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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A fé não consiste em ritos e obrigações a serem cumpridos à força

CC LAWRENCE OP / FLICKR


Pe. Gabriel Vila Verde - publicado em 24/12/20


"E a gratuidade do amor a Deus, onde fica?"

A fé não consiste em ritos e obrigações a serem cumpridos à força, destacou em sua rede social o pe. Gabriel Vila Verde. Ele escreveu:

“Uma pergunta que me deixa triste é: ‘Padre, tal Missa cumpre preceito? Tal coisa cumpre preceito?’ 

Ora… fica parecendo que nossa fé não passa de um forçado cumprimento de ritos e obrigações! Se não for de preceito, eu não vou. Se não for mandamento, eu não cumpro. E a gratuidade do amor a Deus, onde fica?

A fé não consiste em ritos e obrigações

O padre prosseguiu:

“Quando leigo, eu não ia à Missa do Natal por ser preceito, mas porque era a Missa do Nascimento de Jesus, e isso me bastava para sair de casa. Não ia à Missa de 01 de janeiro por ser preceito, mas para começar o ano louvando a Deus! A fé me motivava, não a obrigação. Certa vez, uma jovem disse que ia na Missa de Corpus Christi, mas não na procissão, pois não era preceito. Respondi a ela que se o meu Senhor sair em procissão qualquer dia do ano, lá estarei, seguindo seus passos. Ela compreendeu e mudou de ideia. Não sejamos doutores da Lei, mas discípulos do Amor! A lei existe para corrigir os infratores, mas o amor existe para formar santos”.

Fonte: Aletéia

Jesus, fazei nosso Coração semelhante ao Vosso!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

É possível ser católico e maçom?

Shutterstock


Vanderlei de Lima - publicado em 20/12/20

A resposta da Igreja é negativa, conforme veremos neste artigo

Alguns católicos são convidados a fazer parte da Maçonaria, mas se perguntam, de imediato, se é possível ser, ao mesmo tempo, católico e maçom? – A resposta da Igreja é negativa, conforme veremos neste artigo.

De início, frisemos que a Maçonaria não teve, como, às vezes, se diz, origem com Hiram, rei de Tiro, que ajudou Salomão na construção do templo de Jerusalém (cf. 1Rs 5,15-26) nem com os Cavaleiros Templários medievais. Ela vem das corporações de pedreiros da Idade Média que, com o domínio da arte gótica, gozavam de imenso prestígio, mas foram ficando de lado ou mesmo se extinguindo com a queda do estilo gótico e a “Reforma” protestante do século XVI.

Ora, a fim de assegurar a essência da corporação, pedreiros ingleses decidiram, a partir de 1641, receber em seus meios membros honorários provenientes da alta nobreza. Tais membros exerceram grande influência sobre os antigos pedreiros. Assim, em 1723, promulgaram-se os Estatutos da instituição elaborados por James Anderson, pastor presbiteriano. Tal Documento foi retocado em 1738. Embora ficassem excluídos da Maçonaria ateus e libertinos, a orientação das Lojas maçônicas era um tanto vaga e relativista, pois professava uma “religião na qual todos os homens concordam entre si. Admitia, sim, a existência de Deus [o grande Arquiteto do Universo – nota nossa], mas sem descer a explicitações ou sem mencionar Jesus Cristo e o Evangelho” (Dom Estêvão Bettencourt, OSB. Por que não sou maçom? Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, p. 4. Opúsculo 4). Cada membro era livre, em sua consciência e religião, embora se exigisse deles ilibada conduta moral.

Sem descer a pormenores, notamos que a Maçonaria se expandiu, mas também se dividiu em dois grandes ramos: o regular, de origem anglo-saxônica, que parece cultivar certo respeito às religiões, e o irregular, de matriz latina (portanto forte no Brasil), a tornar-se inimigo da Igreja e da monarquia. Todavia, “nos tempos atuais, verifica-se que a Maçonaria no Brasil está assaz dividida. Há Lojas hostis ao Catolicismo e à Igreja como há outras que são neutras; a configuração e as atividades de cada Loja dependem muito dos seus componentes” (idem, p. 10).

Daí a questão: essa subdivisão entre os maçons não poderia levar a Igreja a abrir-se, ao menos, a algumas Lojas? A resposta é negativa. Há muitos documentos pontifícios contrários à Maçonaria (cf. Clemente XII, In eminenti (1738); Bento XIV, Provida (1751); Leão XII, Quo graviora (1825); Leão XIII, Humanum genus (1884), sem falar em Pio IX que, muito perseguido por maçons italianos, condenou a Maçonaria em mais de vinte diferentes documentos). Ainda: em 26/11/1983, a Congregação para a Doutrina da Fé emitiu uma Declaração elucidativa, cujo parágrafo principal diz: 

“Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

As razões do não são quatro: 

1) o caráter secreto. Este era, de início, inocente (dizia respeito ao segredo dos pedreiros medievais), mas tornou-se suspeito ao tratar de intenções filosóficas ou de planos de ação não claros das respectivas Lojas, quando Nosso Senhor nos exorta a buscar sempre a luz (cf. Jo 3,20-21); 
2) a índole anticristã, em especial de certas Lojas de origem latina, é nociva à Igreja em sua defesa da cristianização da vida social, das escolas confessionais, das aulas de religião na rede pública de ensino etc.; 
3) a mentalidade relativista, a opor-se a toda verdade, logo à Verdade por excelência que é Cristo (cf. Jo 14,6; 8,32) e 
4) a oposição à Igreja Católica que professa, sem dúvida alguma, a existência do Absoluto ou da Verdade plena capaz de ser conhecida por todos os fiéis pela graça divina que a ninguém falta.

Eis porque alguém não pode ser, ao mesmo tempo, católico e maçom.

