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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Pais não casados na Igreja os filhos podem ser batizados

Como não estou conseguindo responder no local apropriado vou colocar a resposta aqui nesse post. Até porque, penso que essa seja a dúvida de muitas pessoas

"Boa tarde!
Tenho uma dúvida quanto ao batismo de filhos de segunda união.
Vivo hoje em segunda união e estou grávida, gostaria de chamar meus irmãos para serem padrinhos de meu filho(a), mas ouvi dizer que na minha situação os padrinhos deveriam ser casados, será que posso convidá-los uma vez que ambos são catolicos e casados na igreja catolica.
Agradeço."


 A Igreja Católica não faz nenhuma exigência para os pais quanto ao batismo dos filhos, óbvio que o ideal era que os pais fossem casados na Igreja, mas a Igreja pede somente que se tenha a certeza que as crianças serão criadas na fé católica.

Agora, para os padrinhos ela exige que sejam crismados solteiros ou casados na Igreja.

b) O que precisa para a pessoa ser padrinho/madrinha?
1) Seja designado pelo batizando ou por seus pais, ou no caso de ausência pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
2) Tenha completado 16 anos de idade;
3) Seja Católico, confirmado (crismado);
4) Já tenha recebido o Sacramento da Eucaristia;
5) Leve uma vida de acordo com a fé (católica) e o encargo que vai assumir;
Não podem ser padrinhos pessoas de outras religiões ou filosofias de vida, amasiados (união estável), divorciados, casados somente no civil ou em uma igreja de outra religião ou pessoas que não tenham uma conduta cristã condizente.
6) Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;
7) Não seja pai ou mãe do batizando (nem esposo(a) de uma pessoa adulta que irá se batizar); 8) Solteiro ou Casado na Igreja Católica.

Nesse caso, não vejo nenhum problema em seus irmãos casados na Igreja serem padrinhos.

Que Deus a abençõe e boa hora. Que venham com saúde.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ser Comunista é motivo de Excomunhão? E votar em Comunista?

Nesse vídeo o pe. Paulo Ricardo esclarece aos católicos o que a Igreja Católica ensina sobre a excomunhão e o comunismo.

São respondidas as seguintes perguntas:

1) A pessoa ser comunista é motivo de Excomunhão?
2) É permitido aderir ao Partido Comunista e ajudá-lo de alguma forma?
3) É permitido publicar, divulgar, ler livros, revistas, jornais ou tratados que sustentam a doutrina ou ação dos comunistas ou escrever neles?
4) Fiéis cristãos que consciente e livremente fizeram o que está no número 1 ou 2 podem se aproximar (receber) dos Sacramentos?
5) Fiéis cristãos que professam a doutrina do comunismo incorrem pelo próprio fato na excomunhão (hoje a Apostasia não é mais reservado somente a Santa Sé, podendo ser redimido pelo Bispo local)?
6) É permitido os cidadãos católicos darem seu voto a partidos ou candidatos, que mesmo os que não proclamam princípios contrários a doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, se unem de fato aos comunistas e os apoiam por suas ações (partidos comunistas e aliados)?
7) Como se incorre na Excomunhão automática??

Vejam o vídeo:



Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

domingo, 20 de abril de 2014

Mensagem de Páscoa do Papa Francisco


 Papa Francisco no Balcão Central da Basílica de São Pedro
Domingo, 20 de abril de 2014
 
Boletim da Santa Sé

«Christus surrexit, venite et videte».

Amados irmãos e irmãs, boa Páscoa!

Ressoa na Igreja espalhada por todo o mundo o anúncio do anjo às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou (…). Vinde, vede o lugar onde jazia» (Mt 28,5-6).

Este é o ponto culminante do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, o crucificado, ressuscitou! Este acontecimento está na base da nossa fé e da nossa esperança: se Cristo não tivesse ressuscitado, o cristianismo perderia o seu valor; toda a missão da Igreja via esgotar-se o seu ímpeto, porque dali partiu e sempre parte de novo. A mensagem que os cristãos levam ao mundo é esta: Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz pelos nossos pecados, mas Deus Pai ressuscitou-O e fê-Lo Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte.

Por isso, nós dizemos a todos: «Vinde e vede». Em cada situação humana, marcada pela fragilidade, o pecado e a morte, a Boa Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: é sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente,é idoso ou excluído… «Vinde e vede»: o Amor é mais forte, o Amor dá vida, o Amor faz florescera esperança no deserto.

Com esta jubilosa certeza no coração, hoje voltamo-nos para Vós, Senhor ressuscitado!

Ajudai-nos a procurar-Vos para que todos possamos encontrar-Vos, saber que temos um Pai e não nos sentimos órfãos; que podemos amar-Vos e adorar-Vos.

Ajudai-nos a vencer a chaga da fome, agravada pelos conflitos e por um desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices.

Tornai-nos capazes de proteger os indefesos??, sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes objeto de exploração e de abandono.

Fazei que possamos cuidar dos irmãos atingidos pela epidemia de ébola na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria, e daqueles que são afetados por tantas outras doenças, que se difundem também pela negligência e a pobreza extrema.

Consolai quantos hoje não podem celebrar a Páscoa com os seus entes queridos porque foram arrancados injustamente dos seus carinhos, como as numerosas pessoas, sacerdotes e leigos, que foram sequestradas em diferentes partes do mundo.

Confortai aqueles que deixaram as suas terras e migrando para lugares onde possam esperar um futuro melhor, viver a própria vida com dignidade e, não raro, professar livremente a sua fé.

Pedimo-Vos, Jesus glorioso, que façais cessar toda a guerra, toda a hostilidade grande ou pequena, antiga ou recente!

Suplicamo-Vos, em particular, pela Síria, para que quantos sofrem as consequências do conflito possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem de usar a força para semear morte, sobretudo contra a população inerme, mas tenham a audácia de negociar a paz, há tanto tempo esperada.

Pedimo-Vos que conforteis as vítimas das violências fratricidas no Iraque e sustenteis as esperanças suscitadas pela retomada das negociações entre israelitas e palestinianos.

Imploramo-Vos que se ponha fim aos combates na República Centro-Africana e que cessem os hediondos ataques terroristas em algumas zonas da Nigéria e as violências no Sudão do Sul.

Pedimos-Vos que os ânimos se inclinem para a reconciliação e a concórdia fraterna na Venezuela.

Pela vossa Ressurreição, que este ano celebramos juntamente com as Igrejas que seguem o calendário juliano, vos pedimos que ilumine e inspire as iniciativas de pacificação na Ucrânia, para que todas as partes interessadas, apoiadas pela Comunidade internacional, possam empreender todo esforço para impedir a violência e construir, num espírito de unidade e diálogo, o futuro do País.

Pedimo-Vos, Senhor, por todos os povos da terra:Vós que vencestes a morte, dai-nos a vossa vida, dai-nos a vossa paz!


RESSUSCITOU O SENHOR!!!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Quero ser Batizada, como fazer?

Olá boa tarde, tenho 19 anos, e não sou batizada, sempre acreditei em Deus, e gostaria de ser batizada, mas não sei o que é necessário fazer, para que isso aconteça, pode me ajudar?

Salve Maria,

Oi querida Felipa,

Para você ser batizada é muito simples.

1) Procure a paróquia que assiste a sua região, de onde você mora (se tiver mais de uma paróquia), normalmente é a Igreja Católica mais perto de sua casa;

2) Veja se já foram abertas as inscrições para a Catequese de Adultos. Normalmente é aberta no começo do ano e dura o ano inteiro, mas tem paróquias onde a catequese de adultos abre duas inscrições ao ano (começo e meio do ano) e onde o curso é mais curto.

Nessa catequese você deve aprender sobre a Igreja Católica e ao final, por já ser adulta, receberá todos os sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Crisma ou Confirmação do Batismo e a Primeira Eucaristia.

3) Se preferir, converse com o pároco (padre da Paróquia) antes;

4) Você também já pode ir participando da Santa Missa, mesmo sem ser batizada, só não pode receber Jesus na Eucaristia (Comungar);

5) Procure adquirir e ler o Catecismo da Igreja Católica, lá ensina sobre a Igreja, o que ela prega e os por quês.

Boa Sorte. E seja bem vinda!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Homilia do Santo Padre na Missa da Ceia do Senhor - 17/04/2014

Assistam:




Jesus, tende piedade de nós e do mundo inteiro!


