Lógico que, todos os dias, há celebrações na Igreja onde se lê e medita sobre a Palavra de Deus, no entanto, escolheu-se esse mês para se falar mais sobre ela.
A Bíblia nasceu no seio do povo hebreu e é a coleção dos livros (considerados pela Igreja Católica como escritos sob a inspiração do Espírito Santo) que contêm a palavra de Deus.
A Bíblia completa contém 73 escritos, obras de numerosos autores que forma a Sagrada Escritura.
Os títulos desses livros lembram por vezes o nome dos seus autores, outras vezes o nome dos seus destinatários, ou ainda os assuntos que neles são tratados.
Divide-se a Bíblia em duas grandes partes, chamadas respectivamente ANTIGO e NOVO TESTAMENTO. O termo testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significa pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.
A coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrer de sua história. Dividiram-na em três partes:
1) A Lei (Torá), que contém cinco livros (chamados mais tarde de Pentateuco, que significa os cinco volumes), forma o núcleo fundamental da Bíblia. Esses cinco livros são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio;
2) Os Profetas. Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são denominados Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar de Livros Históricos;
3) Os Escritos. Os judeus designavam por esse nome os seguintes livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias e as Crônicas.
Essa coleção já estava terminada no segundo século antes da nossa era. Nessa mesma época os judeus já estavam dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito, nomeadamente em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. Surgia então a versão grega ou dos Setenta.
A Igreja cristã, apóstolos e evangelistas, admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros adotanto então a versão completa da Bíblia - Setenta.
No Século II a IV houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por conta da dificuldade de diálogo com os judeus. Finalmente, a Igreja Católica ficou com a Bíblia completa Versão dos Setenta (que incluia os sete livros), e vários Concílios confirmaram isso: Concílios regionais de Hipona (ano 393), Cartago II (ano 397), Cartago IV (ano 419), Trulos (ano 692) e, principalmente, os Concílios Ecumênicos de Florença (ano 1442), Trento (ano 1546) e Vaticano I (ano 1870).
No tempo da Reforma, século XVI, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições protestantes e as edições católicas. Não obstante, Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros na sua edição de 1534, e as Sociedades Bíblicas protestantes, até o século XIX, incluíam os sete livros na edição da Bíblia.
A Bíblia católica divide os 46 livros do Antigo Testamento do seguinte modo:
1) O Pentanteuco (isto é, a Lei);
2) Os Livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros das Crônicas (ou Paralipômenos), os livros de Esdras e Neemias, os três livros de Tobias, Judite e Ester, e por fim os dois livros dos Macabeus;
3) Os Livros Sapiensais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Livro da Sabedoria e Eclesiástico;
4) Os Livros Proféticos, designados pelo nome dos Profetas: Isaías, Jeremias (ao qual se acrescentam as Lamentações e Baruc), Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
A coleção dos livros do Novo Testamento começou a formar-se na segunda metade do primeiro século da nossa era. São 27 livros assim distribuídos:
1) Cinco livros históricos: quatro Evangelhos (São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João) e Atos dos Apóstolos;
2) Vinte e uma cartas dos Apóstolos. São Paulo escreveu 14 cartas (1 aos Romanos, 2 aos Coríntios, 1 aos Gálatas, 1 aos Efésios, 1 aos Filipenses, 1 aos Colossenses, 2 aos Tessalonicenses, 2 a Timóteo, 1 a Tito, 1 a Filêmon e 1 aos Hebreus). As outras cartas são as de São Tiago (1), São Pedro (2), São João (3) e São Judas (1);
3) Um livro profético: o Apocalipse de São João.As duas coleções formam a Bíblia sendo traduzidas do grego para o latim desde o segundo século da nossa era.
Mas a tradição latina mais divulgada é a que fez S. Jerônimo à base dos textos originais hebraico e grego, no fim do quarto século, denominada "Vulgata" (vulgarizada).
No Brasil existem várias traduções da Bíblia católica sendo as mais conhecidas:
A Bíblia nasceu no seio do povo hebreu e é a coleção dos livros (considerados pela Igreja Católica como escritos sob a inspiração do Espírito Santo) que contêm a palavra de Deus.
A Bíblia completa contém 73 escritos, obras de numerosos autores que forma a Sagrada Escritura.