Fonte: Aletéia

Jesus, Maria e José, Nossa Família Vossa É!

sábado, 26 de dezembro de 2020

15 promessas, 10 bênçãos e 8 vantagens de se rezar o terço

pildorasdefe.net - publicado em 20/12/20


Esta linda oração, rezada com devoção e fé, tem um incrível poder de transformar sua vida espiritual

A palavra “rosário” vem do latim e significa “grinalda de rosas”. A rosa é uma das flores mais comumente utilizadas para simbolizar a Virgem Maria. Se você perguntar qual é o sacramental (para entender o que é um sacramental, clique aqui) mais emblemático que os católicos possuem, certamente as pessoas responderão que é o santo rosário.

Nestes últimos anos, a prática do terço ressurgiu magistralmente, já são muitos os católicos que o rezam, e até os que sabiam pouco sobre ele aprenderam a rezá-lo em família. O terço é uma devoção em honra de Nossa Senhora, composto por um número determinado de orações específicas.

Promessas do santo rosário

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

Bênçãos do Terço (Magistério dos Papas)

1. Os pecadores obtêm o perdão.
2. As almas sedentas se saciam.
3. Os que estão presos se verão livres.
4. Os que choram encontraram alegria.
5. Os que são tentados encontram tranquilidade.
6. Os pobres são socorridos.
7. Os religiosos são reformados.
8. Os ignorantes são instruídos.
9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.
10. Os mortos alcançam a misericórdia por via dos sufrágios.

Vantagens de se Rezar o Terço (São Luís Maria Grignion de Montfort)

1. Eleva-nos insensivelmente ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo;
2. Purifica as nossas almas do pecado;
3. Faz-nos vitoriosos contra todos os nossos inimigos;
4. Torna-nos fácil a prática das virtudes;
5. Abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
6. Enriquece-nos de graças e de méritos;
7. Fornece-nos com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens;
8. Por fim, faz-nos obter de Deus toda espécie de graças.

Fonte: Aletéia

TOTUS TUUS MARIAE

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR: HOMILIA DO PAPA FRANCISCO




SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Quinta-feira, 24 de dezembro de 2020




Nesta noite, cumpre-se a grande profecia de Isaías: 
«Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» 
(Is 9, 5).

Um filho nos foi dado. Com frequência se ouve dizer que a maior alegria da vida é o nascimento duma criança. É algo de extraordinário, que muda tudo, desencadeia energias inesperadas e faz ultrapassar fadigas, incómodos e noites sem dormir, porque traz uma grande felicidade na posse da qual nada parece pesar. Assim é o Natal: o nascimento de Jesus é a novidade que nos permite renascer dentro, cada ano, encontrando n’Ele força para enfrentar todas as provações. Sim, porque Jesus nasce para nós: para mim, para ti, para todos e cada um de nós. A preposição «para» reaparece várias vezes nesta noite santa: «um menino nasceu para nós», profetizou Isaías; «hoje nasceu para nós o Salvador», repetimos no Salmo Responsorial; Jesus «entregou-Se por nós» (Tit 2, 14), proclamou São Paulo; e, no Evangelho, o anjo anunciou «hoje nasceu para vós um Salvador» (Lc 2, 11). Para mim, para vós…

Mas, esta locução «para nós» que nos quer dizer? Que o Filho de Deus, o Bendito por natureza, vem fazer-nos filhos benditos por graça. Sim, Deus vem ao mundo como filho para nos tornar filhos de Deus. Que dom maravilhoso! Hoje Deus deixa-nos maravilhados, ao dizer a cada um de nós: «Tu és uma maravilha». Irmã, irmão, não desanimes! Estás tentado a sentir-te como um erro? Deus diz-te: «Não é verdade! És meu filho». Tens a sensação de não estar à altura, temor de ser inapto, medo de não sair do túnel da provação? Deus diz-te: «Coragem! Estou contigo». Não so diz com palavras, mas fazendo-Se filho como tu e por ti, para te lembrar o ponto de partida de cada renascimento teu: reconhecer-te filho de Deus, filha de Deus. Este é o ponto de partida de qualquer renascimento. Este é o coração indestrutível da nossa esperança, o núcleo incandescente que sustenta a existência: por baixo das nossas qualidades e defeitos, mais forte do que as feridas e fracassos do passado, os temores e ansiedades face ao futuro, está esta verdade: somos filhos amados. E o amor de Deus por nós não depende nem dependerá jamais de nós: é amor gratuito. Esta noite não encontra outra explicação, senão na graça. Tudo é graça. O dom é gratuito, sem mérito algum da nossa parte, pura graça. Esta noite «manifestou-se – disse-nos São Paulo – a graça de Deus» (Tit 2, 11). Nada é mais precioso!

Um filho nos foi dado. O Pai não nos deu uma coisa qualquer, mas o próprio Filho unigénito, que é toda a sua alegria. Todavia, ao considerarmos a ingratidão do homem para com Deus e a injustiça feita a tantos dos nossos irmãos, surge uma dúvida: o Senhor terá feito bem em dar-nos tanto? E fará bem em confiar ainda em nós? Não estará Ele a sobrestimar-nos? Sim, sobrestima-nos; e fá-lo porque nos ama a preço da sua vida. Não consegue deixar de nos amar. É feito assim, tão diferente de nós. Sempre nos ama, e com uma amizade maior de quanta possamos ter a nós mesmos. É o seu segredo para entrar no nosso coração. Deus sabe que a única maneira de nos salvar, de nos curar por dentro, é amar-nos. Não há outra maneira! Sabe que só melhoramos acolhendo o seu amor incansável, que não muda, mas muda-nos a nós. Só o amor de Jesus transforma a vida, cura as feridas mais profundas, livra do círculo vicioso insatisfação, irritação e lamento.

