unidos por um cordão que deve ser usado ao redor do pescoço pode favorecer um relacionamento mais profundo com Jesus Cristo e sua mãe, a Santíssima Virgem Maria.

Ao longo da história, este sacramental ajudou um número incontável de almas cristãs e provou ser uma poderosa defesa contra Satanás. No livreto “Garment of Grace”, são encontradas evidências para essa afirmação através do exemplo do Venerável Francis Ypes. De acordo com a história, “um dia, o escapulário dele caiu. Ao substituí-lo, o demônio uivou: ‘Tirem o hábito que afasta tantas almas de nós!’. Então Francis reconheceu que há três coisas que o maligno mais teme: o Santo Nome de Jesus, o Santo Nome de Maria e o Santo Escapulário do Carmelo.

Como exemplo do poder desse sacramental para “afastar” as almas do diabo, São Pedro Claver usou o escapulário marrom em suas aventuras missionárias. Todo mês “um carregamento de 1.000 escravos chegaria a Cartagena, Colômbia, América do Sul. São Pedro costumava garantir a salvação dos seus convertidos. Primeiro, ele organizava catequistas para lhes dar instruções. Depois, cuidava para que todos fossem batizados e vestidos com o escapulário. São Pedro estava confiante de que Maria cuidaria de cada um dos seus mais de 300.000 convertidos”

Essas e outras histórias refletem o que vários exorcistas experimentaram. Gabriele Amorth relatou o que o diabo disse a ele durante um exorcismo: “Eu tenho medo quando você diz o nome da Virgem, pois eu me sinto mais humilhado quando sou espancado por uma criatura simples, ao invés [de ser espancado] por Ele.”

Por isso, quando o uso do escapulário marrom leva uma pessoa a desenvolver o “hábito” da fé, ele se torna uma poderosa defesa contra Satanás e deixa o crente mais próximo da Virgem Maria, que é abominada veementemente pelo diabo.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sábado, 28 de julho de 2018

O que Nossa Senhora do Carmo tem a ver com o título mariano “Estrela do Mar”




A belíssima história dos carmelitas, do escapulário e das mostras de proteção oferecidas pela Virgem Maria


O Monte Carmelo fica na costa mediterrânea da Terra Santa e seu nome quer dizer jardim ou pomar. É considerado sagrado desde tempos imemoriais (cf. Is 33,9; 35,2; Mq 7,14), mas se tornou particularmente célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18), que ali defendeu a fé do povo escolhido diante dos assédios pagãos. Elias permaneceu no Monte Carmelo, com seus discípulos, vivendo de maneira contemplativa como eremitas.

Essa vida de oração inspirou, centenas de anos depois, já no século XI da nossa era, a fundação de uma ordem religiosa católica chamada originalmente Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, ou, abreviando, Ordem do Carmo. Nasciam assim os carmelitas.

No século XIII, os carmelitas tiveram que abandonar o Monte Carmelo devido à invasão dos muçulmanos – e aqueles que ficaram foram massacrados. Enquanto eles partiam, cantando o hino Salve Regina, a Virgem Maria lhes apareceu e prometeu ser a sua Estrela do Mar.

Os carmelitas se espalharam por várias regiões da Europa, onde passaram por grandes dificuldades. Os frades encontravam forte resistência de outras ordens religiosas e eram até satirizados por sua maneira de se vestir. No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock, superior dos carmelitas, rezava no convento inglês de Cambridge e pedia a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível também para os seus detratores. Ele a invocava como “flor do Carmelo” e “Estrela do Mar”. Teve então a visão em que Nossa Senhora lhe entrega o escapulário, com esta promessa:


“Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.

À medida que os religiosos carmelitas cresciam, propagava-se a devoção à Virgem do Carmo, também conhecida como a Estrela do Mar, e registravam-se milagres. Um dos mais célebres tem a ver, justamente, com o mar.

O escapulário que acalmou uma tormenta no mar
Ivan Konstantinovich Aivazovskii - PD

Em 1845, o navio inglês King of the Ocean deixava o Porto de Londres com destino à Austrália. Entre os passageiros, encontrava-se o pastor protestante inglês James Fisher, com esposa e dois filhos, de 9 e 7 anos de idade. O tempo esteve bom nas primeiras semanas de viagem, mas, quando já se adiantava Oceano Índico adentro, uma forte tormenta, vinda do noroeste, varreu o oceano. As ondas irrompiam furiosamente, as velas se rasgavam e, a bordo, o madeiramento não parecia mais do que canas à mercê dos ventos e das ondas dessa noite memorável. Ordenaram aos passageiros que descessem às suas cabines. Não havia o que fazer. Ouviam-se ordens de comando, gritos de desespero e súplicas de misericórdia.

O Sr. Fisher, com a família e mais outras pessoas, subiu ao convés e pediu que todos se unissem na oração, suplicando perdão e misericórdia.

Havia na tripulação um jovem marinheiro irlandês, da comarca de Louth, chamado John McAuliffe, que, desabotoando a camisa, tirou do pescoço um escapulário. Brandiu-o em forma de cruz e o arremessou ao mar. Em breve, as águas abateram seu furor, a tempestade acalmou-se e uma pequena onda lançou para junto do jovem marinheiro o mesmo escapulário que, poucos minutos antes, ele havia lançado ao mar escapelado. Assim, o navio chegou são e salvo ao porto de Botany.

