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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Festa da Transfiguração do Senhor

Transfiguração do Senhor

Para os orientais, o dia 6 de agosto representa a Páscoa do verão, pela importância tipológico-bíblica do acontecimento recordado pelo Evangelho (a teofania).
Na transfiguração, no monte Tabor, Jesus se manifesta aos seus discípulos em todo o esplendor da vida divina que está nele. Este esplendor é apenas uma antecipação daquele que o envolverá na noite de Páscoa e que nos comunicará, tornando-nos filhos de Deus. Nossa vida cristã é, desde então, um processo de lenta transformação em Cristo até a transfiguração na imagem de Cristo glorioso.
A festa da transfiguração foi estendida ao Ocidente no ano de 1456 por Calisto II, em Memória da "gloriosa" vitória sobre o Islã.
A luz é a mais perfeita forma de comunhão; permite o conhecimento recíproco e a mais absoluta compenetração. Por esta razão é vista como o sinal mais expressivo da eucaristia. São João, escrevendo "in codice" o livro litúrgico por excelência, o Apocalipse, define Cristo como "a estrela radiosa da manhã" (Ap 2, 28; 22, 16). É o dom eucarístico às Igrejas que se "convertem", aos que "alvejaram" suas vestes no sangue do Cordeiro e caminham com o Senhor "em vestes brancas". Compreende-se como a transfiguração, com o tema da luz, tenha sido escolhida bem cedo como Leitura fundamental para a catequese litúrgica em preparação ao batismo (segundo domingo da Quaresma).
Os orientais cantam uma antífona muito expressiva depois da comunhão: ídomen tó phos ("vimos a luz").
Também nós, em cada missa "vemos a luz", comungando o Ressuscitado: como Moisés na sarça ardente ou no Sinai; como o povo sob a nuvem luminosa, Elias arrebatado pelo carro de fogo, Simão no templo de Jerusalém; como Pedro, Tiago e João no Tabor; como os Apóstolos com Maria no cenáculo no Pentecostes, Paulo na estrada de Damasco... À espera de sermos revelados como "filhos da luz" na eucaristia celeste, quando Deus será "tudo em todos". (Missal Cotidiano)

Liturgia

I Leitura: Dn 7, 9-10.13-14

Leitura da Profecia de Daniel
Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa.
Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos. Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.
Palavra do Senhor
Graças à Deus

Salmo 96 (97)

R. Deus é Rei, é o Altíssimo, muito acima do universo

Deus é Rei! Exulte a terra de alegria,
e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu trono,
que se apóia na justiça e no direito. R

As montanhas se derretem como cera
ante a face do Senhor de toda a terra;
e assim proclama o céu sua justiça,
todos os povos podem ver a sua glória. R

Porque vós sois o Altíssimo, Senhor,
muito acima do universo que criastes,
e de muito superais todos os deusas. R

II Leitura: 2 Pd 1, 16-19

Leitura da Segunda Carta de São Pedro
Caríssimos, não foi seguindo fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas sim, por termos sido testemunhas oculares da sua majestade.
Efetivamente, ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: "Este é o meu Filho bem-amado, no qual ponho o meu bem-querer".
Esta voz, nós o ouvimos, vindo do céu, quando estávamos com ele no monte santo.
E assim se nos tornou ainda mais firme a palavra da profecia, que fazeis bem em ter diante dos olhos, como lâmpada que brilha em lugar escuro, até clarear o dia e levantar-se a estrela da manhã em vossos corações.
Palavra do Senhor
Graças à Deus.

Evangelho: Lc 9, 28b-36

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
Naquele tempo, Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus:
"Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias." Pedro não sabia o que estava dizendo.
Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o Escolhido, Escutai o que ele diz!" Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
Palavra da Salvação
Glória à vós, Senhor.

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Que Deus os abençõe.
Obrigada

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