Um filho nos foi dado. Na pobre manjedoura dum lúgubre estábulo, está precisamente o Filho de Deus. E aqui levanta-se outra questão: porque veio Ele à luz durante a noite, sem um alojamento digno, na pobreza e enjeitado, quando merecia nascer como o maior rei no mais lindo dos palácios? Porquê? Para nos fazer compreender até onde chega o seu amor pela nossa condição humana: até tocar com o seu amor concreto a nossa pior miséria. O Filho de Deus nasceu descartado para nos dizer que todo o descartado é filho de Deus. Veio ao mundo como vem ao mundo uma criança débil e frágil, para podermos acolher com ternura as nossas fraquezas. E para nos fazer descobrir uma coisa importante: como em Belém, também conosco Deus gosta de fazer grandes coisas através das nossas pobrezas. Colocou toda a nossa salvação na manjedoura dum estábulo, sem temer as nossas pobrezas. Deixemos que a sua misericórdia transforme as nossas misérias!

Eis o que quer dizer um filho nasceu para nós. Mas há ainda um «para» que o anjo disse aos pastores: «Isto servirá de sinal para vós: encontrareis um menino (…) deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). Este sinal – o Menino na manjedoura – é também para nós, para nos orientar na vida. Em Belém, que significa «casa do pão», Deus está numa manjedoura, como se nos quisesse lembrar que, para viver, precisamos d’Ele como de pão para a boca. Precisamos de nos deixar permear pelo seu amor gratuito, incansável, concreto. Mas quantas vezes, famintos de divertimento, sucesso e mundanidade, nutrimos a vida com alimentos que não saciam e deixam o vazio dentro! Disto mesmo Se lamentava o Senhor, pela boca do profeta Isaías: enquanto o boi e o jumento conhecem a sua manjedoura, nós, seu povo, não O conhecemos a Ele, fonte da nossa vida (cf. Is 1, 2-3). É verdade: insaciáveis de ter, atiramo-nos para muitas manjedouras vãs, esquecendo-nos da manjedoura de Belém. Esta manjedoura, pobre de tudo mas rica de amor, ensina que o alimento da vida é deixar-se amar por Deus e amar os outros. Dá-nos o exemplo Jesus: Ele, o Verbo de Deus, é infante; não fala, mas oferece a vida. Nós, ao contrário, falamos muito, mas frequentemente somos analfabetos em bondade.

Um filho nos foi dado. Quem tem uma criança pequena, sabe quanto amor e paciência são necessários. É preciso alimentá-la, cuidar dela, limpá-la, ocupar-se da sua fragilidade e das suas necessidades, muitas vezes difíceis de compreender. Um filho faz-nos sentir amados, mas ensina também a amar. Deus nasceu menino para nos impelir a cuidar dos outros. Os seus ternos gemidos fazem-nos compreender como tantos dos nossos caprichos são inúteis. E temos tantos! O seu amor desarmado e desarmante lembra-nos que o tempo de que dispomos não serve para nos lamentarmos, mas para consolar as lágrimas de quem sofre. Deus vem habitar perto de nós, pobre e necessitado, para nos dizer que, servindo aos pobres, amá-Lo-emos a Ele. Desde aquela noite, como escreveu uma poetisa, «a residência de Deus é próxima da minha. O mobiliário é o amor» (E. Dickinson, Poems, XVII).

Um filho nos foi dado. Sois Vós, Jesus, o Filho que me torna filho. Amais-me como sou, não como eu me sonho ser. Bem o sei! Abraçando-Vos, Menino da manjedoura, reabraço a minha vida. Acolhendo-Vos, Pão de vida, também eu quero dar a minha vida. Vós que me salvais, ensinai-me a servir. Vós que não me deixais sozinho, ajudai-me a consolar os vossos irmãos, porque, a partir desta noite – como Vós sabeis – são todos meus irmãos.

Fonte: Vaticano

NASCEU O MENINO DEUS!
HOSANA NAS ALTURAS!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Não está preparado(a) para o Natal? São José também não estava

 

tommaso79 | Shutterstock


Kathleen Hattrup - publicado em 23/12/20

Não se preocupe: a experiência da misericórdia divina dá energia e serenidade para estas últimas horas do Advento

Não é difícil imaginar que na noite de Natal São José não se sentisse preparado para a data tão importante.

Não era culpa dele, claro! Um censo atrapalhou o plano do casal. E ele, com certeza, sentiu que o grande dia havia chegado e ele não estava pronto para isso. De fato, ele tinha uma missão a cumprir como marido e pai e, apesar de seus melhores esforços, não via sucesso nessa empreitada.

Ele, então, sufocou as lágrimas viris de desespero quando disse a Maria que não havia quarto na pousada. Maria, sem pecado, fez o que pode para amenizar a frustração do esposo. Mas também se viu incapaz de fazer muito.

Portanto, o casal teve que se contentar com uma solução improvisada. Mas era melhor do que nada. E José, sem dúvida, se virou para criar um espaço o mais adequado possível para receber o menino. Ainda assim, foi tudo de última hora e dolorosamente faltando muito do que ele tinha sonhado três semanas atrás, no início de seu primeiro Advento.

Ainda assim, nesta cena, entrou a Palavra feita Carne, o Pequeno Misericordioso.

Nossa falta de preparação

Não enfrentamos as responsabilidades práticas que José enfrentou naquela noite. Nossos sentimentos de inadequação e e falta de preparo para o Natal não terão uma consequência direta na história da salvação.

Mas, mesmo que nossa realidade seja diferente, talvez muitos de nós compartilhemos os mesmos sentimentos de José. O que faremos com isso, agora que basicamente acabou o Advento e o Natal está chegando, estejamos nós prontos ou nao? O que fazemos com nossa fraqueza?