Homilia do Papa Francisco na Missa do Crisma – 17/04/14

quinta-feira, 17 de abril de 2014, 9h10
Homilia do Papa Francisco na Missa do Crisma - 17/04/14
HOMILIA

Santa Missa do Crisma
Basílica Vaticana
Quinta-feira, 17 de abril de 2014

Boletim da Santa Sé

Ungidos com o óleo da alegria

Amados irmãos no sacerdócio!

No Hoje da Quinta-feira Santa, em que Cristo levou o seu amor por nós até ao extremo (cf. Jo 13, 1), comemoramos o dia feliz da instituição do sacerdócio e o da nossa ordenação sacerdotal. O Senhor ungiu-nos em Cristo com óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a alegria, o júbilo sacerdotal. A alegria do sacerdote é um bem precioso tanto para si mesmo como para todo o povo fiel de Deus: do meio deste povo fiel é chamado o sacerdote para ser ungido e ao mesmo povo é enviado para ungir.

Ungidos com óleo de alegria para ungir com óleo de alegria. A alegria sacerdotal tem a sua fonte no Amor do Pai, e o Senhor deseja que a alegria deste amor «esteja em nós» e «seja completa» (Jo 15, 11). Gosto de pensar na alegria contemplando Nossa Senhora: Maria é «Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), e creio não exagerar se dissermos que o sacerdote é uma pessoa muito pequena: a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens. O sacerdote é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças; por isso, a nossa oração de defesa contra toda a cilada do Maligno é a oração da nossa Mãe: sou sacerdote, porque Ele olhou com bondade para a minha pequenez (cf. Lc 1, 48). E, a partir desta pequenez, recebemos a nossa alegria. Alegria na nossa pequenez!

Na nossa alegria sacerdotal, encontro três características significativas: uma alegria que nos unge (sem nos tornar untuosos, sumptuosos e presunçosos), uma alegria incorruptível e uma alegria missionária que irradia para todos e todos atrai a começar, inversamente, pelos mais distantes.

Uma alegria que nos unge. Quer dizer: penetrou no íntimo do nosso coração, configurou-o e fortificou-o sacramentalmente. Os sinais da liturgia da ordenação falam-nos do desejo materno que a Igreja tem de transmitir e comunicar tudo aquilo que o Senhor nos deu: a imposição das mãos, a unção com o santo Crisma, o revestir-se com os paramentos sagrados, a participação imediata na primeira Consagração… A graça enche-nos e derrama-se íntegra, abundante e plena em cada sacerdote. Ungidos até aos ossos… e a nossa alegria, que brota de dentro, é o eco desta unção.

Uma alegria incorruptível. A integridade do Dom – ninguém lhe pode tirar nem acrescentar nada – é fonte incessante de alegria: uma alegria incorruptível, a propósito da qual prometeu o Senhor que ninguém no-la poderá tirar (cf. Jo 16, 22). Pode ser adormentada ou sufocada pelo pecado ou pelas preocupações da vida, mas, no fundo, permanece intacta como o tição aceso dum cepo queimado sob as cinzas, e sempre se pode renovar. Permanece sempre actual a recomendação de Paulo a Timóteo: reaviva o fogo do dom de Deus, que está em ti pela imposição das minhas mãos (cf. 2 Tm 1, 6).

Uma alegria missionária. Sobre esta terceira característica, quero alongar-me mais convosco sublinhando-a de maneira especial: a alegria do sacerdote está intimamente relacionada com o povo fiel e santo de Deus, porque se trata de uma alegria eminentemente missionária. A unção ordena-se para ungir o povo fiel e santo de Deus: para baptizar e confirmar, para curar e consagrar, para abençoar, para consolar e evangelizar.

E, sendo uma alegria que flui apenas quando o pastor está no meio do seu rebanho (mesmo no silêncio da oração, o pastor que adora o Pai está no meio das suas ovelhas), è, por isso, uma «alegria guardada» por este mesmo rebanho. Mesmo nos momentos de tristeza, quando tudo parece entenebrecer-se e nos seduz a vertigem do isolamento, naqueles momentos apáticos e chatos que por vezes nos assaltam na vida sacerdotal (e pelos quais também eu passei), mesmo em tais momentos o povo de Deus é capaz de guardar a alegria, é capaz de proteger-te, abraçar-te, ajudar-te a abrir o coração e reencontrar uma alegria renovada.

«Alegria guardada» pelo rebanho e guardada também por três irmãs que a rodeiam, protegem e defendem: irmã pobreza, irmã fidelidade e irmã obediência.

A alegria do sacerdote é uma alegria que tem como irmã a pobreza. O sacerdote é pobre de alegrias meramente humanas: renunciou a tantas coisas! E, visto que é pobre – ele que tantas coisas dá aos outros –, a sua alegria deve pedi-la ao Senhor e ao povo fiel de Deus. Não deve buscá-la ele mesmo. Sabemos que o nosso povo é generosíssimo a agradecer aos sacerdotes os mínimos gestos de bênção e, de modo especial, os Sacramentos. Muitos, falando da crise de identidade sacerdotal, não têm em conta que a identidade pressupõe pertença. Não há identidade – e, consequentemente, alegria de viver – sem uma activa e empenhada pertença ao povo fiel de Deus (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 268). O sacerdote que pretende encontrar a identidade sacerdotal indagando introspectivamente na própria interioridade, talvez não encontre nada mais senão sinais que dizem «saída»: sai de ti mesmo, sai em busca de Deus na adoração, sai e dá ao teu povo aquilo que te foi confiado, e o teu povo terá o cuidado de fazer-te sentir e experimentar quem és, como te chamas, qual é a tua identidade e fazer-te-á rejubilar com aquele cem por um que o Senhor prometeu aos seus servos. Se não sais de ti mesmo, o óleo torna-se rançoso e a unção não pode ser fecunda. Sair de si mesmo requer despojar-se de si, comporta pobreza.

A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a fidelidade. Não tanto no sentido de que seremos todos «imaculados» (quem dera que o fôssemos, com a graça de Deus!), dado que somos pecadores, como sobretudo no sentido de uma fidelidade sempre nova à única Esposa, a Igreja. Aqui está a chave da fecundidade. Os filhos espirituais que o Senhor dá a cada sacerdote, aqueles que baptizou, as famílias que abençoou e ajudou a caminhar, os doentes que apoia, os jovens com quem partilha a catequese e a formação, os pobres que socorre… todos eles são esta «Esposa» que o sacerdote se sente feliz em tratar como sua predilecta e única amada e ser-lhe fiel sem cessar. É a Igreja viva, com nome e apelido, da qual o sacerdote cuida na sua paróquia ou na missão que lhe foi confiada, é essa que lhe dá alegria quando lhe é fiel, quando faz tudo o que deve fazer e deixa tudo o que deve deixar contanto que permaneça no meio das ovelhas que o Senhor lhe confiou: «Apascenta as minhas ovelhas» (Jo 21, 16.17).

A alegria sacerdotal é uma alegria que tem como irmã a obediência. Obediência à Igreja na Hierarquia que nos dá, por assim dizer, não só o âmbito mais externo da obediência: a paróquia à qual sou enviado, as faculdades do ministério, aquele encargo particular… e ainda a união com Deus Pai, de Quem deriva toda a paternidade. Mas também a obediência à Igreja no serviço: disponibilidade e prontidão para servir a todos, sempre e da melhor maneira, à imagem de «Nossa Senhora da prontidão» (cf. Lc 1, 39: meta spoudes), que acorre a servir sua prima e está atenta à cozinha de Caná, onde falta o vinho. A disponibilidade do sacerdote faz da Igreja a Casa das portas abertas, refúgio para os pecadores, lar para aqueles que vivem na rua, casa de cura para os doentes, acampamento para os jovens, sessão de catequese para as crianças da Primeira Comunhão… Onde o povo de Deus tem um desejo ou uma necessidade, aí está o sacerdote que sabe escutar (ob-audire) e pressente um mandato amoroso de Cristo que o envia a socorrer com misericórdia tal necessidade ou a apoiar aqueles bons desejos com caridade criativa.

Aquele que é chamado saiba que existe neste mundo uma alegria genuína e plena: a de ser tomado pelo povo que uma pessoa alguém ama até ao ponto de ser enviada a ele como dispensadora dos dons e das consolações de Jesus, o único Bom Pastor, que, cheio de profunda compaixão por todos os humildes e os excluídos desta terra, cansados e abatidos como ovelhas sem pastor, quis associar muitos sacerdotes ao seu ministério para, na pessoa deles, permanecer e agir Ele próprio em benefício do seu povo.

