Redação da Aleteia | Maio 28, 2018
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Purpurado nigeriano põe os pingos nos is: "A Sagrada Comunhão não é como compartilhar um bolo com cerveja"
Tem havido discussões em países europeus, principalmente na Alemanha, a respeito da proposta de se permitir que os cônjuges protestantes de fiéis católicos recebam a Sagrada Eucaristia ao participarem da Santa Missa em família.
Os que defendem essa possibilidade alegam que o cônjuge não católico também deveria poder comungar, como se o Corpo de Cristo fosse alguma espécie de “direito” a ser reclamado ou mesmo “herdado”.
Alguns membros da Conferência Episcopal Alemã têm pendido para uma possível autorização da Comunhão a protestantes em determinadas circunstâncias, enquanto outros bispos do país se opõem publicamente à medida e pedem que o Vaticano intervenha. O Papa Francisco tem exortado os bispos alemães a retomarem a unidade na conferência e a serem fiéis à doutrina católica. Eventuais intervenções só ocorreriam se houvesse iminente risco de ruptura, o que não é o caso: trata-se de um debate pastoralmente relevante numa sociedade altamente secularizada e relativista, na qual é preciso agir com equilíbrio entre a firme defesa da fé genuína e a cuidadosa escuta das inquietações dos fiéis unidos em matrimônios mistos. Desafios desse tipo vêm se multiplicando na Igreja.
A resposta, porém, deve necessariamente priorizar a pureza da fé, o que exige preparo consciente de parte do fiel. O próprio católico, afinal, só pode comungar depois de receber uma catequese preparatória para a Primeira Comunhão.
Em recente entrevista ao Catholic News Service, o cardeal Francis Arinze abordou a questão e destacou a importância de se respeitarem os princípios elementares de dignidade e preparação consciente para todo fiel que deseje receber a Eucaristia. Assim sendo, declarou ele, os protestantes que queiram receber a Comunhão devem se tornar católicos. Ele acrescentou que a Sagrada Eucaristia não pode ser compartilhada com os cônjuges protestantes como se fossem “amigos que compartilham cerveja ou bolo”.
“A Sagrada Eucaristia não é uma posse privada que possamos compartilhar com os nossos amigos”.“Depois da Missa, vocês podem tomar juntos uma xícara de chá e até um copo de cerveja e um pedaço de bolo. Isso está bem. Mas a Missa não é assim”.“É muito importante olhar para a doutrina. A Celebração Eucarística da Missa não é um culto ecumênico (…) É uma celebração dos mistérios de Cristo, que morreu por nós na cruz, que transformou o pão em Seu Corpo e o vinho em Seu Sangue”.
Ele também falou do termo “comunhão”, que, além de se aplicar à Eucaristia, também se refere ao pertencimento à mesma fé, ou seja, ao fato de “estarmos em comunhão” com a plenitude da fé cristã preservada pela Igreja.
“A Celebração Eucarística da Missa é a celebração da comunidade de fé. Aqueles que acreditam em Cristo estão se comunicando na fé (…) É a comunidade que celebra a Santa Eucaristia. Qualquer pessoa que não seja membro dessa comunidade não se encaixa em nada”.
Aos protestantes desejosos de comungar, o cardeal nigeriano convida:
“Venha! Seja recebido na Igreja! E então você pode receber a Santa Comunhão sete vezes por semana. Caso contrário, não”.
O cardeal Arinze visitou no último dia 24 de maio a abadia inglesa de Buckfast, que comemora mil anos de fundação. O mosteiro fundado em 1018 foi um dos muitos que o rei Henrique VIII suprimiu durante a Reforma anglicana.
Fonte: Aletéia
Graças e Louvores sejam dados a todo momento,
Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
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