Ora, as únicas pessoas que haviam notado o gesto do marinheiro e o regresso do escapulário ao convés foram os Fisher. Com profunda reverência, aproximaram-se então do rapaz e lhes pediram que explicasse o significado daquelas peças tão simples de pano castanho, marcadas com as letras B.V.M.

Uma vez informados, prometeram, ali mesmo, abraçar a fé cuja protetora e advogada é a poderosa Virgem do Carmo, Nossa Senhora, Mãe de Jesus.

Já na cidade australiana de Sidney, eles se encaminharam para a pequenina capela de Santa Maria, feita então de madeira no local onde hoje se ergue um templo magnífico, e foram recebidos ao seio da Igreja pelo pe. Paulding, mais tarde arcebispo.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora, Estrela do Mar, rogai por nós!

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Por que o Casamento precisa ser para Vida Toda?




Pe. Reginaldo Manzotti responde

“O que Deus uniu o homem não separa.”

Recomendo, como parte da explicação do vídeo, você ler o Catecismo da Igreja Católica: 2382-2386.



Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Que tipo de roupas devo usar para ir à Missa?




 "O pudor é modéstia. Inspira a escolha do vestuário, mantém o silêncio ou o recato onde se adivinha o perigo duma curiosidade malsã. O pudor é discrição.
Existe um pudor dos sentimentos, tal como existe um pudor corporal. Ele protesta, por exemplo, contra as explorações exibicionistas do corpo humano em certa publicidade, ou contra a solicitação de certos meios de comunicação em ir longe demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.




A pureza exige o pudor, que, preservando a intimidade da pessoa, exprime a delicadeza da castidade e orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e da sua comunhão. Ela liberta do erotismo difuso e afasta de tudo aquilo que favorece a curiosidade mórbida. Requer uma purificação do ambiente social, mediante uma luta constante contra a permissividade dos costumes, que assenta numa concepção errónea da liberdade humana.




Mulheres USEM:

1. Roupa (blusas e vestidos) com manga;
2. Roupa sem decotes (na frente e nas costas);
3. Vestidos e Saias na altura do joelho (pelo menos);
4. Peças que não fiquem coladas ao corpo;
5. Peças que não sejam transparentes.

Homens USEM:

1. Calça;
2. Sapato ou sapatênis;
3. Blusa com manga.

Isso já é um bom começo para quem procura viver como um bom cristão, observar a castidade e a modéstia/pudor.


Fonte: Pe. Paulo Ricardo (YouTube) e Catecismo da Igreja Católica

Nossa Senhora Modestíssima, rogai por nós!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

10 atitudes que devem ser assumidas pelos Padrinhos de Batismo (e Crisma)

A12 | Out 27, 2017

Shutterstock



Os padrinhos têm o compromisso de transmitir valores morais e cristãos à criança

Escolher os padrinhos para uma criança é uma tarefa muito importante que deve ser feita com atenção, levando em conta alguns fatores importantes. Primeiramente, o casal escolhido deve viver o batismo, ou seja, ser católico, ser crismado e ter uma vida de comunhão eucarística.

Para ser padrinho ou madrinha, não basta ser alguém conhecido, amigo, parente, alguém importante na vida dos pais da criança, pode até trazer essas caraterísticas citadas, mas o compromisso é muito maior. O casal tem a missão de transmitir valores morais e cristãos à criança. Por tudo isso, listamos 10 atitudes que devem ser assumidas pelos padrinhos:


1• Viver a responsabilidade de ser padrinho: O padrinho deve acompanhar o seu afilhado com a presença, com o bom testemunho de cristão, fazer as vezes dos pais ou auxiliar os pais em suas faltas;

2• Criar vínculo com os irmãos do afilhado: É muito importante que os padrinhos tenham a sensibilidade de se relacionar com os irmãos do afilhado para que as demais crianças não se sintam excluídas;

3• Ser parceiro dos pais do afilhado: Os padrinhos devem ser companheiros dos pais, procurando sempre respeitar os limites impostos por eles às crianças;

4• Assumir um compromisso: Quando os padrinhos são escolhidos e aceitam o convite, assumem um compromisso perante Deus de amar e ajudar na educação da criança;

5• Criar momentos com a criança: Se puder e estiver próximo da criança procure, por exemplo, brincar, buscar na escola, tudo isso possibilita uma relação mais íntima;

6• Ser amigo: Os padrinhos devem estabelecer um elo de confiança com a criança, para que ela saiba que pode contar com eles em qualquer momento;

7• Não esqueça as datas importantes: Participe de datas como o aniversário, natal e outros momentos importantes. Essa presença não precisa se dar por meio de presentes, mas com palavras de carinho e amor;

8• Estar presente: Fazer parte do dia a dia da criança, procurar ouvi-la, passar um tempo com ela dedicando atenção e carinho. Acompanhar as pequenas conquistas, mesmo que seja necessário às vezes, ser por telefone ou internet;

9• Rezar pelo afilhado: Os padrinhos assumem no batismo a missão de rezar pelo seu afilhado todos os dias;

10• Ajudar na formação religiosa do afilhado: Ajudar a criança a viver o amor a Deus, contribuindo com os pais no ensinamento das orações e no acompanhamento da participação ativa nos sacramentos da Igreja. Os padrinhos devem ter a consciência de que devem ser luz e fermento na vida cristã do afilhado.