Nesta Quinta-feira santa, peço ao Senhor Jesus que faça descobrir a muitos jovens aquele ardor do coração que faz acender a alegria logo que alguém tem a feliz audácia de responder com prontidão à sua chamada.

Nesta Quinta-feira santa, peço ao Senhor Jesus que conserve o brilho jubiloso nos olhos dos recém-ordenados, que partem para «se dar a comer» pelo mundo, para consumar-se no meio do povo fiel de Deus, que exultam preparando a primeira homilia, a primeira Missa, o primeiro Baptismo, a primeira Confissão… É a alegria de poder pela primeira vez, como ungidos, partilhar – maravilhados – o tesouro do Evangelho e sentir que o povo fiel volta a ungir-te de outra maneira: com os seus pedidos, inclinando a cabeça para que tu os abençoes, apertando-te as mãos, apresentando-te aos seus filhos, intercedendo pelos seus doentes… Conserva, Senhor, nos teus sacerdotes jovens, a alegria de começar, de fazer cada coisa como nova, a alegria de consumar a vida por Ti.

Nesta Quinta-feira sacerdotal, peço ao Senhor Jesus que confirme a alegria sacerdotal daqueles que têm muitos anos de ministério. Aquela alegria que, sem desaparecer dos olhos, pousa sobre os ombros de quantos suportam o peso do ministério, aqueles sacerdotes que já tomaram o pulso ao trabalho, reúnem as suas forças e se rearmam: «tomam fôlego», como dizem os desportistas. Conserva, Senhor, a profundidade e a sábia maturidade da alegria dos sacerdotes adultos. Saibam orar como Neemias: a alegria do Senhor é a minha força (cf. Ne 8, 10).

Enfim, nesta Quinta-feira sacerdotal, peço ao Senhor Jesus que brilhe a alegria dos sacerdotes idosos, sãos ou doentes. É a alegria da Cruz, que dimana da certeza de possuir um tesouro incorruptível num vaso de barro que se vai desfazendo. Saibam estar bem em qualquer lugar, sentindo na fugacidade do tempo o sabor do eterno (Guardini). Sintam, Senhor, a alegria de passar a chama, a alegria de ver crescer os filhos dos filhos e de saudar, sorrindo e com mansidão, as promessas, naquela esperança que não desilude.

Fonte: Canção Nova

Jesus Misericordioso, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Dúvida sobre a Validade de Batismo e Pai e Mãe Solteiros

"Bom dia!

Tenho uma duvida. Meu namorado é catolico praticante. Tivemos uma filha ele quis batiza la na igreja catolica. Eu concordei, minha duvida é se o batismo dela é valido? Pq eu não fiz o curso de batismo e os padrinhos dela são Santa Filomena e o padre da paroquia que ele frequenta. Esse batizado foi feito de acordo com as intruções do padre. Ninguem na igreja sabe que ele teve uma filha. Pois o padre disse que seria um escandalo para a igreja se soubessem que meu namorado teve uma filha sem união. O que faço?"

Salve Maria Dani,
O Batismo é válido. 
O curso de batismo é exigido para os padrinhos e não para os pais.
O que você pode fazer? Casar com ele, ser feliz, frequentar a mesma paróquia que ele.
Que Deus a abençõe.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Resposta sobre Batismo

Como não estou conseguindo responder aos questionamentos nos comentários, vou colocar algumas respostas aqui.

1) "Boa tarde. Meu nome é **** e tenho 26 anos. Sou católico totalmente praticamente, faço parte de 3 grupos na igreja, sou coordenardor de um deles, vou à missa todo domingo e praticamente toda quarta, tenho primeira comunhão, porém não sou crismado e fui convidado para ser padrinho de um primo, aceitei e só fiquei sabendo que eu não podia batizar no dia do curso de batismo. E agora, como faço? O batizado está muito próximo, posso batizar e depois fazer a crisma?"

Oi meu irmão, sugiro que procure o padre que irá celebrar o batismo ou o pároco da paróquia e converse com ele colocando a situação, se ele permitir, você batiza. Ademais, penso que você não é o único padrinho, tem a madrinha, se ela for crismada o batismo será válido, mesmo você não sendo.
E, procure se inscrever numa catequese para ser crismado, esse Sacramento é um Sacramento da Iniciação Cristã e OBRIGATÓRIO para todo católico. Boa sorte e que Deus o abençõe.

2) Um irmão de comunidade (Renovação Carismática) foi batizado quando criança e teve como padrinhos Nossa Senhora e São José. Como isso é possível? gostaria de saber sobre padrinhos Santos! Na crisma também pode ter padrinhos Santos?

Antigamente era comum os pais escolherem um santo para ser padrinho da criança, a madrinha da minha mãe é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; porém, NÃO HÁ nada sobre isso no Catecismo, nem no Código de Direito Canônico e também não li nada nos livros onde li sobre o Batismo.
Penso que o católico pode escolher um santo para ser um exemplo, como há a consagração a Nossa Senhora, mas isso não elimina a presença de um padrinho/madrinha vivo. 
Espero ter ajudado, se ainda tiver dúvidas, sugiro que converse com o seu padre sobre o assunto.
Que Deus a abençõe.

Catequese com Papa Francisco - Matrimônio

Catequese com o Papa Francisco - 02/04/14
CATEQUESE

Praça Pedro
Quarta-feira, 2 de abril de 2014

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


Hoje concluímos o ciclo de catequeses sobre os sacramentos falando do matrimônio. Este sacramento nos conduz ao coração do desígnio de Deus, que é um desígnio de aliança com o seu povo, com todos nós, um desígnio de comunhão. No início do Livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, no ápice do relato da criação se diz: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e mulher… Por isto o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gen 1, 27; 2, 24). A imagem de Deus é o casal matrimonial: o homem e a mulher; não somente o homem, não somente a mulher, mas todos os dois. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus conosco é representada naquela aliança entre o homem e a mulher. E isto é muito belo! Fomos criados para amar, como reflexo de Deus e do seu amor. E na união conjugal, o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva.

1. Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do matrimônio, Deus, por assim dizer, reflete-se neles, imprime neles seus próprios traços e o caráter indelével do seu amor. O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Também Deus, de fato, é comunhão: as três Pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em perfeita unidade. E é justamente esse o mistério do matrimônio: Deus faz dois esposos uma só existência. A Bíblia usa uma expressão forte e diz “uma única carne”, tão íntima é a união entre o homem e a mulher no matrimônio. E é justamente esse o mistério do matrimônio: o amor de Deus que se reflete no casal que decide viver junto. Por isto, o homem deixa a sua casa, a casa dos seus pais e vai viver com sua esposa e se une tão fortemente a ela que os dois se tornam – diz a Bíblia – uma só carne.
Mas vocês, esposos, lembra-se disso? Estão conscientes do grande presente que o Senhor vos deu? O verdadeiro “presente de casamento” é este! Na vossa união há o reflexo da Santíssima Trindade e com a graça de Cristo vocês são um ícone vivo e credível de Deus e do seu amor.

2. São Paulo, na Carta aos Efésios, coloca em destaque que nos esposos cristãos se reflete um mistério grande: a relação instituída por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cfr Ef 5, 21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Esta é a relação. Isto significa que o matrimônio responde a uma vocação específica e deve ser considerada como uma consagração (cfr Gaudium et spes, 48; Familiaris consortio, 56). É uma consagração: o homem e a mulher são consagrados em seu amor. Os esposos, de fato, em força do Sacramento, são revestidos de uma verdadeira e própria missão, para que possam tornar visível, a partir de coisas simples, cotidianas, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a doar a vida por ela, na fidelidade e no serviço.

3. É realmente um desígnio maravilhoso aquele que é inerente ao matrimônio! E acontece na simplicidade e também na fragilidade da condição humana. Sabemos bem quantas dificuldades e provações conhecem a vida de dois esposos… O importante é manter viva a ligação com Deus, que está na base da ligação conjugal. E a verdadeira ligação é sempre com o Senhor. Quando a família reza, a ligação se mantém. Quando o esposo reza pela esposa e a esposa reza pelo esposo, aquela ligação se torna forte; um reza pelo outro. É verdade que na vida matrimonial há tantas dificuldades, tantas; seja o trabalho, seja que o dinheiro não basta, seja que as crianças tenham problemas. Tantas dificuldades. E tantas vezes o marido e a mulher se tornam um pouco nervosos e brigam entre si. Brigam, é assim, sempre se briga no matrimônio, algumas vezes voam até os pratos. Mas não devemos ficar tristes por isto, a condição humana é assim. E o segredo é que o amor é mais forte que o momento no qual se briga e por isto eu aconselho aos esposos sempre: não terminem um dia no qual tenham brigado sem fazer as pazes. Sempre! E para fazer as pazes não é necessário chamar as Nações Unidas, que venham pra casa fazer a paz. É suficiente um pequeno gesto, um carinho, um olá! E amanhã! E amanhã se começa uma outra vez. E esta é a vida, levá-la adiante assim, levá-la adiante com a coragem de querer vivê-la juntos. E isto é grande, é belo! É algo belíssimo a vida matrimonial e devemos protegê-la sempre, proteger os filhos.