Os títulos desses livros lembram por vezes o nome dos seus autores, outras vezes o nome dos seus destinatários, ou ainda os assuntos que neles são tratados.
Divide-se a Bíblia em duas grandes partes, chamadas respectivamente ANTIGO e NOVO TESTAMENTO. O termo testamento substitui atualmente um antigo termo grego que significa pacto ou aliança. Com efeito, em toda a Bíblia trata-se da aliança feita por Deus com os homens, primeiramente por intermédio de Moisés e em seguida pelo ministério de Jesus Cristo.
A coleção dos livros do Antigo Testamento originou-se no seio da comunidade dos judeus que a foram ajuntando no decorrer de sua história. Dividiram-na em três partes:
1) A Lei (Torá), que contém cinco livros (chamados mais tarde de Pentateuco, que significa os cinco volumes), forma o núcleo fundamental da Bíblia. Esses cinco livros são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio;
2) Os Profetas. Os judeus abrangiam sob esse título não somente os livros que hoje são denominados Profetas, mas também a maioria dos escritos que hoje costumamos chamar de Livros Históricos;
3) Os Escritos. Os judeus designavam por esse nome os seguintes livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias e as Crônicas.
Essa coleção já estava terminada no segundo século antes da nossa era. Nessa mesma época os judeus já estavam dispersos pelo mundo. Uma importante colônia judaica vivia então no Egito, nomeadamente em Alexandria, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, os livros da Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias, que se lê hoje no último capítulo de Baruc. Surgia então a versão grega ou dos Setenta.
A Igreja cristã, apóstolos e evangelistas, admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros adotanto então a versão completa da Bíblia - Setenta.
No Século II a IV houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por conta da dificuldade de diálogo com os judeus. Finalmente, a Igreja Católica ficou com a Bíblia completa Versão dos Setenta (que incluia os sete livros), e vários Concílios confirmaram isso: Concílios regionais de Hipona (ano 393), Cartago II (ano 397), Cartago IV (ano 419), Trulos (ano 692) e, principalmente, os Concílios Ecumênicos de Florença (ano 1442), Trento (ano 1546) e Vaticano I (ano 1870).
No tempo da Reforma, século XVI, os protestantes, depois de terem hesitado por algum tempo, decidiram não mais admiti-los nas suas Bíblias, pelo simples fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições protestantes e as edições católicas. Não obstante, Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros na sua edição de 1534, e as Sociedades Bíblicas protestantes, até o século XIX, incluíam os sete livros na edição da Bíblia.
A Bíblia católica divide os 46 livros do Antigo Testamento do seguinte modo:
1) O Pentanteuco (isto é, a Lei);
2) Os Livros Históricos: Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois livros dos Reis, os dois livros das Crônicas (ou Paralipômenos), os livros de Esdras e Neemias, os três livros de Tobias, Judite e Ester, e por fim os dois livros dos Macabeus;
3) Os Livros Sapiensais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Livro da Sabedoria e Eclesiástico;
4) Os Livros Proféticos, designados pelo nome dos Profetas: Isaías, Jeremias (ao qual se acrescentam as Lamentações e Baruc), Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
A coleção dos livros do Novo Testamento começou a formar-se na segunda metade do primeiro século da nossa era. São 27 livros assim distribuídos:
1) Cinco livros históricos: quatro Evangelhos (São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João) e Atos dos Apóstolos;
2) Vinte e uma cartas dos Apóstolos. São Paulo escreveu 14 cartas (1 aos Romanos, 2 aos Coríntios, 1 aos Gálatas, 1 aos Efésios, 1 aos Filipenses, 1 aos Colossenses, 2 aos Tessalonicenses, 2 a Timóteo, 1 a Tito, 1 a Filêmon e 1 aos Hebreus). As outras cartas são as de São Tiago (1), São Pedro (2), São João (3) e São Judas (1);
3) Um livro profético: o Apocalipse de São João.As duas coleções formam a Bíblia sendo traduzidas do grego para o latim desde o segundo século da nossa era.
Mas a tradição latina mais divulgada é a que fez S. Jerônimo à base dos textos originais hebraico e grego, no fim do quarto século, denominada "Vulgata" (vulgarizada).
No Brasil existem várias traduções da Bíblia católica sendo as mais conhecidas:
Bíblia do Peregrino
(Bíblia da Ave Maria e site: www.cleofas.com.br)
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