Via A12.com

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sábado, 21 de julho de 2018

4 dicas para os pais sobre o exemplo de Maria para quando você se sentir desencorajado

Fr. Michael Rennier | Jul 15, 2018




Aqui estão algumas maneiras pelas quais a reação dela às dificuldades de criar filhos pode encorajar todos os pais

Quando minha esposa me disse que estávamos esperando nosso primeiro filho, senti meu coração dobrar de tamanho. Eu estava exultante. Eu também estava nervoso. Realmente muito nervoso. Isso foi há 12 anos, quando eu havia acabado de me formar na faculdade e havia conseguido meu primeiro emprego. Vivíamos longe de casa e, sinceramente, éramos bastante ingênuos sobre o mundo e o que a maternidade exige. Como a maioria dos pais de primeira viagem, compramos trocador, berço, roupas de bebê, uma banheira, e outras coisas. Aparentemente, não somos os únicos iniciantes que alinharam nosso ninho com itens desnecessários para bebês. Tudo faz parte da experiência. Parcialmente somos vítimas porque, embora ter um bebê seja excitante, também causa uma séria busca da alma. Realmente faz uma pessoa questionar se ela está pronta para a tarefa.

Recentemente, soubemos que estamos esperando nosso sexto filho. Eu estava animado para descobrir. Eu também estava tão nervoso quanto da primeira vez. Nossa paternidade não parece ter estragado demais os outros cinco, o que é bom, mas há novas preocupações sobre uma gravidez e um parto saudáveis, dinheiro para criar mais uma criança e o que o futuro reserva. Cada anúncio de nascimento é alegre – eu não trocaria isso por nada no mundo –, mas também um pouco estressante.

Pode ser difícil falar sobre a ansiedade da paternidade, embora em algum grau todos nós a experimentemos. É correto admitir que a paternidade é desafiadora. Mesmo com a ansiedade de ter uma vida boa, há a frustração cotidiana de sempre lavar a louça, ter de educá-los, o sentimento de culpa de que são ingratos, a falta de sono e de nunca ter um momento a sós. Nossos filhos estão sob nossa asa por um tempo, mas depois eles deixam o ninho e fazem a própria vida deles. Eles fazem escolhas que são difíceis de aceitar e enfrentam dificuldades que gostaríamos que pudéssemos resgatá-los. Como podemos lidar com essas emoções negativas e nos concentrar na alegria de sermos pais?

No dia 09 de abril desse ano foi o dia em que a Igreja celebrou a Anunciação, que é o dia em que a Virgem Maria descobriu que estava grávida. Desde o começo, ela entendeu que sua maternidade seria particularmente difícil, mas ainda assim ela recebeu a notícia com alegria. Aqui estão algumas das maneiras pelas quais a reação dela pode encorajar todos os pais.

Mantenha um coração aberto

Por favor, diga-me que outros pais já passaram por isso, porque não é tão incomum que eu faça uma pergunta à minha filha e seja totalmente ignorado. Oh, ela me ouviu, eu percebo isso… mas não obtive resposta. Ou um dos mais jovens grita pedindo para a mamãe pegar a bola. Eu, que por acaso estou de pé ali, saio para pegar a bola e é quando meu próprio filho, minha própria carne e sangue, me diz que não sou digno de lhe entregar a bola. Só a mamãe pode fazer isso. Este é apenas um exemplo alegre de como as crianças podem ser frustrantes. No dia a dia eu realmente gosto de tê-los por perto, mas com certeza existem seus momentos sombrios. Eles fizeram com que as emoções saíssem de mim, emoções que eu nem sabia que existiam, como pensamentos da qualidade de confissão.

Maria não permaneceu no negativo. Em vez disso, ela olhou para o positivo e viu o futuro com esperança. Quando você está frustrado com seus filhos, lembre-se dessa esperança de coração aberto quando soube que estava esperando. Saborear os bons momentos e lembrar que as frustrações são, muitas vezes, simplesmente dores normais de crescimento.

Lembre-se de que Deus lhe deu esta criança

Eu me preocupo com o fato de não amar meus filhos com perfeição, para que o que eu possa fornecer como pai possa não ser o que eles precisam para se tornarem adultos adequados e bem ajustados. Conheço todas as minhas próprias inadequações, as maneiras pelas quais fui impaciente com elas. Eu sei como eu pulei linhas em livros que eu deveria estar lendo em voz alta ou permiti que meu egoísmo diminuísse minha paternidade.

Maria talvez se sentisse assim, especialmente porque as circunstâncias em torno de sua gravidez eram altamente incomuns. Porém, ela foi informada que Deus amava muito seu filho. De fato, Deus ama todos os nossos filhos com um amor absolutamente perfeito. Mesmo quando nos sentimos fracassados, nossos filhos são profundamente amados.

Sentir a dor do seu filho

Como pai, fico chateado quando meus filhos estão chateados. Quando eles estão preocupados, digamos, com o fato de estarem tendo problemas com a matemática, também me incomodo com isso. Eu odeio vê-los doentes. Eu gostaria de poder de alguma forma tirar toda a dor deles ou consertar todos os problemas, mas não posso.