Outras vezes eu disse nesta Praça uma coisa que ajuda tanto a vida matrimonial. São três palavras que devem ser ditas sempre, três palavras que devem estar em casa: com licença, obrigado e desculpa. As três palavras mágicas. “Com licença”: para não ser invasivo na vida dos cônjuges. Com licença, mas o que te parece? Com licença, permito-me. “Obrigado”: agradecer o cônjuge; agradecer por aquilo que fez por mim, agradecer por isto. Aquela beleza de dar graças! E como todos nós erramos, aquela outra palavra que é um pouco difícil de dizê-la, mas é preciso dizê-la: “desculpa”. Com licença, obrigado e desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa e vice-versa, com fazer as pazes sempre antes que termine o dia, o matrimônio seguirá adiante. As três palavras mágicas, a oração e fazer as pazes sempre. Que o Senhor vos abençoe e rezem por mim.


Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Multirão de Confissões - Quaresma 2014

Aqui em Brasilia, todos os anos temos o Multirão de Confissões duas vezes ao ano: por ocasião da Quaresma, em preparação para a Páscoa e por ocasião do Advento, em preparação para o Natal.

Assim, segue os dias em que haverá as confissões no Plano Piloto: Asa Norte e Lago Norte, que será as 20hs.

Dia 01/04: Paróquia Nossa Senhora da Esperança, SQN 307/308, Lote A, Fone: 3273-2255;

Dia 02/04: Paróquia Nossa Senhora do Lago, SHIN, QI 3, AE, Lote A, Fone: 3368-3790;

Dia 03/04: Paróquia Nossa Senhora da Consolata, SGAN 913, Mod C, Fone: 3272-2276;

Dia 04/04: Paróquia Nossa Senhora das Graças, SGAN 908, Bloco B, Fone: 3272-2416;

Dia 07/04: Paróquia Nossa Senhora da Saúde, SGAN 702, Lote 3/4, Fone: 3326-1180;

Dia 08/04: Paróquia do Verbo Divino, SGAN 609, Mod C, Fone: 3349-5101;

Dia 09/04: Paróquia São José Operário, SGAN 604, Mod D, Fone: 3327-1082;

Dia 10/04: Paróquia Pai Nosso, SHIN, QL 13, Lot D, Fone: 3368-4644;

Dia 11/04: Paróquia Mãe da Divina Misericórdia, EQN 214/215, Lote A, Fone: 3225-4894.

E os dias em que haverá as confissões no Plano Piloto: Asa Sul, Cruzeiro e Sudoeste.

Dia 07/04: Paróquia São Camilo de Lellis;

Dia 08/04: Paróquia Nossa Senhora de Fátima;

Dia 09/04: Paróquia Nossa Senhora do Carmo;

Dia 10/04: Paróquia Santa Terezinha;

Dia 11/04: Paróquia Santo Cura D´Ars

Dia 14/04: Paróquia São Pio de Pietrelcina

Dia 15/04: Santuário Dom Bosco

Dia 16/04: Paróquia São Judas Tadeu

Procure na sua Diocese e Paróquia se e quando será o Multirão de Confissões e se prepare para a Páscoa do Senhor!

domingo, 30 de março de 2014

Quaresma e a Boa Confissão!


Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria…

 “Estava Jesus expulsando um demônio, e ele era mudo. E depois de ter expulsado o demônio, falou o mudo, e se admiraram as gentes.”

Caros católicos, temos insistido que a Quaresma é um tempo de conversão, de misericórdia, de busca da santidade. A verdadeira conversão nossa, a busca da santidade e a misericórdia divina se encontram de modo perfeito e pleno em um só ato: no sacramento da confissão, e na confissão bem feita.

Como sabemos, a confissão é o sacramento da nova lei no qual, pela absolvição do sacerdote, se confere ao pecador penitente a remissão dos pecados cometidos depois do batismo. Como cada um dos sete sacramentos, também o sacramento da penitência foi instituído por Cristo. A confissão foi instituída por Cristo no dia mesmo de sua ressurreição, ao dizer aos apóstolos: “recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” No sacramento da confissão, nós podemos ver a delicadeza da bondade e misericórdia divinas. Que meio sublime Deus nos deu para perdoar os nossos pecados, para purificar a nossa alma das quedas após o batismo. A confissão é a nossa segunda tábua de salvação, como nos diz o Concílio de Trento.

Nosso Senhor quis instituir o sacramento da penitência ou confissão para nos dar a certeza (na medida em que é possível) do perdão dos pecados confessados ao padre e absolvidos por ele, para que não tivéssemos angústias ou incertezas em campo tão importante. Nesse sacramento, Nosso Senhor nos diz como Ele disse ao Paralítico: “Tem confiança, filho, teus pecados estão perdoados.” Nosso Senhor quis também que os pecados fossem perdoados por meio da confissão ao sacerdote porque a sabedoria divina cura utilizando remédios contrários à doença. Todos os nossos pecados provêm, em certo grau, do orgulho, e a confissão é o contrário do orgulho, pois é certa humilhação para o pecador. Pecamos ao praticar a nossa própria vontade em detrimento da vontade divina. Na confissão, precisaremos exercer um grande desapego de nós mesmos, da nossa própria vontade e nos humilhar. A confissão diante do sacerdote foi o meio instituído pela sabedoria e misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para nos tirar do pecado.

A confissão, como nos diz o Padre Spirago (Catecismo Católico Popular, que recomendo), dá ao indivíduo muitas vantagens, além do essencial e mais importante que é o perdão dos pecados: a) ela dá o conhecimento de si mesmo ao nos confrontarmos com os mandamentos divinos; b) ela dá a delicadeza da consciência, que vai se formando com os bons exames de consciência e os bons conselhos recebidos; c) ela dá a firmeza de caráter, pois o sacramento nos dá a graça que ilumina a nossa inteligência e fortalece a vontade; d) ele dá a perfeição moral, pois a confissão exige humildade, como dissemos, e a humildade é a base de toda virtude. A confissão traz também vantagens para a sociedade civil: a) com ela, as inimizades acabam, b) se bens foram de alguma forma prejudicados pelo pecador, eles serão restituídos, c) muitos crimes são evitados; d) muitos vícios combatidos e etc.

Todavia, para obtermos o perdão dos nossos pecados e todos os outros benefícios que advêm da confissão, precisamos nos confessar bem. Para nos confessarmos bem, precisamos, antes de tudo, fazer um bom exame de consciência. Depois, precisamos nos arrepender dos pecados cometidos e ter o propósito de nos emendarmos. Em seguida, é preciso confessar os pecados, isto é, manifestá-los diante do sacerdote, com sinceridade. Finalmente, é preciso aceitar a penitência, receber a absolvição e cumprir a penitência recebida.

domingo, 23 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

Catequese com o Papa Francisco - São José!

quarta-feira, 19 de março de 2014, 9h43 

Brasão do Papa
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de março de 2013
Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