O estábulo sugere que devemos deixar Deus transformá-lo em algo bom.

Uma das facetas verdadeiramente inspiradoras do poder da misericórdia de Deus é como ele é capaz de reivindicar vitória sobre o mal. O sofrimento e a morte entraram no mundo por meio do pecado. E é precisamente por meio do sofrimento e da morte que Deus traz a salvação.

Podemos dizer, portanto, que Deus arranca as próprias armas de Satanás e as vira para derrotar seu dono. Em outras palavras: pecado, fraqueza, morte – as consequências da obra do diabo – podem se tornar as ferramentas da graça de Deus.

É por isso que São Paulo diz: “Sabemos que em tudo Deus trabalha para o bem” (Romanos 8,28). E também é por isso que o Catecismo explica: “a graça inexprimível de Cristo nos deu bênçãos melhores do que aquelas que a inveja do demônio havia tirado. … Não há nada que impeça a natureza humana de ser elevada a algo maior, mesmo depois do pecado; Deus permite o mal para atrair um bem maior (CIC, 412).

No estábulo

Se nos colocarmos em contemplação ao lado de José no estábulo, talvez possamos encontrar nos animais – com o fedor que os acompanha – símbolos dos muitos vícios que não temos escolha, a não ser trazer ao Menino Jesus neste Natal. Não que quiséssemos trazer-lhe esses “presentes”, mas em nossa fraqueza, o pecado é o que podemos oferecer a Ele. Nossa falta de preparação para esta grande festa é tudo o que temos.

Lavados pela misericórdia deste pequeno bebê, entretanto, esses mesmos animais passaram a ser uma grande contribuição para o pequenino Menino.

Artistas retratam o calor da respiração deles protegendo a doce cabeça do Menino do frio. Bento XVI os considerou inclusive como “uma imagem de uma humanidade até então cega que agora, diante da criança, diante da humilde manifestação de Deus no estábulo, aprendeu a reconhecê-lo”.

Portanto, nossa falta de preparo para o Natal é um presente suficiente para Ele, e para dar esse presente não precisamos que o Advento se alongue magicamente.

A experiência da misericórdia divina dá energia e serenidade para estas últimas horas do Advento, afastando qualquer tentação de ficar emburrado de remorso ou de preocupações desnecessárias.

Então, aceitemos humildemente nossa falta de preparo, e que seja esse – com o boi e o jumento – o presente que oferecemos a Jesus. Se a pobreza do nosso Advento nos leva a voltar o olhar para o Menino, então, mais uma vez, Deus terá transformado a fraqueza em força e todas as coisas em bem.


Fonte: Aletéia

Vem, Senhor Jesus!

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vacinas contra covid-19 são moralmente aceitáveis, diz Vaticano


M-Foto | Shutterstock


Francisco Vêneto - publicado em 21/12/20

Nota da Congregação para a Doutrina da Fé esclarece questões ligadas a objeção de consciência, bem comum e uso de células de fetos abortados

Vacinas contra covid-19 são moralmente aceitáveis, diz Vaticano: a declaração foi emitida em nota pela Congregação para a Doutrina da Fé, com aprovação do Papa Francisco.

Assinada pelo prefeito dessa congregação, cardeal Luis Ladaria, e pelo secretário, dom Giacomo Morandi, a nota que o Papa Francisco aprovou no último dia 17 de dezembro afirma que “podem ser usadas todas as vacinas reconhecidas como clinicamente seguras e eficazes, com a consciência certa de que o uso de tais vacinas não significa cooperação formal com o aborto do qual derivam as células com as quais as vacinas foram produzidas”.

A menção ao aborto se refere ao fato de que algumas vacinas, não apenas contra a covid-19, utilizaram ou utilizam linhas celulares de fetos que foram abortados.

A nota vaticana retoma três pronunciamentos anteriores sobre o tema:
  1. um de 2005, da Pontifícia Academia para a Vida;
  2. a instrução “Dignitas Personae“, de 2008, também da Congregação para a Doutrina da Fé;
  3. e uma outra nota de 2017 da Pontifícia Academia para a Vida.
A nota atual da Congregação para a Doutrina da Fé, especificamente sobre as vacinas contra a covid-19, considera:

  • Não é seu objetivo “julgar a segurança e eficácia” destas vacinas, que são de responsabilidade de pesquisadores e indústrias farmacêuticas.
  • O foco da congregação está no aspecto moral do uso das vacinas desenvolvidas com tecidos de dois fetos que não foram abortados espontaneamente na década de 1960.
  • A nota evoca a instrução “Dignitas Personae”, aprovada pelo Papa Bento XVI, que diferencia as responsabilidades: “nas empresas que utilizam linhas celulares de origem ilícita, a responsabilidade dos que decidem a direção da produção não é idêntica à daqueles que não têm poder de decisão”.
  • Seguindo este mesmo raciocínio da instrução de 2008, a nota atual da congregação afirma que, não havendo disponibilidade de vacinas contra a covid-19 “eticamente não objetáveis”, é “moralmente aceitável” aplicar as vacinas que usaram linhas celulares de fetos abortados.
A razão desta análise é que as pessoas que se vacinam não estão cooperando direta e voluntariamente com o mal do aborto e não são moralmente obrigadas a evitarem as vacinas devido à gravidade do agente patógeno que é preciso agora controlar (o coronavírus). Por isto, prossegue a Congregação para a Doutrina da Fé, “podem-se usar todas as vacinas reconhecidas como clinicamente seguras e eficazes, com a consciência certa de que o uso de tais vacinas não significa uma cooperação formal com o aborto do qual derivam as células a partir das quais as vacinas foram produzidas”.