Maria também não podia mudar a vida de seu filho. Tudo o que ela podia fazer era sofrer junto com ele. Compartilhar a dor do seu filho, mesmo que isso seja tudo o que você pode fazer, é um grande presente.

Rendição total

Criar uma família é um processo que tudo consome, e parece que a paternidade ofusca a identidade pessoal. O que quero dizer com isso é que as crianças não deixam muito tempo para passatempos pessoais e os pais frequentemente desistem de atividades que adoram por seus filhos.

Maria se entregou totalmente a amar seu filho e nunca se arrependeu. O amor é um sacrifício, mas quando nos entregamos totalmente a ele, estamos recebendo em troca o amor como nunca antes havíamos conhecido. A paternidade não diminui quem somos, ela abre as portas para a vida. Não admira que todo novo pai esteja tão animado.


Fonte: Aletéia

Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Será que eu preciso de um Diretor Espiritual?


Jérémie Lusseau / Hans Lucas via AFP


Um especialista pode te ajudar a descobrir o que Deus espera da tua vida

Nas academias, muitas pessoas procuram um personal trainer, alguém que as ajude, de maneira customizada, a atingir as metas para melhorar o corpo esteticamente. Da mesma maneira – e com maior razão – é bom procurar um “treinador” espiritual. Para construir a casa dos meus sonhos, contarei com a assessoria de um especialista (um arquiteto, por exemplo). Seria sensato tentar construir a casa sobre a rocha? 

É possível progredir no caminho da perfeição espiritual sem ajuda, sem orientação, sem alguém para dar motivação? Difícil… 

No fundo, ser dirigido espiritualmente é uma maneira de perguntar a Jesus o que o jovem rico do Evangelho perguntou: “O devo fazer para herdar a vida eterna?”.

É a mesma coisa de perguntar: “O que Deus espera de mim em meio às minhas circunstâncias? Como posso alcançar a santidade em meio ao meu contexto de vida?”

Há momentos na vida em que se vê, de maneira mais evidente, a necessidade de um diretor espiritual: momentos cruciais, fases que exigem sério discernimento, tempos de crise ou inconformismo etc. 

É uma pena quando, por falta de um diretor espiritual, tomamos uma decisão equivocada, que amarga toda a nossa existência ou perdemos tempo por causa de um conceito errado de oração… 

O diretor espiritual é um instrumento nas mãos de Deus, pois o protagonista da formação é Ele. Este instrumento pode guiar a pessoa para que ela descubra a vontade de Deus na vida dela (e como cumprir essa vontade). 

Para você ter uma ideia da importância deste trabalho, é praticamente impossível encontrar santos que não tenham recebido a direção espiritual. 

Cada pessoa é única e pertence a um mundo diferente, marcado por suas próprias histórias e experiências de vida. E Deus tem um plano específico para cada um de nós. 

É importante encarar a vida sob a luz Deus. Eu diria que descobrir o plano de Deus e levá-lo para a vida real deveria ser a principal preocupação de todas as pessoas. 

E você? Anima-se a procurar um diretor espiritual?


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Pelas almas do purgatório, missas e mais missas!

CZYŚCIEC
Wikipedia | Domena publiczna


De tudo o que podemos fazer pelas almas que estão no Purgatório, não há absolutamente nada mais precioso do que oferecer por elas o santo sacrifício da Missa. 


De tudo o que podemos fazer pelas almas que estão no Purgatório, não há absolutamente nada mais precioso do que a imolação de nosso Divino Salvador sobre o altar. Além de ser doutrina expressa da Igreja, manifesta em seus Concílios, muitos fatos milagrosos, devidamente autenticados, não deixam margem alguma de dúvida a esse respeito.

Entre os discípulos de São Bernardo, que perfumavam o celebrado vale de Claraval com o odor de sua santidade, havia um cuja negligência contrastava tristemente com o fervor de seus irmãos. Não obstante a sua dupla função de padre e de religioso, ele se permitia cair em um deplorável estado de tibieza.

O momento da morte chegou e ele compareceu diante de Deus sem demonstrar o mínimo sinal de emenda. Enquanto a Missa de Réquiem era celebrada, um religioso venerável e de virtude incomum recebeu uma iluminação interior e descobriu que, embora o falecido não se tivesse perdido eternamente, sua alma se encontrava em uma condição das mais miseráveis.


“Observa agora as torturas às quais sou condenado, em punição por minha culpável tibieza.”


Na noite seguinte, apareceu-lhe a alma do seu irmão de comunidade, em um estado infeliz e lastimável. “Ontem”, ele disse, “descobriste qual foi o meu deplorável destino. Observa agora as torturas às quais sou condenado, em punição por minha culpável tibieza.”

Ele então conduziu o velho homem à beira de um grande poço, de cujas profundezas, repletas de chamas ardentes de fogo, saía nuvens de fumaça. “Contempla o lugar”, ele disse, “onde os ministros da Divina Justiça cumprem ordens de me atormentar; eles não cessam de me lançar dentro desse abismo, e só me tiram para me precipitar aí novamente, sem que me seja dado um só momento de descanso.”