São José Educador
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje, 19 de março, celebramos a festa solene de São José, Esposo de Maria e Patrono da Igreja universal. Dediquemos, então, esta catequese a ele, que merece todo o nosso reconhecimento e a nossa devoção por como soube proteger a Virgem Santa e o Filho Jesus. O ser guardião é a característica de José: é a sua grande missão, ser guardião.
Hoje gostaria de retomar o tema da proteção segundo uma perspectiva particular: a perspectiva educativa. Olhemos para José como o modelo de educador, que protege e acompanha Jesus em seu caminho de crescimento “em sabedoria, idade e graça”, como diz o Evangelho. Ele não era pai de Jesus: o pai de Jesus era Deus, mas ele cumpria o papel de pai de Jesus, fazia-se pai de Jesus para fazê-lo crescer. E como o fez crescer? Em sabedoria, idade e graça.
Partamos da idade, que é a dimensão mais natural, o crescimento físico e psicológico. José, junto com Maria, tomou conta de Jesus antes de tudo deste ponto de vista, isso é, “criou-o”, preocupando-se que não lhe faltasse o necessário para um desenvolvimento sadio. Não esqueçamos que o cuidado fiel da vida do Menino incluiu também a fuga ao Egito, a dura experiência de viver como refugiados – José foi um refugiado, com Maria e Jesus – para escapar da ameaça de Herodes. Depois, uma vez de volta à pátria e estabelecidos em Nazaré, há todo o longo período da vida de Jesus em sua família. Naqueles anos, José ensinou a Jesus também o seu trabalho e Jesus aprendeu a ser carpinteiro com seu pai José. Assim, José criou Jesus.
Passemos à segunda dimensão da educação, aquela da “sabedoria”. José foi para Jesus exemplo e mestre desta sabedoria, que se nutre da Palavra de Deus. Podemos pensar em como José educou o pequeno Jesus a escutar as Sagradas Escrituras, sobretudo acompanhando-O de sábado à sinagoga de Nazaré. E José o acompanhava para que Jesus escutasse a Palavra de Deus na sinagoga.
E, enfim, a dimensão da “graça”. São Lucas sempre diz referindo-se a Jesus: “A graça de Deus era sobre Ele” (2, 40). Aqui, certamente, a parte reservada a São José é mais limitada em relação aos âmbitos da idade e da sabedoria. Mas seria um grave erro pensar que um pai e uma mãe não podem fazer nada para educar os filhos a crescer na graça de Deus. Crescer em idade, crescer em sabedoria, crescer na graça: este é o trabalho que José fez com Jesus, fazê-Lo crescer nestas três dimensões, ajudá-lo a crescer.
Queridos irmãos e irmãs, a missão de São José é certamente única e irrepetível, porque absolutamente único é Jesus. E, todavia, em seu proteger Jesus, educando-o para crescer em idade, sabedoria e graça, ele é modelo para todo educador, em particular para todo pai. São José é o modelo de educador e de pai, de pai. Confio, então, à sua proteção todos os pais, os sacerdotes – que são pais – e aqueles que têm um dever educativo na Igreja e na sociedade. De modo especial, gostaria de saudar hoje, dia do pai, todos os pais, todos os pais: saúdo-vos de coração! Vejamos: há alguns pais na Praça? Levantem a mão, os pais! Mas quantos pais! Parabéns, parabéns pelo vosso dia! Peço para vocês a graça de ser sempre muito próximos aos seus filhos, deixando-os crescer, mas próximos, próximos! Eles precisam de vocês, da vossa presença, da vossa proximidade, do vosso amor. Sejam para eles como São José: guardiões do seu crescimento em idade, sabedoria e graça. Guardiões do seu caminho; educadores, e caminhem com eles. E com esta proximidade, vocês serão verdadeiros educadores. Obrigado por tudo aquilo que fazem pelos vossos filhos: obrigado. A vocês parabéns, e boa festa do pai a todos os pais que estão aqui, a todos os pais. Que São José vos abençoe e vos acompanhe. E alguns de nós perdemos o pai, se foi, o Senhor o chamou; tantos que estão na Praça não têm pai. Podemos rezar por todos os pais do mundo, pelos pais vivos e também pelos falecidos e pelos nossos, e podemos fazê-lo juntos, cada um recordando o seu pai, se está vivo ou morto. E rezemos ao grande Pai de todos nós, o Pai. Um “Pai nosso” pelos nossos pais: Pai Nosso….
E parabéns aos pais!

Fonte: Canção Nova

São José, pai adotivo de Jesus, rogai por nós!

quinta-feira, 13 de março de 2014

A Importância e Necessidade do Jejum


Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria…

O Santo Evangelho desse primeiro domingo da Quaresma nos traz o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele jejuou 40 dias no deserto. Esse jejum de Cristo é importante para nós. Esse jejum de 40 dias, sem comer nada, de Nosso Salvador mostra, primeiramente, a sua divindade. Ninguém consegue passar 40 dias sem comer. Por outro lado, a fome de Cristo ao final dos 40 dias nos mostra a sua humanidade. Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, nos diz constantemente o Evangelho. E por que Nosso Senhor jejuou? Para reparar pelos seus pecados? Não, Ele não os tinha nem podia ter. Para assegurar o domínio de sua razão e vontade sobre as paixões desordenadas? Não, Nosso Senhor não tinha paixão desordenada: todos os seus sentimentos e emoções estavam perfeitamente subordinados à sua razão e à sua vontade, e estas completamente submissas à vontade de Deus. Para que, então, Nosso Senhor jejuou durante 40 dias? Ele jejuou para nos dar o exemplo e mostrar a importância dessa prática.

Convém compreender melhor a importância do jejum. O jejum, prezados católicos, é ato da virtude da abstinência. O que é uma virtude? Uma virtude nada mais é do que uma disposição bem enraizada nas faculdades da nossa alma que nos inclina a agir em conformidade com a reta razão iluminada pela fé. A virtude da abstinência é, então, a virtude que nos inclina a usar moderadamente dos alimentos corporais em conformidade com os preceitos da reta razão iluminada pela fé. Estamos falando da virtude de abstinência, a não ser confundida com a abstinência de carne, que prescreve a Igreja em todas as sextas-feiras do ano e na quarta-feira de cinzas. A virtude da abstinência nos inclina, então, a usar moderadamente dos alimentos, de acordo com a reta razão iluminada pela fé. O jejum nada mais é do que um ato da virtude da abstinência. O jejum é uma forma de praticar a virtude da abstinência.

É muito comum se pensar que o jejum é uma prática de devoção suplementar, que, na verdade, o jejum está longe de ser necessário, etc. Na verdade, o jejum é uma prática necessária para quem quer alcançar a perfeição. NS nos dá o exemplo no Evangelho de hoje (Mt 4,2), Ele diz que certos demônios só podem ser expulsos com jejum e oração (Mt 17, 21). Ele anunciou que seus discípulos praticariam o jejum (Mt 9, 15), como efetivamente se fez desde os tempos apostólicos. Os Santos Padres escreveram, por vezes, livros inteiros recomendando o jejum.  Santo Agostinho diz que o jejum “purifica a alma, eleva o espírito, sujeita a carne ao espírito, dá ao coração contrição e humildade, dissipa as trevas da concupiscência, extingue os ardores do prazer e acende a luz da castidade.

O Prefácio do Tempo da Quaresma diz algo semelhante, de maneira resumida. Diz O Prefácio que o jejum corporal reprime os vícios, eleva a mente, se concede a virtude e o prêmio da virtude. São Tomás acrescenta que o jejum satisfaz pelos pecados. Assim, prezados católicos, temos no jejum algo que diz respeito ao passado, pois satisfaz por nossos pecados passados, e algo que diz respeito ao presente, pois ele reprime os vícios, favorece a virtude e eleva a nossa mente.

Pelo jejum, prezados católicos, comemos menos do que nos seria necessário. Nossa razão compreende facilmente que se faça um jejum de vez em quando em virtude de uma doença corporal ou para evitar uma doença. Muito mais facilmente se compreende, então, que se faça jejum para evitar males espirituais e para alcançar bens espirituais.

Vejamos como o jejum reprime os vícios, favorece a virtude, eleva a mente e satisfaz pelo pecado.