Além disso, a congregação esclarece:

“O uso moralmente lícito desses tipos de vacinas, devido às condições particulares que o possibilitam, não pode, por si só, constituir uma legitimação, mesmo que indireta, da prática do aborto, e pressupõe a oposição a essa prática por parte daqueles que a ela recorrem”.

A congregação vaticana acrescenta que o ato de receber essas vacinas também não deve implicar a aprovação moral do uso de linhas celulares provenientes de fetos abortados. De fato, a nota pede às indústrias farmacêuticas e às agências de saúde dos países para produzirem vacinas “eticamente aceitáveis, que não criem problemas de consciência”.

No tocante à obrigatoriedade da vacina contra a covid-19, a congregação declara que a vacinação, como regra, não é uma obrigação moral e, portanto, deve ser voluntária. No entanto, também recorda que existe o dever de buscar o bem comum, que, “na ausência de outros meios para deter ou mesmo prevenir a epidemia, pode recomendar a vacinação especialmente para proteger os mais fracos e expostos”. Neste sentido, aquele que se recusar por razões de consciência a tomar vacinas produzidas com linhas celulares originárias de fetos abortados deve “tomar medidas para evitar, por outros meios profiláticos e comportamentos apropriados, tornar-se veículo de transmissão do agente infeccioso”, visando evitar “qualquer risco à saúde” das pessoas mais vulneráveis.

A nota da Congregação para a Doutrina da Fé qualifica como “imperativo moral” garantir o acesso das pessoas a “vacinas eficazes e eticamente aceitáveis”, especialmente nos países mais pobres “e de forma não onerosa para eles”, já que a falta de acesso às vacinas “se tornaria outro motivo de discriminação e injustiça”.




Fonte: Aletéia


Vem, Senhor Jesus!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Quando e como um católico pode voltar a se casar?


© Fizkes



Uma explicação clara e prática para quem quer se casar pela Igreja, seja pela segunda vez ou para formalizar uma união civil


Quando um católico pode voltar a se casar; ou seja quando pode casar pela segunda vez?

As circunstâncias pelas quais um casal busca um segundo casamento podem ser as seguintes:

1. Não estiveram casados pela Igreja que querem transformar sua relação em um sacramento, por meio de uma revalidação ou convalidação do casamento civil ou “pela lei” que já possuem.
2. Quando um viúvo ou viúva tem um novo(a) parceiro(a) e deseja casar-se com ele/ela.
3.Quando uma pessoa do casal (ou ambos), que esteve casada pela Igreja, obteve a nulidade eclesiástica do vínculo anterior e deseja transformar a relação atual em sacramento.
4. Quando uma pessoa (ou o casal) esteve casado no civil anteriormente e dissolve seu vínculo pelo divórcio, e agora quer contrair matrimônio pela Igreja.
5. Quando uma pessoa de outra religião cristã ou de outro culto dissolveu seu vínculo anterior pela Igreja e deseja contrair matrimônio sacramental com um católico que nunca se casou antes.


Os divorciados podem voltar a se casar no templo paroquial?

O divórcio como tal não existe no conceito de matrimônio da Igreja Católica, dado que o vínculo que une os dois esposos é indissolúvel, como o amor de Jesus pela humanidade pela Igreja, que o sacramento do matrimônio representa.

A única coisa que faz que uma relação matrimonial-sacramental anterior seja dissolvida é que a própria Igreja possa provar que, por circunstâncias claras, o vínculo anterior nunca foi um matrimônio como tal.

Nestes casos, o processo se chama “nulidade” e permite que as pessoas deste vínculo dissolvido possam se casar novamente, de forma válida, com a mesma pessoa ou com uma diferente, segundo o caso.


Pessoas divorciadas que nunca tinham se casado pela Igreja podem contrair matrimônio pela Igreja, com a mesma pessoa ou outra.


O que é a convalidação ou bênção nupcial?

É o matrimônio que a Igreja oferece a casais que compartiram a vida durante anos ou se casaram somente pela lei civil, e desejam receber a graça do sacramento do matrimônio. Em geral, trata-se de pessoas que se casaram somente no civil e querem se casar pela Igreja.

Canonicamente, a Igreja não reconhece o intercâmbio de consentimento prévio, mas aceita que houve uma espécie de compromisso recíproco e de responsabilidades morais que fluíram desse compromisso civil.

Dado que, de acordo com a Igreja, o casal está intercambiando consentimento pela primeira vez, todos os requisitos para receber o sacramento do matrimônio devem ser cumpridos, inclusive o curso pré-matrimonial.

O casal deve dar seu consentimento novamente (e não simplesmente renovar o anterior) e ter o conhecimento, a intenção e a capacidade apropriados para isso.

Muitas paróquias oferecem a estes casais uma cerimônia simples, ou seja, a possibilidade de receber o sacramento por meio de uma cerimônia na qual não são exigidos os costumes de casar-se de branco, dar festa, ter padrinhos para as diferentes coisas etc.


Recomendações

Não é possível prever todos os problemas que podem surgir durante um segundo casamento.

O segundo casamento envolve realidades e ajustes muito diferentes dos que são feitos no primeiro casamento, sobretudo quando há filhos.

A Igreja tem uma responsabilidade particular de ver que as pessoas não sejam obrigadas a viver na pobreza devido ao abandono de um ex-cônjuge; ela estabelece que os pais têm a responsabilidade de prover educação católica à sua descendência. Isso se aplica a crianças nascidas de qualquer união, dado que é uma responsabilidade paterna.


Fonte: Aletéia


Jesus, Maria e José, nossa Família Vossa É!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Pai-Nosso na missa: de mãos dadas?

 

lev radin | Shutterstock


Pe. Henry Vargas Holguín - publicado em 13/12/20

Mãos dadas? Mãos levantadas? 
Qual é a melhor postura para rezar o Pai-Nosso na Missa e por quê?

