Aleteia Brasil |
Out 16, 2017
"Não é qualquer porcaria que é arte.
Quando o homem é a sua própria medida, tudo é permitido.
Mas existe solução"
Dom Henrique Soares, bispo de Palmares, PE, responde com clareza, firmeza e argumentação concreta às ideologias raivosas
que querem se impor como “libertadoras da sociedade”, mas que, na
prática, manipulam e tergiversam a linguagem e o próprio conceito de
“censura” a fim de atacar e calar os pontos de vista contrários, em
particular os cristãos.
Algumas de suas considerações:
Arte e hipocrisia
“A arte não é uma realidade absoluta. Arte é arte seguindo alguns critérios. Existem cânones. A beleza nasce de uma harmonia intrínseca nas coisas. Não é qualquer porcaria, desculpem a expressão, não é qualquer comportamento pervertido e perversor que se pode chamar de arte”.
“Falam em liberdade de expressão, censura, misturam um bocado de coisas. A arte deve exprimir o que é mais inexprimível no ser humano: a sede do bem, da verdade, do infinito. A arte deve transmitir, na música, na pintura, na literatura, as grandes saudades, as grandes questões humanas. Nesse sentido, ela é arte de verdade quando exprime o bem. Porque existe uma contra-arte. Vamos supor uma ‘arte’ para difundir o nazismo, o racismo; uma mostra de fotografia sobre a ‘decadência’ e ‘inferioridade’ dos negros. Isso é arte? Isso é liberdade de expressão. Isso tem técnica. Mas isso pode ser considerado arte? Pode ser veiculado no país? O artista deve ter direito de se exprimir, mas a liberdade do artista não é absoluta”.
“A liberdade, a Constituição garante. Mas ela também garante o direito dos outros de terem as suas convicções, crenças, valores respeitados. Quando alguém pega uma imitação de hóstia, não é uma coisa qualquer: é um significante que aponta para um significado. Se eu pego uma fotografia da sua mãe, ou da mãe do artista, e faço uma montagem que a denigre, isso é crime. Não adiantam subterfúgios”.
Censura e manipulação
“É interessante que alguns que criticam a ‘censura’ queriam muito censurar biografias. São hipócritas. Há uma dupla medida. Deus me livre de o Brasil ter censura. Agora, Deus me livre de ver o meu país com uma minoria anticristã, uma minoria que odeia a sociedade, a cultura judaico-cristã, que vai minando tudo que é conceito de família, religião, valores, moral. Deus me livre de ver esses grupinhos quererem se impor à sociedade”.
“Não é censura. Queremos uma sociedade plural, mas na qual todos sejam respeitados. E o respeito que eu mereço exige o respeito que eu dou ao outro. Nós não aceitaremos agressões aos valores, à cultura e à fé cristã”.
“Nunca queiram censura. Censura é péssima. A gente vive numa sociedade democrática. Agora, não deixem nunca que denigram a nossa fé. Denegriu, grite. Se alguma empresa financiou, boicote. Isso é democracia”.
“Às vezes, programas de grandes emissoras chamam, para dar opinião, gente de um lado só. Porque são emissoras que estão com uma ideologia de gênero, contra a família, contra valores cristãos e passam isso em novelas, em programas que parecem ‘cultos’, mas são pura picaretagem intelectual”.
As ideologias e a resposta da família
“Quando o homem é a sua própria medida, tudo é permitido. Ele não tem mais critérios absolutos”.
“Existe uma onda muito forte de cristofobia. Ódio a Cristo e à Igreja. Ódio irracional e injusto”.
“A ideologia de gênero tem destruído na alma a juventude, a infância, valores da família. Não é questão de puritanismo, é de bom senso”.
“Essa sociedade se salva com famílias”.
“Não se cria filho à toa. O primeiro educador do seu filho é você. Acompanhe de perto o que o seu filho está aprendendo. E se a escola ensinar aberrações, os pais se organizem e gritem: ministério público, justiça, pressão na sociedade. Existem técnicos, nas instância do governo, que são totalmente dominados por essa ideologia anticristã, que quer destruir a nossa sociedade cristã. Não permitiremos que eles imponham a sua agenda miserável”.
O vídeo vai direto aos pontos quentes e merece ser visto e discutido
em família, porque gera um debate imprescindível em nossos tempos de
ódio disfarçado de “liberdade”:
Nossa Senhora Puríssima, rogai por nós!
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