Na manhã seguinte, o religioso se dirigiu a São Bernardo para lhe dar a conhecer a visão que tivera. O santo Abade, que havia sido agraciado com uma aparição similar, recebeu tudo isso como um alerta do Céu para sua comunidade. Convocou então um capítulo e, com lágrimas nos olhos, relatou a todos as duas visões, exortando seus religiosos a socorrer com sufrágios generosos esse pobre irmão falecido, bem como a aprender com seu triste exemplo a conservar o próprio fervor, evitando a mínima negligência no serviço de Deus.



O santo Abade e seus fervorosos discípulos apressaram-se em oferecer orações, jejuns e Missas pelo pobre irmão falecido. Este foi rapidamente libertado e apareceu, cheio de gratidão, a um religioso mais velho da comunidade que havia se dedicado particularmente à sua causa. Perguntado sobre o sufrágio que lhe havia sido mais proveitoso, ele, ao invés de responder, tomou o velho homem pela mão e, conduzindo-o a uma igreja onde estava sendo celebrada a Santa Missa, disse, apontando para o altar: “Observa o grande poder redentor que me rompeu as cadeias, contempla o preço de meu resgate: é a Hóstia consagrada, que tira os pecados do mundo!”

Eis outro incidente, relatado pelo historiador Fernando de Castela, e citado pelo Padre Rosignoli. Havia em Colônia, entre os estudantes das classes mais avançadas da universidade, dois religiosos dominicanos de notável talento, sendo um deles o bem-aventurado Henrique Suso. Os mesmos estudos, o mesmo estilo de vida e, acima de tudo, o mesmo desejo pela santidade, fizeram com que os dois dessem início a uma amizade íntima, partilhando mutuamente os favores que recebiam do Céu.

“Contempla o preço de meu resgate: é a Hóstia consagrada, que tira os pecados do mundo!”

Quando terminaram seus estudos, vendo que estavam prestes a se separar e retornar cada um para o próprio convento, os dois amigos consentiram e prometeram um ao outro que o primeiro dos dois que morresse deveria ser assistido pelo outro durante um ano inteiro com a celebração de duas Missas por semana, uma de Réquiem na segunda, como era costume, e uma na sexta-feira, à medida que as rubricas o permitissem. Eles assim combinaram, deram um no outro o ósculo da paz e deixaram Colônia.

Por muitos anos ambos continuaram servindo a Deus com o mais edificante fervor. O irmão cujo nome não é mencionado foi o primeiro a ser chamado por Deus, e Henrique recebeu as notícias com os mais perfeitos sentimentos de resignação à vontade divina. O tempo acabou fazendo com que o beato se esquecesse, no entanto, do contrato que eles haviam feito. Ele rezou muito pelo amigo, fez penitências e muitas outras boas obras por ele, sem se lembrar, porém, de oferecer as Missas que lhe prometera.

Uma manhã, enquanto meditava recolhido na capela, o beato viu aparecer de repente diante dele a alma de seu amigo falecido, a qual, olhando para ele com ternura, reprovou-o por ser infiel à própria palavra dada, e na qual ele tinha todo o direito de confiar. Henrique, surpreso, quis desculpar seu esquecimento enumerando as orações e mortificações que ele havia oferecido, e que continuava a oferecer, por seu amigo, cuja salvação lhe era tão cara. “Será possível, meu caro irmão”, ele acrescentou, “que tantas orações e boas obras que ofereci a Deus não lhe sejam ainda suficientes?”

“Não, meu irmão”, replicou a alma sofredora, “isso não é suficiente. Só o Sangue de Jesus Cristo poderá extinguir as chamas pelas quais sou consumido; é o santo sacrifício da Missa que me libertará desses pavorosos tormentos. Imploro-te que mantenhas tua palavra e que não me recuses o que justamente me deves.” O bem-aventurado apressou-se em atender ao apelo da alma sofredora e, para reparar sua falta, celebrou e fez com que se celebrassem mais Missas ainda do que havia prometido.



No dia seguinte, a pedido de Henrique, vários padres se uniram a ele no oferecimento do santo sacrifício da Missa pelos falecidos, repetindo esse ato de caridade por vários dias. Depois de algum tempo o amigo do beato novamente lhe apareceu, mas agora em uma condição bem diferente: seu semblante era de alegria, e ele estava cercado de uma luz maravilhosa. “Muito obrigado, meu fiel amigo”, ele disse. “Vê, pelo Sangue do meu Salvador eu sou libertado de meus sofrimentos. Agora estou indo para o Céu a fim de contemplar Aquele que tão frequentemente nós adorávamos juntos sob o véu do Sacramento.”

Henrique Suso se prostrou para agradecer a Deus, que é todo misericordioso, e entendeu mais do que nunca o valor inestimável do santíssimo sacrifício do altar.

Referências
Trecho extraído e levemente adaptado da obra “Purgatory: Explained by the Lives and Legends of the Saints” (p. I, c. XXXIII; p. II, c. XII), Londres: Burns & Oates, 1893, pp. 101; 155-157.
O livro do Pe. Rosignoli, de que fala a matéria, é o antigo “Maraviglie di Dio nell’anime del Purgatorio”, disponível em italiano aqui e em francês aqui.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora da Purificação, rogai por nós e pelas Almas do Purgatório!

sábado, 7 de julho de 2018

Qual o valor de rezar o terço, já que é uma oração tão repetitiva?

