Universitária descobre trombose venosa cerebral após uso contínuo de anticoncepcional
A universitária Juliana Pinatti Bardella, de
Botucatu, interior de São Paulo, descobriu uma trombose venosa cerebral
após fazer o uso contínuo de anticoncepcionais, recomendados por um
médico. Ela narrou sua história pelo Facebook, nesta terça-feira, 2, e
tem sido amplamente compartilhada na rede social.
No texto,
Juliana conta que procurou uma médica do hospital de sua cidade porque
sentia fortes dores de cabeça, mas recebeu apenas um diagnóstico de
enxaqueca e não pediu exames neurológicos mais profundos, mesmo depois
que ela mesma insistiu para fazer.
"Era sexta-feira, dois dias
após ter ido ao hospital. Acordei pela manhã para ir à aula, quando fui
levantar da cama minha perna direita não respondeu ao meu comando, mas
com algum esforço levantei. Escovando os dentes percebi que minha mão
direita também não estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo
estava muito estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar.
Não passou", descreveu.
Depois de ter a visão prejudicada, mais dor de cabeça quando passou o
efeito do remédio para enxaqueca passou e não conseguir fazer
atividades simples do dia a dia, ela conseguiu autorização para fazer
uma ressonância magnética e chegou ao diagnóstico: trombose venosa
cerebral, é um tipo de acidente vascular cerebral em que um coágulo de
sangue entope uma das veias do cérebro, impedindo a circulação de sangue
e a oxigenação.
"Foi um choque, não consegui entender bem o que
estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional,
eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser
a causa do problema. Cinco anos de Yaz, três ginecologistas diferentes,
e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito,
nenhum falou que seria um risco. Não tenho histórico familiar, não sou
fumante e os exames de sangue estavam normais, não tinha predisposição a
ter trombose", explicou.
O post já foi compartilhado por 17 mil
pessoas em menos de 24 horas e serve como um alerta para mulheres que
usam anticoncepcionais.
Leia o texto na íntegra:
"Última cartela. Último comprimido.
Começou com uma pequena dor de cabeça. A dor foi aumentando gradativamente durante três semanas, até ficar insuportável.
Fui
ao hospital em Botucatu, onde a médica me receitou remédios para
enxaqueca, não pediu nenhum exame e não quis me encaminhar para um
neurologista (mesmo com minha insistência), pois disse que não era o
caso.
Era sexta-feira, dois dias após ter ido ao
hospital. Acordei pela manhã para ir à aula, quando fui levantar da cama
minha perna direita não respondeu ao meu comando, mas com algum esforço
levantei. Escovando os dentes percebi que minha mão direita também não
estava normal. Tentei me vestir, sem sucesso. Aquilo estava muito
estranho, então não fui a aula e resolvi esperar passar. Não passou.
Alguns
minutos depois peguei o celular para fazer uma ligação, mas foi muito
difícil, fiquei muito tempo olhando para a tela sem saber o que fazer,
como se tivesse esquecido como manusear um telefone. Deixei o celular de
lado e fui ao banheiro, e para o meu maior desespero não sabia mais
usar o banheiro, fiquei olhando pela porta e não sabia mais por onde
começar, como isso era possível?
Minha visão começou a ficar turva depois de algum tempo. Já não
conseguia fazer nada sozinha, não realizava nenhum raciocínio básico.
Minhas
amigas que moram comigo me socorreram, me ajudaram a usar o banheiro,
fizeram as ligações que eu precisava, me ajudaram a comer, e
principalmente, me mantiveram calma para esperar até que minha mãe
,vindo de outra cidade, chegasse.
Meus pais resolveram me
levar com urgência para um hospital em São Paulo, na viagem o efeito do
remédio para enxaqueca havia passado, a dor voltou muito mais forte.
No
hospital realizei alguns exames, administraram três medicamentos para a
dor, sem sucesso, a dor continuou forte. Em poucas horas fui chamada
para saber o resultado dos exames e na ressonância magnética foi
diagnosticada trombose venosa cerebral.
Foi um choque,
não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me
perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco
anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema.
Cinco
anos de YAZ, três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a
trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um
risco. Não tenho histórico familiar, não sou fumante, e os exames de
sangue estavam normais, não tinha predisposição a ter trombose.
Foram três dias dentro da UTI, e um
total de quinze dias de internação. A causa era mesmo o
anticoncepcional, um remédio que era pra estar me ajudando, mas que ali
poderia ter me causado uma seqüela irreparável ou até mesmo algo pior.
De
certa forma me culpei por ter ignorado as notícias sobre a trombose que
via na internet ou que ouvia falar. Confiava demais no YAZ, confiava
demais em mim mesma, pensava que aquilo não iria acontecer comigo.
Após
o diagnostico parece que virei um imã de histórias de trombose, ouvi
incontáveis casos como: a amiga que teve trombose na perna ou no braço, a
outra amiga também com trombose venosa cerebral que teve que realizar
cirurgia, a menina que tem que tomar anticoagulante pro resto da vida
por causa da trombose, e o pior, como a amiga que morreu de
tromboembolismo pulmonar.
Todos os casos eram mulheres jovens e que tomavam anticoncepcional.
Todos os casos eram mulheres jovens e que tomavam anticoncepcional.
Não
sou contra o anticoncepcional, acredito que ele traga benefícios sim,
mas sou contra a negligência de se receitar anticoncepcional
indiscriminadamente sem informar adequadamente seus riscos, e da própria
negligência de tomar um medicamento durante tantos anos sem desconfiar
que poderia ser prejudicial e poder levar até mesmo a morte.
Mulheres, preocupem-se, pesquisem e perguntem!"
Nossa Senhora Rainha dos Anjos, rogai por nós!
Se todo mundo vivesse a sexualidade de forma casta (com respeito a si e ao outro) e soubesse as maravilhas do MOB (método de ovulação bilings) passaria longe de anticoncepcional. Além de respeitar a natureza, torna o casal cumplice e tira da mulher o peso do espaçamento entre os filhos.
ResponderExcluirFaz muito bem ao matrimônio...
Quanto a ser falho, todos são. So qhe esse não tem contra indicação!