O que são os Santos para os Católicos?

"Aqueles a quem chamamos "santos" eram homens e mulheres como os demais. Tornaram-se santos, porém, modelando-se por Cristo, que foi para eles exemplo de vida verdadeiramente humana, profundamente religiosa, toda tecida de amor a Deus e aos irmãos." (Missal Cotidiano).
A Palavra de Deus nos diz:

"Sereis santos porque eu sou Santo" ( Lev 11, 45)

Os Santos são, para os católicos, pessoas humanas e pecadoras que buscaram viver como Jesus Cristo viveu. Eles são para nós um exemplo de que podemos sim ser verdadeiros Cristãos!

O que é a Canonização?

É o meio através do qual o Papa declara que algum servo de Deus já falecido está na glória celeste e, assim, autoriza que os fiéis católicos lhe prestem veneração pública em toda a Igreja.
A canonização não torna ninguém santo.

O que é a Beatificação?

A Beatificação é um passo no processo de canonização; é o ato pelo qual o Santo Padre autoriza que seja prestado culto público a um servo de Deus em certa região ou família, dentro da Igreja Católica. A pessoa passa a ser chamado de Beato ou Beata (ou Bem-Aventurado).

Precisa de um Milagre?

É necessário a comprovação de um milagre post mortem para a beatificação e, depois, de outro milagre para a canonização.
O Milagre é um evento extraordinário, que não tem explicação científica, onde se atribui a intercessão daquele ao qual se postula a beatificação ou canonização.

O que é o Mártir?

O primeiro modelo de cristão cultuado pelos fiéis foi o Mártir.
Mártir é todo aquele que dá a vida pelo irmão, por sua fé, por Jesus Cristo e pela Igreja. Ele é tido como o mais perfeito imitador de Cristo.
O Catecismo da Igreja Católica define o martírio como "o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte."

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos."
(Jo 15, 13)

O que é o Santo "Confessor"?

A partir do Século IV a Igreja começou a honrar o chamado "Confessor", ou seja, o justo que sem ter derramado sangue para confessar a fé, a havia professado, em grau heróico.

O que um Doutor da Igreja?

O título de Doutor da Igreja é dado para alguns santos e santas que se destacaram na defesa da ortodoxia da Fé, na formulação da Doutrina da Igreja e colaboraram para o crescimento espiritual dos fiéis através dos seus escritos, livros e sermões. A Igreja Católica deu o título de Doutor da Igreja para 33 Santos(a): 30 homens e 3 mulheres.

O Concílio Ecumênico de Nicéia II (em 787 d.C.) declarou lícito o uso de imagens sagradas: a estas se presta culto relativo à pessoa ou representada pela imagem.

O culto em relação aos santos é de veneração (dulia) e não de adoração (latréia, latria), a qual compete só a Deus.

Desde os primórdios da Igreja Católica os cristãos prestavam homenagem aos fiéis falecidos que tinham fama de santidade. No início o povo aclamava a santidade de alguém e cabia aos bispos julgarem essa devoção.

Na partir da Idade Média é que teve início o processo de canonização dos santos como ocorre hoje. A Igreja só considera santo aquele que tenha praticado as virtudes em grau comprovadamente heróico.

A primeira canonização formal foi realizada pelo Papa João XV (985-996), em 993, ao canonizar o santo Ulrico, Bispo de Augsburgo (Baviera), falecido em 973. Daí em diante cabia só a Santa Sé o direito de confirmar os santos que seriam venerados.

Devemos informar que tanto Lutero quanto Calvino aceitavam a veneração dos santos; o que eles contestavam era a função intercessora destes servos de Deus.

*Por que os profetas do Antigo Testamento não são Canonizados?

O pe. Paulo Ricardo nos responde, falando também sobre como surgiu a canonização, a forma de chamar os santos e que os profetas do Antigo Testamento são santos. Vale a pena ver:



(Retirado do Universo Católico, da Canção Nova e *Christo Nihil Praeponere - atualizado em maio/2012)