Será que uma pessoa apaixonada se cansa de dizer "eu te amo"?
O terço é uma oração repetitiva?
Certamente. Mas, o que no mundo que não se repete? Os astros percorrem sempre a mesma órbita. A terra gira sempre em torno do mesmo eixo. Os dias e as noites se sucedem sempre da mesma forma. As estações, os anos, os meses, os dias… obedecem sempre ao mesmo ciclo. As aves cantam sempre o mesmo canto. As árvores produzem sempre as mesmas flores e os mesmos frutos. Os animais e os seres humanos se multiplicam sempre da mesma forma.
O coração bate no peito sempre do mesmo jeito. O sangue percorre sempre as mesmas veias… E quando queremos bem a alguém, nunca nos cansamos de dizer sempre a mesma palavra: eu te amo! Os anjos e os santos no paraíso cantam pela eternidade afora: Aleluia! Aleluia! Santo, santo, santo!…
Se assim é, por que, em nossa oração, não deveríamos ouvir sempre a mesma Palavra de Deus, renovar sempre o mesmo Sacrifício e a mesma Ceia, repetir sempre o mesmo gesto de amor, balbuciar sempre a mesma invocação? Foi Deus quem nos fez assim, foi Jesus quem mandou que fosse assim, por que admirar-se de que sejamos assim?
Tudo depende da qualidade do amor que nós colocamos naquilo que, ao longo da vida, podemos e devemos repetir milhares de vezes. O amor nunca se cansa, como o olho não se cansa de ver, o ouvido não se cansa de ouvir, o paladar não se cansa de saborear… Pelo contrário, na vida humana, a sucessão dos mesmos atos leva à aprendizagem, ao aprofundamento, à concentração.
O Terço de Nossa Senhora é a expressão concreta dessa realidade. Enquanto com a boca repetimos o Pai Nosso e a Ave Maria, a mente percorre, com Jesus, os mistérios de sua vida, paixão, morte, ressurreição e glorificação; e com Maria, os acontecimentos dos quais Ela participou, unida a seu Filho e à sua Igreja.
Tudo adquire seu sentido na medida em que procuramos concentrar a atenção em Jesus, aprofundar o sentido de sua vida, manifestar o nosso amor a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e a Nossa Senhora.
Esta forma de fazer oração é tão antiga quanto a humanidade. Ela existe em todas as religiões, em todos os cultos, porque corresponde ao nosso modo humano de relacionamento com os outros e com Deus. No cristianismo, o costume de repetir a mesma invocação data desde os seus inícios.
O próprio Jesus nos ensinou a insistir em nossa oração até sermos atendidos. O Evangelho nos refere diversas palavras de Jesus, episódios em sua vida e parábolas que incutem essa maneira de fazer oração. Com o tempo, surgiram meios concretos de organizar esse tipo de oração, como são hoje os nossos terços e rosários feitos de todo tipo de material.
Quando Jesus nos adverte que não devemos repetir nossa oração como fazem os pagãos, Ele não condena a repetição da oração – da qual Ele nos deixou exemplos e mandamentos – mas condena o modo de fazer próprio dos pagãos, ou seja, a repetição pela repetição, sem o conteúdo do amor do coração, a repetição mágica, as palavras estéreis que não atingem o coração do verdadeiro Deus.
Que durante a recitação do Terço aconteçam distrações, é normal. Isso ocorre em qualquer oração, não somente no Terço: faz parte da nossa fraqueza. Deus não repara nisso, desde que não haja má vontade; Ele sabe de que somos feitos…
Pois bem, reze o Terço; podendo, reze o Rosário inteiro. Ponha nele todo o seu amor a Jesus e Maria, procure concentrar-se na meditação dos mistérios da nossa Salvação. É este um caminho de santificação recomendado pela Igreja, em particular pelos Papas e pelos santos.
Em 16 de outubro de 2002, o Beato João Paulo II dirigiu a toda a Igreja uma carta recomendado a oração do Terço ou do Rosário. A carta começa assim:
“O Rosário da Virgem Maria… na sua simplicidade e profundidade, permanece… uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade… Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o fiel alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor.”
Não deixe de invocar Maria por meio da oração diária do santo Terço. O Terço é uma espécie de “corrente” que liga a terra com o céu pelas mãos de Maria. Ela mesma, em Lourdes e Fátima, pediu que rezássemos o Terço. Atenda você também ao pedido de nossa santa Mãe!

(via Shalom)

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sexta-feira, 6 de julho de 2018

O Papa é infalível em tudo o que diz ou faz?

Padre Paulo Ricardo | Jun 29, 2018
POPES
Domaine Public

Muita gente tem sobre a infalibilidade do Papa uma noção que a Igreja nunca, e em parte alguma, ensinou. Neste texto, confira uma resposta às principais objeções que as pessoas têm a esse dogma.