A prática de dar as mãos na hora de rezar o Pai-Nosso vem do mundo protestante. A razão é que os protestantes, ao não ter a presença real de Cristo, ou seja, ao não ter uma comunhão real e válida que os uma entre si e com Deus, apelam ao gesto de dar as mãos uns aos outros como momento de comunhão na oração comunitária.

Nós, na missa, temos dois momentos de maior importância: a consagração e a comunhão. É na missa que temos nossa unidade; é nela que nos unimos a Jesus e em Jesus, por meio do sacerdócio comum dos fiéis. E dar as mãos é, obviamente, uma distração disso. Nós, católicos, nos unimos na comunhão, e não quando damos as mãos.

Não há nada na Instrução Geral do Missal Romano que indique que a prática de dar as mãos tenha de ser feita. Na missa, cada gesto é regulado pela Igreja.

É por isso que temos partes particulares da missa nas quais nos ajoelhamos, partes nas quais nos levantamos, partes nas quais nos sentamos etc. E não há menção alguma nos documentos que fale que precisamos dar as mãos para rezar o Pai-Nosso.

Portanto, esta prática deve ser evitada durante a celebração da missa. Porém, se alguém quiser fazer isso, que faça (como exceção) com alguém de absoluta confiança, sem forçar ninguém, sem incomodar ninguém e sem a intenção de que isso se transforme em norma litúrgica para todos.


É preciso levar em consideração que nem todo mundo quer segurar a mão do vizinho, e tentar impor isso pode acabar sendo incômodo em detrimento da oração, da piedade e do recolhimento.

E fora da Missa?

Outra coisa muito diferente é a oração comunitária fora da missa. Quando se reza fora da missa, não há problema algum em segurar a mão de alguém, pois isso é um gesto muito emotivo e simbólico.

Esta, como outras atitudes, não é senão a exaltação do sentimento. O estar em comunhão com alguém não consiste tanto em dar as mãos ao rezar o Pai-Nosso, e sim no fato de estar confessado, no fato de estarem em estado de graça e, sobretudo, no fato de estarem preparados para a Eucaristia.

Se o gesto de dar as mãos fosse necessário, importante ou conveniente para toda a Igreja, os bispos ou as conferências episcopais já teriam enviado uma petição a Roma, há muito tempo, para que tal prática fosse implantada. Não o fizeram e penso que nunca o farão.

Outra coisa que se vê muito quando se reza o Pai-Nosso é que as pessoas levantem as mãos, como o padre faz, e isso tampouco é correto, porque não cabe aos leigos, durante a missa, fazer os gestos reservados ao sacerdote, nem pronunciar as palavras ou orações do padre, confundindo o sacerdócio comum dos fiéis com o sacerdócio ministerial.

Só os padres estendem as mãos; é melhor que os fiéis permaneçam como estão ou orem com as mãos unidas, pois a fé interior é o que importa, é o que Deus vê.

Os gestos externos do padre na santa missa existem para que os fiéis vejam que o sacerdote é o homem designado que intercede por eles.

Estender os braços na oração já era habitual na Igreja primitiva, mas no contexto de um círculo de oração, na oração privada ou em outro encontro não litúrgico.

Os gestos na missa são precisos, tanto para o padre quanto para os fiéis; cada um faz sua parte e os fiéis não devem copiar os gestos do sacerdote. Os gestos dos fiéis na missa são suas respostas, seu canto, suas posturas.

Tanto o gesto de dar as mãos como o de levantar as mãos ao rezar o Pai-Nosso são, nos fiéis, práticas não litúrgicas que, ainda que não estejam explicitamente proibidas no missal, tampouco correspondem a uma liturgia correta.

Os fiéis não devem repetir, nem com palavras nem com ações, o que o padre faz ao presidir a assembleia litúrgica.

Fonte: Aletéia

São João da Cruz, rogai por nós!

sábado, 12 de dezembro de 2020

Indulgência plenária na festa de Guadalupe: saiba como obter



Usa-Pyon | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 11/12/20

Devido à pandemia, o Papa Francisco autorizou a concessão de indulgência plenária a quem acompanhar devidamente as celebrações em casa

Indulgência plenária na festa de Guadalupe: a pedido do cardeal mexicano dom Carlos Aguiar Retes, o Papa Francisco autorizou a concessão de indulgência plenária a quem celebrar em sua casa, neste ano de 2020, a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, cujo dia litúrgico é 12 de dezembro.

O motivo são as restrições devidas à pandemia de covid-19, conforme declaração do próprio dom Carlos:

“A pandemia nos obrigou, pelo bem da vida de todos, a manter fechado o complexo guadalupano de 10 a 13 de dezembro. Por isso, em vez de virem à casa da nossa mãe, ela quer ir à casa de vocês”.

Ele acrescentou sobre a indulgência:

“Quando acompanharem as Missas da meia-noite (3h da manhã pelo horário de Brasília), do início do dia 12 ou a Missa das Rosas, do meio-dia (15h no horário de Brasília), eu pedi ao Santo Padre, o Papa Francisco, que nos concedesse o recebimento da indulgência plenária, em casa, para motivação, encorajamento e esperança de todos vocês e de todos os devotos de Nossa Senhora”.


Indulgência plenária na festa de Guadalupe

As condições para obter a indulgência plenária

Existem em geral dois grupos de condições:

- as condições habituais obrigatórias para qualquer indulgência plenária;
- a realização das obras enriquecidas de indulgência para a ocasião específica.

1 – As condições habituais para se obter uma indulgência são:

Estar em estado de graça, tendo feito a confissão recentemente;
Participar da Missa completa e nela receber a Eucaristia;
Rezar pelas intenções do Santo Padre (Pai Nosso, Ave Maria, Gloria)

Atenção: por causa da pandemia, a participação na Missa, a comunhão e a confissão sacramental podem ser realizadas logo que a situação sanitária permitir.