Primeiramente, o jejum satisfaz pelo pecado porque ele é uma obra de penitência, ele é uma pena que nos infligimos, tendo assim um caráter de reparação pela satisfação ilícita alcançada em qualquer pecado. Em segundo lugar, o jejum reprime os vícios. O que é um vício? O vício nada mais é do que agir em desacordo com a reta razão. Um dos principais fatores que nos leva a agir de modo contrário à reta razão são as paixões desordenadas, que buscam um bem sensível independentemente da verdadeira bondade desse bem ou não. O jejum assegura justamente que essas paixões não serão satisfeitas e que elas se submeterão à razão e à vontade iluminadas pela fé. Portanto, o jejum reprime os vícios ao tirar o império das paixões sobre a razão e a vontade. Não se trata de suprimir as paixões, mas de não consentir nas paixões desordenadas e de orientar as paixões, isto é, nossas emoções e sentimentos em conformidade com a razão iluminada pela fé. O jejum ajuda muitíssimo a restabelecer a devida ordem na nossa alma. Em terceiro lugar, ao restabelecer a devida ordem em nossa alma, reprimindo o vício, o jejum favorece necessariamente a virtude, que nada mais é do que a disposição para agir em conformidade com a reta razão iluminada pela fé. Com o jejum bem praticado, nossas paixões se submeterão à nossa razão, e a nossa razão se submeterá a Deus. Em quarto lugar, o jejum eleva a mente. Isso é claro. Menos apegado às coisas sensíveis, não sofrendo mais a tirania das paixões, nossa inteligência poderá se elevar às coisas celestes, poderá considerá-las com tranquilidade e, consequentemente, amá-las mais profundamente. Isso ocorre, prezados católicos, porque nossa alma é una. Dessa forma, quando ela se aplica com veemência a uma coisa não pode se aplicar a outra coisa com profundidade. O jejum diminui a aplicação da nossa alma das coisas materiais, permitindo que nos elevemos às espirituais.  Assim, ao nos fazer reparar pelo pecado, ao reprimir os vícios, ao favorecer as virtudes, ao elevar a nossa mente para as coisas do alto, o jejum nos ajudará muitíssimo a alcançar o prêmio da vida eterna. O jejum, como podemos constatar, caros católicos, é de suma importância. Mesmo se não houvesse religião, nossa razão compreenderia a importância do jejum para poder viver de modo ordenado. O jejum é um preceito da lei natural tão importante que Deus quis também nos instruir a respeito dele e mostrar a importância dele na sua Revelação, como, por exemplo, nos quarenta dias em que Cristo jejuou.

Portanto, o jejum é necessário. Atualmente, a disciplina da Igreja ordena somente dois dias de jejum: na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, para os fiéis entre 18 e 60 anos. Esses dois dias no ano são insuficientes, para que desenvolvamos a virtude da moderação nos alimentos. Há 60 anos, o jejum se fazia durante a quaresma em vários dias da semana, em 3 ou 4 dias, por exemplo. Além disso, havia as Vigílias das grandes festas, que também eram dia de jejum. E, finalmente, havia quatro vezes ao ano, correspondendo aproximadamente às estações do ano, as chamadas quatro têmporas, que eram três dias de jejum. Eram, então, mais doze dias de jejum no ano. E os dias eram bem escolhidos. A Quaresma como preparação para a Páscoa. As vigílias em preparação para a festa de grandes mistérios e as quatro têmporas eram o período em que se faziam as ordenações. O jejum permitia, então, a reparação pelos pecados, a repressão do vício, a elevação da mente, para considerar a grandeza da páscoa, dos outros mistérios e para que fossem ordenados dignos pastores. Com a antiga disciplina, seguindo simplesmente o que mandava a Igreja, era possível adquirir a virtude que nos modera nos alimentos. Atualmente, embora a lei da Igreja seja em si boa, pois comanda o jejum, não é suficiente para desenvolver em nós a virtude. Precisamos, portanto, caros católicos, ir além daquilo que pede a disciplina atual da Igreja.

Todavia, para praticar bem o jejum é preciso praticá-lo com prudência. Não é bom o jejum que prejudica a saúde. Não é bom o jejum que nos impede de cumprir os nossos deveres de estado. Assim, não precisam jejuar a mulher grávida, ou alguém que tenha um problema de saúde que pode ser agravado pelo jejum, ou o que tem um trabalho árduo. Não é bom o jejum que se transforma em um fim em si mesmo. Não, o fim do jejum é a união com Deus, a virtude, a perfeição, a caridade. Não é bom o jejum feito por orgulho. O jejum deve ser humilde e feito com muita simplicidade e por amor a Deus. Não é bom o jejum que nos deixa irritados e que nos faz descontar essa irritação nos outros. O bom jejum deve aumentar a nossa caridade fraterna. Enfim, o jejum deve ser prudente e ordenado realmente a Deus.

Lembramos que o jejum é comer uma refeição normal no dia e fazer duas colações que, juntas, não chegam a uma refeição normal. Diante da importância do jejum, caros católicos, procuremos praticá-lo ao menos uma ou duas vezes por semana durante a quaresma e escolhamos alguns dias para praticá-lo durante o ano.

O jejum bem praticado reprime os vícios, eleva a mente, dá a virtude, satisfaz pelo pecado e nos faz merecer o prêmio da vida eterna porque nos conduzirá a praticar o amor a Deus e o amor ao próximo por amor a Deus. Eis, então, prezados católicos, a importância desse ato de virtude que é o jejum, tão recomendado pela Sagrada Escritura, tão recomendado por Nosso Senhor, tão recomendado pelos apóstolos, pela Igreja e pelos Santos.
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

Fonte: Missa Tridentina em Brasilia

Glorioso São José, rogai por nós!

segunda-feira, 10 de março de 2014

NOVENA A SÃO JOSÉ


Oração preparatória para todos os dias


Deus e Senhor meu, Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, creio que estou em vossa soberana presença agora, quando pretendo consagrar a São José esta novena.
Adoro-Vos com todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas.
Adoro-Vos com toda a intensidade de que sou capaz, e arrependo-me dos muitos pecados que fiz contra Vossa Divina Majestade.
Quero, nesta novena, aprender as virtudes que, com tanta perfeição, praticou o glorioso Patriarca São José, e alcançar, por sua intercessão, as graças de que tanto preciso. Senhor, quem sou eu para atrever-me a comparecer diante de Vossa presença?
Conheço a deficiência de meus méritos e a multidão de meus pecados, pelos quais não mereço ser ouvido em minhas orações; mas, o que não mereço merece-o o pai nutrício de Jesus; o que não posso ele pode. Venho, portanto, com toda a confiança, implorar a divina clemência, não fiado em minha fraqueza, mas no poder e valimento de São José. Amém. 

Primeiro dia
 
Dou graças à Santíssima Trindade, Santíssimo São José, pelos muitos privilégios, méritos e virtudes com que vos enriqueceu e, principalmente, pelo grande e singularíssimo mérito a poucos concedido, de ter sido santificado no ventre de vossa mãe e confirmado em graça. Que alegria para vosso coração ver-vos livre do pecado, que é a única coisa que desagrada a Deus Filho, que vos chamava de Pai! Que graças destes à Trindade Beatífica por esse tão assinalado privilégio! Eu vos felicito com todo o meu coração, pela inocência incomparável que tivestes desde antes de nascer e pela graça a amizade particular com que o mesmo Deus vos distinguiu.
Por esse privilégio e pela grande alegria que ele vos causou, suplico-vos, ó meu querido pai, que me alcanceis de Deus, um grande ódio ao pecado, grande amor às virtudes e à minha salvação eterna. E como creio que a graça que desejo conseguir nesta novena será benéfica à minha salvação, tenho inteira confiança de que a alcançareis por vossa poderosíssima intercessão; todavia, se minha oração não for bem dirigida, endireitai-a e rogai ao boníssimo Deus por mim. Amém. 

Segundo dia
 
Que felicidade a vossa, meu glorioso Protetor, serdes escolhido milagrosamente para esposo da Imaculada Maria.
Alegro-me convosco pela satisfação imensa que experimentastes, naquele dia feliz, quando associastes vossa sorte à da Mãe de Jesus Cristo. Que admiração vos teriam os Santos Anjos, por serdes o sustentáculo da mãe do Verbo encarnado, e por esse mesmo motivo também protetor do Filho de Deus!
Uno meus louvores aos que, nesse dia, vos dariam os Anjos do Céu e, de todo o meu coração, vos felicito por vos ter sido dada de presente a Rainha dos Anjos, e pelo zelo que se dedicou a vosso serviço. Que transbordante felicidade! Que maravilha terdes por companheira Aquela que trouxe o Filho de Deus em Seu seio sagrado!
Que felicidade terdes, para vosso consolo nas penas, a Consoladora dos aflitos, para conselheira nas dificuldades a sapientíssima Mãe de Jesus Cristo e para modelo nas virtudes, aquela que é o espelho sem mancha, da majestade divina e a imagem da bondade de Deus!
Por este favor e felicidade tão grandes peço-vos, poderosíssimo José, a amizade e a graça de Deus, e a proteção e amparo constantes de Maria Santíssima.
Interponde, ao mesmo tempo, vosso valimento com Jesus e com vossa santíssima esposa, para alcançar as graças particulares que, com esta novena, pretendo conseguir. Amém. 