Sinto, meus irmãos, que alguns gostariam de fazer certas objeções — objeções que ouviram, ou leram, contra a infalibilidade do Papa. Não se pode imaginar quanta ideia errônea circula por aí a respeito desse dogma e quanta gente há que levanta contra ele objeções, porque tem sobre a infalibilidade do Papa uma noção que a Igreja nunca, e em parte alguma, ensinou.
Ouçamos o que alguns dizem sobre essa questão.
1. “Tudo o que ouvimos até agora é certo. É preciso que seja assim. Não duvido. Mas que o Papa seja infalível em tudo, não posso crê-lo.”
Mas onde é que a Igreja ensina semelhante coisa, meus irmãos? Onde é que ela ensina que o Papa é infalível em tudo? É unicamente nas questões de fé e de moral, e, ainda, somente quando ele não se pronuncia como doutor particular [1], mas quando, oficialmente, como chefe da Igreja, proclama uma decisão que atinge toda a Igreja. É só então — e não noutros casos.
Suponhamos, por exemplo, que seja eleito Papa alguém que antes era um grande matemático. E eis que se apresenta a ele um professor de matemática e lhe diz: “Santíssimo Padre, há anos que lido com um problema, e agora consegui resolvê-lo. Vede se a solução está exata.” O Papa examina-a. “Está exata” — diz ele enfim. E agora a solução está certamente exata porque o “Papa infalível” assim a achou? De modo algum. Por quê? Porque Cristo não lhe deu a infalibilidade para isso. E por que não? Porque isso não interessa à salvação dos homens, e a infalibilidade não é necessária nesse caso.
Tomemos outro exemplo. O Papa Pio XI, antes do seu pontificado, era o sábio bibliotecário da biblioteca Ambrosiana em Milão. Suponhamos que um historiador fosse ter com ele, levando um velho manuscrito, e lhe dissesse: “Santíssimo Padre, descobri um manuscrito extremamente importante, mas não posso decidir se não é falsificado.” O Papa examina-o e responde: “O documento é autêntico.” É ele agora seguramente autêntico porque o “Papa infalível” o disse? Absolutamente não. E por quê? Porque Cristo não lhe deu a infalibilidade para isso.
Se o Papa calcula mal, ou engana-se em História, isso não interessa à salvação eterna dos fiéis. Mas quando decide em matéria de fé e de moral, não pode enganar-se. Porém, mesmo aqui, somente se ele toma uma decisão aplicável à Igreja universal, e na qualidade de chefe de toda a Igreja.
Interior da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma. Detalhe das pinturas dos últimos Papas.
2. Outros apresentam outra objeção. Consideram inconveniente que o Papa, em virtude da infalibilidade, “seja elevado a uma glória sobre-humana”, como se “deixasse de ser mortal”, e até mesmo que esteja seguro da sua salvação eterna, visto como — dizem eles —, se ele é infalível, “então não pode mais pecar”.
Precisarei, irmãos, dizer-vos que absolutamente não se trata disto?
a) “O Papa está circundado de glória sobre-humana”? Quando o Papa é coroado, é conduzido solenemente em procissão à Basílica de São Pedro. Mas o mestre de cerimônias faz parar a procissão e, acendendo um punhado de estopa, diz ao Papa: Beatissime Pater, sic transit gloria mundi, que quer dizer: “Santo Padre, assim passa a glória do mundo”. A vossa também passará — mas sois infalível, porque as duas coisas são independentes.
b) “O Papa deixa de ser um mortal”? Na terça-feira gorda tem lugar o célebre carnaval italiano. Mas, no dia seguinte, as igrejas estão cheias de fiéis para receber as cinzas. Na capela do Vaticano um velho sacerdote, vestido de branco, está ajoelhado diante do altar; outro sacerdote desce do altar e, enquanto impõe as cinzas na fronte do Papa e o Papa inclina a cabeça branca, a Igreja pronuncia sobre ele a mesma fórmula que sobre os milhões de fiéis nesse dia: Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris, “Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de tornar”. Também vós, Santíssimo Padre, volvereis ao pó — mas sois infalível, porque, as duas coisas são independentes.
c) “E o Papa não pode mais pecar”? A infalibilidade não significa isso. Ele não pode enganar-se em questões de fé e de moral, mas pode enganar-se na sua própria vida moral. As fraquezas da natureza humana subsistem no Papa, ele também pode cometer pecados e — ai! — a história narra tristes quedas morais relativamente a alguns. Cristo, que suportou até mesmo um Judas entre seus Apóstolos, não escolheu os Papas unicamente dentre os santos.
Sim, tem havido entre eles mais santos e personagens virtuosos do que em qualquer família reinante; mas houve também — infelizmente — um Alexandre VI. E não há Papa que ouse aproximar-se do altar sem recitar, nas orações ao pé do altar, o que todo padre recita: Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa, “Por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa”.
Uma tarde em cada semana, quando os derradeiros raios do sol poente iluminam as janelas do Vaticano, por trás de uma dessas janelas, um sacerdote de vestes brancas levanta-se da mesa de trabalho, percorre um corredor silencioso e bate a uma porta. Um simples padre levanta-se para lhe atender ao chamado. “Queria confessar-me”, e o Papa ajoelha-se no confessionário. Ao cabo de alguns minutos, sobre o Papa ajoelhado, sobre o Papa que se confessou, descem as palavras da absolvição: Ego te absolvo, “Eu te absolvo”. Então o Papa se confessa? Certamente. O Papa infalível também pode pecar? Sim, pode, pois as duas coisas são independentes.
Nós não fazemos, pois, do Papa “um ente sobrenatural”; o Papa não deixa de ser “um homem mortal, frágil e suscetível de cair”, apesar do que cremos e confessamos a seu respeito.