2 – As obras enriquecidas de indulgência nesta ocasião são:

Preparar um local de oração a Nossa Senhora de Guadalupe na sua casa;
Participar de uma das Missas celebradas na Basílica de Guadalupe, através dos meios de comunicação, mas com a mesma devoção e concentração recomendada a quem participa de uma Missa presencial.


Como acompanhar as celebrações em casa


As transmissões ao vivo serão disponibilizadas no canal oficial do Santuário no YouTube. 
Você poderá acessá-lo por aqui.


Fonte: Aletéia

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

ANO JUBILAR DE SÃO JOSÉ 08/12/2020 A 08/12/2021 COM INDULGÊNCIAS!



Nota. — Esta é uma tradução provisória ao português do texto latino do Decreto de concessão de indulgências para o Ano Jubilar de S. José. Assim que o texto oficial em português estiver disponível, atualizaremos esta postagem e deixaremos, em nota, o link para acessar a versão da própria Santa Sé.


DECRETO

Concedem-se especiais indulgências por ocasião do Ano Jubilar em honra de S. José, instituído pelo Sumo Pontífice Francisco, a fim de celebrar-se dignamente o 150.º aniversário da declaração de S. José como Patrono da Igreja Católica.

Comemora-se hoje o 150.º aniversário do Decreto “Quemadmodum Deus”, pelo qual o bem-aventurado Papa Pio IX, movido pelas graves e lutuosas calamidades da época, em que a Igreja era atacada por inimigos, declarou S. José Patrono da Igreja Católica.

A fim de perpetuar a confiança de toda a Igreja no singular patrocínio do Custódio do Menino Jesus, o Sumo Pontífice Francisco determinou celebrar, de hoje até o dia 8 de dezembro de 2021, no mesmo aniversário do mencionado Decreto e também no dia dedicado à Bem-aventurada Virgem Imaculada e esposa do castíssimo José, um Ano especial de S. José, para que todos os fiéis cristãos, a exemplo dele, reforcem diariamente sua vida de fé, cumprindo plenamente a vontade de Deus.

Todos os fiéis cristãos, com o auxílio de S. José, protetor da Santa Família de Nazaré, com orações e boas obras buscarão obter consolo e alívio das graves aflições humanas que afligem a nossa época.

A devoção ao Custódio do Redentor cresceu copiosamente na história da Igreja, a qual não somente lhe tributou um culto eminente, inferior apenas ao culto à Mãe de Deus e sua esposa, mas também lhe atribuiu diversos patrocínios.

O Magistério da Igreja continua a descobrir com gosto antigas e novas grandezas em S. José como em um tesouro, qual um pai de família que “tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13, 52).

Para alcançar esse tão desejado fim, será útil, acima de tudo, o dom das sagradas indulgências, que a Penitenciaria Apostólica, pelo presente Decreto, promulgado segundo as intenções do Sumo Pontífice Francisco, estende benignamente por todo o Ano de S. José.

Concede-se indulgência plenária, sob as condições de costume (a saber, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice), aos fiéis que, completamente desapegados do pecado, participarem do Ano de São José nas circunstâncias e dos modos determinados por esta Penitenciaria Apostólica.

a) S. José, verdadeiro homem de fé, nos exorta a reencontrar a relação filial com o Pai, renovar nossa fidelidade à oração, pôr-nos a escutar e responder com profunda consciência à vontade de Deus. — Por isso, concede-se indulgência a todos os que, por ao menos meia hora, meditarem a Oração do Senhor ou, ao menos por um dia, participarem de um retiro espiritual que inclua uma meditação sobre S. José.

b) No Evangelho, o título “homem justo” (Mt 1, 19) é atribuído a S. José, que, guardião “do íntimo mistério que está no mais profundo do coração e da alma” [1], isto é, partícipe do mistério de Deus e, por isso, exímio protetor em foro interno, nos impelirá a descobrir, no cumprimento dos nossos deveres, a força do silêncio, da prudência e da honestidade. A virtude da justiça, exercida por José de modo admirável, é a plena adesão à Lei divina, ou seja, à Lei da misericórdia, “porque é precisamente a misericórdia de Deus que leva ao cumprimento da justiça autêntica” [2]. — Por esta razão, os que, segundo o exemplo de S. José, realizarem obras de misericórdia, quer corporais, quer espirituais, poderão também alcançar o dom da indulgência plenária.

c) A principal nota da vocação de S. José foi ser o custódio da Santa Família de Nazaré, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria e pai legal de Jesus. — A fim de que todas as famílias cristãs sintam-se urgidas a imitar o exemplo de íntima comunhão, amor e oração que a Santa Família viveu plenamente, concede-se indulgência plenária aos fiéis que recitarem o Sacratíssimo Rosário em família ou entre noivos.

d) O Servo de Deus, Papa Pio XII, no dia 1.º de maio de 1955, instituiu a festa de S. José Operário, “com a intenção de que por todos se reconheça a dignidade do trabalho, e de que esta inspire a vida social e as leis, fundadas na equitativa distribuição de direitos e deveres” [3]. — Por isso, poderá lucrar uma indulgência plenária todo aquele que, diariamente, sob o patrocínio de S. José, oferecer o seu trabalho, e qualquer fiel que invocar a intercessão do Operário Nazareno para que todo aquele que buscar trabalho o encontre, e que seja mais digno o trabalho de todos.

e) A Santa Família, ao fugir para o Egito, “mostra-nos que Deus está presente onde o homem está em perigo, onde o homem sofre, para onde se refugia, onde experimenta a rejeição e o abandono” [4]. — Assim, concede-se indulgência plenária aos fiéis que recitarem a Ladainha de S. José (para a tradição latina), o hino a S. José Akathistos, inteiro ou ao menos em côngrua parte (para a tradição bizantina), ou outra oração a S. José, peculiar das demais tradições litúrgicas, pela Igreja perseguida interna e externamente e para socorrer todos os cristãos, que padecem todo gênero de perseguição.