Terceiro dia
 
Que pena tão amarga devíeis ter sentido em vosso coração, José gloriosíssimo, quando em vossa humildade julgastes dever separar-vos de vossa esposa Maria!
Separar-vos de Maria, que tanto amáveis e que correspondia a vosso amor com amor puro e sincero.
Confraternizo-me convosco, por aqueles momentos de sofrimento e por essa amarga provação que o Senhor vos permitiu! Por caridade, ficastes ao lado da Mãe do Unigênito Filho de Deus. Maria vos pertenceu e amou sempre no amor de Deus. Em Seu infinito poder, Deus fez nela maravilhas de Seu Divino Amor. Fostes a maior testemunha das grandiosidades operadas em Maria. Ela é o jardim de Deus e o paraíso onde o Filho de Deus tem seu receio, e vós José, fostes o Anjo da guarda dese jardim, o depositário desse eterno tesouro.
São José, aceitai sinceras felicitações pela parte ativa que Deus vos concedeu o mistério da Encarnação, e pela sujeição de Jesus e de Sua Santíssima Mãe às vossas ordens.
Por essa grande alegria e também pelos méritos da tristeza que a precedeu, suplico-vos, meu pai querido, que me alcanceis de Deus o conhecimento de Jesus Cristo e a graça de conservar uma fé tão viva em todos os seus mistérios, que esteja pronto a antes morrer que duvidar deles; alcançai-me, outrossim, a graça que, nesta novena, pretendo conseguir, se for para maior glória de Deus e bem de minha alma. Amém. 

Quarto dia
 
Esposo castíssimo da Mãe do Unigênito Filho de Deus, uno-me a vós na tristeza que experimentastes em Belém, quando lá chegando, depois de penosa viagem, vistes vossa venerada esposa Maria e o Salvador do mundo, que ela levava em suas entranhas, desconhecidos e repelidos de todas as casas e pousadas.
Ó meu querido José, como conhecestes então que o mundo não é amigo de Cristo, e que é impossível servir juntamente dois senhores tão inimigos e contrários!
Dai-me a Jesus, que tanta alegria vos causou em Seu nascimento. As vozes dos Anjos dizendo “Paz na Terra aos homens de boa vontade” são principalmente dirigidas a vós. Aceitai meus louvores pelo muito amor que Jesus vos manifestou, escolhendo-vos para Seu pai nutrício e para seu poderoso defensor e amparo.
Permiti-me, gloriosíssimo e poderosíssimo Santo, chegar aonde vós estais, perto de Jesus, contemplar Sua santidade divina e esplendor. Pedi a Jesus que Ele me dê as graças recebidas pelos pastores e reis que foram adora-lo no presépio; pedi-Lhe, também, as graças que desejo conseguir nesta novena, se forem para maior glória de Deus e salvação de minha alma. Amém.

Quinto dia
 
Que grande dor sofrestes, nosso querido São José, quando vistes derramar-se o preciosíssimo sangue de Cristo na circuncisão! Por que teria, esse infante divino, de sofrer assim, poucos dias depois de ter nascido? Ah! Sendo Jesus a perfeição em pessoa, certamente que foi pelos nossos pecados, esse padecer.
São José, daí-me a conhecer o preço do sangue de Jesus, para que nunca deixe perder a menor gota; e que esse sangue, caindo abundantemente sobre minha alama, lave-me e purifique inteiramente. Permiti, São José, que, para eu conseguir graça tão importante, aproxime-me mais de vós para ouvir atento e obedecer aos ensinamentos do Divino Mestre e receber as bênçãos e graças que dele emanam e que, por bondade divina, passam por vossas sagradas mãos.
Vossas mãos sagradas amparam Jesus, o Salvador do mundo, que tira os pecados dos homens!
São José, que alegria a vossa, quando destes ao Salvador o nome de Jesus, sabendo que esse nome, a própria felicidade, é a chave que nos abre a porta do Céu!
Adorador de Cristo, consiga que ele seja para mim Jesus, isto é, meu salvador nesta vida e na eterna.
Pelo nome adorável, Jesus, peço-vos também as graças que desejo alcançar nesta novena, se forem para maior glória de Deus e para o bem de minha alma. Amém. 

Sexto dia
 
Ó meu boníssimo São José, protetor e amparo dos desvalidos! Por aquela alegria que experimentou o vosso coração, ouvindo os louvores que os doutores da lei fazem ao Cristo Menino, peço-vos que não vos esqueçais de mim, fazei que Jesus, meu Salvador, seja sempre para mim ocasião de ressurreição.
Confraternizo-me convosco, pacientíssimo José, pela ferida que em vosso coração fizeram as palavras do Santo Simeão, com que anunciara a Maria que uma espada de dor havia de atravessar Seu delicadíssimo e amorosíssimo coração.
Em tão tremenda ocasião para Maria, vós nem poderíeis remediar essas dores, nem ao menos ser testemunha de tão terrível padecer, para consolar vossa esposa com vossa presença humana na paixão de Cristo!
Eu, sim, posso e devo, com minha vida e bons costumes, consolar a Maria, porque culpado, por meus pecados, na morte de Jesus e nas dores de Maria, quero e devo evitar e reparar esses pecados.
Ajudai, José poderosíssimo, minha pobreza espiritual e poucas forças, alcançando-me de Nosso Senhor a graça de nunca ser, por minha culpa, causa das penas de Jesus e das dores de Maria. Alcançai-me, também, a graça que desejo conseguir rezando esta novena, se for para maior glória de Deus e salvação de minha alma. Amém. 

Sétimo dia
 
São José, permiti que, em espírito, eu vos acompanhe na viagem ao Egito, para admirar vossos sacrifícios e imitar vossas virtudes. Tudo fizestes para defender a Jesus de tantos perigos, e sobretudo da morte.
Que dor tão grande foi para vosso coração amante ver sofrer a Jesus e a Maria! Quanta sede devem ter sofrido no deserto os três peregrinos santíssimos!
Peço-vos humildemente que tireis de mim a sede dos prazeres mundanos, e dai-me a fome e sede de todas as virtudes, principalmente a humildade, a paciência, a mortificação, que a minha lama deseja ardentemente possuir.
Entristeçam-me as coisas que vós entristecem, amável São José, e saiba eu alegrar-me com as que vos causam alegria.
Experimente minha alma, conservando-se na graça de Deus, a mesma alegria que experimentou vosso delicado coração, quando afinal, depois dos transtornos de uma perigosa viagem por ermos desertos, vistes Jesus a salvo e Maria vossa amantíssima esposa segura no novo lar. Assim como vos alegrastes com aqueda dos ídolos do Egito, alegra-se meu coração com a queda dos ídolos das afeições desregradas e das paixões desordenadas de modo que, em tudo e por tudo, agrade a Jesus, à Santíssima Mãe e a vós, meu amável José, que tanto gozais na glória de Deus. Alcançai-me também a graça que desejo conseguir nesta novena, se for para maior glória de Deus. Amém. 

Oitavo dia
 
Confraternizo-me convosco, terníssimo José, por causa das privações a que vistes sujeita vossa amada família, na terra de peregrinação, e pelo mesmo desterro tão meritório, sobretudo, para a Mãe do Filho de Deus.
Uno minhas lágrimas às que derramastes, em vosso coração,pela dureza do exílio, e por tudo que faltou a vós, a Maria e a Jesus, no Egito. Vossa família, que é a família de Deus, tão paciente, e eu me queixo de qualquer pequena e insignificante mortificação, ainda que necessária!
Ó meu querido José, pela alegria imensa que inundou vosso coração, quando Jesus, pela primeira vez, vos deu o doce nome de pai,e ela sujeição com que, pela primeira vez, vos prestou a homenagem de sua obediência, suplico-vos que me ensineis a obedecer aos meus superiores e a sofrer, com paciência e resignação, as provas que a divina Providência se dignar enviar-me, para purificar-me de meus pecados, ou para aumentar meus méritos.
Alcançai-me também, pela alegria com que voltastes do exílio para morar em Nazaré, a graça com que tanta humildade vos peço nesta novena, se não for em prejuízo de minha salvação. Amém. 