Referências
  • Extraído e levemente adaptado de A Igreja Católica. Rio de Janeiro: José Olympio, 1942, pp. 92-96.
Notas
  1. “O Papa se pronuncia ex cathedra, ou infalivelmente, quando ele fala: (1) como Doutor Universal; (2) em nome e com a autoridade dos Apóstolos; (3) em um ponto de fé e moral; (4) com o propósito de obrigar cada membro da Igreja a aceitar e acreditar em sua decisão.” (Cardeal John Henry Newman, The True Notion of Papal Infallibility)


Fonte: Aletéia
São João Paulo II, rogai por nós e pelo Clero!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

3 poderosos sacramentais para manter na bolsa, na pasta ou até no bolso

BRIEFCASE

Esses lembretes e canais da graça de Deus podem acompanhar você aonde quer que você vá, em meio às tantas atividades do cotidiano!

Os sacramentais estão entre as práticas religiosas menos compreendidas de modo adequado pelos católicos.
Eles fazem parte da vida na Igreja desde o início do cristianismo, mas são vistos por muita gente, de forma errônea, como uma espécie de “superstição”. De fato, ao longo dos séculos, muitos católicos têm usado os sacramentais de modo supersticioso por falta de compreensão do seu verdadeiro sentido: em vez de instrumentos da graça de Deus, eles são tratados como objetos “mágicos”, coisa que não são.
Os sacramentais servem para enriquecer a nossa vida espiritual, não para prejudicá-la. Eles foram instituídos pela Igreja para incentivar em nós um relacionamento cada vez mais profundo com Cristo e para nos ajudar a focar na santificação de cada parte da nossa vida, inclusive nas mais singelas e cotidianas. Os sacramentais são extensões dos sete sacramentos e nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia.
Um lugar onde os sacramentais são especialmente poderosos é o lar: se os usarmos com espírito de fé, os sacramentais podem nos distanciar de perigos espirituais e nos inspirar a viver uma vida santa, dedicada a Deus na prática de cada dia.
Mas não é só em casa que podemos usá-los: também é recomendável conservar sacramentais junto a nós em nosso carro, no local de trabalho e até dentro da bolsa, da pasta, da mochila ou mesmo do bolso!
É o caso dos seguintes:
Água benta

shutterstock

É suficiente uma pequena garrafinha, que seja fácil e prática para transportar no dia-a-dia: peça que o seu pároco abençoe a água para você.
A água benta tem o duplo significado de nos lembrar do nosso batismo e simbolizar a limpeza espiritual. É usada inclusive em exorcismos: o diabo não suporta a água benta porque é inteiramente impuro, imundo para toda a eternidade. Ela evoca a água que fluiu do lado de Cristo, símbolo do batismo, e traz à mente o dia da derrota do diabo: a crucificação de Cristo para nos redimir do pecado e nos oferecer a salvação.
Um antigo costume era fixar recipientes com água benta em algumas paredes da casa: podiam ser simples copos de louça, em cuja água benta cada morador da casa tocava antes de fazer o Sinal da Cruz, acolhendo assim a bênção de Deus. Era frequente que esses recipientes simples, porém dignos, estivessem fixados perto das portas, de modo que as pessoas recorressem a eles ao saírem e retornarem à casa, ou dentro dos quartos dos membros da família, como convite a se manterem sempre puros e próximos de Deus. A água benta também ficava sempre ao alcance quando se desejava de modo especial afastar as influências do maligno.

O Crucifixo

Oleg Golovnev/Shutterstock

É um dos sacramentais mais simples para se levar consigo. Um pequeno crucifixo sempre presente no seu cotidiano pode ser um poderoso lembrete do grande amor que Deus tem por você, além de ser um sinal visível de fé para os seus colegas e amigos que tiverem a oportunidade de ver que você o conserva com devoção, naturalidade e simplicidade (sem pretender se exibir, é claro).
Um crucifixo perto de nós nos diversos ambientes mundanos do dia-a-dia pode ser um meio da graça para sacudir a nossa consciência quando nos sentimos tentados, seja por futilidades aparentemente banais, seja por atos abertamente prejudiciais à nossa saúde psicológica e espiritual. O olhar do Cristo crucificado voltado ao nosso olhar nos chama de volta à verdade!
De preferência, peça a um sacerdote para abençoar o crucifixo para você!

O Rosário

HOLY SOULS IN PURGATORY ROSARY
Rosary of the Month | YouTube
Oferecida por Maria Santíssima durante uma aparição em 1214 a São Domingos de Gusmão, a oração do rosário é uma contemplação dos mistérios da vida de Jesus, em união com Nossa Senhora, enquanto recitamos, em séries, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória com o auxílio de uma corrente de contas ou nós, que também recebe o nome de “rosário”.
O termo vem de “rosa” e representa a oferta de rosas espirituais a Nossa Senhora. Já o nome “terço” se refere à oração de apenas uma das três partes do tradicional rosário completo, formado por três conjuntos de mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. São João Paulo II acrescentou ainda os Luminosos, mas o termo “terço” continuou a ser usado mesmo assim.

Fonte: Aletéia

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
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