S. Teresa de Jesus reconheceu em S. José um padroeiro para todas as necessidades da vida: “A outros santos parece ter dado o Senhor graça para socorrerem numa necessidade; deste glorioso Santo tenho experiência que socorre em todas” [5]. Em tempos mais recentes, S. João Paulo II reiterou que o exemplo de S. José reveste-se de uma “atualidade renovada para a Igreja do nosso tempo, em relação com o novo Milênio cristão” [6].

Para afirmar uma vez mais o patrocínio universal de S. José na Igreja, além das mencionadas circunstâncias, esta Penitenciaria Apostólica concede indulgência plenária aos fiéis cristãos que recitarem alguma oração legitimamente aprovada ou um ato de piedade em honra de S. José (por exemplo, “Ad te, beate Ioseph”), sobretudo nos dias 19 de março e 1.º de maio; na festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e Joséno domingo de S. José, segundo a tradição bizantina; no dia 19 de qualquer mês e às quartas-feiras, dedicadas, como de costume, à memória do santo, segundo o rito latino.

Nas atuais circunstâncias de saúde pública, o dom da indulgência plenária derrama-se maximamente sobre os anciãos, enfermos, agonizantes e todos aqueles que, por causas legítimas, não podem sair, se, tendo detestado os próprios pecados e feito a intenção de cumprir, assim que possível, as três condições de costume, em sua casa ou em qualquer lugar em que estejam retidos, fizerem piedosas preces em honra de S. José, alívio dos doentes e Padroeiro da boa morte, entregando confiadamente a Deus misericordioso as dores e incômodos da própria vida.

A fim pois de tornar mais fácil, por caridade pastoral, o acesso ao perdão divino, alcançável pelas chaves da Igreja, esta Penitenciaria roga insistentemente que todos os sacerdotes munidos das devidas faculdades para atender confissões, de ânimo pronto e generoso, celebrem a Penitência e administrem com frequência a sagrada comunhão aos doentes.

Valerá o presente Decreto por todo o Ano de S. José, não obstante quaisquer disposições em contrário.

Dado em Roma, nas dependências da Penitenciaria Apostólica, no dia 8 de dezembro de 2020.

Mauro Card. Piacenza
Penitenciário-Mor

Christophorus Nykiel
Regente




VALEI-ME SÃO JOSÉ!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A oração diária de Advento que o Papa Francisco propôs neste domingo


Photo by FABIO FRUSTACI / POOL / AFP


Reportagem local - publicado em 30/11/20

Francisco resume, numa prece tão breve quanto profunda, o sentido deste tempo litúrgico de expectativa pela chegada do Salvador

A oração diária de Advento que o Papa Francisco propôs neste domingo é muito simples, mas inexaurivelmente profunda:

“Vem, Senhor Jesus!”

Afinal, ela resume nesta súplica o próprio sentido da palavra “Advento”: chegada. É o tempo litúrgico da expectativa pela chegada do Salvador, pelo nascimento de Jesus, pela vinda do Messias. Um tempo de espera ativa, de preparação e de abertura pessoal à graça: “Vem, Senhor Jesus!”

O Papa sugeriu esta breve e densa oração durante a Santa Missa deste Primeiro Domingo do Advento, 29 de novembro, celebrada na Basílica de São Pedro junto com 11 dos 13 novos cardeais criados no consistório deste sábado.

A oração diária de Advento

Francisco afirmou sobre esta breve oração:

“Podemos dizê-la no início de cada dia e repeti-la com frequência, antes das reuniões, do estudo, do trabalho e das decisões a tomar, nos momentos mais importantes e nos momentos de provação (…) Invocamos assim a sua proximidade, treinaremos a nossa vigilância. Uma oração breve, mas vinda do coração. Repitamo-la neste tempo de Advento: ‘Vem, Senhor Jesus!'”.

Proximidade e vigilância

Além disso, na homilia, o Papa destacou duas palavras-chave da liturgia do dia: proximidade e vigilância.

“Proximidade de Deus e vigilância nossa: enquanto o profeta Isaías diz que Deus está perto de nós, Jesus, no Evangelho, nos exorta a vigiar à espera d’Ele. O Advento é o tempo para nos lembrarmos da proximidade de Deus, que desceu até nós. E a primeira mensagem do Advento e do ano litúrgico é também reconhecer Deus próximo e Lhe dizer: ‘Aproximai-Vos de novo!’. Ele quer vir até nós, mas Se propõe, não Se impõe. Cabe a nós repetir a oração do Advento: ‘Vinde!’. Jesus, como nos lembra o Advento, veio até nós e voltará no fim dos tempos. Mas perguntemo-nos: de que servem essas vindas se Ele não vem hoje à nossa vida? Convidemo-Lo”.

Francisco reforçou, para isto, a necessidade de vigiar:

“É importante permanecermos vigilantes, porque, na vida, é um erro nos perdermos em mil coisas e não nos darmos conta de Deus”.


Especial: Calendário de Advento da Aleteia

Prepare-se para o Natal com uma breve meditação inspirada nas Escrituras, que oferecemos para cada dia do Advento. Leve luz para sua vida nestes tempos difíceis. Obtenha nosso exclusivo Calendário de Advento gratuitamente e baixe nosso aplicativo. Você não apenas obterá reflexões do Advento para sua vida diária, mas também poderá ler a Aleteia offline.

Mais informações neste link: https://pt.aleteia.org/calendario-de-advento/


Fonte: Aletéia

VEM, SENHOR JESUS!
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