Redação da Aleteia |
Abr 04, 2018
CC
Ele é celebrado no segundo domingo da Páscoa por determinação de São João Paulo II, a partir de revelações a Santa Faustina
No segundo Domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Divina Misericórdia.
E todos nós, católicos, precisamos conhecer estes 9 fatos sobre esta
iluminadora e alentadora celebração da nossa fé em Deus Misericordioso:
1. Quem o incluiu no calendário da Igreja foi São João Paulo II
No ano 2000, o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina e, durante a celebração, declarou:
“É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’” (Homilia, 30 de abril de 2000).
2. A base desta devoção vem de revelações privadas a Santa Faustina
Esta celebração acontece no segundo Domingo da Páscoa. Baseia-se nas
revelações privadas a Santa Faustina Kowalska, religiosa polonesa que
recebeu as mensagens de Jesus sobre sua Divina Misericórdia no povoado
de Plock, na Polônia.
Em seu comentário teológico sobre a mensagem de Fátima, o então
Cardeal Joseph Ratzinger, agora Papa Emérito Bento XVI, escreveu:
“Podemos acrescentar que frequentemente as revelações privadas provêm da piedade popular e nela se refletem, dando-lhe novo impulso e suscitando formas novas. Isto não exclui que aquelas tenham influência também na própria liturgia, como o demonstram por exemplo a festa do Corpo de Deus e a do Sagrado Coração de Jesus”.
3. Esta celebração é enriquecida com a possibilidade de indulgência plenária
Entre outras coisas, esse domingo especialíssimo oferece a possibilidade da indulgência plenária:
“Para fazer com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o mesmo Sumo Pontífice (João Paulo II) estabeleceu que o citado Domingo seja enriquecido com a Indulgência Plenária”, “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos” (Decreto da Penitenciaria Apostólica de 2002).
4. Quem revelou a imagem da Divina Misericórdia foi o próprio Jesus
Esta imagem foi revelada a Santa Faustina em 1931 e o próprio Jesus
lhe pediu que a pintasse. Em seguida, explicou-lhe seu significado e o
que os fiéis alcançarão com ela.
Na maioria das versões, Jesus se mostra levantando sua mão direita em
sinal de bênção e apontando com sua mão esquerda o peito do qual fluem
dois raios: um vermelho e outro branco.
“O raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas (…) Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).
Toda a imagem é um símbolo da caridade, do perdão e do amor de Deus, conhecida como a “Fonte da Misericórdia”.
5. Existem orações particulares ligadas a esta devoção
O Terço da Divina Misericórdia é um conjunto de orações usadas como parte da devoção à Divina Misericórdia.
Costuma-se rezá-lo às 15h, momento da morte de Jesus, usando as contas do terço, mas com um conjunto diferente de orações:
- Primeiramente, reza-se o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Credo.
- Depois, nas contas do Pai-Nosso, diz-se: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”.
- Nas contas da Ave-Maria, reza-se: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”.
- Ao final, reza-se três vezes: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”.
Saiba mais neste artigo: 5 bons motivos para rezar o Terço da Divina Misericórdia
6. A Divina Misericórdia é vinculada ao Evangelho do segundo Domingo da Páscoa
A imagem da Divina Misericórdia representa Jesus no momento em que
aparece aos discípulos no Cenáculo – após a ressurreição –, quando lhes
dá o poder de perdoar ou reter os pecados.
Este momento está registrado em João 20,19-31, que é a leitura do Evangelho deste domingo.
A leitura é colocada neste dia porque inclui a aparição ao apóstolo
Tomé (quando Jesus o convida a tocar suas chagas). Este evento ocorreu
no oitavo dia depois da Ressurreição (João 20,26) e, por isso, é
utilizado na liturgia oito dias depois da Páscoa.
7. Os sacerdotes têm poder especial para administrar a Divina Misericórdia
Em João 20, 21-23, afirma-se:
“Novamente, Jesus disse: ‘A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio’. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos’”.
8. A confissão é a ação da Divina Misericórdia até o fim dos tempos
Jesus capacitou os apóstolos (e seus sucessores no ministério) com o
Espírito Santo para perdoar ou reter (não perdoar) os pecados.
Como estão facultados com o Espírito de Deus para fazer isso, sua
administração do perdão é eficaz: realmente elimina o pecado em vez de
ser um símbolo de perdão.
9. Nas revelações privadas, Jesus dá grande importância à Sua segunda vinda
Jesus promete regressar em glória para julgar o mundo no amor, como
claramente diz em seu discurso do Reino nos capítulos 13 e 25 de São
Mateus.
Somente no contexto de uma revelação pública como é ensinado pelo
Magistério da Igreja se pode situar as palavras da revelação privada
dada a Irmã Faustina.
“Prepararás o mundo para a minha última vinda” (Diário, 429).
“Fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia” (Diário, 848).
“Fala às almas desta Minha grade misericórdia, porque está perto o dia terrível, o dia da Minha justiça” (Diário, 965).
“Prolongo-lhes o tempo da Misericórdia, mas ai deles, se não reconhecerem o tempo da Minha visita” (Diário, 1160).
“Antes do Dia da justiça envio o dia da misericórdia” (Diário, 1588).
“Quem não queira passar pela porta de Minha misericórdia, tem que passar pela porta de Minha justiça” (Diário, 1146).
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A partir de matéria da agência ACI Digital
Fonte: Aletéia
Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós, e do mundo inteiro!
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