Nono dia
 
Ó José, chamado por Jesus com o nome de pai; que dor e tormento indizível seria para vosso coração amorosíssimo ter perdido Jesus com o qual estavam todas as afeições de vossa vida! Que grande aflição sentistes por não ter encontrado o menino Jesus entre parentes e conhecidos e por ninguém ter dado notícias dele.
Onde estaria Jesus? Como poderíeis viver, se Ele era a vossa alegria de viver? Vós perdestes a Jesus, sem culpa vossa, mas eu perdi-O muitas vezes por culpa própria, por causa de minha malícia e de meus pecados.
Fazei-me conhecer a Jesus e procura-Lo com perseverança, ensina-me a obedecê-Lo, ensina-me a adorá-Lo, custe o que custar. Consiga-me a graça de que, de hoje em diante, nunca mais eu o perca pelo pecado e que se por infelicidade eu venha a perdê-Lo, nunca tenha sossego até que o encontre novamente, pela divina graça.
Peço-vos esta graça, pela alegria inefável que experimentastes achando a Jesus no templo, ensinando, como Mestre Divino, aos doutores da lei e causando-lhes encanto e admiração com Suas perguntas e respostas.
Intercedei para que eu esteja sempre em união com Jesus e sua santa Igreja. Consegui que Jesus esteja sempre em meu coração, com sua divina caridade e que, no futuro, eu possa gozar de Sua visão e amizade no céu para sempre.
Alcançai-me também, as graças que vos tenho pedido, todos os dias, durante a novena. Tenho confiança de que, tudo que vos pedi, irei receber do amor de Deus, por vosso intermédio.
De agora em diante, com a graça divina, serei divulgador d poder que o Misericordiosíssimo Deus vos concede. Amém. 

Pede-se agora a graça que necessita conseguir
 
Para melhor alcançar as graças pedidas, rezaremos sete Pai-nossos, sete Ave-Marias e sete Glórias ao Pai... em honra das alegrias e dores do glorioso Patriarca.
Oração final para todos os dias:
Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo da Virgem Maria, ó meu doce Protetor São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorando vosso socorro e não fosse por vós consolado.
Com grande confiança, venho, à vossa presença, recomendar-me fervorosamente a vós. Não despreseis a minha súplica, ó pai adotivo do redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente. Assim seja.
ANT. – José, filho de Davi, não temas receber Maria, vossa Esposa Santíssima, em vossa companhia, porque o que ela leva em suas puríssimas entranhas é por obra do Espírito Santo.
V. Rogai por nós, José santíssimo.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 

Oremos: Ó Jesus, que por uma inefável providência, vos dignastes escolher o bem-aventurado esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos que aquele mesmo que veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no Céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.


São José, rogai por nós!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Sermão da Quarta-feira de Cinzas - A morte e quais e como devem ser nossas práticas quaresmais

Ontem (quarta-feira de cinzas) eu participei da Santa Missa Tridentina (ou Gregoriana) aqui em Brasília (DF). Segue as palavras do Padre Daniel sobre como vivenciar o tempo quaresmal.



Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Ave Maria…

Estamos hoje na quarta-feira de cinzas, primeiro dia da Quaresma. Dia de jejum e abstinência. Abstinência é não comer carne, obrigando todos os fiéis católicos, a partir dos 14 anos. Jejum é fazer uma refeição normal, em geral o almoço, e duas colações, uma de manhã e uma de tarde, que, juntas, não cheguem a uma refeição normal. E não se deve comer nada entre as refeições. Todos os católicos entre dezoito e sessenta anos estão obrigados ao jejum, a não ser por motivo de saúde, ou por trabalho mais duro, ou uma mulher pela gravidez, por exemplo.

Recomendo muito, prezados católicos, que escolham um bom livro para acompanhá-los durante a quaresma. O livro de Santo Afonso sobre a Paixão, por exemplo, ou as meditações diárias do mesmo santo, a Prática do Amor a Jesus Cristo ainda de Santo Afonso; Filotéia de São Francisco de Sales, ou o Combate Espiritual, do Padre Scupoli, os Exercícios de Perfeição Cristã do Padre Rodrigues, ou uma boa Vida de Cristo. Algo que possa elevar a alma nesse tempo santo.

“Memento, homo, quia pulvis est et in pulverem reverteris.” 
Lembra-te, ó homem, que és pó e que ao pó retornarás.”

É com essa frase que a Igreja quer que nossa fronte seja marcada pelas cinzas. Lembra-te, ó homem, que és pó e que ao pó retornarás. A Igreja, nesse início de Quaresma, coloca diante do homem a sua mortalidade. Ela nos lembra que a morte vem para todos, indistintamente. Essa é a grande certeza de todos os homens: a morte, morreremos um dia. Todavia, a morte certa tem também uma incerteza: não sabemos nem o dia nem a hora. Portanto, caros, católicos, sabemos que iremos morrer, mas não sabemos quando. A grande ilusão é crer que temos ainda muito tempo para nos arrepender, para chorar pelos nossos pecados, para avançar na virtude, para nos converter. Como nos lembra o Livro de Esther em uma das Antífonas de hoje: emendemo-nos para melhor, para que não suceda que, surpreendidos pela morte, procuremos espaço para fazer penitência e não o encontremos. É aqui e agora que devemos nos converter.

O tempo da Quaresma é um tempo de grandes graças, se procuramos vivê-lo bem, isto é, se procuramos realmente nos converter a Deus, para amá-lo e servi-lo como nosso infinito bem que é. Não podemos desperdiçar esse tempo de graça. É preciso aproveitá-lo, para que não suceda que, surpreendidos pela morte, procuremos espaço para nos converter e não o encontremos.

Na Quaresma, prezados católicos, nossas práticas devem ter dois aspectos. Um deles se refere, digamos, ao passado: nossas práticas quaresmais devem ter como finalidade a expiação, a penitência, pelos nossos pecados cometidos. O outro aspecto diz respeito ao presente: nossas práticas quaresmais devem ter como finalidade nosso avanço na virtude, no amor a Deus, no abandono de nossos pecados presentes. A Quaresma é tempo de grandes graças para obter a misericórdia divina, para abandonar o velho homem, para abandonar o nosso pecado habitual, dominante. Assim, prezados católicos, nossas práticas não devem ser simplesmente práticas mais ou menos austeras, mas devem ter por finalidade o pedir perdão a Deus e o avanço no caminho do amor a Deus. Como nos diz o Profeta Joel: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração, com jejuns, com lágrimas e com gemidos. É preciso nos converter a Deus de todo o coração, orientando-nos para Ele, inteiramente, colocando-o como o fim de nossas vidas. É preciso nos converter a Deus com jejuns, reparando pelos nossos pecados. É preciso nos converter a Deus com lágrimas e gemidos, isto é, com verdadeiro arrependimento por tê-los cometidos e com o firme propósito de não mais pecar. O tempo da quaresma é um tempo de graça. É tempo de uma boa confissão, sincera, humilde, integral.

Nossas práticas quaresmais, caros católicos, devem ser feitas com humildade. Devemos ter plena consciência de que não são nada diante de Deus e diante do que Lhe é devido, por mais que essas práticas pareçam muito perfeitas. Se nas nossas devoções, se na nossa prática religiosa entra o orgulho, tudo será prejudicado. Devemos, então, ficar atentos, e fazê-las com humildade, como algo que é simplesmente devido a Deus e que é nada diante do que deveríamos fazer por Ele. A recompensa das nossas práticas quaresmais não pode ser a nossa satisfação própria ou o elogio alheio, mas deve ser a vida eterna. Nossas práticas terminarão sendo mais ou menos conhecidas pelas pessoas que nos são próximas, mas devemos sempre endireitar nossa intenção: faço isso para Deus e não para que as outras pessoas me estimem.

A quaresma é um tempo de graça. A primeira graça está nas palavras: Memento, homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris (lembra-te, ó homem, que és pó e que ao pó retornarás). Devemos guardar essas palavras durante toda a nossa vida. Somos pó, e pó é tudo que há sobre a terra. Vamos morrer, caros católicos. Não sabemos quando. É preciso estar pronto. Deus nos dá esse tempo favorável, o tempo da quaresma, tempo em que é extremamente largo em sua misericórdia. Na quaresma, Deus bate de modo particular na porta de nossa alma. A nós, cabe abrir a porta. Cabe-nos abrir a porta pela conversão a Ele, de todo o coração. Cabe-nos abrir essa porta pelas súplicas de nossas orações redobradas durante a quaresma. Cabe-nos abrir essa porta pela prática da virtude. Cabe-nos abrir essa porta pela mortificação. Tendo escolhido nossas práticas quaresmais, mantenhamo-nos firmes. Se falharmos uma vez ou outra, peçamos o auxílio da graça e retomemos nossas resoluções, sem abandoná-las. Abramos a porta ao divino Salvador. Ele não vai bater eternamente.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.


Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós!
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